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- #papoantagonista
Condenado no mensalão e no petrolão, José Dirceu fez um discurso contra a “corrupção da democracia”, durante um evento em Franca, no interior de São Paulo.
“Estamos vivendo um verdadeiro escândalo na nossa democracia. O financiamento das campanhas eleitorais se tornou um poder que corrompe o processo eleitoral. Imagine: R$ 52 bilhões destinados a deputados, com alguns deles recebendo até R$ 600 milhões em apenas 4 anos”, afirmou o petista, que está de olho em uma cadeira na Câmara dos Deputados.
Madeleine Lacsko, Duda Teixeira e Ricardo Kertzman comentam:
Papo Antagonista é o programa que explica e debate os principais acontecimentos do dia com análises críticas e aprofundadas sobre a política brasileira e seus bastidores.
Apresentado por Madeleine Lacsko, o programa traz contexto e opinião sobre os temas mais quentes da atualidade. Com foco em jornalismo, eleições e debate, é um espaço essencial para quem busca informação de qualidade.
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“Estamos vivendo um verdadeiro escândalo na nossa democracia. O financiamento das campanhas eleitorais se tornou um poder que corrompe o processo eleitoral. Imagine: R$ 52 bilhões destinados a deputados, com alguns deles recebendo até R$ 600 milhões em apenas 4 anos”, afirmou o petista, que está de olho em uma cadeira na Câmara dos Deputados.
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NotíciasTranscrição
00:00E a gente vai seguindo em frente, essa aqui, gente,
00:05condenado no mensalão e no petrolão,
00:09José Dirceu fez um discurso contra a corrupção da democracia
00:14num evento em Franca, aqui no interior de São Paulo.
00:20Este vídeo que nós vamos ver em seguida
00:22é um vídeo que ele próprio, José Dirceu, publicou em suas redes.
00:27Vamos lá.
00:28Isso é um verdadeiro escândalo que está acontecendo essas emendas positivas.
00:32É uma coisa, porque, na verdade, se dá para cada deputado o dinheiro para ele fazer campanha.
00:36Virou o poder eleitoral, é a corrupção da eleição, da democracia, é isso?
00:4052 milhões para os deputados.
00:42Tem deputado que tem 600 milhões em quatro anos para distribuir.
00:46Agora me contou um historiador que nos Estados Unidos
00:50teve um período que isso existiu.
00:53Chamava repartir o barril de carne de porco.
00:56O nome que o povo deu, americano, para essa coisa de dar dinheiro para os deputados
01:01fazer emendas, era repartir o barril de carne de porco.
01:05Você vê que é um nome totalmente pejorativo, entendeu?
01:08É que nós estamos assistindo no Brasil um verdadeiro escândalo.
01:10Por isso que o Supremo Tribunal Federal está tomando medidas.
01:14E essa questão de renovar a Câmara dos Deputados,
01:17de dar um grito no país para o país renovar,
01:19é a coisa talvez mais importante que nós temos.
01:21Olha, eu vou ter que concordar num pedaço com o Zé Dirceu.
01:29Tem que renovar a Câmara dos Deputados.
01:32Eu sou a favor de não reeleger ninguém.
01:35Eu já vou me mandar essa, não reeleja ninguém.
01:39Dito isso, eu vou explicar o que é que ele está falando das emendas.
01:44O que ele está falando das emendas é uma comparação com o poder
01:49que o Presidente da República tinha nos dois primeiros mandatos do Lula
01:54e o poder que o Presidente da República tem agora.
02:00O poder dos deputados e senadores foi crescendo
02:05à medida em que os Presidentes da República se metiam em confusão.
02:10Isso é um vício de origem, por quê?
02:13A Constituição de 88, ela é feita para o parlamentarismo.
02:18Quando você aplica ela no presidencialismo, ela dá um desajuste.
02:22E esse desajuste é o quê?
02:24Toda vez que o Presidente está em problema,
02:27a Constituição é para quê?
02:28Para cair o chefe de governo e ficar o de Estado.
02:31Como essa pessoa é um só,
02:34então a gente tem muito impeachment,
02:36muito mais do que os outros países,
02:37e os Presidentes ficam ali na corda bamba.
02:42Conforme eles vão ficando na corda bamba,
02:43eles foram cedendo mais emendas para os deputados.
02:47Então o que acontecia nos primeiros governos do Lula?
02:49Que é essa comparação que o Zé Dirceu faz.
02:52Naquela época, era prefeito de Pires na mão,
02:55pedindo coisa para o governo federal e dependendo,
02:59e deputado atrás de emenda, atrás de coisa,
03:02para levar para o município dele.
03:03Hoje em dia, como uma boa parte é obrigatória,
03:07você tem em ministérios,
03:09isso é uma informação de bastidor que eu estou trazendo para vocês,
03:12você tem em alguns ministérios técnicos do governo
03:15que vão se oferecer para os deputados
03:18para escrever o projeto que a cidade precisa,
03:21porque o deputado tem o dinheiro e não sabe o que fazer com ele.
03:24Então o poder do orçamento ficou na mão dos deputados.
03:28Essa comparação que o Zé Dirceu faz de perda de poder,
03:33que ele chama de perda de democracia,
03:36mas na realidade é perda de poder.
03:39A palavra democracia aqui está sendo usada
03:42num contexto em que, no meu entender, ela não cabe.
03:45Agora vamos aí à sua opinião.
03:47Duda, o que você acha dessa história toda?
03:49A questão das emendas realmente levou a uma perda de poder do executivo
03:54porque elas já estão garantidas.
03:58Então o parlamentar não precisa apoiar uma tese,
04:04um projeto do governo para receber alguma coisa em troca,
04:08já está garantido.
04:09Então isso faz com que o Legislativo, no final,
04:13não estou defendendo as emendas aqui,
04:14mas o Legislativo seja mais independente em relação ao Executivo.
04:19Agora, precisamos olhar aí,
04:22e aí o Rodolfo Borges fez um artigo no Antagonista,
04:27hoje pela manhã,
04:28que o que o Zé Dirceu fez lá no primeiro mandato do Lula?
04:34Ele que era o chefe da Casa Civil no governo Lula,
04:38para conseguir que os deputados votassem a favor dos projetos do governo,
04:47ele que foi que arquitetou todo o esquema do Mensalão.
04:53E isso era a compra de apoio parlamentar,
04:57com dinheiro ali que vinha do Banco do Brasil,
05:00esse dinheiro depois ia canalizado ali para agências de publicidade,
05:05o Marcos Valero,
05:08depois caindo no bolso dos parlamentares,
05:12e a gente descobriu essa história
05:14quando o Roberto Jefferson fala desse esquema funcionando no Correios.
05:20E aí,
05:21isso no julgamento do Mensalão,
05:26se apontou que o Mensalão corrompeu a democracia.
05:31Esse é um dos pontos que o Rodolfo traz no texto.
05:34Quando você submete dessa maneira o Legislativo,
05:40você está acabando com aquele equilíbrio dos três poderes.
05:45Aliás,
05:45quem também apontou isso recentemente foi o Luiz Fux.
05:48Vocês estão falando aqui de tentativa de abolição das instituições democráticas.
05:55Veja o que aconteceu lá no Mensalão.
05:57No Mensalão,
05:58acabou com o Legislativo.
06:00Você tentou suprimir,
06:01acabar com o poder para que o Executivo pudesse governar.
06:06E ele foi condenado por isso.
06:08Depois foi condenado também no Petrolão.
06:10Mas o José de Seu,
06:12uma cara de pau gigantesca,
06:15quando faz essa acusação,
06:17fala de coisas nos Estados Unidos
06:18e esquece completamente o que ele mesmo fez.
06:22E essas pessoas que estão ali deveriam estudar também,
06:27escutando o José de Seu,
06:29estuda um pouquinho da história do Brasil,
06:31para não cair numa cilada de novo como essa.
06:35E você,
06:37Kertzmann,
06:37o que você achou dessa fala do José de Seu?
06:40Em primeiro lugar,
06:42ela é extremamente incoerente e hipócrita,
06:45justamente por um pouco disso que o Duda falou.
06:48O José de Seu não pode,
06:49de maneira alguma,
06:50ele nem tem estatura moral
06:52para poder criticar ou apontar qualquer coisa relativa à corrupção,
06:57porque ele, José de Seu,
06:58esteve presente,
06:59ele, o partido dele,
07:01presente nos dois maiores escândalos de corrupção
07:03dos últimos anos.
07:04O Mensalão,
07:05que no fim das contas
07:07era exatamente a compra do parlamento,
07:10a compra de votos com dinheiro ilegal,
07:13e depois o Petrolão,
07:14que foi aquele festival de sujeira para todo lado,
07:17que o PT protagonizou,
07:19principalmente ao lado do PP.
07:21Uma outra coisa que é importante a gente falar também,
07:24mas dá respeito dessa questão de corrupção
07:26e de falta de condições morais para criticar,
07:30recentemente houve um encontro,
07:32um evento do PT,
07:33em que o próprio José de Seu,
07:35ele foi ovacionado pelos militantes,
07:38eles entoaram aquele canto,
07:40José, como é que é,
07:41de Seu, guerreiro do povo brasileiro,
07:44e nesse mesmo evento,
07:46outras pessoas,
07:47outras personagens históricas petistas,
07:50também foram ovacionadas,
07:52foram ovacionadas.
07:53João Vacari,
07:54Delubio Soares,
07:56José Genuíno,
07:57todos os quadros históricos do PT
07:59que foram condenados
08:00por escândalos de corrupção.
08:02Ou seja, foi um evento de aplaudir,
08:05de tecer honras e glórias
08:08a pessoas que foram presas,
08:10que foram condenadas por corrupção.
08:12Mas isso é o padrão do PT.
08:14O PT só aponta e só considera
08:17coisas ilegais,
08:18maus atos,
08:19aquilo que é da oposição.
08:20Quando acontece com os próprios quadros,
08:23ele passa um pano,
08:25ele acha que está tudo ok.
08:26E, Madá, você falou que concorda
08:28com o José de Seu,
08:30quando ele fala que o Congresso
08:31precisa de renovação.
08:34Eu também concordo,
08:34eu não sou tão radical como você,
08:36dizendo que não é para reeleger ninguém.
08:38Eu acho que tem uma parcela pequenininha,
08:41talvez a gente consiga contar
08:42nas duas mãos,
08:43que merecem a reeleição.
08:45Mas, grosso modo,
08:46a maioria não merece mesmo, não.
08:48Mas eu concordo com a fala dele
08:50em outro aspecto,
08:52que é a respeito das emendas.
08:53A crítica dele sobre as emendas
08:55é na correta.
08:56Você disse muito bem
08:58como que essas emendas,
08:59como elas foram sendo,
09:00como que o dinheiro da União
09:02foi sendo transferido
09:03do Executivo para o Legislativo.
09:05E eu, particularmente,
09:06considero errado.
09:08A gestão do orçamento
09:09para investimentos,
09:10isso tem que ficar na mão
09:11do Executivo.
09:13E tem que ficar na mão do Executivo
09:15principalmente para programas
09:16de Estado,
09:17programas de médio e longo prazo.
09:19E não para investimentos
09:21rápidos, de curto prazo
09:22e eleitoreiros.
09:24Eu acho que muito mais importante
09:25do que você concentrar
09:27na mão do Executivo
09:28o grosso do dinheiro
09:29é você estabelecer
09:31essas métricas,
09:31ter leis específicas
09:32proibindo o Executivo
09:34de usar o dinheiro
09:34em ano de eleição,
09:36com programas que não vão resultar
09:37em absolutamente nada
09:38para o país,
09:39em nada para o Estado,
09:41principalmente em médio e longo prazo.
09:43E aí, sim,
09:43eu acho que o Legislativo
09:45faria um bom papel.
09:46E não concentrar
09:47e não trazer para si
09:48esse dinheiro
09:48para poder,
09:49eles,
09:50membros do Legislativo,
09:52usurpar essa condição,
09:54fazer o troca-troca
09:55entre dinheiro e voto.
09:58E, na verdade,
09:59né, Kertzman,
10:00a gente tem essa distorção
10:02toda
10:03que é muito fruto
10:04da falta
10:05de coragem moral
10:06dos homens públicos
10:08brasileiros.
10:09Primeiro,
10:10a coragem moral
10:11para a aposta
10:12à Constituição
10:13ser claros.
10:14Olha,
10:14aqui tem um vício
10:15de origem.
10:16Fizemos achando
10:17que no plebiscito
10:18ia ganhar
10:19o parlamentarismo,
10:21ganhou o presidencialismo.
10:23Isso quer dizer
10:24que o presidente
10:24vai governar
10:25com a faca
10:25no pescoço
10:26sempre.
10:27Porque é uma
10:28Constituição
10:29feita, gente,
10:30para quando
10:30as coisas
10:31esquentam demais
10:32na política
10:33e o gabinete
10:34político
10:35não resolve nada,
10:37o gabinete
10:38político
10:38se dissolve
10:39e o chefe
10:40de Estado
10:40fica.
10:41Então,
10:41é para trocar
10:42muito o gabinete
10:43político.
10:44Acabou que
10:45ninguém teve
10:47essa coragem
10:47moral de falar
10:48olha,
10:49isso aqui
10:49precisa mudar.
10:50Não tem jeito,
10:51acabou de fazer
10:51a Constituição
10:52e está errado.
10:53E depois,
10:54quando os presidentes
10:56foram ficando
10:56com a faca
10:57no pescoço,
10:59ou tomou
10:59impeachment,
11:01que é Collor,
11:02é Dilma,
11:03a gente tem muito
11:03mais impeachment
11:04do que o mundo
11:05tem,
11:06por causa
11:06dessa Constituição.
11:08Ou então,
11:09ele cede
11:10todos os anéis,
11:13os dedos,
11:14a mão,
11:15o braço,
11:16até ele
11:18deixar
11:18a presidência
11:19da República
11:20refém
11:21de humores
11:23e de vontades
11:24do Congresso
11:25Nacional.
11:26Que tem pessoas
11:28de boa qualidade?
11:29Tem.
11:30Mas quantos por cento?
11:32Então,
11:33assim,
11:33a gente tem uma
11:33política que está,
11:34eu concordo com o Kertmann,
11:35completamente distorcida
11:38e que precisa
11:40ser colocada
11:41de volta no lugar.
11:42Eu sou
11:43parlamentarista,
11:45eu sou a favor
11:45do parlamentarismo,
11:47porque a melhor forma
11:48de você não criar
11:49esses fenômenos
11:52populistas,
11:53essas paixões
11:53nacionais,
11:54não sei vocês
11:54se são favoráveis
11:56ou não,
11:56eu sou favorável
11:57ao parlamentarismo,
11:58mas a questão é a seguinte,
11:59o Brasil precisava
12:00tomar uma decisão,
12:02não pode ser um país
12:02presidencialista
12:03como a Constituição
12:04parlamentarista,
12:06alguma coisa
12:08precisa ser feita,
12:09né, gente,
12:10de fundo,
12:10e ninguém quer mexer,
12:11né, Duda?
12:12Pois é,
12:13eu acho lindo
12:14o parlamentarismo
12:15como funciona
12:15na Europa,
12:18são poucos
12:19geralmente
12:20os partidos,
12:21é fácil
12:21um partido
12:23conseguir
12:24maioria
12:24no parlamento,
12:26às vezes
12:26só faz mais um acordo
12:28ali,
12:28já tem a maioria,
12:30o governo
12:31é formado
12:31a partir
12:32desses partidos,
12:34e é isso,
12:34tem uma
12:35rotatividade
12:36muito grande,
12:37não consegue
12:38aprovar o orçamento,
12:40é primeiro-ministro,
12:41faz uma nova eleição,
12:42então consegue
12:44curar as feridas
12:46muito rapidamente,
12:48só que o Brasil,
12:49na verdade,
12:50a gente segue
12:51muito mais
12:52o modelo
12:52dos Estados Unidos,
12:55copiamos
12:56essa criação
12:57dos americanos
12:59que é
12:59o cargo
13:00de presidente,
13:03e é um fato,
13:04Madá,
13:04o brasileiro gosta
13:05de presidente,
13:06né,
13:07é,
13:07a gente é um povo
13:09menos afeito
13:10às instituições,
13:12é,
13:12e que gosta,
13:13às vezes,
13:13de um líder
13:14forte,
13:15um líder
13:15que vai lá,
13:16o Lula,
13:17o Jair Bolsonaro,
13:19né,
13:19eles atendem
13:21muito
13:21o que a população
13:23brasileira quer,
13:24e aí é fácil
13:25descambar
13:26para o populismo,
13:27e aí tem um problema
13:28estrutural,
13:29como você apontou,
13:30que é esse,
13:30a gente tem um
13:31número muito grande
13:32de partidos,
13:34e o presidente
13:34se elege
13:35sem ter maioria
13:38no Congresso,
13:39aliás,
13:39fica muito distante
13:41disso,
13:41a gente contar
13:42o número de
13:42deputados,
13:44senadores que o PT
13:45tem, por exemplo,
13:46no Congresso,
13:46hoje não dá nada,
13:48então,
13:48o presidente é obrigado
13:50a fazer
13:51acordos,
13:53que é o tal
13:53do presidencialismo
13:54de coalizão
13:55do Carlos Pereira,
13:57da FGV,
13:57ele criou esse conceito,
13:59e aí é isso,
14:00dá estatal
14:01para cá,
14:02dá cargo
14:03na Caixa Econômica
14:04ali para a turma
14:05do Arthur Lira,
14:06dá ministério aqui,
14:07cria mais um monte
14:08de ministério,
14:09é isso,
14:09é uma maneira
14:10de negociar,
14:12e aí fica uma coisa
14:13completamente
14:13torta,
14:15enviesada,
14:16e pouco eficiente.
14:18O Kertzmann,
14:20você é a favor
14:21do quê?
14:21Agora,
14:22imagina o Kertzmann
14:23que é mineiro,
14:25ele está aqui,
14:26o Duda falou
14:27presidencialismo,
14:28eu falei parlamentarismo,
14:31e o Kertzmann
14:31vai fazer o quê,
14:32Kertzmann?
14:33Eu sou presidencialista,
14:35Madá,
14:36eu gosto muito
14:37da ideia do parlamentarismo,
14:39mas em democracias
14:40muito mais maduras,
14:42e em democracias
14:42em que o controle,
14:43não só o controle político,
14:45o controle por parte
14:46da população,
14:47mas o controle judicial
14:49seja muito mais efetivo
14:51do que o nosso,
14:51porque,
14:52Madá,
14:52nessa profusão
14:53de partidos
14:54que a gente tem,
14:55e principalmente,
14:56os grandes partidos,
14:58os principais partidos,
14:59eles não estão
15:00nas mãos dos militantes,
15:01dos filiados,
15:02dos políticos
15:03desses partidos,
15:04esses grandes partidos,
15:06e a gente pode numerar,
15:07PP, PT,
15:08o MDB,
15:10União Brasil,
15:11eles têm donos,
15:12tem pessoas que mandam
15:13nesses partidos,
15:14eles não são partidos plurais,
15:15essas pessoas,
15:16eles concentram o poder,
15:18eu lembrei aqui,
15:18o Pelli,
15:19Valdemar Costa Neto,
15:20imagina,
15:21essas pessoas concentram
15:22todo o poder financeiro
15:23em suas mãos,
15:24e eles escolhem
15:25quem serão os eleitos,
15:27através do dinheiro,
15:28porque ele investe
15:29mais ou menos
15:30na campanha
15:31de qualquer candidato,
15:33seja deputado federal,
15:34a senadora,
15:35o presidente,
15:35não importa,
15:36esse manuseio do dinheiro,
15:37que conta muito
15:38na hora das eleições,
15:40não é uma,
15:40esse manuseio,
15:41não é uma escolha democrática,
15:42não é uma escolha compartilhada,
15:44é uma escolha desses donos,
15:45e aí eu acho que a gente
15:46correria muito risco
15:47desse sistema parlamentarista
15:49ser totalmente
15:50prejudicado,
15:52ser totalmente,
15:53ele justamente
15:56de encontro
15:57ao que o parlamentarismo,
15:59mundo afora,
16:00tem de melhor,
16:02tem de mais proveitoso.
16:05Olá,
16:05saí voto vencido aqui,
16:07eu sou o ministro
16:07Marco Aurélio Melo,
16:09desse STF
16:10do Papo Antagonista,
16:11e se for no chat
16:13para votar,
16:14eu vou ser voto
16:15muito,
16:16muito vencido,
16:17muito vencido,
16:18mas eu continuo
16:19sendo parlamentarista,
16:20o meu sonho
16:21é que as pessoas
16:22não saibam
16:23nem o nome
16:24do presidente,
16:26que seja tipo,
16:27sabe o presidente da Itália,
16:29que ninguém sabe,
16:30fica todo mundo
16:30vendo a Giorgia Meloni
16:32para cá,
16:32e não sabe
16:33quem é o presidente,
16:34esse é o meu sonho
16:35de presidente,
16:36é um senhor
16:38que ninguém sabe
16:39o nome dele
16:40e não precisa saber
16:41porque está funcionando,
16:42e me deixem sonhar,
16:43gente,
16:44sou voto vencido,
16:44o Brasil
16:46não concorda comigo,
16:48mas
16:48tudo bem.
16:53tchau.
16:54Tchau.
16:55E aí
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