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Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, o senador Fabiano Contarato (PT-ES), presidente da CPI do Crime Organizado, detalhou as competências das forças de segurança, ressaltando que o Brasil possui "mais de 2 mil tipos de crimes".

Contarato explicou que "apenas uma pequena parcela dos crimes são de competência da Polícia Federal", que atua de forma residual (crimes federais e contra a União).

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/WDRPXFydgs0

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Transcrição
00:00O assunto, o diretor-geral da PF, André Rodrigues, será o primeiro a prestar esclarecimentos
00:04à CPI do crime organizado no dia 18 de novembro.
00:07E o nosso entrevistado agora é o senador Fabiano Contarato, do PT, do Espírito Santo,
00:13presidente da comissão.
00:14Tudo bem, senador?
00:15Primeiro, muito obrigado por nos atender, apesar da agenda corrida nesse momento,
00:19ainda mais nesse início de trabalho na comissão, o senhor nos atende, como sempre, aqui na Jovem Pan.
00:24Grande abraço, muito obrigado.
00:25Eu que agradeço, Thiago, quero mandar um abraço carinhoso a todos vocês, a toda a equipe
00:31e a todas as pessoas que estão nos acompanhando.
00:33Muito obrigado.
00:34Senador, essa discussão que a gente vem acompanhando e agora no âmbito dessa CPI,
00:40a participação do diretor-geral da Polícia Federal pode trazer quais esclarecimentos
00:46aos parlamentares que começam a fazer essas análises, essas investigações,
00:52de um trabalho que vem a reboque dessa operação no Rio de Janeiro.
00:56E é o que o nosso repórter do Rio falou, parece que virou uma chave
00:59que a população está cada vez mais atenta e preocupada com o avanço do crime organizado
01:05aqui no Brasil.
01:06Senador.
01:07Bom, na verdade, é muito importante para que a população tenha ciência
01:12de quais são as responsabilidades diante da Constituição Federal.
01:16Então, eu falo isso com bastante tranquilidade, sem estar contaminado por qualquer campo ideológico
01:24partidário, mas eu fui delegado por 27 anos, sou professor de direito penal e processo penal.
01:29Esse é meu primeiro mandato como senador e eu tenho a plena convicção de que a segurança
01:34pública é direito de todos, mas é dever do Estado.
01:38E o artigo 144 da Constituição Federal, ela delimita quais são as competências e atribuições
01:44das polícias.
01:45Então, se você tem lá a polícia militar, que ela tem o trabalho de policiamento ostensivo
01:51para fazer o trabalho de prevenção, por isso que ela anda fardada e armada.
01:56Mas quando ocorre, e ela é subordinada à Secretaria de Segurança Pública,
02:00em contrapartida que é subordinada ao governo do Estado.
02:03E você tem a polícia civil, que tem a competência de polícia judiciária
02:08para apuração das infrações penais, coletando provas de natureza subjetiva e objetiva
02:15para remeter ao Ministério Público.
02:17E você tem, de forma residual, a competência da Polícia Federal, que aí sim, subordinada
02:24ao Ministério da Justiça e, consequentemente, ao chefe do Executivo Federal.
02:28Então, se você pegar todos os crimes do Código Penal e todos os crimes, os tipos penais
02:35da legislação penal extravagante ou especial, nós temos mais de dois mil tipos de crime.
02:41Mais de dois mil. E desses, apenas uma parcela muito pequena que é de competência da Polícia Federal.
02:49Eu não estou falando que por isso a União não tenha responsabilidade.
02:53Eu estou falando que as competências são essas.
02:56Por isso que está vindo na direção, e o chefe do Executivo remete e pede ao Congresso Nacional
03:04para que aprove a PEC da Segurança.
03:07Porque se você está recebendo um ônus cuja responsabilidade constitucional não é sua,
03:13é preciso que todos os entes federados, União, Estados e Municípios,
03:17dê a sua parcela de contribuição, porque, eu volto a falar, independente se é da competência
03:21da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal,
03:25da Guarda Municipal, não importa quem seja, nós temos que unir esforços
03:29para dar aquilo que é a garantia constitucional de que Segurança Pública é direito de todos e dever do Estado.
03:35Então, é importante que o diretor-geral da Polícia Federal venha para falar,
03:39olha, quais são as operações que estão sendo deflagradas pela Polícia Federal,
03:43quais são os campos de atuação que ela está tendo incidência, quais são os tipos penais,
03:49a competência, até mesmo a competência para julgar é da Justiça Federal,
03:54ou é dos órgãos superiores, e a Polícia Estadual, na Justiça Estadual, e assim sucessivamente.
04:01Então, é importante até mesmo para que a gente tenha esse caráter até didático, pedagógico,
04:09para entender como que funciona esse tema de Segurança Pública,
04:14que não é um tema simples, é um tema complexo,
04:17e que ele não se restringe apenas a um endurecimento de leis.
04:22Claro que eu defendo isso, defendo que haja um maior apenamento
04:25para as facções criminosas, para as milícias, para tráfico de entorpecente,
04:31para PCC, Comando Vermelho, e assim sucessivamente.
04:34Mas a gente tem que entender que nós vivemos sobre o amparo da Constituição Federal,
04:38que é a espinha dorsal do Estado Democrático de Direito,
04:41e ali estão as atribuições no artigo 144 da Constituição Federal.
04:45Pessoalmente, o senhor é favorável a que integrantes de facções criminosas compareçam à CPI
04:51para prestar esclarecimentos?
04:53De que forma vocês vão trabalhar dessa maneira?
04:55Porque isso se discutiu ontem, não é, senador?
04:59Olha, a gente tem que ser muito pragmático.
05:02Eu acho assim, eu estou muito tranquilo quando assumir essa presidência,
05:06primeiro porque eu sou a igreja da polícia,
05:10e o senador Alessandro Vieira também é a igreja da polícia.
05:13Então, a minha função enquanto presidente é não deixar essa comissão
05:17se transformar em uma pirotecnia ou discurso ideológico partidário.
05:22A gente tem que ser muito pragmático.
05:24Eu vou chamar chefe de organização criminosa para coletar qual informação dele.
05:29A gente tem que entender que nós temos frentes a serem atacadas nessa CPI
05:33de acordo com o plano de trabalho que foi ali.
05:36Nós temos ali ocupação territorial,
05:38e aí envolve tráfico de entorpecente,
05:40envolve milícias, envolve PCC, Comando Vermelho.
05:46Você tem várias facções criminosas.
05:49Depois, em outro momento, você tem um tópico só sobre lavagem de dinheiro.
05:54Então, aí você tem as fintechs, as criptomoedas, patrimônios sem lastros,
05:59e aí é importante a participação do COAF,
06:01até mesmo a possibilidade de políticos estarem interligados em crime organizado
06:08ou organização criminosa.
06:10Eu acho que passou da hora da gente dar uma resposta.
06:12A gente tem que entender que a segurança pública tem que ser contundente,
06:16mas ela não pode atuar apenas naquele que está lá a longa manos,
06:20vamos dizer assim,
06:21numa mão estendida de quem deveria estar cumprindo a função institucional.
06:25Nós temos aí também segmentos econômicos lícitos.
06:31Você tem a possibilidade de buscar bancas de advocacias
06:35que talvez possam ter qualquer conexão com lavagem de dinheiro,
06:38com crime organizado.
06:40São muitas vertentes.
06:41Então, eu fico assim, reflexivo,
06:43porque às vezes o parlamentar quer efetivamente
06:47ter um comportamento mais de pirotecnia
06:50e quer chamar quem está preso lá no sistema
06:54e isso não está no radar da CPI neste momento.
06:58Nós temos um plano de trabalho,
07:00nós temos foco,
07:01nós temos determinação,
07:03nós temos coragem,
07:04mas não só,
07:06principalmente para atingir aquele que está no andar superior,
07:12aquele que está efetivamente aí,
07:15porque é fácil,
07:16nós estamos aí,
07:18a maioria,
07:19principalmente políticos,
07:20estão aí engravatados,
07:22tem plano de saúde,
07:23tem carro blindado,
07:24tem segurança,
07:25tem uma série de coisas.
07:27Agora, vai viver na forma como a comunidade lá,
07:31no complexo do Alemão,
07:32ou de tantas favelas,
07:34só no Rio de Janeiro,
07:351.900 favelas,
07:37e que você tem ali,
07:38e que você paga para viver.
07:40Você tem que pagar para ter internet,
07:41para ter gás,
07:42para ter acesso,
07:43para ter...
07:43para tudo.
07:44Então, quando o Estado é ausente,
07:48o medo se instala,
07:50e aí vale qualquer coisa.
07:52Então, é por isso que eu acho que a gente tem que ter essa serenidade,
07:56essa sobriedade,
07:57esse equilíbrio emocional,
07:59para dar um direcionamento mais propositivo,
08:02pragmático,
08:03de prestar um serviço para a população com essa CPI do crime organizado.
08:10Senador Fabiano Contrato,
08:11vou chamar os nossos comentaristas,
08:12a próxima pergunta de Cristiano Vilela.
08:15Vilela.
08:17Senador, muito boa noite.
08:18Senador,
08:19na linha do que o senhor colocou agora,
08:22no sentido de que,
08:23quando há ausência do Estado,
08:25o medo se instala,
08:27eu acompanhei uma entrevista do senhor,
08:29hoje, na imprensa,
08:30colocando que o campo progressista,
08:33não pode romantizar,
08:34tem que deixar de romantizar,
08:36um pouco a questão do crime.
08:37Inclusive, o senhor até fez, nos últimos dias,
08:40uma observação sobre a fala do presidente Lula também,
08:43que talvez não tenha se colocado da forma mais adequada.
08:46Na sua visão,
08:47senador,
08:47o campo progressista,
08:49de uma forma geral,
08:51ele se equivoca,
08:52quando o tema é segurança pública,
08:54talvez,
08:55no afã de querer promover defesas,
08:57muitas vezes justas e legítimas,
08:59na área dos direitos humanos,
09:00mas há um certo exagero nas colocações,
09:04de uma forma que acaba deixando,
09:05num segundo plano,
09:06a necessidade de segurança pública,
09:09que é uma necessidade
09:10que se relaciona a toda a sociedade,
09:12ricos e pobres,
09:13de uma forma geral?
09:15Cristian,
09:16olha,
09:16muito obrigado pela pergunta,
09:18pela oportunidade,
09:18eu sou muito transparente,
09:20eu,
09:20desde quando eu assumi a liderança do PT no Senado,
09:24eu sempre tenho feito esse tipo de proposição e reflexão,
09:28eu acho que passou da hora,
09:30passou da hora,
09:32de nós,
09:33do campo progressista,
09:34entendermos,
09:35que segurança pública,
09:37não é uma pauta exclusiva,
09:40do campo da direita,
09:41ou extrema direita,
09:42nem tão pouco de políticos conservadores,
09:45segurança pública,
09:46é uma pauta,
09:47de todos os partidos,
09:50eu não tenho,
09:50passou da hora,
09:51de nós também falarmos,
09:53por exemplo,
09:54que direitos humanos,
09:55por que que nós,
09:56é atribuído ao campo progressista,
09:59o estigma de que direitos humanos,
10:03nós lutamos pelos direitos humanos,
10:05apenas daquelas pessoas que estão cerceadas de sua liberdade de ir e vir dentro do sistema prisional.
10:10Nós temos que falar que direitos humanos é um conjunto de direitos naturais que toda pessoa tem,
10:16independente da raça,
10:17cor,
10:17etnia,
10:18religião,
10:18origem,
10:19orientação sexual,
10:20e quando esses direitos naturais,
10:22eles entram em um ordenamento jurídico,
10:24como é o caso da Constituição Federal,
10:27eles são elegidos à categoria de direitos fundamentais,
10:31e aí,
10:31em 1979,
10:33o jurista Carol Vazak,
10:36inspirado pelos princípios da Revolução Francesa,
10:39liberdade,
10:39igualdade,
10:40fraternidade,
10:41ele elencou uma geração de direitos humanos,
10:44de primeira,
10:44segunda e terceira,
10:45e há quem fala em uma quarta geração de direitos humanos.
10:47Dentre todos esses direitos humanos,
10:50nós temos,
10:50obviamente,
10:51os direitos da população carcerária,
10:53mas também nós temos que falar que direitos humanos é para atender as famílias dos policiais que são alvejados em confronto para defender a população.
11:03Nós temos que falar que direitos humanos também é para atender aos órfãos das vítimas de feminicídio,
11:09que, infelizmente, o Brasil ostenta colocações assustadoras.
11:14Nós temos que falar que direitos humanos também é para atender as vítimas dos crimes contra a dignidade sexual.
11:21Então,
11:22eu acho que essa forma de comunicar direitos humanos,
11:26essa forma de entender que eu posso ser progressista,
11:30eu posso lutar para,
11:33claro,
11:33eu morro defendendo direitos humanos,
11:35eu sou um ativista,
11:37defensor de direitos humanos,
11:38mas nem por isso eu posso passar para a população nem a sensação,
11:44mas a certeza da impunidade.
11:46Eu tenho a minha consciência tranquila.
11:48Eu ainda era líder do PT no Senado quando eu fui chamado para dar minha opinião sobre a saidinha.
11:54E eu fui claro.
11:56Eu falei, olha, eu sou professor nessa área.
11:59Você vai pegar um homicídio doloso,
12:01disparo de arma de fogo,
12:03intencional.
12:04Está no artigo 121 do Código Penal.
12:06Matar alguém, pena de seis a vinte anos.
12:09A tendência do direito penal moderno,
12:11por uma questão de política criminal,
12:13é condenar no mínimo.
12:14Mas vamos supor que não foi condenada a seis,
12:16foi condenada a nove anos de reclusão.
12:18Com um sexto da pena,
12:20aquele autor que violou o principal bem jurídico,
12:23que é a vida,
12:24já sai para o regime aberto.
12:25A cada três dias trabalhado,
12:27remissão de pena pelo trabalho.
12:29Um terço da pena,
12:30livramento condicional.
12:31No final do ano,
12:33indulto com mutação de pena.
12:34Você vai dar ainda 35 dias
12:36para esse preso sair?
12:38Como que eu explico
12:39para uma mãe que perdeu o filho
12:40por disparo de arma de fogo
12:42intencional, doloso,
12:44que aquele cara que foi condenado
12:46há nove anos
12:47não vai ficar um ano e oito meses preso?
12:49Então eu tenho que entender
12:50que eu tenho que lutar
12:52para que...
12:53Porque o crime é um fenômeno social
12:55e todos nós temos interesse
12:56na redução desse fenômeno.
12:58E para isso nós temos que implementar
13:00a escola em tempo integral,
13:01temos que ter saneamento básico,
13:03saúde pública, alimentação adequada,
13:05a população tem que ter
13:06a pacificação social.
13:08Nós temos que tirar o jovem
13:09da possibilidade dele não ser
13:11flertado com o tráfico
13:14ou com as milícias.
13:15Mas se ele optar
13:16por praticar um crime,
13:18eu tenho que dar,
13:19de acordo com a extensão
13:20e a proporção do ato
13:22e da gravidade que ele praticou,
13:24uma responsabilidade.
13:26Porque senão você vai passar
13:27não a sensação,
13:29mas a certeza da impunidade.
13:30Então eu acho que são coisas
13:32que coexistem.
13:34E isso, claro,
13:35que historicamente
13:37o Partido dos Trabalhadores
13:38ele vem das lutas
13:40pelos direitos dos trabalhadores.
13:41Ele vem da luta
13:42pelos movimentos sociais,
13:44pelos direitos humanos
13:45na sua extensão.
13:46Então, talvez fique com essa...
13:49Esse receio de enfrentar
13:51esse tema
13:52e prioriza efetivamente
13:55aquelas políticas públicas
13:56para a redução da desigualdade
13:58que é extremamente legítima
13:59e que eu defendo.
14:00Mas eu, enquanto senador,
14:02enquanto ex-delegado e professor,
14:04eu não tenho dúvida
14:05que passou da hora
14:06do campo progressista
14:07falar com seriedade,
14:11com sobriedade,
14:12com técnica
14:13e com os pés no chão,
14:15com a realidade da população
14:17que nós temos, sim,
14:19que falar em segurança pública
14:21e até mesmo,
14:23se for o caso,
14:24muitas vezes
14:24para aumentar penas.
14:27Porque não é só
14:28não só no aspecto.
14:29Porque se você pega
14:30a lei de execução penal,
14:31o Código Penal,
14:32todos esses direitos
14:34que eu elenquei para você,
14:36que faz com que
14:36uma pessoa condenada
14:37a nove anos
14:38não fica nem um ano
14:39e oito meses preso,
14:40é isso que a gente
14:41tem que repensar.
14:42Outro ponto
14:42que eu quero destacar.
14:44Eu fui autor,
14:45eu estava na rede
14:47de sustentabilidade
14:47quando apresentei
14:48um projeto de lei
14:49para aumentar
14:49período de internação
14:50para adolescentes
14:51de conflito com a lei.
14:52Ora,
14:53aqui no Espírito Santo,
14:54na escola em Aracruz,
14:55um rapaz de dezesseis anos
14:56entrou com duas armas
14:58do pai,
14:58que é policial militar,
15:00e matou quatro pessoas,
15:01um estudante,
15:02três professores
15:03e deixou dezenas feridas.
15:04Ele já vai ser solto agora.
15:06Eu busquei no G20,
15:08o Brasil é o mais permissivo.
15:10Aprovei o projeto de lei
15:11aumentando de três anos
15:13para cinco anos
15:13de internação
15:14e se for praticado
15:16com violência,
15:16grave ameaça,
15:17equiparada de onda,
15:18tráfico de lixo de salpacente,
15:19pode chegar a dez anos
15:21de internação.
15:22Aí sim,
15:23eu acho que a gente
15:24começa a dar
15:25essa resposta à população,
15:28não com punitivismo exacerbado,
15:31mas tratar igualmente
15:32os iguais
15:33na medida que eles se desigualem.
15:34Eu acho que é esse o caminho
15:36e eu espero
15:37que dentro do partido
15:40eu já venho fazendo
15:41essa reflexão
15:42e eu acho que o partido
15:44também está imbuído
15:45de abraçar
15:46e de refletir
15:50e de efetivamente
15:51ser mais propositivo
15:52nessa pauta.
15:53Perfeito.
15:53Senador,
15:54temos mais um tempinho
15:55ou o Acácio Miranda
15:56vai fazer
15:56uma rápida pergunta.
15:58Acácio.
15:59Senador,
16:00boa noite.
16:01Em complementação
16:02às suas duas respostas
16:03anteriores,
16:04nós sabemos
16:05que por vezes
16:06os parlamentares
16:07não têm muito craquejo
16:09na condução
16:10das CPIs.
16:11Não faz parte
16:12necessariamente
16:12do dia a dia deles
16:14a condução
16:15de uma investigação.
16:16especialmente
16:17num momento
16:18polarizado
16:20como o nosso
16:20onde o tema
16:22o objeto
16:22da CPI
16:23já é tratado
16:25dentro dessa polarização.
16:27Há quem defenda
16:28o PL
16:29da equiparação
16:30com o terrorismo,
16:31há quem defenda
16:32a PEC
16:32da segurança pública.
16:35É possível
16:35que essa CPI
16:36nesse contexto
16:37chegue a resultados
16:39efetivos
16:40ou é muito difícil?
16:43Olha,
16:44obrigado mais uma vez
16:45por esse questionamento
16:46que eu acho
16:46extremamente irrelevante.
16:48Eu acho que
16:49tanto eu,
16:50volto a falar,
16:50tanto eu
16:51quanto o relator,
16:52nós temos um perfil
16:53mais...
16:55Por favor,
16:56eu estou aqui
16:57despido de vaidade.
16:58Não é esse o objetivo.
17:00Estou falando
17:00que a gente tem
17:01um perfil mais técnico,
17:03mais pragmático.
17:04Então, veja,
17:05que eu mal...
17:06No dia que eu fui
17:08eleito presidente,
17:08eu já aprovei
17:10o plano de trabalho
17:11e já aprovei
17:11os requerimentos.
17:13Aprovei, inclusive,
17:13requerimento pedindo
17:15que o presidente
17:16Hugo Mota
17:18paute em regime
17:19de urgência
17:20esses projetos
17:21que eu citei.
17:22Por exemplo,
17:22que altera o Estatuto
17:23da Criança e do Adolescente
17:24aumentando o período
17:25de internação.
17:27Então,
17:27eu acho assim,
17:28a gente tem muito
17:29para dar uma resposta
17:31e desculpa
17:33quem me perguntou
17:34foi o Thiago,
17:34eu não sei se foi o Thiago.
17:35Foi o Acácio,
17:36senador,
17:36o Acácio.
17:37Perdão,
17:37perdão, Acácio.
17:38Eu gosto muito
17:41de falar uma frase
17:42que era até
17:42de um poeta
17:44que foi ex-senador
17:45que ele diz
17:46que não há nada
17:47mais poderoso
17:48do que uma ideia
17:49quando o seu tempo
17:50chega.
17:51Às vezes você tem
17:52uma ideia muito boa,
17:54mas não é o tempo
17:55daquela ideia.
17:56Eu quero acreditar
17:58que, infelizmente,
18:00diante dessa
18:01tragédia
18:02que vitimou
18:03121 pessoas,
18:04que não restituiu
18:06a pacificação social,
18:09que não prendeu
18:10o número 2
18:11do comando vermelho
18:12que era o DOCA,
18:13e que, infelizmente,
18:15nós tivemos
18:15quatro policiais mortos,
18:16dezenas de feridos,
18:18e que não houve
18:19uma restituição
18:21dessa tranquilidade.
18:23Eu quero acreditar, sim,
18:25que esse chegou o momento,
18:27mesmo com essa tragédia,
18:29assim como tantas outras,
18:30da gente,
18:31de nós parlamentares,
18:33darmos essa resposta.
18:34assim como
18:35no poder judiciário
18:37existe um jargão
18:38de uma frase
18:39muito famosa
18:40de Rui Barbosa
18:41que diz
18:41justiça atrasada
18:43não é justiça,
18:44senão injustiça
18:45qualificada e manifesta,
18:47o poder legislativo também.
18:49Ele tem que ser
18:49mais célebre
18:50na resposta
18:51que ele vai dar
18:52para a sociedade,
18:54principalmente
18:55no tema
18:56de segurança pública.
18:57Então, eu tenho
18:57a tranquilidade
18:58de que ali
18:59eu quero blindar,
19:02eu quero
19:02efetivamente,
19:03evitar que essa CPI
19:06se torne um palco
19:07para pirotecnia
19:09ou para discurso
19:10de oposição
19:12ou da base do governo,
19:16nada disso.
19:16Nós temos que focar
19:17no problema
19:18e ver quais são
19:19as respostas
19:20que nós vamos dar
19:21de forma concreta.
19:23Se for no âmbito
19:23legislativo,
19:24o que vai ser feito?
19:25Se for no âmbito
19:26executivo,
19:27em termos de orçamento,
19:28porque para falar
19:29em segurança pública,
19:30o que nós temos
19:30que investir
19:31vai ser feito.
19:33O que foi
19:33na integração
19:34dos entes federados,
19:36União,
19:36Estados e Municípios
19:37e das polícias,
19:39qual é a resposta
19:40que a gente vai dar
19:40para efetivamente
19:42a gente ter
19:43a plena convicção
19:44da gente reduzir,
19:45infelizmente,
19:47essa tragédia
19:48que é
19:48aquilo que está
19:50incomodando
19:50e incomoda
19:51todos nós.
19:52Não é diferente
19:52aqui no Espírito Santo
19:53que é
19:54essa insegurança,
19:56então,
19:57a segurança pública
19:57como direito de todos
19:58esse dever do Estado.
19:59Eu acredito muito
20:00na condução
20:01de forma firme,
20:03de forma
20:03republicana,
20:05serena,
20:06coerente,
20:07e eu acho
20:08que ali no Senado
20:08a gente tem
20:09um terreno
20:10mais amistoso
20:13no sentido
20:13de que a gente
20:14tenha responsabilidade
20:15com a população
20:16como um todo.
20:18É esse o meu objetivo.
20:19Perfeito.
20:20Senador Fabiano Contarato,
20:21presidente da CPI,
20:22que vai investigar
20:23o crime organizado
20:24do PT e do Espírito Santo.
20:26Muito obrigado
20:26pela atenção,
20:27pela gentileza.
20:27Volto sempre
20:28para a gente continuar
20:29falando sobre a segurança
20:29pública aqui no Brasil.
20:31Muito obrigado.
20:32Eu que agradeço.
20:32Um abraço carinhoso
20:33de todos e todas.
20:34Obrigado.
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