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O presidente Lula (PT) afirmou que a megaoperação no Rio de Janeiro, comandada pelo governador Cláudio Castro (PL), foi uma "matança". O presidente também classificou a ação, que resultou em 121 mortos, como "desastrosa". Reportagem: Rodrigo Viga.

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Transcrição
00:00E falando em mega-operação no Rio, vou chamar também o nosso Rodrigo Viga, porque o presidente da República está lá em Belém do Pará para participar da COP30.
00:07Mas numa entrevista a agências internacionais, ele abordou a mega-operação no Rio.
00:12O Viga não está disponível aqui? Não? Então daqui a pouco a gente vai chamar o Viga para falar, tá?
00:19Fale Viga! Tá sim. Conta pra gente então o que disse o presidente da República que chamou a operação de matança.
00:25Fala Cine, tudo bem? Boa tarde pra você, pra nossa bancada, especialmente pro nosso ouvinte espectador e internauta da Jovem Pan desse 3 em 1.
00:38Matança é uma ação desastrosa. Essas foram algumas palavras ditas, alguns adjetivos, algumas classificações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva,
00:48em relação à operação da semana passada aqui na Penha, no Alemão, que resultou na morte de 121 pessoas.
00:55Quatro agentes de segurança, dois policiais civis e dois militares e 117 acusados de ligação com o Comando Vermelho,
01:03corpos já liberados, praticamente todos identificados.
01:07Foi durante uma entrevista que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, deu a agências internacionais,
01:13a agência Reuters e também a agência France Press, depois de uma passagem por Belém do Pará.
01:20Pois bem, meu caro Cine, ouvinte, espectadores e internautas desse 3 em 1, o mandatário brasileiro chegou a dizer que vai requisitar
01:27que a Polícia Federal faça uma perícia nesses corpos, uma espécie de trabalho paralelo àquele que foi desenvolvido pela Polícia Civil,
01:38pelo Instituto Médico Legal, para saber em que condições essas 121 pessoas morreram na mega-operação da semana passada.
01:46Vamos ouvir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
01:50Vamos ver se a gente consegue fazer essa investigação, porque a decisão do juiz era uma ordem de prisão,
01:56não tinha uma ordem de matança e houve a matança.
01:59Eu acho que é importante a gente verificar em que condições ela se deu.
02:06Esse, então, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, já procurei algumas fontes aqui no Estado,
02:11não repercutiu muito bem essa declaração do mandatário brasileiro, até porque os adjetivos usados por aqui são completamente diferentes.
02:19A operação foi um sucesso, que praticamente todos tinham ligação com o Comando Vermelho,
02:25dentre esses que já foram identificados, 115, de um total de 117.
02:30E quem estava naquela zona de mata, na Serra da Misericórdia, na Floresta da Misericórdia,
02:35estava pronto para o conflito ou para o confronto, não estava assistindo o sol nascer
02:41ou contando nuvens e estrelas no céu.
02:45Meu caro Cine, hoje, só para fechar, nós tivemos a primeira reunião daquele escritório,
02:50que foi criado na semana passada, a Emergencial de Combate ao Crime Organizado.
02:54Reunião a portas fechadas entre o secretário de Segurança Pública do Estado, Victor Santos,
03:00delegado da Polícia Federal, e o secretário nacional de Segurança Pública,
03:04ligado ao Ministério da Justiça, Mário Sarrubo.
03:07O que a gente pode apurar até agora?
03:09Aquelas promessas, arestas aparadas e uma tentativa de uma maior ajuda do governo federal ao governo fluminense.
03:16Força Nacional pode vir a patrulhar daqui para frente,
03:19vias expressas como Avenida Brasil, linha amarela e também linha vermelha.
03:25Polícia Federal reforçando cifra e fico, que são ferramentas de combate ao crime organizado.
03:31E Polícia Rodoviária Federal fazendo aquilo que está previsto no seu estatuto e na Constituição,
03:37patrulhando as rodovias federais que cortam o estado do Rio de Janeiro.
03:41Meu caro Cine.
03:42Muito obrigado, Rodrigo Viga. Volte sempre ao nosso 3 em 1, meu amigo.
03:45Você é sempre muito bem-vindo por aqui.
03:47Eu quero trazer mais uma vez, então, a fala do presidente da República
03:50para ouvir os nossos amigos depois.
03:52Prestem atenção, tá? Vamos lá.
03:54Vamos ver se a gente consegue fazer essa investigação,
03:57porque a decisão do juiz era uma ordem de prisão.
04:01Não tinha uma ordem de matança.
04:02E houve a matança.
04:04Sabe, eu acho que é importante a gente ficar em que condições ela se deu.
04:09Bom, não tinha uma ordem para matança e foi uma matança.
04:11E eu estava brincando aqui com eles quando chamei a atenção para que eles prestassem atenção, tá?
04:15Eles sempre estão de olho aqui no que rola no nosso 3 em 1.
04:18Eu quero saber de você, Alangani, o quanto repercute uma fala do presidente da República
04:22num evento relevante como a COP30, com várias outras autoridades do mundo todo
04:29e também para agências internacionais,
04:31numa operação que também ficou reconhecida lá fora por meio da imprensa internacional
04:36e que ele chama agora de matança.
04:37Qual é a tua análise?
04:39Olha, para a comunidade internacional, para esse evento lotado ali de políticos,
04:44burocratas, muitos de orientação progressista, talvez pegue bem,
04:48porque eles têm aquela ideia que o bandido é vítima da sociedade, nunca é culpado,
04:52existe um determinismo social.
04:54Agora, para a população aqui no Brasil, pega muito mal.
04:58Para a população de verdade, gente de carne e osso que convive com o dia a dia do crime,
05:06inclusive nós aqui, isso pega muito mal.
05:09Por quê?
05:10Porque, na verdade, o que houve ali, de fato, a polícia foi cumprir um mandado de segurança.
05:16Só que quando ela chegou lá, ela foi recebida a balas,
05:19ela foi recebida a granadas, a drones.
05:21Ela não foi recebida com flores,
05:23diz, ah, pode aqui, cumpra o seu mandado de segurança.
05:26Pelo contrário, os policiais foram recebidos a chumbo.
05:30E aí, não há outra maneira.
05:32Eles têm que reagir.
05:33Então, foi legítima defesa por parte dos policiais.
05:37Ô, Piperno, um argumento utilizado por aqueles que defendem essa operação
05:41é a quantidade de armas que foram apreendidas.
05:44Foram mais de 70 fuzis.
05:46Ou seja, provavelmente a polícia não conseguiria cumprir esses mandados de maneira tranquila,
05:50tendo ali, no local em que ela ocupou e etc.,
05:56mas pessoas empunhando mais de 70 fuzis.
06:01Como é que você avalia esses detalhes?
06:03Também, pouco do que foi trazido aqui pelo nosso Alan Ghani.
06:05E a fala do presidente da República de que foi uma matança?
06:09Inicialmente, fuzis, em sua maioria, made in Santa Bárbara do Oeste, né?
06:14Conforme ficamos sabendo agora.
06:16E alguns até em Belo Horizonte, né?
06:18Afinal de contas, a fábrica de produção desse arsenal criminoso
06:25também tinha a sua filial em Minas Gerais.
06:28Dois estados, coincidentemente, governados por, enfim, governadores
06:33que se gabam de ter reduzido bastante os índices de criminalidade.
06:37Mas o que eu queria dizer é o seguinte.
06:40Foi uma operação em que o número de mortes foi, inclusive,
06:44muito superior ao número de armas apreendidas.
06:46Isso é uma coisa um pouco estranha.
06:49De qualquer forma, está muito cedo ainda
06:52para um julgamento definitivo a respeito das circunstâncias.
06:58É evidente que uma operação que mata mais de 120 pessoas,
07:03eu não sei se ela pode ser considerada, de fato,
07:07uma operação tão bem sucedida assim.
07:09Alguma coisa me parece ter dado errado.
07:11Até porque quando os criminosos fugiram para a mata,
07:14a polícia estava lá esperando.
07:16E algo que, do ponto de vista estratégico,
07:19foi muito bem desenhado,
07:21porque eles viram que, da outra vez,
07:24os criminosos fugiram lá pela montanha e depois pela mata.
07:30Provavelmente, eles sabiam que eles tentariam repetir isso agora.
07:34No final da tarde, nós chegamos a ver imagens
07:37que nós aqui nesse programa, inclusive,
07:39comparamos com aquelas de 2010.
07:42Só que o que a gente não sabia
07:45era exatamente o desfecho.
07:47Que aqueles criminosos fugindo pela mata,
07:51eles acabaram, então, encontrando o cerco policial.
07:54Perfeita ação estratégica da polícia em relação a isso.
07:58Agora, o que ocorreu quando houve esse choque,
08:02nós não sabemos.
08:04E é isso, sim, que precisa ser muito bem periciado e investigado.
08:09É óbvio que a população que está no morro,
08:11ela quer se ver cada vez mais,
08:13quer que esses criminosos vão todos para o inferno.
08:17É um direito dela.
08:18Ela está lá, vivendo aquilo, enfim, no dia a dia.
08:21Mas, eu acho também que o Brasil é um país
08:25que não tem ainda a pena de morte.
08:28Então, por isso, é necessário se cumprir a lei.
08:32Eu gosto de ver, por exemplo, quando bandidos
08:34como Marcola e Fernandinho Beramar
08:37acabem apodrecendo na cadeia.
08:39Agora, 4h36min, quem nos acompanha pela rádio,
08:42um rápido intervalo.
08:43Daqui a pouco espero vocês.
08:44Nas outras plataformas, seguimos.
08:46Zé Maria Trindade, o Piperno traz aqui
08:48várias informações que ainda precisam vir à tona
08:50para a gente entender, de fato,
08:51o que aconteceu naquela operação.
08:53E, a partir disso, eu te pergunto.
08:54O presidente da República se adiantou
08:56em chamar de matança
08:58ou, diante do número de pessoas mortas na operação,
09:02se trata, literalmente, de uma matança?
09:04É, foi uma matança, mas uma matança
09:08que os policiais ali julgaram necessárias
09:11para se defender.
09:13A impressão que eu fiquei, ao contrário do que o Piperno fala
09:16de que cercaram os bandidos,
09:17os policiais foram cercados.
09:19As imagens são muito claras.
09:23Não acho que deu errado.
09:24Deu errado.
09:25A operação deu errado.
09:26Os policiais não saíram de casa dispostos a morrer?
09:29Morreram quatro.
09:31Dois civis e dois militares, né?
09:33Não saíram assim para morrer.
09:34E outros que estão feridos
09:37e alguns ainda em estado grave, né?
09:40Não saíram para isso.
09:42Então, deu algo errado.
09:43Mas a polícia tem que estar preparada
09:45para o algo que dá errado.
09:47E ali houve uma demonstração clara
09:49de que a polícia teve dificuldades.
09:52Foram quatro vítimas.
09:53Eu não acredito, não existe essa história
09:56de que o policial tem que dar a sua vida para a sociedade.
09:59A sociedade quer ele vivo, combatendo.
10:02E, pelo lado criminoso,
10:04o bandido bom não é o bandido morto.
10:06O bandido bom é aquele julgado e preso.
10:08E preso numa penitenciária
10:09de segurança máxima nesses casos, né?
10:12Então, assim, é evidente que deu errado a operação,
10:15porque ninguém saiu com esse objetivo.
10:17Mas, no transcurso do cumprimento dos mandados,
10:22houve necessidade até de defesa.
10:24Ali, ou os policiais se renderiam,
10:29colocariam as mãos para cima,
10:31entregariam as armas e seriam massacrados,
10:34seriam humilhados, seriam torturados e mortos.
10:38Não tinha outra opção.
10:40E a polícia mais treinada levou vantagem.
10:43O número de fuzis apreendidos
10:46menor do que o número de corpos,
10:48porque a polícia não tinha segurança
10:51para fazer a varredura da área.
10:53Logo depois do embate,
10:55a polícia não tinha segurança de ir lá
10:56recolher corpos e fuzis.
10:59Quem recolheu os corpos foi a população.
11:01E é evidente que a população
11:03que levou para a rua
11:04para fazer aquela fotografia
11:06não levou os fuzis.
11:09Ficaram com os fuzis.
11:10Os fuzis estão lá.
11:11Outros, mais cem fuzis estão lá.
11:14Me disseram aqui representantes
11:17de secretários de segurança pública
11:20de que lá estava o QG do crime organizado no país.
11:23São bandidos, chefes de facção
11:26que estavam sendo monitorados
11:28com monitoramento legal autorizado
11:31e o telefone apitava no Rio de Janeiro,
11:34exatamente lá.
11:35Então havia essa informação
11:37de que os chefes de várias regiões
11:39estavam ali
11:41numa espécie de proteção geral
11:42do forte a parte da bandidagem.
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