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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou neste domingo (02) a preservação integral das provas da megaoperação policial que aconteceu no Rio de Janeiro. O ministro seguiu um pedido feito pela Defensoria Pública da União (DPU). Acompanhe a análise de Cristiano Vilela e Roberto Motta.

Confira na íntegra em: https://youtube.com/live/rZZraQkQe2c

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Transcrição
00:00Vamos voltar a Brasília a falar da mega operação que aconteceu na semana passada no Rio de Janeiro.
00:05O ministro Alexandre de Moraes determinou ontem a preservação integral das provas da mega operação.
00:12O Igor Damasceno tem detalhes sobre este tema, porque o ministro seguiu um pedido, né Igor, feito pela Defensoria, foi isso?
00:22É isso mesmo, Soraya. Foi um pedido protocolado pela Defensoria Pública da União no Supremo Tribunal Federal
00:29e que o ministro Alexandre de Moraes atendeu.
00:32De acordo com a decisão que foi tomada ontem, o ministro determinou a preservação de todas as provas.
00:39Isso inclui perícias e cadeias de custódia.
00:43Isso é para saber se há algum tipo de abuso, algum tipo de abuso de autoridade
00:50ou se algum policial acabou extrapolando além das suas funções.
00:55Então, devem ser preservados os vestígios de crimes e assegurada a independência técnica das perícias
01:02em investigação de crimes contra a vida.
01:05Esse foi o pedido da Defensoria Pública da União, a qual o ministro Alexandre de Moraes atendeu prontamente.
01:12Inclusive, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, já foi intimado dessa decisão do ministro Alexandre de Moraes.
01:21Então, todas as provas que foram colhidas depois dessa mega-operação serão inteiramente preservadas
01:28para avançar nas investigações e saber se houve algum tipo de abuso policial
01:33e se o que está determinado na ADPF das favelas foi, então, cumprido pelo governo do Rio de Janeiro.
01:40O ministro Alexandre de Moraes ainda determinou às 10 horas da manhã de hoje, ou seja, daqui a pouquinho,
01:45uma audiência com integrantes do governo do Rio de Janeiro e ativistas dos direitos humanos
01:51para falar em torno dessa mega-operação que resultou na morte de 121 pessoas, incluindo quatro policiais.
02:00O ministro Alexandre de Moraes é o relator temporário da ADPF das favelas.
02:05E por que isso?
02:06Porque o relator original, o ministro Luiz Roberto Barroso, se aposentou mais cedo.
02:11E até o momento, o presidente Lula não indicou e o Senado não aprovou o substituto do ministro Alexandre,
02:19aliás, do ministro Luiz Roberto Barroso.
02:22Então, Moraes assumiu interinamente, temporariamente, a relatoria dessa ADPF das favelas
02:29e então fixou essa regra justamente para que as provas sejam preservadas
02:35e um avançar nas investigações seja mais efetivo.
02:39Soraya.
02:39Igor, ainda falando dessa mega-operação no Rio de Janeiro, o ministro Gilmar Mendes respondeu
02:45às críticas feitas pelo governador Cláudio Castro e afirmou que o Supremo não proibiu
02:51operações policiais.
02:53O que mais o ministro disse?
02:56Só para a gente contextualizar em torno desse assunto, Soraya, em abril, o Supremo Tribunal
03:01Federal, no âmbito da ADPF das favelas, fixou regras a respeito das operações em comunidades,
03:08tal qual aconteceu na semana passada nos complexos da Penha e do Alemão.
03:13A ideia do Supremo Tribunal Federal é combater a letalidade policial.
03:19No ano passado e no início deste ano, houve muitas denúncias em torno de abuso de autoridades
03:25de policiais.
03:27Isso acabou, então, sendo um assunto discutido em abril deste ano no Supremo Tribunal Federal.
03:32Então, o ministro Gilmar Mendes determinou um plano de reocupação dessas duas comunidades
03:38por parte do governo do Rio de Janeiro.
03:41E aí, Cláudio Castro respondeu, disse ao ministro que, na verdade, a mega-operação
03:46teria sido ainda mais exitosa se, por acaso, o STF não tivesse atrapalhado com esse entendimento
03:54fixado em abril.
03:55Gilmar Mendes rebateu em uma conta no EX, o antigo Twitter, ele disse o seguinte, abre
04:01aspas, o tribunal apenas estabeleceu parâmetros para que essas ações sejam planejadas, proporcionais
04:08e transparentes, com o objetivo de reduzir mortes e proteger vidas, tanto de civis quanto
04:15de agentes públicos, fecha aspas.
04:18Então, foi um verdadeiro toma-lá-da-cá entre o governador do Rio de Janeiro e o decano do
04:23Supremo Tribunal Federal.
04:25Um acusa o STF de atrapalhar a mega-operação com regras e o outro diz que, na verdade, essas
04:32regras foram colocadas para proteger a vida de pessoas que não têm nada a ver com o crime
04:37organizado ou dos agentes públicos, como os policiais que participaram dessa mega-operação.
04:44Voltamos ao estúdio.
04:45Obrigada, Igor Damasceno, conversando com a gente ao vivo direto de Brasília.
04:49Tema para mais uma análise aqui no Jornal da Manhã, com o Roberto Mota, também Cristiano
04:53Vilela.
04:55Mota, desde a semana passada que a gente vem reforçando que essa mega-operação tem
04:59sido utilizada como um objeto de embate entre governo e oposição, já de olho no ano
05:04que vem, eleição 2026.
05:08Como que você enxerga essas críticas e está faltando estratégia a longo prazo?
05:13Não, Soraya, está faltando bom senso e informação.
05:20A DPF 635 deu uma decisão em 2020, determinando a suspensão das operações policiais nas
05:31comunidades do Rio de Janeiro, a não ser que elas obedecessem a uma série de critérios.
05:38critérios que não vieram da polícia, critérios que foram decididos por juristas.
05:45Mas o fato de você ser um jurista não dá a você conhecimento das operações policiais.
05:53Isso já foi dito por ninguém menos que um dos maiores juízes da Suprema Corte americana,
06:00Antonin Scalia.
06:01Ele disse que o fato de alguém ter feito uma faculdade de direito não dá a essa pessoa
06:06conhecimento sobre a tática policial, que são decisões que têm que ser tomadas em
06:13frações de segundo, que têm que ser tomadas considerando-se o terreno das comunidades.
06:19Muitas aqui no Rio de Janeiro têm uma arquitetura, uma disposição urbana que lembra vilas medievais
06:26e são regiões controladas pelo narcotráfico.
06:30Como eu já disse antes, isso não é um assunto para uma corte constitucional.
06:36Na verdade, quando a corte se envolveu nesse assunto, a situação do Rio de Janeiro ficou
06:42muito pior, porque o Rio virou refúgio para criminosos vindos de outro estado.
06:48Há muito tempo, a polícia carioca alerta que essa situação está atingindo proporções
06:56gravíssimas e vai resultar em grande perda de vidas.
07:01Foi o que aconteceu.
07:03Cristiano Vilela, como é que você vê essa discussão com a participação do Supremo
07:08Tribunal Federal?
07:09Mas como o Bota bem relata, é a polícia que sabe onde está pisando, que sabe como
07:15entrar num terreno que é dominado por traficantes ou até mesmo por milicianos, é possível
07:22a gente chegar num consenso de atuação nesses casos ou, Vilela, o outro te parece distante?
07:29Olha, me parece que em termos práticos se encontra distante, mas ele é bastante possível.
07:34E é bastante possível à medida que a gente coloque cada coisa no seu devido lugar.
07:39O papel das forças policiais é o de ter uma atuação ostensiva, especialmente em territórios
07:46dominados pelo crime organizado.
07:48Não se vai adentrar num território que tem o domínio, tem o controle, é fechado pelo
07:54crime organizado, não se vai adentrar com flores, dando bom dia a todos, tomando cafezinho,
08:01sem armas em punho.
08:02Ora, as forças policiais são recebidas a bala, são recebidas a tiro de fuzil.
08:07Não dá para se promover qualquer tipo de operação sem o emprego de força ostensiva.
08:14E é natural que diante de uma recepção como essa, as forças policiais também tenham
08:20que atirar, também tenham que se estruturar, que se movimentar, como forma de buscar garantir
08:26a segurança.
08:27Infelizmente, nós temos hoje no território nacional, não apenas no Rio de Janeiro, mas
08:32no Rio de Janeiro isso fica mais evidenciado, determinados pontos que são dores.
08:37dominados por facções criminosas e onde o Estado não entra.
08:41E justamente para permitir que o Estado possa entrar e possa libertar os milhões de pessoas
08:48do bem que moram nessas regiões sob medo dessas organizações criminosas, é que é necessário
08:55que haja a incursão de forças policiais, usando a força na medida necessária para esses
09:01atos, para que com isso a gente possa, de alguma forma, tentar voltar a ter uma normalidade
09:07para a vida desses milhões de brasileiros que são acabados, deixados de lado, sob o
09:12pretexto de se proteger, de se proteger a segurança dessas pessoas, quando na verdade o que se mantém
09:19é um status quo, onde essas pessoas acabam permanecendo sob domínio de criminosos.
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