Genética e fatores alimentares podem impactar no câncer de mama? Oncologista explica | CHECK UP - Vídeo Dailymotion

Jovem Pan News

No Check Up desta semana, o doutor e apresentador, Claudio Lottenberg, recebe o mastologista e oncologista Antônio Frasson, para uma conversa sobre câncer de mama. Saiba como a genética e fatores alimentares podem impactar no desenvolvimento da doença, além da importância dos exames diagnósticos.  Apresentador: Cláudio Lottenberg Entrevistado: Antônio Frasson  Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/  Inscreva-se no nosso canal: https://www.youtube.com/c/jovempannews  Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S  Entre no nosso site: http://jovempan.com.br/  Facebook: https://www.facebook.com/jovempannews  Siga no Twitter: https://twitter.com/JovemPanNews  Instagram: https://www.instagram.com/jovempannews/  TikTok:  https://www.tiktok.com/@jovempannews   Kwai: https://www.kwai.com/@jovempannews  #JovemPan #CheckUp

Transcript

00:00O câncer de mama, ele é o principal e mais frequente câncer na mulher?

00:05Sim, câncer de mama é a patologia oncológica mais frequente na mulher.

00:11Em muitos países, em alguns países, câncer de coluterino é mais prevalente,

00:15mas não é a realidade do Brasil.

00:17Aqui, nas mulheres, carcinoma de mama é o mais frequente.

00:20Qual é o rastreamento que todas as pacientes devem fazer

00:24a partir de um certo momento de vida,

00:27para que possa ser detectado mais precocemente?

00:30Normalmente, o que nós procuramos, em primeiro lugar, Cláudio,

00:34identificar se a pessoa tem um risco familiar ou não.

00:37E aí nós dividimos o rastreamento de acordo com o risco.

00:41Por exemplo, quem tem mutação em BRCA1 tem uma chance de desenvolver câncer de mama

00:46até os 50 anos de 50%.

00:49Então, não adianta começar o rastreamento aos 40, como se faz normalmente.

00:53Depois de passar essa etapa de avaliação de risco,

00:57para pessoas sem risco familiar ou genético,

01:02o começo do rastreamento deve ser feito a partir dos 40 anos com mamografia,

01:07mas qualquer queixa mamária deve ser considerada independente da idade.

01:12Então, pessoas que têm, por exemplo, 30 anos e têm uma queixa mamária,

01:16isso não deve ser subestimado, porque o rastreamento começa aos 40.

01:20O que você chama de uma queixa mamária e o que falar sobre o autoexame?

01:26Dores, desconforto, observação de uma área nodular,

01:31abaulamento, alteração da forma, presença de secreção.

01:35São as queixas mamárias mais comuns.

01:38Então, se uma pessoa com 25 anos, por exemplo,

01:40refere que apareceu um nódulo de mama, ele tem que ser investigado.

01:44Nós observamos um aumento de incidência em mulheres mais jovens,

01:49especialmente em países em desenvolvimento.

01:52Então, aquela coisa da idade, a partir de 50 anos,

01:55câncer de mama é mais comum depois de 50.

01:58Nos países em desenvolvimento, e o Brasil é um deles,

02:02a incidência de câncer de mama em mulheres com menos de 40 anos

02:06vem aumentando progressivamente.

02:07Então, qualquer queixa mamária, a partir de qualquer idade,

02:11a princípio deve ser respeitada, deve ser considerada e deve ser investigada.

02:15Quando a gente fala de endometriose,

02:17nós sabemos que as questões de uma gravidez mais tardia,

02:21o uso mesmo de pílula anticoncepcional,

02:23isso tem uma interferência.

02:25Ao que você pode atribuir essa questão de observar,

02:28justamente no Brasil, uma incidência de câncer de mama mais precoce?

02:33Acho que houve uma série de mudanças comportamentais

02:36que influenciaram neste aumento de incidência em pessoas mais jovens.

02:39As pessoas, naturalmente, passaram a se alimentar muito mal.

02:43As pessoas estão ficando mais obesas.

02:46Há um aumento de incidência de pessoas mais obesas.

02:50Alimentação super inadequada.

02:52O estilo de vida mudou muito em relação aos fatores de risco,

02:55especialmente aos fatores hormonais.

02:57As pessoas estão tendo filhos mais tarde,

02:59estão amamentando menos,

03:01estão tendo menos filhos.

03:02Fatores que eram considerados protetores

03:05em relação ao risco hormonal,

03:08também modificaram muito.

03:10Não se sabe exatamente o que aconteceu, né, Cláudio,

03:13em relação a por que este aumento de incidência.

03:15Mas é uma soma de fatores comportamentais

03:17que provavelmente fez com que a incidência

03:20em mulheres mais jovens aumentasse.

03:22Agora, a gente tradicionalmente observa,

03:25você falou há pouco,

03:26da marca dos 40 anos.

03:28paciente assintomática,

03:31sem queixa nenhuma,

03:32autoexame praticamente inocente,

03:34e detectou uma imagem.

03:36Quais são os passos subsequentes

03:38no sentido de explorar isso?

03:40Então, a recomendação formal para quem é assintomático

03:42é começar com exames de imagem aos 40,

03:44com mamografia.

03:45Porque a mamografia é o único método

03:48capaz de fazer prevenção de câncer,

03:50porque identifica sinais

03:52antes que tenha um carcinoma de mano invasivo.

03:55Existem uma série de achados da mamografia,

03:58basicamente microcalcificações,

04:00deposições de sais de cálcio

04:02que só a mamografia é capaz de ver.

04:04A ressonância e o ultrassom

04:06só vêm numa fase mais avançada.

04:08E que muitas vezes são lesões precursoras,

04:11que antecipam o diagnóstico de um tumor.

04:13Então, aos 40 anos,

04:14começar com mamografia

04:15e, se precisar,

04:17complementar com ultrassom e com ressonância.

04:20Quando a gente olha uma mamografia,

04:22a gente procura basicamente quatro coisas.

04:25Se tem microcalcificações,

04:27se tem nódulos,

04:28distorções de parênquima,

04:29densidades assimétricas.

04:31E a partir daí começa a investigação.

Genética e fatores alimentares podem impactar no câncer de mama? Oncologista explica | CHECK UP

Categoria

Transcrição

Seja a primeira pessoa a comentar

Recomendado