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Os presidentes do Brasil e EUA Lula e Trump, respectivamente, se reuniram na Malásia, em um encontro que durou cerca de 50 minutos. O chanceler brasileiro Mauro Vieira confirmou que o mandatário norte-americano instruirá sua equipe a iniciar um processo de negociação bilateral com o Brasil, buscando a redução ou até a suspensão das tarifas impostas. A reunião, que teve um tom descontraído e otimista, sinaliza por uma retomada do diálogo bilateral entre os países.
Comentaristas: Mônica Rosenberg e José Maria Trindade

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Transcrição
00:00...que os presidentes Lula e Donald Trump se encontraram na tarde de hoje, madrugada, no horário de Brasília, lá na Malásia.
00:08O encontro, que durou cerca de 50 minutos, é o primeiro entre os dois, desde uma rápida conversa durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em setembro,
00:18que ocorre na esteira da imposição de tarifas de 50% sobre a exportação de produtos brasileiros e de sanções a autoridades brasileiras, em razão do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
00:32Em coletiva de imprensa, logo após a reunião, o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, afirmou que o presidente Trump vai instruir a equipe agora para começar a negociação bilateral com o Brasil ainda hoje.
00:46O chanceler afirmou ainda que Lula renovou o pedido de suspensão das tarifas impostas à exportação brasileira durante o período de negociação, bem como a aplicação do recurso da lei Magnitsky.
00:59Segundo o ministro, o presidente Lula teria se disposto, durante a reunião, a ser um interlocutor entre os Estados Unidos e a Venezuela.
01:07O objetivo seria buscar soluções que sejam mutuamente aceitáveis e corretas entre os dois países.
01:12Questionado sobre a reação de Trump e as falas de Lula, Vieira disse que o presidente americano agradeceu e concordou.
01:20Antes do encontro, o presidente norte-americano respondeu algumas perguntas da imprensa e disse que se sente mal pelo que passou o ex-presidente Jair Bolsonaro,
01:30mas não respondeu se o assunto iria ser discutido.
01:34Lula, por sua vez, disse que tinha uma pauta extensa para discutir com Trump e declarou não haver motivos para desavença entre os países.
01:42E é assunto aqui já para a gente trazer a primeira análise nesta manhã de domingo.
01:50Mônica Rosenberg está com a gente, daqui a pouco José Maria Trindade se junta a nós também.
01:55Mônica, bom dia para você, bem-vinda.
01:57Quais são as suas primeiras impressões desse encontro a partir daquilo que foi relatado pelo Mauro Vieira?
02:04Bom dia para você mais uma vez.
02:06Bom dia, bom dia a você que nos acompanha aqui na Jovem Pan neste domingo.
02:09É, este momento demorou mais do que deveria, mas acabou chegando.
02:15Os Estados Unidos, como nós já dissemos aqui várias vezes, eram os principais prejudicados por essa tarifa.
02:22O aumento para o americano estava sensível.
02:25Trump percebeu isso e fez esse gesto.
02:28Agora vamos começar a negociar qual vai ser a redução, qual será o prazo, como vai funcionar essa redução de tarifas.
02:36E aí vamos entender como é que o Lula vai reagir, porque as tarifas acabaram ajudando politicamente o presidente.
02:44E quando houver a negociação, vão voltar a aparecer os problemas do governo Lula.
02:49Não sei o quanto ele vai ter pressa em fazer acontecer.
02:51Bom, agora a gente chama também o José Maria Trindade para essa conversa.
02:56José Maria, o que a gente percebe é que os dois presidentes, pelo que a gente já sabe dessa negociação,
03:03não tocaram em assuntos muito polêmicos.
03:06Até o Trump não quis falar sobre Jair Bolsonaro.
03:10Pois é, muito bom dia, Márcia, bom dia, Nonato, bom dia a todos.
03:15Olha, foi um encontro de dois negociadores, dois grandes negociadores, eu diria.
03:21Donald Trump, eu li há muito tempo o livro dele, exatamente ensinando e mostrando como é a arte de negociar.
03:29E ele demonstra claramente que joga duro no princípio, né, para depois ter uma possibilidade de saída.
03:37Lula foi forjado nas negociações como sindicalista, né, e com empresários, o lado forte da história,
03:45que eram as montadoras, as grandes empregadoras do ABC Paulista, né.
03:50Então os dois sabem exatamente negociar.
03:52Um encontro cheio de expectativas, havia dúvidas sobre a possibilidade ou não deste encontro,
03:59alguns diziam que isso não aconteceria, exatamente porque não estava na agenda oficial do presidente norte-americano,
04:07Donald Trump.
04:08Mas um encontro bom, quase uma hora de conversa, e os dois se respeitaram, né.
04:15Os dois mostraram ali que estavam a serviço dos seus países.
04:20Ganha o presidente Lula porque desata um nó, desata um nó.
04:24A partir de agora passa para a área técnica.
04:28E aí fica mais fácil, porque o Brasil, ele importa mais do que exporta para os Estados Unidos.
04:35Os produtos que nós exportamos são produtos primários, que são elaborados pelos Estados Unidos
04:41e depois reexportados com um valor maior, porque agrega valores com a industrialização.
04:47Nós precisamos exatamente mudar esse sentido.
04:50Mas de qualquer maneira, não é só negócios.
04:53Não é só importação e exportação.
04:56Estava ali em jogo também a possibilidade de rompimento político e uma relação tradicional
05:03com os Estados Unidos.
05:05Vamos ver daqui para frente e se o presidente Lula não volta a fazer críticas ao governo norte-americano
05:12e principalmente sobre o dólar.
05:16O dólar como moeda nas transações internacionais.
05:20Além disso, há ainda uma aresta sobre relacionamento Brasil-China, que vem se intensificando e isso
05:28não agrada ao presidente norte-americano.
05:31Mas as declarações por parte do presidente Donald Trump são no sentido de que respeita
05:37o governo brasileiro, o presidente Lula, dá uma demonstração ali de que entende a política
05:45local e eles, os dois, estavam muito bem assessorados ali no encontro.
05:50Não foi o encontro tete-a-tete dos dois, não.
05:53Haviam três assessores de cada lado e informando os presidentes sobre qualquer dúvida e sobre
06:00o andamento.
06:00De qualquer maneira, só a fotografia já valeu muito, porque isso virou um embate político.
06:08Ô Mônica, ainda nesse tema, que é o principal assunto de hoje, sem dúvida nenhuma, e deve
06:12reverberar aí durante a semana, o Zé chamando a atenção aí para a questão das exportações
06:17e importações, a gente lembra que quando ocorreu a aplicação das sanções, falou-se
06:21muito que a parte política pesava muito nesse tarifácio e nessa mão de ferro dos Estados
06:28Unidos em relação ao Brasil.
06:29E aí você chamou a atenção para o problema que o próprio Estados Unidos ou o consumidor
06:33americano acaba enfrentando em virtude das sanções.
06:36Dá para a gente dizer que essa parte política agora sai de cena nessa relação Brasil-Estados
06:41Unidos?
06:42Eu não acredito que saia de cena, porque o Trump é uma pessoa que está sempre pensando
06:47lá na frente e ele tem usado as sanções econômicas, ele tem usado a pressão do poder
06:53econômico americano para conseguir o que politicamente lhe interessa.
06:58Então, não acredito que sai de cena.
07:01Inclusive, o presidente Lula ofereceu aí para negociar com a Venezuela, que neste momento
07:05é um calcanhar de Aquiles para o Trump, ele está realmente um olhar muito forte para
07:11essa região e o mundo inteiro tentando entender o que ele vai fazer.
07:15Então, se o Lula puder, ao invés de ser um problema, se tornar parte da solução, seria
07:21o ideal para que a questão política, pelo menos com o Brasil, desse uma esfriada.
07:26Eu, pessoalmente, não acredito muito nisso.
07:28Nós sabemos do alinhamento de Lula com Maduro.
07:31Quando foram, na época daquelas eleições forjadas, aquele circo de eleições na Venezuela,
07:37pedimos várias vezes para que Lula se manifestasse e mediasse uma saída de Maduro.
07:42Naquele momento ele não fez.
07:44Vamos ver se agora ele talvez possa participar de alguma forma para que o Brasil volte a ter
07:49o seu papel.
07:50Justamente o Brasil sempre teve esse papel na diplomacia internacional de mediador, de protagonista,
07:56para que se encontrassem em acordos e estávamos virando, pelo contrário, agentes da desordem.
08:04Que bom que essa conversa aconteceu.
08:06Realmente os Estados Unidos têm um interesse nos nossos minérios nas terras raras.
08:12Certamente isso também teve um papel aí.
08:14Esperamos que na negociação eles tenham falado disso para que o Brasil possa ser parceiro
08:18dos americanos na produção de terras raras.
08:20A China produz 50% do mundo, nós temos 25%, é um fator importante de barganha.
08:27E se a economia nos permitir dar uma esfriada no lado político, realmente será bom para o país.
08:33Agora, Zé Maria, um dos principais assuntos discutidos foi realmente as tarifas, o tarifaço
08:40em relação ao Brasil.
08:41E a frase forte da reunião, pós-reunião, foi do chanceler Mauro Vieira.
08:47Ele disse que acredita que as tarifas vão ser suspensas depois dessa reunião.
08:54Inclusive, a gente vai falar sobre isso já já.
08:57Vamos mostrar o momento em que Mauro Vieira faz esse discurso.
09:01Mas eu queria antes ouvir você.
09:03Se, de fato, após essa reunião, as tarifas forem suspensas, Lula sai grande, sai forte
09:11e sai com um outro posicionamento também para 2026, para a reeleição, para a possível
09:18reeleição, que tudo indica o que ele quer agora.
09:21Eu tenho a impressão que isso já está precificado.
09:24Não tem como mais lucrar desse episódio.
09:28Porque houve ali o desgaste inicial, porque o governo brasileiro se colocou de uma maneira
09:34ali que quebrou uma tradição de relacionamento com os Estados Unidos.
09:39Houve o primeiro encontro, rapidamente, e esse foi realmente o primeiro encontro para
09:46uma conversa aberta.
09:49Agora, eu acho que isso já está precificado.
09:51Não há mais como lucrar politicamente, não.
09:53O presidente falou muito em soberania antes desse encontro e foi isso que alavancou.
10:00Aqui em Brasília, consideram que esse discurso do governo, de soberania, esse discurso do
10:06governo de defender o mercado, defender o empresariado brasileiro, isso colou.
10:12E foi isso que acabou deslocando o presidente Lula, que melhorou nas pesquisas.
10:17Outros dizem que ele está falando sozinho, a oposição não tem um candidato.
10:22Então, Lula está sozinho num palanque, daí a razão da sua reação nas pesquisas eleitorais.
10:28Se ele conseguir reduzir as tarifas ou mesmo voltar, antigamente, muita gente acha muito
10:34difícil voltar aos patamares antigos, mas mesmo se ele conseguir, já está precificado
10:40porque isso é todo um conjunto, a população não está exatamente preocupada com isso
10:47porque não atinge diretamente a população.
10:49É mesmo uma questão de imagem, de relacionamento com o Brasil e com o exterior.
10:54Então, isso já está precificado, já houve mesmo ganho por parte do governo e dos aliados
11:00nesta negociação e, portanto, não melhora muito, não.
11:04Mas a expectativa é esta mesmo, das tarifas.
11:09Mas, ao lado das tarifas, tem as sanções.
11:12Magnitisc, tem a história do cancelamento de vistos para autoridades brasileiras, né?
11:19E tudo isso tem que ser resolvido.
11:21E agora parece que uma luz se acende porque vai para a área técnica.
11:27Sinceramente, eu não vejo muito motivo para essa reação norte-americana contra o Brasil
11:32e, principalmente, agora que se tocou no nome Jair Bolsonaro
11:36e a reação do presidente Donald Trump foi de naturalidade, né?
11:40Sobre a Venezuela, é interessante que os Estados Unidos não consideram o Maduro como um presidente legítimo.
11:48O Brasil também não.
11:50Não considera legítimo o governo Maduro.
11:53Ele é uma coisa estranha, um ditador, né?
11:56Mas, ao mesmo tempo, a Constituição brasileira diz que nós temos que procurar a paz,
12:03a saída pelo diálogo e lá também está que respeitar a autodeterminação dos povos.
12:09Só que, qual é esta autodeterminação que o povo da Venezuela pode ter contra armas e contra ditadores, né?
12:18Pois é.
12:19A gente vai ter agora, Zé Bônica, você que nos acompanha, Márcia,
12:23a fala do chanceler Mauro Vieira, que disse que a reunião foi muito positiva,
12:28teve um tom descontraído e que os Estados Unidos e o Brasil acabaram concordando em começar,
12:32neste domingo, um processo de negociação sobre esse tarifácio, quem sabe reduzindo as tarifas.
12:38Vamos ouvir o que disse o chanceler.
12:40A reunião foi muito positiva, o saldo final é ótimo.
12:45O presidente Trump declarou que dará instruções à sua equipe
12:51para que comece um processo, um período de negociação bilateral
12:57que deve se iniciar hoje ainda,
13:00porque é para ser tudo resolvido em pouco tempo.
13:03E hoje mesmo deveríamos ter uma reunião, um encontro,
13:08estabeleceram, inclusive, que haverá visitas recíprocas.
13:12O presidente Trump quer ir ao Brasil
13:14e o presidente Lula aceitou também, disse que irá com prazer aos Estados Unidos no futuro.
13:21O presidente Trump disse que admira o Brasil,
13:24que gosta imensamente do Brasil e do povo brasileiro
13:27e, portanto, a conclusão final é de que a reunião foi muito positiva
13:33e nós esperamos, em pouco tempo agora, em algumas semanas,
13:38concluir uma negociação bilateral
13:39que trate de cada um dos setores da atual tributação americana ao Brasil.
13:49Portanto, está aí o chanceler Mauro Vieira,
13:52bem otimista em relação à retomada de negociações
13:55e, quem sabe, redução de algumas tarifas.
13:57Zé Maria, quando essa tarifação chegou,
14:01falou-se muito que café e carne eram dois produtos muito caros,
14:05tanto para o Brasil quanto para os Estados Unidos.
14:08Talvez sejam esses os dois produtos que a gente vai estar mais de olho,
14:12ainda que a gente tenha vários deles na mesa de negociação?
14:15Pois é, faltou aí o chanceler brasileiro dizer que o Trump é brasileiro
14:20desde pequenininho, foi para os Estados Unidos por acaso,
14:24que havia um amor tão grande assim.
14:25Não é bem assim, né?
14:27O Trump é um negociador, está mudando o eixo do mundo
14:31e o eixo político, o eixo econômico e o eixo, inclusive, migratório.
14:36Então, assim, nós estamos numa fase muito sensível
14:38de reacomodação do mundo depois da balançada do Donald Trump.
14:43Muita gente critica, eu gosto da ideia,
14:44porque, veja bem, de vez em quando precisa mudar um pouco,
14:48como aquele filme, né?
14:51A Sociedade dos Poetas Mortos, em que é preciso subir na mesa
14:54para ver o mundo, para ver as coisas de um novo ângulo.
14:58Esses dois produtos que você citou, Nonato, são importantíssimos.
15:02Primeiro, que é a desvantagem para o Brasil.
15:04O Brasil exporta carne in natura e o café também.
15:08E aí o americano pega o café brasileiro, faz um blend,
15:12mistura com o café vietnamita e aí exporta para o Brasil
15:17em marcas famosas, cafeterias famosas norte-americanas,
15:21além, evidentemente, do consumo interno do café.
15:24Ninguém conhece um americano sem um copo, na mão,
15:28a caneca na mão, tomando café, aquele café horrível deles com leite,
15:32mas, enfim, é consumido.
15:34A carne brasileira, ela é processada de tal forma lá,
15:38que a JBS saiu daqui, foi lá e comprou três frigoríficos nos Estados Unidos.
15:43Três, os maiores.
15:45Então, assim, apesar de ser brasileiro, é uma empresa norte-americana.
15:48E houve aqui uma sabedoria também nessa negociação,
15:51em dividir em três partes a negociação.
15:54Primeiro, uma muito eficiente da CNI,
15:57Confederação Nacional da Indústria.
15:59Foi lá e contratou uma empresa de lobby.
16:01O lobby nos Estados Unidos é forte e completamente legal e todo regulamentado.
16:11E também a CNI colocou advogados e tal,
16:16e pressionou empresários que pressionaram o governo.
16:20Por outro lado, no Congresso Nacional,
16:22foi formada uma comissão forte do Senado,
16:25que visitou os Estados Unidos.
16:27O senador Nelson Utradi, o presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional,
16:33fez um esforço muito grande.
16:35E, por fim, o governo colocou o vice-presidente e o ministro-geral do álcool
16:38para coordenar um grupo de trabalho.
16:42Então, foram três frentes muito fortes
16:45que devem ter convencido o governo do Donald Trump.
16:48Agora, você falou sobre a carne.
16:51A gente estava ouvindo, antes de começar o jornal,
16:54um pronunciamento até do dono da JBS,
16:56que estava lá presente no encontro,
16:59fazendo muitos elogios ao presidente Lula,
17:02inclusive também parabenizando pelo seu aniversário,
17:06que é amanhã.
17:07Mônica Rosenberg,
17:08como é que o mercado vai reagir a essa foto?
17:12Porque existe todo um simbolismo desse encontro,
17:15esse convite de Lula ir até os Estados Unidos,
17:18Trump vir ao Brasil.
17:20Eu acredito que, depois de um primeiro semestre conturbado
17:25e esse começo de segundo semestre também cheio de instabilidade na economia,
17:29a gente pode respirar um pouco mais aliviados ou ainda não?
17:33Ah, certamente há um alívio no mercado,
17:36porque o desfazimento das tensões é sempre positivo.
17:41O mercado quer que tudo funcione,
17:43que haja tranquilidade, que haja previsibilidade para o mercado.
17:47Isso é positivo.
17:49Politicamente, o Zé falou muito bem que houve três frentes de atuação,
17:53mas faltou falar de uma frente que eu acho que foi a mais importante,
17:56que é a frente dos democratas americanos.
18:00Internamente nos Estados Unidos, o Trump está enfrentando problemas,
18:03ele está lá com os problemas da imigração, do ICE,
18:06a Suprema Corte americana sendo questionada.
18:09Então, ele precisava de algumas situações,
18:12que algumas das situações se acalmassem e para ele fazer esta paz com o Brasil,
18:17mesmo sabendo que é doloroso,
18:20porque ele tem uma proximidade com o Bolsonaro,
18:22com a família Bolsonaro,
18:24ele teve uma situação muito parecida.
18:25Então, inicialmente, a vontade dele era realmente de fazer força
18:29e tentar ajudar.
18:31Houve um deputado brasileiro,
18:33foi aos Estados Unidos para aumentar essa tensão,
18:36aumentar as sanções, a Lei Magnitsky que veio, foi difícil,
18:40mas o Trump percebeu ali, até internamente,
18:43porque ele realmente é um bom negociador
18:44e ele tem uma noção de sobrevivência política muito forte.
18:49Então, entendeu que era melhor trazer o Brasil para perto,
18:52fazer as pazes, começar esse processo de negociação
18:55e ter o Brasil como parceiro e aliado,
18:58até para, de alguma forma,
19:00minar essa força dos BRICs,
19:02esse crescimento da desdolarização e desse bloco
19:07como um elemento forte.
19:09Ter o Brasil, de novo, como parceiro para os americanos
19:12também era importante,
19:13Trump fez isso muito bem.
19:15E agora, tanto para o exportador brasileiro,
19:18para o mercado brasileiro,
19:19quanto para o americano,
19:21esse avanço das negociações
19:22traz uma tranquilidade e um respiro
19:24que os dois estão precisando.
19:26Obrigado.
19:27Obrigado.
19:28Obrigado.
19:29Obrigado.
19:30Obrigado.
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