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O Plantão Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC deste domingo (19) destacou o roubo das joias da coroa francesa no Museu do Louvre, em Paris, com análise do professor Guilherme Udo, da Belas Artes, sobre a segurança nos museus e o mercado ilegal de arte, que movimenta até US$ 6 bilhões por ano.

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00:00Olá, boa tarde, seja muito bem-vindo e muito bem-vindo.
00:07Hoje é domingo, 19 de outubro, começa agora o plantão Times Brasil, licenciado exclusivo
00:12do CNBC, com as principais notícias desse fim de semana.
00:16O museu mais visitado do mundo está temporariamente fechado depois de ser alvo de um roubo.
00:20Criminosos levaram joias da coroa francesa que estavam em exibição no Louvre, em Paris.
00:25O tráfico de obras de arte é considerado um dos mercados ilegais mais lucrativos do
00:29planeta, movimentando até 6 bilhões de dólares por ano.
00:35Vários criminosos roubaram o famoso Museu do Louvre em Paris neste domingo e, de acordo
00:40com as autoridades, fugiram com joias de valor inestimável.
00:44Uma fonte próxima ao caso disse à AFP que o incidente ocorreu entre 9h30 e 9h40 da manhã
00:51no horário local, logo após a abertura do museu ao público.
00:54O ministro do interior francês, Laurent Nunes, disse à imprensa local que três ou quatro
01:00ladrões entraram no museu pelo lado de fora, usando um braço articulado de um caminhão
01:04para acessar a sala Apolo.
01:06Eles permaneceram lá por cerca de sete minutos e saquearam duas vitrines.
01:10Ninguém ficou ferido.
01:11A ministra da Cultura, Rashida Dati, que relatou o roubo na manhã deste domingo, disse posteriormente
01:16que uma das joias roubadas havia sido encontrada perto do museu.
01:20De acordo com o site do Louvre, a galeria invadida abriga a coleção real de pedras
01:24preciosas e os diamantes da coroa do monarca francês Luís XIV, conhecido como Rei Sol.
01:31Entre eles estão três diamantes históricos, o rejã, o sansir e o hortência, além de
01:36um colar de esmeraldas e diamantes que Napoleão deu à sua esposa, a imperatriz Maria Luisa.
01:41A promotoria de Paris informou à AFP que uma investigação foi aberta sobre roubo organizado
01:46e conspiração para fins criminosos.
01:49O Louvre, em Paris, é o museu mais visitado do planeta.
01:52Recebeu quase nove milhões de visitantes em 2024.
01:56E a promotora de Paris, que está à frente do caso, disse que quatro criminosos são
02:00procurados pelo roubo nesse caso aí do Museu do Louvre.
02:04O uso desse caminhão caçamba fazia parte da organização deles.
02:15No momento, com base nas informações disponíveis para nós e para os investigadores, temos
02:21quatro criminosos no local.
02:23Dois chegando, um ao volante do caminhão, o outro como passageiro e dois outros criminosos
02:29que precederam e seguiram a escada, enquanto ela estava sendo instalada sob a varanda que
02:35daria acesso direto à galeria.
02:37Nas duas vitrines que foram arrombadas, uma conhecida como vitrine dos diamantes e a outra
02:43conhecida como vitrine do Segundo Império, um total de nove objetos foram visados pelos
02:49criminosos e oito foram realmente roubados, como já foi relatado em vários meios de comunicação.
02:56A coroa da Imperatriz Eugênia, que era um dos alvos, foi encontrada ao pé dessa sacada
03:01e os criminosos a perderam quando fugiram.
03:08Eu conversei sobre a segurança dos museus com o professor Guilherme Udo, da Universidade
03:12Belas Artes de São Paulo.
03:13Vamos ver.
03:15A segurança dos museus é algo que é muito discutido.
03:18O Louvre já havia sinalizado outros museus importantes do mundo, como o MASP, aqui em São
03:23Paulo também, porque é um investimento muito alto.
03:26A gente está falando não só de uma equipe, mas a gente está falando sobre o preparo
03:29dessa equipe e também de questões relativas ao seguro das obras.
03:33E é um seguro complicado de ser feito porque a gente tem uma questão que é valor monetário
03:37versus valor do bem, sim, quanto ao patrimônio cultural, que muitas vezes é inestimável,
03:42como é o caso das peças que foram roubadas no Louvre.
03:45Então, esse lugar da segurança é extremamente complicado.
03:47No caso que a gente tem agora, eles se aproveitaram ali de uma obra no museu, talvez que foi
03:53estudada, para que eles conseguissem acessar num horário de funcionamento e poder roubar
03:58essas peças.
03:58Então, a gente tem uma questão de treinamento, uma questão de como a gente operacionaliza
04:02isso, e isso exige verba, e verba é sempre algo complicado no mundo da arte.
04:07O Ministério francês, até o Ministério do Interior francês, falou que o valor dessas
04:11peças é inestimável.
04:13A gente tenta dar uma ideia do valor monetário daquilo, mas a gente sabe que tem um valor
04:18histórico, um valor artístico, um valor que muitas vezes supera o valor monetário
04:24dessas obras.
04:26Falta um pouco de consciência nesse sentido, de ver que é importante, para além da conservação,
04:33também ter uma ideia de como esse material é importante, que não pode cair simplesmente
04:40no mercado por causa de um crime como esse?
04:45Exato.
04:45Esse é o ponto.
04:46A gente tem toda uma equipe de curadoria, uma equipe que cuida do lado artístico, quando
04:50a gente fala das instituições de arte.
04:52Mas a gente tem uma questão muito pontual, que é a administração é feita por administradores.
04:57E muitas vezes eles estão focados em valores, e não também nesse lugar de quanto aquilo
05:02tem de pedra inestimável para a humanidade em si.
05:05Então, é uma discussão complicada, é algo que a gente precisa levar a pauta, já deveria
05:10ter sido levado.
05:12Esse é o segundo caso na França, muito perto.
05:14A gente teve um roubo agora de pepitas de ouro num outro museu em setembro lá.
05:18Então, tudo isso vai demonstrando a fragilidade do sistema e como a gente precisa investir.
05:23E esse investimento não está só no valor efetivo monetário.
05:26A gente estima os 6 bilhões por ano de obras, porque a gente não consegue nem quantificar
05:32essa quantidade de roubos, muitos deles não vêm a público, não são efetivamente notificados.
05:36A gente tem um caso de subnotificação muito forte, recuperar as obras é extremamente
05:41complicado.
05:42Então, treinamento, mas conscientização da administração é extremamente importante.
05:47O senhor falou sobre esse valor que deve ser até subestimado, 6 bilhões de dólares
05:54por ano, ou seja, existe um mercado, existe movimentação, então existe quem compre e estímulo
06:01para que outros atos como esse continuem.
06:07Exato.
06:08Na verdade, a gente pode falar em duas frentes.
06:10Uma é o mercado paralelo mesmo, a gente pensar em colecionadores que gostariam de ter
06:15essa obra e nem podem dizer para o público que tem, é um prazer pessoal e que investem
06:19e impedem para que esses roubos ocorram, mas uma outra possibilidade também é a gente
06:24ter o desmonte das obras, que aí é uma perda que a gente não consegue nem mensurar mesmo.
06:28Então, a gente está falando sobre joias, por exemplo, eu consigo tirar elementos dessas
06:32joias e produzir outros objetos e fazer com que isso circule, que esse dinheiro inclusive
06:36se multiplique.
06:38Então, é um mercado supervaloroso para o crime.
06:41A gente precisa realmente pensar sobre isso, porque ele continua existindo, é um risco que
06:47vale a pena ser tomado.
06:48Foi feito à luz do dia, com pessoas visitando o museu.
06:51Então, isso prova para a gente que é um risco que os ladrões acreditam que vale ser
06:55corrido.
06:56A gente está vendo algumas peças aqui também, a gente sabe que tem os metais preciosos e
06:59também as pedras que são usadas aí.
07:01O senhor falou como isso acaba, se for desmontado, se houver o derretimento também ali, essa
07:08transformação, isso se perde.
07:10Mas no caso das pedras, existe alguma forma de identificação ou também algo que não
07:14tem como identificar por causa do formato ou de outros elementos?
07:20Olha, se eles não alterarem a pedra em si, porque eles podem relapidar, fazer outros
07:25moldes.
07:25A gente tem o padrão, porque dentro da questão da museologia tudo, a gente faz um registro
07:31de como essas obras são e isso poderia ajudar na identificação.
07:34Mas a grande questão é que quando elas são desmontadas efetivamente, como a gente vai
07:38fazer análise de peças soltas, muitas vezes a gente pode fazer análises que não sejam
07:43100% afirmativas, porque a gente sempre vai trabalhar com o lugar de uma análise, de um
07:48olhar humano, através de relatórios prévios.
07:51Então, isso é extremamente complicado.
07:53Toda vez que uma obra retorna, a gente tem essa preocupação de entender o que aconteceu.
07:58Nesse caso mesmo, uma delas já foi encontrada no chão danificada.
08:01Então, agora tem todo um processo para entender o que pode ser feito, qual que é a estratégia
08:07que vai se utilizar para que essa peça volte ali a ter uma qualidade e que ela possa ser
08:12recuperada para ser exibida novamente para o público.
08:15Falando um pouco aqui sobre o Brasil, eu me recordo de pelo menos alguns casos ligados
08:20a, por exemplo, obras sacras de Minas Gerais, que foram retiradas de igrejas barrocas lá
08:24de cidades históricas e que tiveram uma certa dificuldade até para serem encontradas também.
08:30Alguns casos nem são encontradas.
08:32O Brasil também é um espaço, tem sido rota também, digamos assim, se a gente for usar
08:38termos aí de outros âmbitos criminosos.
08:40Mas isso aqui também existe?
08:42Existe também uma mensuração desse mercado aqui no país?
08:46Olha, a gente não consegue falar sobre valores específicos do Brasil, mas a gente está
08:51incluso nessa previsão aí dos 6 a 8 bilhões, que é uma estimativa.
08:55E aqui nós temos também esse mercado muito forte.
08:58Na verdade, quando a gente fala sobre crime de roubo de obras de arte, a gente está falando
09:02sobre crimes transnacionais muitas vezes, né?
09:04A gente está falando sobre esse âmbito mundial.
09:06E você citou uma questão muito importante.
09:09A gente falou sobre museu, mas igrejas, por exemplo, muitas vezes aí que não tem a segurança
09:13adequada mesmo.
09:14Então a gente tem outros espaços expositivos, outros locais que recebem essas obras e que
09:19aí a gente tem uma fragilidade maior ainda para a conservação, inclusive para a conservação
09:24da exibição em si e o risco do roubo.
09:27Então muitas vezes a gente não encontra essas obras.
09:29A gente teve, além dos casos das obras que você falou em Minas Gerais, o MASP que teve
09:33obra roubada também, a gente recuperou dois anos depois.
09:37Mas também tem o custo de todo esse processo de recuperação e a mancha que a gente tem em
09:42relação à própria instituição, né?
09:44Porque o próprio público começa a questionar como que a instituição permitiu que isso
09:48ocorresse.
09:49Então acaba tendo uma questão de desvalorização da obra, porque a gente fica ali.
09:53Naquele lugar é a obra mesmo que retornou.
09:55A gente sempre tem esse misticismo no âmbito da arte.
09:58A gente fala sobre a instituição em si, que muitas vezes pode cair a visitação.
10:02Visitação também é uma forma de se ter ingresso de dinheiro, né?
10:05Para que se possa investir em recuperação, para que se possa investir em segurança e conservação.
10:10Então a gente está falando sobre toda uma cadeia que é afetada e que a gente precisa
10:14extremamente rápido repensar.
10:16As sessões eleitorais da Bolívia fecharam agora há pouco.
10:20A expectativa é pela apuração e resultado do segundo turno da eleição presidencial.
10:25As sessões eleitorais do país abriram as portas às nove da manhã aqui no nosso horário
10:30de Brasília.
10:31O segundo turno presidencial é entre dois candidatos de direita após 20 anos de governo
10:35e socialistas.
10:36Quase oito milhões de eleitores eram esperados para comparecer às urnas que foram fechadas
10:41há pouco, como eu falei, às cinco horas pelo horário de Brasília.
10:44O atual presidente, Luiz Arce, vai deixar o poder em oito de novembro.
10:48O sucessor vai ter que apresentar medidas para reverter a maior recessão enfrentada pelo
10:52país em quatro décadas.
10:54O Tribunal Supremo Eleitoral prevê divulgar os primeiros resultados por volta das oito
10:58horas da noite, nove horas aqui em Brasília.
11:02Essa edição termina aqui, mas a gente volta já já com mais notícias para você aqui
11:06no Times Brasil, licenciado exclusivo CNBC, a maior emissora de negócios do mundo agora
11:11no Brasil.
11:12Até já.
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