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00:00A crise climática não é só um desafio ambiental. Ela já está dentro dos hospitais, nas comunidades vulneráveis e no dia a dia de milhões de brasileiros.
00:10Desastres climáticos agravam doenças, ampliam desigualdades e testam os limites do sistema de saúde.
00:18No JP Sustentável, especial COP30 de hoje, a gente vai discutir como a justiça climática e a inovação podem construir um futuro mais resiliente.
00:27Participam conosco Mônica Gregori, diretora de impacto do Pacto Global da ONU, Rede Brasil, e Adriana Costa, da CIMES Health Nurse.
00:36Sejam bem-vindas, obrigada por participarem aqui conosco.
00:39Obrigada pelo convite, Patrícia.
00:42Mônica, eu começo com você, porque a gente sabe, os estudos mostram que 70% das pessoas atingidas pelos desastres de meio ambiente ou climáticos
00:53são pessoas de baixa renda, comunidades mais vulneráveis.
00:57O que o Pacto tem feito em relação a isso para mudar essa realidade?
01:02Obrigada, primeiro, pelo convite.
01:05Muito bom estar aqui nessa conversa rica sobre um tema que nos afeta a todos.
01:13As mudanças climáticas, como todos sabemos e temos vivenciado na prática cada vez mais,
01:20elas afetam a todas as pessoas, a todos os seres vivos do planeta,
01:25mas afetam de forma desigual a essas pessoas.
01:29Fica claro que as pessoas de comunidades mais vulneráveis, mulheres, pessoas que trabalham em comunidades,
01:42são pessoas que são mais afetadas com os adventos da crise climática que nós estamos vivendo.
01:52Isso claramente tem um impacto muito grande em várias escalas.
01:58Tanto no ponto de vista de saúde, saúde física, saúde mental,
02:04mas também tem um impacto muito grande ampliando as desigualdades.
02:13E o Pacto Global sendo uma grande rede que convoca empresas,
02:19eu acho que assim, para quem não conhece o Pacto Global,
02:22contando um pouco, nós somos uma iniciativa da ONU
02:26a partir de um chamado de Kofi Annan, o antigo secretário-geral da ONU, nos anos 2000,
02:34convocando as empresas, o setor privado, para juntos ajudarem a buscar soluções
02:41e também aos avanços para o que chamamos de agenda de desenvolvimento sustentável.
02:49Então, o Pacto Global tem hoje no Brasil uma rede de mais de duas mil empresas
02:55que juntas buscam soluções para esses desafios que nós estamos vivendo.
03:01Nós temos dez movimentos, esses movimentos estão diretamente atrelados aos objetivos de desenvolvimento sustentável
03:11e dentro desses movimentos nós temos também uma série de projetos como o Núcleo de Justiça Climático,
03:20no qual nós reunimos empresas para juntas pensarmos em soluções, em propor soluções,
03:26não só entre as empresas, mas em conjunto com a sociedade civil, o setor público,
03:32e nós temos trabalhado nesse sentido.
03:36Então, nós temos um movimento dedicado também à saúde mental,
03:42no qual as empresas assumem compromissos públicos com metas objetivas e concretas
03:50relacionadas a manter um ambiente de saúde mental dentro das suas empresas,
03:58juntas aos seus colaboradores, pessoas trabalhadoras, às suas cadeias produtivas.
04:04Então, essa é um pouco a missão do Pacto, colocar esses setores juntos,
04:08olhar do ponto de vista das soluções possíveis que o setor privado pode propor
04:17para esse mundo em transição.
04:21Para a gente diminuir essas desigualdades nesse sentido, né?
04:24Porque quando nós falamos de justiça climática, esse é o olhar, né?
04:30Como a gente pode olhar para isso de uma forma justa, sem deixar ninguém para trás,
04:37e entendendo que existe, ou seja, pontos de partidas diferentes,
04:43e podendo, de alguma maneira, reduzir a desigualdade e evitar esse aprofundamento aí das mazelas dos povos,
04:58principalmente quando a gente olha para os países em desenvolvimento,
05:02os países mais pobres, e a responsabilidade dos países mais desenvolvidos
05:09e também cofinanciar os impactos desses adventos climáticos nos países,
05:20o que a gente chama do sul global, né?
05:22Que são os países que sofrem mais e as comunidades mais vulneráveis.
05:26É importante ressaltar que as empresas aderem a isso de forma voluntária.
05:31E a CIMS, ela trabalha com uma tecnologia,
05:33e como que essa tecnologia, ela pode facilitar, né?
05:38Para dar acesso a comunidades remotas, quando a gente fala, por exemplo, da Amazônia,
05:42as cidades do interior que têm menos acesso, né?
05:46A qualidade de serviços nesse sentido, de exames mais precisos, mais complexos.
05:51Como que a tecnologia tem atuado aí para diminuir essas desigualdades?
05:56Patrícia, em primeiro lugar, obrigada por abrir espaço para esse tema tão relevante,
06:04que é como nós associamos a sustentabilidade, os impactos climáticos, a saúde também,
06:10como a Mônica colocou, a saúde, ela permeia toda essa responsabilidade.
06:16E hoje, nós sabemos de dados muito alarmantes e muito impactantes
06:22que vêm do Fórum Econômico Global ou da ONU,
06:26de qual o impacto que essas mudanças climáticas têm na vida, nas nossas vidas, né?
06:31Tanto no Brasil quanto globalmente.
06:33Então, quando a gente pensa que hoje, todo, até 2050,
06:38nós podemos ter um impacto de 250 mil mortes associadas às mudanças climáticas,
06:44e que se a gente não fizer, não mudar essa trajetória,
06:50esse número pode ser ainda maior, pode impactar 14,5 milhões de vidas.
06:56Esses números são ainda mais alarmantes quando a gente considera
07:00as populações de vulnerabilidade, os países que têm maiores desafios.
07:05Então, esses aspectos, eles também, o impacto não é só na vida.
07:10Esse aspecto também traz o impacto econômico.
07:13Então, hoje, na área de saúde, não só no Brasil, mas globalmente,
07:18a gente vê uma escassez de mão de obra de profissionais de saúde.
07:22E nessa linha, os impactos, eles podem chegar aí também a impactos
07:28que vão mais de 200 bilhões na economia global de dólares
07:32por ausência de profissionais.
07:35E também os impactos climáticos têm outras complexidades,
07:40que vêm no aumento de casos, principalmente das doenças respiratórias e cardiovasculares.
07:47Então, isso, para um sistema de saúde que já tem uma série de desafios econômicos e de acesso,
07:56a gente falou aqui dos impactos do acesso à populações de maior vulnerabilidade,
08:01isso torna o sistema ainda, torna-se isso ainda mais complexo.
08:07Então, nós nascemos em Health Nears, né?
08:09Então, para contextualizar, nós somos uma empresa
08:11que temos a vocação e a missão de gerar acesso para todos e em todos os lugares.
08:18Nós somos uma organização de mais de 170 anos,
08:22participamos de todas as decisões, ou mais de 90% das decisões clínicas,
08:29através de diagnósticos de imagem, diagnósticos em análises clínicas,
08:33soluções em radioterapia para o tratamento oncológico,
08:36que é um dos grandes desafios da medicina global,
08:40pelo número de casos de pacientes que a gente tem.
08:42Então, tudo isso faz com que a gente também tenha uma responsabilidade intrínseca em toda essa cadeia.
08:50Então, eu posso colocar para vocês que a nossa grande responsabilidade está
08:55em desenvolver tecnologias para a área de diagnóstico que sejam acessíveis,
09:02acessíveis para países desenvolvidos e acessíveis para lugares onde apresentam maior vulnerabilidade.
09:09E também, em toda a cadeia produtiva, também é uma grande responsabilidade que nós temos dentro de casa
09:17e também, através da conexão com parceiros, com clientes, com entidades e organizações,
09:25tanto públicas quanto privadas, numa direção para que a gente tenha uma cadeia de saúde
09:31de forma mais sustentável e que a gente consiga reverter essa tendência que a gente está vendo.
09:38Então, como você colocou, dentro de alguns exemplos, em países como o Brasil,
09:45que é de dimensões continentais e de desigualdade entre as suas regiões,
09:51a gente tem vários projetos em colaboração, de novo, com parceiros públicos e privados,
09:57em levar acesso a diagnósticos, por exemplo, a populações ribeirinhas.
10:02Agora, nós estamos entrando em outubro rosa, falamos muito e, em todo momento,
10:10levamos a informação da importância do diagnóstico do câncer de mama de forma precoce.
10:16Quando as estatísticas mostram que uma a cada oito mulheres será diagnosticado com câncer de mama,
10:24esse acesso a, por exemplo, a diagnósticos vindo de exames como a mamografia,
10:31eles antecipam essa realidade e, obviamente, causam todo um impacto positivo na sustentabilidade,
10:40além do desfecho positivo para essas mulheres.
10:43Então, um exemplo, nós temos um projeto em parceria com o barco do hospital do Papa Francisco,
10:49onde nós levamos e já levamos a tratamentos, na verdade, a diagnósticos e mais de 5 mil mulheres ribeirinhas.
10:58Então, isso através de acesso.
11:00Com a própria instituição do Hospital de Amor, nós temos um programa de rastreamento também de câncer de mama,
11:06onde a gente, através de carretas móveis, podemos levar não só o diagnóstico,
11:13eu sempre falo isso, além do diagnóstico, é também a informação, a educação.
11:18Porque muitas vezes a gente sabe que pacientes, por desconhecimento, têm um ponto de acesso importante,
11:26mas o ponto de educação também, que realmente tratamentos e diagnósticos precoces salvam vidas
11:33e tornam, obviamente, esse sistema muito mais sustentável como um todo.
11:38O pacto faz como para medir se as empresas realmente estão comprometidas com ações,
11:44porque no discurso é muito fácil a gente falar que vai promover saúde, justiça climática.
11:51Como o pacto mede que essas empresas que fazem parte da associação realmente estão agindo para fazer essa diferença?
12:00Essa é uma ótima pergunta, porque esse é um dos temas que mais se discute.
12:06Como a gente consegue medir o impacto efetivo das ações que estão sendo traçadas em todos os setores?
12:15O pacto, primeiro, eu queria só colocar, o pacto não é um selo certificador.
12:23O pacto é um grande articulador das empresas em torno dessas temáticas relacionadas à Agenda 2030
12:33e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável a partir de princípios do Pacto Global
12:40nas áreas de meio ambiente, direitos humanos, trabalho e anticorrupção.
12:48Então, nossa missão é convocar as empresas e articular essas empresas
12:56para que discutam soluções possíveis para os desafios que temos aí pela frente.
13:04E o que nós fazemos, nós temos dois, nós temos hoje em dia dois relatórios,
13:11dois reportes que as empresas precisam nos passar dados,
13:17então são as assessments que fazemos com as empresas,
13:20um relacionado ao que chamamos de comunicado de progresso.
13:24Então, anualmente, esse é um relatório global que todas as empresas do pacto no Brasil e no mundo
13:33precisam responder.
13:35É como um relatório mesmo de sustentabilidade, digamos assim,
13:41com perguntas que, de alguma forma, monitoram o avanço das empresas
13:47nessas quatro áreas, direitos humanos, meio ambiente, trabalho e anticorrupção.
13:55E aí é uma série de perguntas no qual nós vamos monitorando o progresso e os avanços das empresas
14:01em relação às suas ações nessas áreas.
14:05E é obrigatório, ou seja, quando as empresas não respondem
14:10e esse questionário e esse assessment, elas são deslistadas.
14:17O outro em relação especificamente aqui para o Brasil ao progresso dos nossos movimentos.
14:26Então, como eu falei, os movimentos, nós temos dez movimentos nessas quatro áreas de atuação
14:33e os movimentos já são compromissos públicos que as empresas assumem
14:40e que têm metas que vão, na sua maioria, de atingimento entre 2025 e 2030.
14:49Então, anualmente, nós também fazemos um relatório e um questionário com as empresas
14:58que elas precisam reportar com o que elas estão fazendo
15:02para garantir o atingimento dessas metas até 2030.
15:07Então, essa é uma forma de medir os avanços.
15:09Mas, independentemente disso, em todas as nossas iniciativas,
15:14nós temos KPIs específicos de impacto das iniciativas.
15:20Então, temos uma série de projetos de grupos de trabalho setorial,
15:25temos projetos de devida diligência nas cadeias.
15:30Então, cada um desses projetos tem seus próprios KPIs que nós também monitoramos.
15:37Como empresa, como indústria, a gente está falando aí sobre justiça climática, saúde,
15:42mas combater as mudanças climáticas também tem que ser um princípio saudável,
15:46já que a gente sabe que o calor mata milhões.
15:48A gente acabou de ver essa onda de calor que houve na Europa,
15:51as enchentes, a poluição.
15:54A gente está falando, quando a gente fala de doenças cardiovasculares,
15:56tem muito a ver também com a poluição e também com o calor.
16:00A gente tem visto que as mudanças climáticas têm aumentado doenças.
16:03Então, existe todo um diagnóstico de doenças que têm aumentado
16:06e impactando a população de uma forma geral
16:08por causa das mudanças climáticas do aquecimento do planeta.
16:12Como uma indústria, vocês também precisam se preocupar com essas emissões.
16:17E quando a gente fala de equipamentos que consomem recursos naturais,
16:20que geram poluentes, como é que vocês fazem essa cadeia funcionar?
16:24Porque um dos objetivos do desenvolvimento sustentável
16:28também está na reduzir esses usos, fazer a economia circular,
16:33diminuir resíduos.
16:35Então, tem toda uma cadeia, precisa ser trabalhada todas as pontas ESG
16:38quando a gente fala da saúde.
16:40Porque quando a gente está falando de diagnóstico precoce,
16:43a gente está falando de prevenção.
16:44E a prevenção também começa quando a gente evita que resíduos
16:48causem câncer pela água e por aí vai.
16:51É complexo.
16:53Engloba muita coisa.
16:55É sistêmico.
16:56Como é que vocês trabalham olhando todas as cadeias
16:58justamente para fazer com que essas mudanças
17:02não tragam tanto impacto para a saúde da população em geral?
17:05Patrícia, muito interessante a tua pergunta voltada
17:08que é exatamente a nossa responsabilidade
17:11dentro de uma palavra que tem sido muito usada
17:15que é esse ecossistema.
17:17Então, a gente nunca, na minha visão,
17:19pode pensar em sustentabilidade em uma parte da cadeia.
17:22Porque há muitos elos nessa cadeia
17:25que se interligam e de corresponsabilidade.
17:28Então, acho que o primeiro grande ponto para trazer
17:32é que para nós, na Siemens Health and Ears,
17:34nós não entendemos sustentabilidade
17:36como algo parte da nossa estratégia
17:38que vai, por exemplo,
17:41depois de um desenvolvimento de um produto
17:43ou quando a gente precisa se adaptar.
17:46Não, muito pelo contrário.
17:47Isso permeia o nosso processo
17:49desde uma parte de identificação
17:52ou do início do pensamento de uma solução.
17:56E nós falamos e nós trazemos muito
18:00o porquê que nós fazemos tecnologias inovadoras e disruptivas
18:04para que justamente a gente possa dar acesso
18:07para todos, em todos os lugares.
18:09Então, as tecnologias e soluções que nós desenvolvemos,
18:12elas precisam endereçar as dores
18:16que a gente tem no planeta como um todo.
18:19Então, o primeiro é a responsabilidade
18:21de ter a sustentabilidade permeada
18:23em toda a cadeia,
18:25de toda a cadeia de decisão,
18:27desde o início de desenvolvimento de um produto.
18:31Até o controle do design dali
18:32para saber se ele vai ser reciclado.
18:34Exatamente.
18:35Até quando a gente pensa, por exemplo,
18:38em cada vez mais ter uma preocupação
18:41com a educação dos profissionais de saúde
18:44que vão operar esses equipamentos.
18:46Por quê?
18:47Porque isso está linkado
18:48à produtividade e à efetividade.
18:51Então, quando a gente inicia o processo
18:53do desenvolvimento de uma solução,
18:56os nossos engenheiros ou as nossas engenheiras
18:58já precisam pensar em sustentabilidade.
19:02É um modelo mental, na verdade.
19:04Exatamente.
19:05E eu falo muito que está associado também
19:06à cultura e à responsabilidade
19:09da nossa organização.
19:11Está nesse DNA.
19:12Mas o que é essa preocupação?
19:13Essa preocupação, ela vem de uma forma tangível
19:16na solução de equipamentos.
19:18Então, eu vou dar um exemplo para vocês.
19:21A gente desenvolve tecnologias de ressonância magnética
19:25há muitos anos.
19:26Incorporamos, por exemplo, inteligência artificial
19:29há mais de 30 anos nesse desenvolvimento.
19:31Mas nós sabemos a nossa responsabilidade
19:34de consumo energético,
19:37de toda a parte de produtividade dos hospitais.
19:41Então, a Siemens Relfineers desenvolveu
19:43uma tecnologia em ressonância magnética
19:46que ela não necessita a reposição de hélio,
19:50que é algo muito relevante
19:53para dentro do sistema do nosso ecossistema.
19:56Sendo um recurso finito e raro.
19:59Então, não só isso,
20:00mas também quando os hospitais pensam
20:02na aquisição desses equipamentos,
20:05eles precisam considerar nessa responsabilidade
20:08também as suas responsabilidades associadas a sustentáveis.
20:12Então, esses equipamentos, por exemplo,
20:15eles têm menor utilização de espaço,
20:18eles otimizam o espaço,
20:19eles têm um consumo menor energético
20:22e eles permitem que os hospitais não façam essa reposição de hélio.
20:29Então, isso é muito significativo para a cadeia sustentável.
20:34Outros exemplos, nós temos vários projetos
20:37em colaboração com hospitais públicos e privados,
20:41também identificar as oportunidades dessas soluções
20:46no que nós chamamos do work flow dos hospitais.
20:49Ou seja, como é que nós podemos transformar
20:52essas unidades e essas instituições
20:54também de forma mais sustentável.
20:57De novo, isso é uma cadeia integrada.
21:01Você tocou, por exemplo, em economia circular,
21:04que também é um ponto,
21:06um equipamento que tem uma vida útil
21:08de 10 a 15 anos,
21:10dependendo da modalidade do equipamento.
21:13É muito importante que a gente pense
21:14como é que a gente, de novo, pode aplicar a sustentabilidade.
21:18Então, nós temos equipamentos, por exemplo,
21:21como hemodinâmicas muito importantes
21:23para diagnósticos cardíacos,
21:26doenças cardiovasculares e ainda neurovasculares,
21:28que utilizam desse recurso de economia circular.
21:32Então, esses produtos,
21:34eles passam por um processo
21:35de altíssima responsabilidade,
21:38com upgrades de tecnologia,
21:39e quando eles são reinseridos no mercado,
21:43eles são inseridos,
21:45reinseridos no mercado de forma sustentável,
21:48mas também pensando, obviamente,
21:50na segurança e na produtividade,
21:53na efetividade desses exames.
21:55Então, aí que eu vejo que a tecnologia,
21:58ela é uma grande impulsionadora dessa cadeia.
22:01Nunca olhar o resultado,
22:04o custo, por exemplo,
22:05de uma tecnologia aplicada
22:07por um único ângulo.
22:08a gente, e a Mônica trouxe o ponto
22:10dos QPIs,
22:12ou do entendimento dos impactos da cadeia,
22:16essa economia da saúde,
22:18de entender todos os impactos,
22:20desde o consumo energético,
22:22a reposição do hélio,
22:23até o custo do equipamento,
22:25e também, obviamente,
22:27o desfecho para esses pacientes,
22:29é muito importante que a gente
22:30sempre traga dados por trás disso
22:34para ajudar nas decisões
22:36desses hospitais, dessas instituições.
22:39Quando a gente fala de atuar
22:40na saúde preventiva,
22:42a gente tem que perceber também
22:44esse olhar econômico,
22:45não só do bem-estar da população,
22:47porque quando um funcionário é afastado,
22:49quando um parente precisa ficar com o outro
22:51para fazer cuidados,
22:52a gente sabe que esse diagnóstico precoce
22:54ajuda com que o dinheiro vá para a economia,
22:57para o fortalecimento dela.
22:59E esse diagnóstico precoce,
23:00ele também chega de forma desigual
23:02no nosso país.
23:03A gente sabe que o Norte,
23:04o Nordeste, por exemplo,
23:05tem mais dificuldade de acesso
23:07a esses equipamentos de ponta,
23:09hospitais mais equipados.
23:11Como é que o Pacto atua
23:13para fazer com que parcerias,
23:15por exemplo,
23:16privadas, públicas,
23:19possam aumentar esse acesso?
23:22Vocês atuam aí nessa linha,
23:23fazendo essa ponte entre empresas
23:25e governos,
23:26para que esses equipamentos
23:27realmente cheguem
23:28de forma também igual
23:29a cada região?
23:31O Pacto, na verdade,
23:33ele coloca todo mundo na mesa
23:35para a discussão.
23:37O Pacto não é um,
23:39como eu digo,
23:40nós não realizamos projetos
23:42de impacto na ponta.
23:44Nós colocamos os stakeholders
23:46para discutir
23:48a partir da identificação
23:51de problemas,
23:52que são problemas sistêmicos
23:53e que estejam atrelados
23:55aos objetivos de desenvolvimento sustentável
23:58e as agendas
23:59que precisamos promover
24:02para uma maior resiliência
24:04ou adaptação
24:06em relação
24:08às mudanças climáticas
24:10e os seus efeitos.
24:11Então, sim,
24:12dentro dos nossos movimentos,
24:14das nossas iniciativas,
24:16nós sempre trazemos
24:17o setor privado,
24:18mas também a sociedade civil
24:20e o setor público
24:21para discutirem
24:23as soluções possíveis.
24:25Quando a gente fala,
24:26como você mesmo disse,
24:28quando a gente fala
24:29de justiça climática
24:30ou falamos dos impactos
24:32das mudanças climáticas
24:33na vida das pessoas,
24:35porque muitas vezes
24:36a gente acha que
24:37a justiça climática
24:38é só olhar para a chuva,
24:42olhar para os desastres,
24:45mas, assim,
24:46nós temos que olhar
24:46para as vidas.
24:48Esse é o grande...
24:50Individualmente também,
24:52não só o ambiente onde a gente está.
24:53E a gente precisa olhar
24:54para isso de forma segmentada,
24:56de que vidas estamos falando,
24:59em que territorialmente,
25:01como você bem disse
25:02e apontou,
25:04ou seja,
25:04existem territórios
25:06que vão sofrer mais
25:07com essas mudanças
25:08e outros que não.
25:09O setor privado
25:12tem um papel
25:13em relação a isso
25:14e o setor público
25:15também precisa estar
25:16melhor equipado
25:17e melhor preparado
25:18para atender
25:20a toda essa população
25:23que será afetada
25:25de forma desigual.
25:26Então, os recursos
25:27estão alocados
25:28de forma
25:30a atender
25:32essas particularidades?
25:35Então, essas são
25:35as discussões
25:36que nós levamos
25:38para a mesa
25:40quando nós
25:41estamos ali
25:42com os stakeholders
25:43propiciando, então,
25:45uma agenda
25:46de mudança
25:49e uma agenda
25:49de soluções.
25:51Então, esse é o papel
25:52do pacto
25:53diretamente.
25:54E aí, empresas
25:55como a Siemens,
25:57empresas do setor
25:58de saúde
25:59e empresas públicas
26:01e o poder público
26:02podem buscar soluções
26:04que sejam mais efetivas
26:05porque os impactos,
26:06como você disse,
26:07os impactos
26:08não são apenas
26:09no bem-estar
26:12das pessoas,
26:13mas os impactos
26:14econômicos também.
26:15Então, precisamos
26:16assegurar
26:16que esses recursos
26:18estejam bem
26:19alocados
26:20e sejam melhor
26:22distribuídos
26:22para evitar
26:23essas desigualdades.
26:24Mônica, me permita
26:25trazer um exemplo.
26:28Nós somos,
26:29a Siemens Health Nears
26:30é signatária
26:31do pacto,
26:31tanto na Alemanha
26:32quanto aqui no Brasil.
26:35Durante a pandemia,
26:37principalmente,
26:38a gente
26:38se depara
26:40com uma realidade
26:41de saúde mental
26:42muito diferente
26:44do que a gente
26:45nós víamos
26:47globalmente
26:48aqui também
26:49nos casos
26:50de burnout,
26:51nos casos
26:51de afastamento
26:52por doenças
26:53relacionadas
26:54à saúde mental.
26:56Então,
26:56dentro dos nossos
26:57objetivos
26:57de sustentabilidade,
26:59esse é um bom
27:00exemplo.
27:01Junto com o pacto,
27:03nós,
27:03na ODS
27:04voltada para a saúde,
27:06desenvolvemos
27:07várias frentes
27:08voltadas
27:09a suportar
27:10que a gente,
27:11enquanto cadeia,
27:13tivéssemos
27:13protocolos
27:14mais eficientes
27:15nas nossas
27:16organizações,
27:17que trocássemos
27:18boas práticas
27:19entre nós
27:21para casos
27:21que eram
27:22completamente
27:23novos
27:24para que a gente
27:25pudesse
27:26gerenciar
27:28isso.
27:29Então,
27:29isso eu vejo
27:30de uma riqueza
27:32muito grande
27:32onde a gente
27:33une forças
27:35em prol
27:36de causas
27:37que impactam
27:38a todos nós,
27:39que impactam
27:39a toda a sociedade,
27:40que tem
27:41impactos sociais,
27:42impactos econômicos,
27:44impacto na vida
27:45das pessoas.
27:46Se a gente
27:46não se
27:47preocupar
27:48com isso,
27:49nós vamos
27:50acelerar os casos,
27:51por exemplo,
27:52de ausência
27:53de profissionais
27:54no mercado de trabalho.
27:55Isso é um impacto
27:56econômico
27:56gigantesco
27:58para as empresas
27:59na sua produtividade.
28:01Eu acho
28:02que é ótimo
28:02o ponto
28:03e esse exemplo
28:04porque
28:05a ideia
28:06do pacto
28:08é,
28:08ou seja,
28:08colocar todo mundo
28:10para conversar
28:11e buscar soluções.
28:12diante desses temas
28:15e dessas causas
28:16não existe concorrência.
28:18Então nós colocamos
28:19várias empresas
28:20que muitas vezes
28:21inclusive
28:21são concorrentes
28:22para o bem comum.
28:23Para o bem comum.
28:24Para as de todas.
28:25Exatamente.
28:26E que a gente possa,
28:27por exemplo,
28:28inclusive,
28:29e aí utilizar
28:31associações
28:32que sejam
28:32independentes
28:33para suportar
28:35inclusive
28:35as medidas
28:36de adoções públicas,
28:38os desenhos
28:39de novas políticas.
28:40E isso tudo
28:41com o que?
28:41Com base de dados,
28:42com base de perspectivas
28:43e com colaboração.
28:45Eu acho
28:45que essa é uma,
28:47é um desafio,
28:48nós não estamos vivendo
28:50na minha opinião
28:51uma crise
28:51porque uma crise
28:52ela é temporária.
28:54Nós vivemos
28:55uma mudança
28:56climática.
28:57Transformação, né?
28:58Uma transformação.
28:59E isso requer,
29:01claro,
29:01adaptabilidade
29:02e requer
29:03muita colaboração
29:05para que a gente
29:06possa acelerar
29:07as medidas
29:08que estão sendo tomadas.
29:09E isso,
29:10novamente,
29:10a gente não consegue
29:11fazer sozinho
29:12enquanto indústria.
29:13A gente precisa
29:14das associações,
29:15a gente precisa
29:16de órgãos públicos
29:18e privados,
29:18da opinião pública,
29:19ou seja,
29:20de novo,
29:21voltamos a falar
29:22da cadeia combinada
29:23desse ecossistema.
29:25E como que a CIMES
29:26tem atuado
29:26para diminuir
29:27essa desigualdade?
29:28Quando eu perguntei
29:29aqui para a Mônica
29:30sobre a questão
29:31desses equipamentos,
29:34dessas tecnologias
29:35chegarem de forma
29:36diferente também
29:36em cada região,
29:38existe algum programa
29:39da empresa
29:40para que seja
29:41desse benefício
29:43para as regiões
29:44mais vulneráveis?
29:45Patrícia,
29:46temos muitas iniciativas
29:48voltadas a acesso
29:49à saúde.
29:50Essa é uma
29:51responsabilidade
29:52do Brasil,
29:53na Colômbia,
29:54nos países
29:56da África
29:57e em todo o globo.
29:58Por quê?
29:59Porque em cada mercado
30:00a gente sabe,
30:01cada país
30:02tem um cenário
30:04que é muito
30:05desigual.
30:06se a gente olhar
30:08o retrato do Brasil,
30:09a gente sabe
30:10que ainda,
30:11principalmente áreas
30:12em maior vulnerabilidade,
30:14a chegada
30:15de um paciente
30:16até uma unidade
30:17de saúde,
30:18ela pode levar
30:20a um distanciamento
30:21de mais
30:22do que 200 quilômetros.
30:24E isso,
30:24por que isso é
30:25tão fundamental
30:27que a gente
30:28tenha esse olhar?
30:29Porque não adianta
30:30desenvolvermos
30:31somente tecnologia.
30:33A gente precisa
30:34desentender
30:34essas dores
30:35locais
30:36para que essas
30:37tecnologias
30:38cheguem
30:39até o paciente
30:40e mudem
30:41e transformem
30:42a vida
30:42dessas sociedades.
30:43Então,
30:44um exemplo
30:45é um programa
30:45que nós temos
30:46com o Ministério
30:47da Saúde
30:47que foi implementado
30:49desde 2013
30:50no programa
30:51do Persus
30:52que como podemos
30:53levar
30:54radioterapia,
30:55exames,
30:56tratamento de radioterapia
30:58para todos
30:59em todos os lugares.
31:00Então,
31:00já implementamos
31:02praticamente 90
31:04unidades,
31:0590 hospitais
31:06onde é lindo
31:07de ver
31:08onde regiões
31:10que antes
31:11não tinham acesso
31:12a um tratamento
31:13de radioterapia
31:14que ele passa
31:15a ser acessível
31:16porque nós estamos,
31:17nós conseguimos
31:18chegar
31:19com,
31:20obviamente,
31:21com a iniciativa
31:22pública,
31:23com a indústria
31:24fazendo todo
31:25esse trabalho.
31:27E esse programa,
31:28ele não só
31:29permite
31:29que a gente
31:31chegue
31:31a mais lugares
31:32com radioterapia,
31:33mas é importante
31:34também falar
31:35das tecnologias,
31:37avanços tecnológicos
31:38que permitam,
31:39por exemplo,
31:40que esse deslocamento
31:42entre pacientes
31:43e unidades
31:44sejam menores.
31:45Então,
31:46hoje nós temos
31:46na radioterapia
31:47tecnologias
31:48de hipofracionamento
31:50que um paciente
31:52em média,
31:53dependendo,
31:53obviamente,
31:54do tipo
31:54de câncer
31:55que ele tem,
31:56ele precisa
31:57de 25 sessões,
31:5826 sessões
31:59de radioterapia
32:00e hoje,
32:01através das nossas
32:02tecnologias,
32:03é possível
32:04que esse número
32:06de sessões
32:06seja minimizado
32:08em que ele faça
32:10até 10,
32:1112 sessões.
32:12O que isso significa?
32:13Não só o impacto
32:14para o desfecho
32:15clínico
32:16desse paciente,
32:17mas também
32:18pelo bem-estar
32:19e pela possibilidade,
32:20imagine
32:21uma mulher
32:22que é líder,
32:24ou que é responsável
32:25por cuidar
32:26da sua casa,
32:27dos seus filhos,
32:29dos seus pais,
32:30precisa se ausentar
32:31e viajar
32:32quilômetros
32:33de distância
32:34para ter acesso.
32:35Cada vez mais,
32:36de novo,
32:37a tecnologia
32:37reduz isso
32:38e permite
32:39que a gente tenha
32:40essa jornada
32:42do paciente
32:43voltada
32:44também
32:45para locais
32:46e países
32:47de maior vulnerabilidade.
32:49Muito obrigada
32:50pelos esclarecimentos
32:51de vocês.
32:52Infelizmente,
32:52o nosso tempo
32:52é curto,
32:53a gente teria
32:54muitas discussões
32:55relacionadas ao tema,
32:58mas quando a gente
32:59fala de justiça climática
33:00e saúde,
33:01a gente está falando
33:02de vidas,
33:03de futuro,
33:04de escolhas
33:04que precisam ser feitas
33:06agora.
33:07O desafio está lançado.
33:08Como reduzir emissões,
33:10enfrentar desigualdades
33:11e fortalecer
33:12a saúde pública
33:13ao mesmo tempo?
33:15O Brasil
33:15tem a oportunidade
33:16de liderar
33:17esse debate,
33:18mas o mundo
33:19vai cobrar resultados.
33:21Até a próxima.
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