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O deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) comenta a articulação do governo pela aprovação da PEC do Fim da Escala 6x1 em entrevista ao Jornal Jovem Pan.

A PEC enfrenta resistência empresarial e de alguns parlamentares, que temem o aumento de custos e a queda na produtividade.

Assista na íntegra: https://youtube.com/live/qsE2hdBBY9M

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Transcrição
00:00... ainda nesse ano, com a PEC do fim da escala 6x1.
00:04Deputado Reginaldo Lopes, do PT de Minas Gerais, autor da proposta,
00:07vem conversando, inclusive, com os sindicatos.
00:09Ele chega agora para conversar com a gente no Jornal Jovem Pan.
00:12Mais uma vez, deputado, muito obrigado por nos atender. Bem-vindo.
00:16Eu que agradeço o convite, sempre à disposição.
00:18Muito obrigado.
00:19Bom, deputado, claro que essa é uma discussão lá atrás, quando surgiu,
00:23tem um amplo apoio popular, mas há uma resistência muito grande do setor produtivo.
00:28O senhor está conversando com os sindicatos.
00:30De que forma o Congresso vai tocar essa discussão, ainda nesse ano,
00:36ou talvez no ano que vem?
00:37Eu queria perguntar se não fica mais difícil, por ser um ano eleitoral.
00:41Qual é o cenário dessa proposta em tramitação no Congresso?
00:46Então, eu espero que o presidente Hugo Mota possa encaminhar
00:53a outra PEC da deputada Érica Hilton, a PEC de número 8, de 2025,
00:58a CCJ, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania,
01:03para que possa ser pensada junto com a nossa PEC, que é a PEC 221-2019,
01:09e imediatamente indicar um relator para a sua admissibilidade.
01:14Depois da admissibilidade, aí o presidente Hugo Mota
01:17criaria uma comissão especial para debater o tema.
01:20Aí é mérito.
01:22É bom lembrar que a PEC do Senado foi nomeado o relator,
01:29senador Rogério de Carvalho.
01:31Ele entregou na semana passada o relatório.
01:34E aí o presidente da CCJ do Senado, Otto Alencar,
01:38abriu para um conjunto de audiências públicas para debater o mérito.
01:43Eu acredito que esse tema ganhou as ruas, as redes,
01:48e é de amplo apoio popular.
01:50Aproximadamente 76% da sociedade, que é o fim da escala 6x1.
01:54Mas eu acredito que é possível reduzir, não para a escala 4x3,
01:59mas a escala 5x2.
02:02E uma redução em cada ano de uma hora de trabalho,
02:07reduzindo de 44 para 40 em 4 anos e depois de 40 para 36 mais 4 anos.
02:13Então, uma transição de 8 anos que elimina qualquer impacto de custo
02:18para o setor produtivo e também qualquer possibilidade de inflação.
02:23Então, eu defendo essa tese.
02:25E eu defendo a escala 5x2.
02:27Eu acho que nessa primeira quadra, nesses próximos anos,
02:30é melhor uma escala 5x2.
02:32É bom lembrar que 89% dos trabalhadores no Brasil
02:36já trabalham na escala 5x2.
02:39É bom lembrar também que a média da jornada de trabalho
02:43é 39,8% no Brasil.
02:47Quem está trabalhando 60 horas, 64, 56 horas
02:51são as pessoas de menor poder econômico,
02:53que são as pessoas do comércio.
02:55Ontem, em São Paulo, eu discuti com vários sindicatos patronais
02:59que, na verdade, serviços e comércios,
03:02as pessoas consomem onde elas moram.
03:04Não há tanto impacto.
03:06O impacto maior que seria prejudicial à economia
03:08se tivesse na indústria de custo.
03:11Mas a indústria, praticamente todo o setor da indústria,
03:14já faz uma escala 5x2.
03:16Mas também, independente dessas questões econômicas,
03:19é hora de olhar para o trabalhador.
03:21É hora de olhar para a qualidade de vida.
03:23Nós estamos vivendo uma pandemia silenciosa,
03:26pós-Covid, que é a pandemia da saúde mental.
03:31As pessoas estão doentes.
03:32Ontem, um setor produtivo do comércio e de serviço
03:36chegou a dizer que mais de 80% dos seus trabalhadores
03:41têm 3 até 4 faltas por mês.
03:44E ele acredita que isso não é normal.
03:48E a pesquisa dele aponta que esses trabalhadores faltam
03:51porque têm que resolver coisas
03:52que não tem de como resolver no domingo.
03:55Então, está comprovado que 5x2 é muito produtivo,
03:59é um ganho de qualidade de vida,
04:00é permitido que o trabalhador possa ir à igreja,
04:04possa passear pela cidade,
04:05ocupar os parques, jardins,
04:07possa estudar, possa ter acesso à cultura,
04:10à qualificação profissional.
04:11Então, acho que o impacto é muito pequeno
04:12do ponto de vista econômico.
04:14Deputado, vou passar a palavra para os nossos comentaristas.
04:17Cristiano Vilela faz a primeira pergunta,
04:18a próxima pergunta. Vilela.
04:21Deputado, boa noite.
04:22Deputado, eu acompanhei a sua fala ontem,
04:27nesse evento em São Paulo,
04:28evento sim demais, com empresários,
04:30com trabalhadores, enfim.
04:32E eu percebi ao longo do evento,
04:34realmente um posicionamento muito forte,
04:36muito animado dos sindicatos de trabalhadores,
04:39favoráveis a essa possibilidade de redução da jornada.
04:43De uma forma geral, percebi que os sindicatos de trabalhadores
04:46estão bastante favoráveis.
04:48Algo que, para mim, ainda não realmente,
04:50eu tenho bastante dúvidas,
04:52não se encaixa de uma forma adequada,
04:55como isso vai acabar acontecendo,
04:58se colocando na prática,
04:59com o pequeno empreendimento,
05:01com aquela pessoa que contrata ali uma pessoa
05:05para fazer um bolo,
05:07para ter ali uma portinha aberta,
05:09algo realmente que seja dentro de uma atividade
05:12que acaba conseguindo formalizar aquele trabalhador
05:15que em outros tempos estava informalizado.
05:18Será que, nesse caso,
05:19nós não teremos um aumento,
05:21uma retomada da informalização do trabalho?
05:25Olha, Cristiano,
05:26é bom lembrar que o Simples custa ao país
05:28R$ 150 bilhões.
05:30R$ 1,5 do PIB.
05:32Na reforma tributária que eu fui relator,
05:34nós preservamos o Simples,
05:36preservamos o regime,
05:38permitiu o enquadramento a cada três meses,
05:40pode até mudar de modelo,
05:42se quiser acreditar,
05:44pode mudar débito e crédito a cada três meses,
05:47vai acreditar para o adquirente,
05:49ou seja, ele vai pagar um modelo favorecido
05:51e ainda vai acreditar para o seu adquirente.
05:54Então, na verdade,
05:55o Simples já tem um regime especial favorecido,
05:58mas nós podemos estudar.
05:59Você traz um tema importante,
06:01que o Brasil tem 90% das empresas pequenas,
06:04nós podemos também dar algum grau
06:07de algum favorecimento
06:09do ponto de vista de alguma contribuição patronal
06:12para essas pequenas empresas.
06:14Por isso que é importante
06:15que, de fato,
06:18esta PEC possa receber admissibilidade
06:21para que, no mérito,
06:24com dados, sem fake news,
06:25com boas informações,
06:27que possamos juntos fazer esse cálculo.
06:30Porque, quando a indústria apresenta
06:32o cálculo hoje dos impactos,
06:34ela trabalha com a lógica de 36 horas,
06:36e, na verdade, tem uma transição longa,
06:39de oito anos,
06:40e ela trabalha com a lógica 4 por 3.
06:42Se a indústria calcular na lógica 5 por 2,
06:46poucos setores da indústria
06:47vão ter que aumentar a sua turma,
06:49os seus colaboradores,
06:51para colocar a indústria em pleno funcionamento.
06:54Então, os impactos são pequenos.
06:56Eu acho que agora nós precisamos compartilhar,
06:58Cristiano, esses ganhos com os trabalhadores também.
07:00Nós precisamos dar mais qualidade de vida,
07:02mais tempo livre para os trabalhadores.
07:04A juventude hoje, Cristiano,
07:06ela está num movimento de desocupação.
07:08Ela prefere vender o tempo livre na pessoa PJ
07:10do que ficar submetida a uma escala
07:15que não dá para ele nenhuma liberdade
07:17e nenhuma qualidade de vida.
07:18Então, eu acho que a redução de 5 por 2
07:20num país de pleno emprego
07:22e com 14 milhões de trabalhadores informais,
07:25esses trabalhadores, 14 milhões,
07:27na minha opinião,
07:28eles passarão para o mercado formalizado.
07:31Porque vai ter um pouco de turma,
07:33vai ter que fazer essa escala 5 por 2
07:35naquele modelo de negócio
07:36que abre 6 vezes na semana,
07:38vai precisar de contratar mais pessoas.
07:41Deputado Reginaldo Lopes,
07:42agora a pergunta de Dora Cramer.
07:45Boa noite, deputado.
07:47Essa jornada, essa nova jornada,
07:51para ela chegar,
07:53nós estamos falando aqui até agora,
07:54de como seria na população.
07:56Só que antes disso,
07:57precisa passar pelo Congresso.
07:59E nesse momento,
08:01eu queria juntar os dois assuntos.
08:03Nesse momento,
08:05o governo faz um movimento
08:06de reorganização da base,
08:09demitindo pessoas indicadas
08:14pelos 251,
08:15pelo menos foi isso
08:16que a ministra Glaze Hoffman disse,
08:19251 deputados que votaram contra a MP
08:23que substituiria o decreto do IOF.
08:27Primeiro, eu queria saber
08:30se essa reformulação da base
08:32facilita a passagem
08:35de uma proposta como essa.
08:37E gostaria que o senhor falasse
08:38um pouquinho mais
08:39do que se trata,
08:41como será essa reformulação da base?
08:45Bom, Dora,
08:46primeiro eu trato a redução da escala,
08:48o fim da 6 por 1,
08:50em especial,
08:52a escala 5 por 2
08:53e a redução gradual
08:54da jornada de trabalho
08:56como uma questão
08:57de direito,
08:59de qualidade de vida
09:00e não ideológica.
09:01Eu acho que nós não podemos
09:02tratar esse tema
09:03entre bolsonaristas
09:05e lulistas.
09:06Eu acho que aí,
09:07de fato,
09:08nós não temos chance.
09:10Olha que o imposto de renda
09:11foi tratado
09:13como uma questão de direito,
09:15melhoria da renda disponível
09:16para aquecer a economia,
09:18aumentando,
09:19criando uma espécie
09:20de 14 salário para o trabalhador,
09:22teve 493 a 0.
09:23Eu também tive
09:25a experiência
09:25de coordenar
09:26a reforma tributária,
09:27nós conseguimos
09:28um emenda constitucional
09:28com 382 votos,
09:30depois regulei
09:31com mais de 400 votos
09:33o projeto
09:34de lei complementar.
09:36Então,
09:36acho que nós temos
09:37que tirar
09:37o debate ideológico
09:39desse tema.
09:40Segundo,
09:40é evidente,
09:41você tem uma base
09:42mais reestruturada,
09:43mais organizada,
09:44facilita,
09:45porque,
09:46indiretamente ou não,
09:47o governo presidente Lula
09:48defende
09:49o fim da escala 6 por 1
09:50e a redução da jornada.
09:52Sempre defendeu
09:52até como sindicalista,
09:53ele era deputado
09:54constituinte em 88,
09:56eles reduziram
09:56de 48 para 44.
09:58Mas,
09:59de fato,
10:00o governo hoje
10:01não tem uma base
10:02sólida para tratar
10:03essa matéria
10:04de forma ideológica,
10:05não,
10:05se essa matéria
10:06for tratada
10:07de maneira ideológica,
10:08aposentado a gente
10:08perder a votação
10:10dessa redução
10:11do fim da escala 6 por 1
10:12é muito grande.
10:13Mas é bom lembrar
10:14que as pesquisas
10:15apontam 76%
10:16de aprovação
10:17pela redução.
10:18o centrão
10:19é um animal político,
10:21muito
10:21rápido,
10:23ágil
10:24e esperto.
10:25Então,
10:25é evidente também
10:25que eles não ficam
10:26contra as vozes
10:28das ruas.
10:29Deputado,
10:29deixa eu fazer
10:30uma última questão,
10:31o senhor mesmo lembrou,
10:32o senhor coordenou
10:32a equipe de trabalho
10:33da reforma tributária,
10:35alguém que tem experiência
10:37e conhece
10:37essa questão
10:38de tributos,
10:39impostos,
10:40de que maneira
10:41o senhor acha
10:41que o governo
10:42vai resolver
10:43essa questão
10:44depois que
10:45a Câmara
10:46não levou à frente
10:47a MP
10:48da alternativa
10:50do IOF.
10:51De que forma
10:51é possível
10:52compensar
10:53essa questão
10:54arrecadatória
10:55do governo?
10:56Por que não há
10:56um amplo programa
10:58talvez de corte de gastos?
10:59A gente vê a situação
11:00dos Correios
11:00e até de outras
11:02autarquias.
11:04O governo vai
11:05buscar reduzir
11:07os gastos tributários.
11:09Não é fácil.
11:10A Dilma já tentou
11:11duas ou três vezes
11:13no governo dela,
11:13o Lula já tentou
11:15esse mandato,
11:17o Temer também tentou,
11:19o que a gente fez
11:20foi consolidar
11:20todos esses
11:21gastos tributários
11:22e gastos creditícios
11:23na PLP
11:24de 2017-160
11:27a partir da decisão
11:28do Supremo
11:29que convalidou
11:30esses benefícios
11:30até 2032.
11:32É por isso
11:32que na reforma
11:33a gente colocou
11:34a transição
11:35até 2032
11:36para eliminar
11:37esses gastos.
11:37Agora esses gastos
11:38são absurdos.
11:40A Bolsa bilionária
11:41no Brasil
11:41é 850 bilhões
11:43do governo federal
11:44e uns 300 bilhões
11:46nos estados
11:46nesses regimes
11:47especiais tributários
11:49sem nenhuma transparência.
11:50Então esse é o grande desafio
11:51do Brasil.
11:52Por ali
11:52tem muito corte
11:54de gastos tributários
11:56e creditícios.
11:57Mas também
11:57é evidente
11:58o governo
11:59pode fazer
12:00alguns ajustes
12:00e alguns cortes.
12:02Mas é possível
12:02também
12:03no diálogo
12:03no colégio de líderes
12:05buscar a simetria
12:07das fintechs
12:07com os bancos
12:08de varejo
12:09porque
12:09as fintechs
12:11hoje já estão consolidadas
12:12podem pagar um pouco mais
12:13talvez aí
12:14de 9 a 15
12:15ou a 12%.
12:16Acho que as BETS
12:18que ganharam
12:18240 bilhões
12:19no ano passado
12:20ainda pegaram
12:2136 bilhões
12:22de beneficiários
12:23de programas sociais
12:24que agora
12:24estão proibidos
12:25de usar
12:26o CPF
12:27desses beneficiários.
12:29Mas também ali
12:30eu acho que não é nada
12:31de mais uma conversa
12:32para a gente ampliar
12:33de 12 para 15
12:34ou para 18%.
12:35Então tem muitos caminhos.
12:36Tem também
12:37o ganho do governo
12:38no Supremo Tribunal Federal
12:40de poder fazer
12:41alguns ajustes
12:42no IOF.
12:42Então tem caminhos
12:43eu acho que o governo
12:44vai encontrar aí
12:45acho que o ministro Haddad
12:46vai apresentar
12:47um conjunto
12:48de caminhos
12:49e o presidente Lula
12:50deve decidir.
12:51Lógico,
12:51lembrando que hoje
12:52nós temos um congresso
12:54muito fortalecido
12:55do ponto de vista
12:56político,
12:56orçamentário,
12:57de mídia,
12:58de comunicação.
12:59Então é evidente
13:00que sempre é bom
13:00repactuar
13:01ou pactuar
13:02melhor no colégio de líderes
13:04para que isso possa
13:04ter sucesso
13:05essas novas medidas
13:06de sustentabilidade fiscal
13:08do governo presidente Lula
13:10que é tão importante
13:10para toda a sociedade
13:11porque nós estamos falando
13:12de taxa de juros
13:13e nós estamos falando
13:14de inflação
13:14e a inflação
13:15ela corrói o poder
13:16de compra dos mais pobres.
13:18Deputado Reginaldo Lopes
13:19do PT de Minas Gerais
13:21mais uma vez
13:21obrigado por atender
13:22a Jovem Pan
13:22bom fim de semana
13:23voltaremos a nos falar
13:24um abraço ao senhor.
13:26Eu que agradeço
13:26obrigado.
13:27Obrigado.
13:27Obrigado.
13:27Obrigado.
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