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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Donald Trump (Republicano-EUA) está encaminhado.

Vieira prevê que a reunião pode acontecer em novembro, mas ressaltou que a data e o local ainda dependem da agenda dos presidentes. Dora Kramer, Deysi Cioccari e Thulio Nassa debatem sobre o assunto. Reportagem: André Anelli.

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Transcrição
00:00O ministro Mauro Vieira afirma que teve ótima reunião com o secretário de Estado americano, Marco Rubio.
00:06O chanceler usou a expressão do momento, teve muita química e o resultado esperado por hora.
00:13Donald Trump e Lula devem se reunir em breve.
00:16O repórter André Aneri traz as últimas informações e o diálogo sobre o tarifaço, André.
00:22Será que avançou ou não avançou? Bem-vindo, boa noite.
00:24Ainda não, viu Tiago? Muito boa noite a você, boa noite a todos aqui no Jornal Jovem Pan.
00:32O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que não houve nenhum tipo de deliberação específica
00:39na reunião com o chefe do Departamento de Estado americano, Marco Rubio.
00:44O encontro aconteceu a portas fechadas, durou cerca de uma hora e quinze minutos
00:48e Vieira classificou a conversa como positiva, com cordialidade, da parte do governo americano.
00:56No entanto, o ministro das Relações Exteriores informou que ficou determinado apenas
01:01que as equipes de assessoria do Brasil e dos Estados Unidos serão responsáveis
01:07por levantar as áreas de interesse mútuo de forma a criar uma pauta que será submetida
01:13à mesa de negociação direta entre os presidentes Lula e Trump.
01:17Esse encontro ainda não tem local e nem data agendados, mas foi estabelecido que vai ocorrer
01:24dentro do mês de novembro, ou seja, no mês que vem deve acontecer essa tão aguardada reunião
01:31entre Lula e Trump. O tema principal, como já foi divulgado até publicamente pelo governo,
01:37é a renegociação do tarifácio imposto pelos Estados Unidos aos produtos importados do Brasil.
01:43Existe a expectativa de que o governo americano seja convencido a voltar atrás dessa decisão,
01:50já que, primeiro, a balança comercial com o Brasil é positiva aos Estados Unidos
01:55e, segundo, é o fato de o tarifácio ter aumentado o custo de vida americano
02:00em produtos muito populares, como café e frutas, por exemplo.
02:05Além dessa questão, outros assuntos também devem ser debatidos na reunião entre Lula e Trump.
02:11A possível guerra dos Estados Unidos com a Venezuela, também o conflito no leste europeu
02:17entre Rússia e Ucrânia e a paz no Oriente Médio entre o grupo palestino Hamas e Israel.
02:24Mauro Vieira foi perguntado se todos esses temas devem ser debatidos entre Lula e Trump
02:29numa reunião na Malásia, que seria paralela ao encontro dos países do sudeste asiático,
02:34e ele se esquivou e disse que a definição da data e do local agora vai depender da agenda
02:41dos dois presidentes, mas deve acontecer, sim, em novembro, Tiago.
02:46As negociações continuam, as conversas continuam, mas hoje o primeiro encontro presencial
02:51entre representantes dos dois países.
02:53O André Anelli volta em instantes aqui ao Jornal Jauim Pan.
02:55Vou chamar já os nossos comentaristas.
02:57A Deise Siocara entrando aqui nos estúdios e aqui no nosso telão o Túlio Nassa e a Dora Kramer.
03:02Vou começar por essa ordem, Túlio, com você.
03:05Boa noite, bem-vindo.
03:06Como o André destacou, não tivemos nada concreto ainda,
03:10mas só o fato dos dois estarem presentes já é um avanço, não é isso?
03:14Bom trabalho.
03:17Boa noite, Tiago.
03:18Boa noite, Dora.
03:19Boa noite, Deise.
03:20Boa noite, audiência da Jovem Pan também.
03:22Exatamente, Tiago.
03:24É preciso de muita calma e serenidade nessa hora.
03:27Veja, depois de uma reunião relâmpago e química de 30 segundos entre Trump e Lula na ONU,
03:33depois de uma ligação de uma hora entre Trump e Lula,
03:38vem essa tal reunião diplomática, que serve para planejar uma próxima reunião,
03:43quais temas seriam tratados numa próxima reunião.
03:46Então é preciso de muita calma e serenidade.
03:48Eu vou lembrar aqui de Ariano Soassuna, que dizia que o otimista é um tolo,
03:52o pessimista é um chato e bom mesmo é ser um realista e esperançoso.
03:57E é exatamente, porque de um lado, aquele otimismo tolo
04:01de que as questões políticas não estariam na mala de negociação pelos Estados Unidos,
04:07parece que caiu por terra.
04:09Veja, ontem Eduardo Bolsonaro foi chamado ali pelo governo norte-americano
04:13e fez uma prévia. Evidentemente, devem ali ter combinado o jogo da reunião de hoje.
04:19E de outro lado, já há fontes, inclusive hoje à tarde a Jovem Pan anunciou,
04:23fontes ligadas à Casa Branca, que dizem que o assunto perseguição judicial,
04:28regulação das redes, foi sim uma exigência do secretário Marco Rubio.
04:33E de outro lado, então, aquele pessimismo também que nós tínhamos
04:37de que não haveria um canal de negociação, parece que o canal foi aberto.
04:41Então, bom mesmo é ser um realista e esperançoso.
04:44E nesse realismo esperançoso, é preciso sim negociar tudo
04:49dentro dos limites do nosso devido processo legal e da nossa autonomia judicial.
04:55Questões como terras raras, interessa muito aos Estados Unidos.
04:59É algo que a gente pode ter efetividade nessa negociação.
05:02Sobre a questão judicial, não dá para interferir no judiciário,
05:06mas dá para, por exemplo, falar sobre PL da dosimetria ou anistia,
05:10e dá também para não avançar com esse projeto da regulação das redes.
05:15Sobre a guerra na Rússia, deixar de comprar óleo diesel.
05:18Sobre questões geopolíticas, desalinhar essa bravata,
05:22essa cruzada dos BRICS contra o dólar.
05:24Então, por essas e por outras, Tiago, nós temos bons elementos.
05:28Mas eu não sei se dá para ser otimista, porque não sabemos até que ponto
05:31o governo brasileiro vai deixar os interesses políticos de lado
05:34e vai ao encontro dos verdadeiros interesses nacionais.
05:38Ô Dora, é uma porta aberta, mas o martelo vai ser batido
05:42só pelos dois presidentes no encontro agora em novembro,
05:46se efetivamente esse encontro sair do papel.
05:48Boa noite, Dora.
05:50Boa noite, Tiago. Boa noite, Túlio.
05:52Boa noite, Deise. Boa noite a todos.
05:54Olha só.
05:55A gente já comentava isso ontem, que do Itamaraty, da diplomacia,
06:03a gente não poderia esperar que houvesse revelações.
06:07Primeiro que a gente não sabe se há.
06:09Nessa conversa de 15 minutos entre os dois, o Rubio e o Mauro Vieira,
06:14a gente não se sabe o que houve, a não ser pelos dois.
06:17Os assessores, embaixadora do Brasil, chegou, eles entraram depois,
06:22no restante da reunião.
06:24E a manifestação pública, quando o embaixador Mauro Vieira
06:29veio dizer o que aconteceu, ele falou durante menos de quatro minutos,
06:34porque eu contei.
06:35Mas ele disse coisas interessantes do ponto de vista da leitura
06:39da linguagem diplomática.
06:41Evidentemente, ele disse que haverá novos encontros,
06:45não entre...
06:47Ele confirmou que o objetivo final é o encontro de Trump e Lula,
06:52mas disse que haverá novos encontros preparatórios.
06:57Então, as coisas vão se encaminhando, elas devem ir não crescendo.
07:03E me chamou a atenção, quando ele falou sobre os assuntos,
07:07ele disse, olha, foram abordados aspectos práticos.
07:12Aspectos práticos quer dizer economia, quer dizer questões objetivas.
07:18E não haveria por que no encontro desse,
07:22entre os dois representantes de Estado, os dois chanceleres,
07:26que é o Marco Rubio, equivalente ao nosso chanceler,
07:29haver mais do que isso.
07:31Evidentemente que o chanceler Mauro Vieira não poderia chegar ali
07:36e contar tudo o que eles falaram.
07:38Essas conversas são estratégicas.
07:41É bom que a gente lembre que há um outro lado criando problemas,
07:47criando interdições.
07:48Então, sempre vão divulgar as versões mais pessimistas,
07:53mais malucas, mais...
07:55Teve um vídeo do Eduardo Bolsonaro em frente ao Departamento do Estado.
08:00Ora, meu Deus do céu, a Casa Branca, o Departamento de Estado,
08:03é uma coisa enorme.
08:04O que a gente tem de objetivo é que estava chanceler com chanceler.
08:10Então, eu acho que esses foram os pontos.
08:13O objetivo, assim, e o processo negociador.
08:17O chanceler falou em processo negociador.
08:21Foi exatamente essa expressão que ele usou.
08:25Então, o que nós temos é um primeiro encontro distensionado,
08:30porque eles se encontraram lá logo depois do anúncio do Tarifácio,
08:35quando a situação estava super tensa,
08:38e não foi um bom encontro.
08:40E esse agora foi o primeiro de uma fase que nós não sabemos aonde ela vai dar.
08:47Mas se o presidente Trump escala o Marco Rubio,
08:51o secretário de Estado, para falar e dar encaminhamento
08:55a um processo negociador com o chanceler brasileiro,
08:59isso quer dizer que as coisas podem, sim, andar.
09:03Trump pode mudar de ideia?
09:05Sempre pode.
09:06Mas a gente vê que este processo não é uma coisa de arrobo.
09:10É uma coisa que está sendo encaminhada com vagar.
09:13Acho que não temos que ter ilusões que nessa pauta vai ter
09:17guerra da Ucrânia, guerra da Rússia, Oriente Médio,
09:20porque, evidentemente, o Brasil não tem o peso geopolítico
09:24para entrar nesse tipo de discussão.
09:27Mas tem muita coisa que a gente pode discutir e avançar.
09:30O Deise, a Dora fala sobre a economia.
09:32Ao que tudo indica, no cardápio a política não entrou.
09:35Mas também não temos como saber,
09:37porque o secretário, o ministro fala uma coisa,
09:40mas o secretário não deu qualquer outro detalhe
09:43em relação a esse encontro.
09:45Pois é, Tiago, mas a Dora tocou num ponto
09:47que eu acho que é interessante aqui,
09:49porque ela falou que o Brasil não tem esse peso político todo,
09:53esse peso para entrar e falar,
09:55e eu concordo sobre uma guerra na Ucrânia,
09:57mas o Brasil tem um peso muito importante
09:59em relação ao meio ambiente.
10:01E a gente sabe, as poucas informações
10:03que a gente tem em relação a essa reunião,
10:06a gente sabe que representantes do Ministério do Meio Ambiente
10:08estavam ali, estavam na volta.
10:11Isso pode indicar também que o Brasil
10:13quer entrar nessa negociação.
10:15E a gente sabe que, em negociação de meio ambiente,
10:18a gente sim tem um peso com a Amazônia, com a COP30.
10:21Então, do pouco que a gente pode tirar,
10:23e para não repetir os meus colegas aqui,
10:25eu acredito que a pauta ambiental,
10:27ela também deve entrar nessa discussão,
10:29se é que já não entrou.
10:31Pois é, deixa eu continuar nessa nossa rodada aqui.
10:34Claro que ainda é tudo muito inicial,
10:37não sabemos nem mesmo quando será esse encontro.
10:41Agora, Turi, de qualquer forma,
10:43é um encaminhamento e uma sinalização
10:45para o encontro entre os dois presidentes.
10:47Então, pelo menos nisso,
10:49a diplomacia brasileira pode se escorar.
10:51Mas que o trabalho diplomático não parou por aí,
10:54isso a gente tem razão.
10:55A gente tem certeza que não parou, né?
10:59Pois é, Tiago.
10:59Na verdade, a negociação está começando agora.
11:02Nós sequer temos ainda a definição,
11:05o elenco das pautas que serão efetivamente colocadas à mesa.
11:09Mas nós não podemos ser ingênuos nem de um lado nem de outro.
11:12O Brasil tem que estar preparado para qualquer tipo de discussão.
11:16E veja, há muitos indícios aí que levam a crer
11:19que a questão não é tão simples,
11:21que os Estados Unidos podem não querer apenas ficar
11:24nessa questão da balança comercial superavitária Brasil-Estados Unidos.
11:28Já houve secretários outros do governo norte-americano
11:31que falaram, por exemplo,
11:33que o Brasil deveria parar de comprar óleo diesel da Rússia.
11:35Já houve quem falasse também
11:37que o Brasil deveria se desalinhar em relação aos BRICS.
11:41Então, não dá para entrar numa negociação dessa
11:43sem estar preparado também para as questões políticas.
11:47É evidente que para o Brasil seria muito mais confortável
11:50ficar só no campo da economia.
11:52Mas se nós tivermos que tratar de tudo,
11:54que tratemos de tudo com vistas ao interesse nacional
11:57e não ao interesse político eleitoral
11:59e de forma serena e equilibrada.
12:01Não há outra alternativa.
12:03Agora, também penso, acho que um pouco diferente da Dora e da Deise,
12:07em relação ao peso do Brasil.
12:08Eu acredito que para Donald Trump,
12:10o Brasil é um aliado estratégico,
12:12é a maior economia da América Latina
12:14e a décima maior economia do mundo.
12:16Acredito eu que Donald Trump está jogando duro,
12:18pesado contra o Brasil,
12:19porque está cobiçando, sim,
12:22um realinhamento político e ideológico com o Brasil
12:24nesse cenário de guerra geoeconômica e geopolítica no mundo.
12:28Tiago.
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