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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, deve se reunir na próxima sexta-feira (17) com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, em Washington. Pode ser o primeiro encontro presencial entre os dois governos desde o anúncio das tarifas. Em entrevista, o professor e pesquisador de relações internacionais Carlos Gustavo Poggio comentou sobre a importância do diálogo.
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NotíciasTranscrição
00:00O possível, provável, primeiro encontro de alto nível entre o governo americano e o governo brasileiro,
00:06cada vez mais perto de acontecer ao que tudo indica,
00:08o ministro Mauro Vieira, o chanceler Mauro Vieira,
00:11conversou com o secretário de Estado norte-americano Marco Rubio na quinta-feira passada,
00:16fizeram o primeiro contato, e ali ficou decidido que as equipes de ambos os governos
00:20terão uma reunião presencial em Washington, e isso deve acontecer ainda nessa sexta-feira.
00:25É importante sublinhar aqui o deve, porque não há uma confirmação definitiva ainda.
00:30Até mesmo o vice-presidente, Geraldo Alckmin, ao comentar sobre o assunto,
00:34falou que as coisas que têm que se movimentar mais depressa,
00:38partir logo para uma conclusão no meio de tanta indecisão
00:41e nessa relação, nessa friaca diplomática que ambos os países se encontram nos últimos meses.
00:47Temos essa declaração aqui na íntegra? Temos sim. Vamos conferir o que o vice-presidente falou. Vamos lá.
00:52A orientação do presidente Trump foi muito clara.
00:56Nós queremos fazer um diálogo e entendimento, e o Brasil sempre defendeu isso.
01:02Um dos dez produtos que os Estados Unidos mais exporta para nós, oito não tem imposto, é zero.
01:09E a tarifa média é 2,7.
01:11Então o pedido do presidente Lula para o presidente Trump foi que, enquanto negocia, suspendeu os 40.
01:18Esse foi o pleito. Olha, enquanto negocia, suspende os 40.
01:23Que nós precisamos avançar mais depressa.
01:26É, meus amigos, agora, claro, uma coisa é você querer, outra é você conseguir, na prática, resolver.
01:32A gente lembra claramente que no início da crise com os Estados Unidos,
01:35ali por volta de julho, virada de julho para agosto,
01:37após o presidente americano Donald Trump enviar a primeira carta anunciando ali a intenção do tarifaço,
01:44condicionando ao componente jurídico, político, jurídico, legal, do calvário político, jurídico, legal,
01:49enfrentado pelo ex-presidente Bolsonaro, o próprio chanceler Mauro Vieira meio que submergiu,
01:54foi para o pré-sal, para as profundezas, ali para, ele foi até para um encontro improvável em Zagreb, na Croácia,
02:00e meio que sempre sumindo, quando a coisa começa a apertar, meio que sempre sumindo,
02:04ao que tudo indica, as últimas informações não contam que esse encontro presencial ainda não está marcado 100%,
02:08mas há movimentações nesse sentido.
02:11Sua expectativa, Jesse Peixoto, vamos lá, suas informações também, claro.
02:14Não, então, eu tenho um comentário sobre o Mauro Vieira, é interessante,
02:17porque enquanto chanceler, às vezes a gente está vendo mais protagonismo ao secretário,
02:21que no caso é o Celso Amorim,
02:23do que para o Mauro Vieira, que tem uma postura bem fechada,
02:27fala pouco, é mais quieto, o que é uma diferença ali do momento em que o Celso Amorim foi chanceler.
02:33No passado, ele tem sido mais vocal, até o prêmio ali da Maria Corina Machado,
02:37a crítica possivelmente mais direta, veio de Celso Amorim.
02:41E quando a gente está olhando para essa situação do acordo dos Estados Unidos e do Brasil e dessa proximidade,
02:47a gente precisa entender que o que provavelmente vai acontecer
02:51é os Estados Unidos forçarem uma negociação que seja muito positiva para eles.
02:55Eu acho que o grande pilar disso tudo se pauta também nas terras raras,
02:59porque a situação de Estados Unidos e China está cada vez mais tensionada
03:03e o governo da China chegou a fazer uma proibição formal
03:06para parar a venda de terras raras para os Estados Unidos.
03:11Muito bem colocado, como sempre serve de abrir alas para a próxima conversa que a gente vai ter agora,
03:15propondo para toda a nossa audiência aqui no Morning Show,
03:17claro, o professor e pesquisador em relações internacionais, Carlos Gustavo Pódio.
03:21Fala, professor, prazer em revê-lo. Tudo bem, querido?
03:23Seja muito bem-vindo aqui ao Morning Show.
03:25Ao contrário de nós, que parecemos estar estreitando cada vez mais o laço com os Estados Unidos,
03:31a China parece já estar em pé de guerra novamente,
03:34com os seus principais algozes aí no tabuleiro geoeconômico global, por que não?
03:39Inclusive, chamando as tarifas, o novo round de tarifas anunciado por Donald Trump no final de semana,
03:45de hipócritas, hipócritas, e ameaçando uma retaliação na mesma medida, na mesma moeda.
03:50É por aí? Vai ficar por isso mesmo sua expectativa?
03:54Olá, André. Bom dia. Prazer em conversar com você, quem nos assiste aí pela Jovem Pan e nos ouve.
04:00Bom, a gente está vendo, na verdade, a volta de um padrão que a gente já conhece do governo Donald Trump.
04:06A grande questão do Donald Trump com relação às tarifas, o grande problema que ele tem que resolver
04:11é justamente a questão com a China.
04:13Isso a gente, inclusive, consegue detectar até pelo comportamento da Bolsa Americana.
04:17A Bolsa Americana só responde ao tarifas do Donald Trump quando, de fato, atinge a China.
04:23Isso parece ser um indicativo importante da relação econômica entre Estados Unidos e China.
04:30É um parceiro com o qual os Estados Unidos vão ter mais dificuldade de negociar,
04:34porque, ao contrário da relação que os Estados Unidos têm com vários outros países ao redor do mundo,
04:39a relação com a China é uma relação de profunda interdependência, ou seja,
04:42uma dependência mútua de Estados Unidos e China do ponto de vista financeiro, comercial,
04:48e é, de fato, uma luta entre dois gigantes.
04:50Então, a gente está vendo, de certa forma, essas ações do Donald Trump levando a um rearranjo
04:55deste tabuleiro internacional e cabe aos países, como o Brasil, citado,
05:02que nós vamos conversar sobre a questão brasileira, tentar se aproveitar deste momento
05:06e se inserir de uma forma competente, inteligente, dentro do comércio internacional,
05:11dentre estes dois países, sem necessariamente escolher um lado.
05:15Não cabe ao Brasil, do ponto de vista comercial, do desenvolvimento, dos seus interesses,
05:21escolher um lado nesta disputa, mas cabe, isso sim, agir de forma inteligente
05:26e se aproveitar das oportunidades que são colocadas na mesa
05:30quando você tem uma crise desse tamanho.
05:32Então, cabe ao Brasil entender o tamanho destas placas tectônicas
05:40que se estão movendo entre estes dois grandes gigantes
05:43e ver como o Brasil pode se inserir de uma forma positiva.
05:45Eu acho que é interessante que até a postura do Donald Trump
05:48tem levado ao governo brasileiro, pela primeira vez, falar em diminuir tarifas,
05:52e ter um comércio um pouco mais aberto.
05:55Isso pode levar, portanto, a uma melhoria nas relações entre Brasil e Estados Unidos,
05:59e o Brasil, após anos, sem fazer algum tipo de acordo comercial relevante,
06:06mais de duas décadas, apostando muito na questão Mercosul e União Europeia,
06:11talvez possa avançar com acordo comercial com os Estados Unidos.
06:15Então, é uma situação muito típica de momentos de incerteza.
06:20A gente não sabe exatamente o que vai acontecer,
06:23mas sabe que o Brasil tem que ter uma postura bastante firme e estratégica
06:28para poder se aproveitar das oportunidades que devem surgir.
06:32É, posição bastante firme e enérgica não é o que a gente está vendo exatamente
06:36desse Itamaraty do governo Lula III.
06:37A gente lembra o silêncio ensurdecedor do chanceler,
06:41assim que foi anunciado o tarifácio ali em julho,
06:43foi parar em Zagreb, na Croácia.
06:45A posição branda também do governo Lula em relação ao golpe perpetrado por Maduro na Venezuela.
06:52O chanceler Mauro Vieira demorou 81 dias até o Senado explicar
06:55essa posição hesitante, vacilante, titubeando, falando, enfim,
06:59mansinho e baixinho em relação ao seu ditador muy amigo ali ao norte.
07:04Eu vou aqui com o Mano Ferreira para fazer a próxima pergunta.
07:06Professor Carlos Gustavo Podio está aqui com a gente no Morning Show. Vamos lá.
07:09Professor, bom dia. Obrigado por estar aqui com a gente.
07:12Eu queria saber, na sua visão, na prática, o que o governo poderia fazer
07:18ou mudar de postura para, de fato, aproveitar essas oportunidades?
07:22Porque, como o senhor bem disse, faz mais de 20 anos que a gente negocia
07:26o acordo Mercosul-União Europeia e a coisa não sai do lugar.
07:31É possível esperar, de fato, algum pragmatismo ou algum resultado concreto
07:37por parte do governo nesse contexto agora?
07:41É possível sonhar com um acordo de livre comércio?
07:45Alguma coisa relacionada entre Brasil e Estados Unidos?
07:50Como que o senhor avalia os cenários sobre possibilidades concretas
07:54da gente sair das sinalizações de conversas e negociações
07:59para, de fato, um acordo comercial ou uma redução de tarifas por parte do Brasil?
08:05Olha, Mano, há uma dificuldade para o Brasil fazer negócios de acordo de livre comércio
08:11que é justamente a estrutura do Mercosul.
08:13O Mercosul tem uma tarifa externa comum.
08:16O Mercosul é uma união aduaneira que, portanto, os países todos que fazem parte do Mercosul
08:21têm essa tarifa externa comum.
08:23Significa que a tarifa é comum?
08:24Portanto, o Brasil não pode individualmente fazer grandes concessões sem negociar com
08:30seus parceiros no Mercosul.
08:31Essa foi uma estrutura que foi montada já lá há 20 anos, inclusive para dar mais poder
08:37de barganha para o Brasil numa negociação, na época, com a Alca nos Estados Unidos.
08:42O Brasil negociou em bloco para se tornar mais forte junto com seus parceiros,
08:47mas isso acaba amarrando muito as mãos do governo brasileiro em termos de independência.
08:53Só é possível, por exemplo, você menciona um acordo de livre comércio.
08:57Só seria possível um acordo de livre comércio Brasil e Estados Unidos se acabasse o Mercosul.
09:02O que é possível é o Mercosul, juntamente com os Estados Unidos, fazer um acordo de livre
09:06comércio, o que a gente sabe adicionaria elementos complicados.
09:10Curiosamente, nós temos uma composição hoje no Mercosul, principalmente o principal parceiro
09:14do Brasil, que é no Mercosul, que é a Argentina, que talvez fosse muito aberta a uma possibilidade
09:21de um livre comércio com os Estados Unidos.
09:23Mas aí cabe ao governo brasileiro se acertar com os argentinos e com o Paraguai, os Uruguai
09:28e os seus outros membros do Mercosul.
09:30Então tem essa dificuldade, o que não significa que não pode haver concessão em alguns temas
09:35específicos.
09:36O Brasil pode, sim, fazer concessão, que não seria um acordo de livre comércio, mas concessão
09:41em alguns temas específicos.
09:43A gente sabe que o Brasil é um país muito fechado para o comércio internacional, tem
09:47sido muito fechado.
09:49A gente, na verdade, perdeu esse bonde dos últimos 20 anos, que foram os grandes acordos
09:53comerciais que foram todos acertados nas últimas duas décadas.
09:57O Brasil meio que perdeu esse bonde.
09:59Então talvez seja agora, em certa medida, uma oportunidade de retomar essas negociações.
10:04Disse, por exemplo, que mesmo o acordo Mercosul-União Europeia, que agora a União Europeia,
10:09tendo em vista a nova postura protecionista dos Estados Unidos, talvez esteja mais aberta
10:15a acelerar a conclusão do acordo com o Mercosul.
10:20Então essas são as dificuldades que nós temos para fazer qualquer tipo de negociação,
10:25mas enfim, vamos ver como é que vai se comportar o governo nessa questão em particular.
10:30Como todo mundo que está nos acompanhando por imagens pode perceber, ao que tudo indica,
10:35Mauro Vieira e Marco Rubio se encontrarão em Washington em algum momento.
10:38Mas o próprio Itamaraty, em nota oficial, disse que está encontrando dificuldades de
10:41encontrar a data adequada e não há uma confirmação definitiva, só lembrando aqui, pontuando
10:46esse impasse.
10:48Vamos aqui com a doutora Luciana Nepomuceno, professor Carlos Gustavo Pódio, agora respondendo
10:52a pergunta da doutora Nepomuceno.
10:54A gente segue adiante depois, vamos lá.
10:55Professor, bom dia.
10:58Eu gostaria de fazer uma pergunta para o senhor a partir do enfoque que foi dado para o Mercosul.
11:06É possível, em se concretizando essa reunião, como o Marinho disse, pode ser que não haja
11:12uma data em comum na agenda, mas em se concretizando, é possível que essa reunião traga efeitos concretos
11:20para a questão do tarifácio das tarifas que foram impostas aos produtos brasileiros importados
11:28ou não passará ali de um gesto diplomático esse eventual encontro?
11:35Acho que são duas coisas que, na verdade, são importantes.
11:39Primeiro que eu acho que o encontro vai acontecer.
11:42Foi um convite do Marco Rubio a pedido do Donald Trump.
11:46A questão interessante aqui, para a gente verificar, primeiro, é que este é um convite
11:50que está partindo do governo norte-americano.
11:52Então, portanto, há um interesse do governo norte-americano em conversar.
11:56Essa é a primeira coisa.
11:57A segunda coisa é que, independente dos resultados concretos, simbolicamente, tem uma importância
12:03que esse seria o primeiro encontro formal de alto nível entre Brasil e Estados Unidos
12:08na administração Trump.
12:09Então, de alguma forma, está tentando se construir pontos e levar a alguma distensão
12:14desta relação que atingiu o seu pior momento nos últimos 200 anos.
12:18Nunca a relação Brasil-Estados Unidos foi tão ruim quanto a partir daquele momento
12:22que o Donald Trump envia a carta e coloca 50% de tarifa no Brasil.
12:27Então, momento de tensão que pode levar a um momento de distensão.
12:30Então, a questão simbólica aqui já é importante, ainda mais no contexto que sabemos no Brasil,
12:35que são vários atores tentando influenciar o governo Trump
12:40para colocar uma pressão no governo brasileiro por conta de outras questões.
12:44E, em terceiro, como você mencionou, as questões concretas.
12:48Que resultados concretos pode sair disso?
12:50Quer dizer, já existem algumas conversas em Washington que, por exemplo,
12:56o dono da JBS, que tem uma operação muito grande, importante, nos Estados Unidos,
13:00que exporta carne para os Estados Unidos, que produz também carne nos Estados Unidos,
13:06deixando claro que essa tarifa vai levar a um aumento do preço da carne.
13:11A carne tem sido um problema aqui nos Estados Unidos.
13:14Durante o governo do Joe Biden, o ovo, por exemplo, foi um símbolo da inflação.
13:18Agora é a carne.
13:20Sem contar o café.
13:22O café subiu de preço no último ano mais do que nos últimos 10 anos.
13:26Houve um aumento bastante expressivo do preço do café,
13:29que é um outro produto importante que o Brasil exporta.
13:32Então, essas questões, uma vez que você abre o diálogo com os Estados Unidos,
13:36se o governo norte-americano começar a entender que pode se prejudicar,
13:41principalmente nesses dois setores, com as tarifas,
13:44isso pode haver algum tipo de concessão.
13:46E eu diria que qualquer tipo de concessão mínima que seja dos Estados Unidos
13:50seria, novamente, uma vitória simbólica muito grande por parte do governo brasileiro,
13:55porque ajudaria a enfraquecer um certo discurso
13:57de que o governo Trump está totalmente contrário ao Brasil.
14:01Quando a gente sabe que o Donald Trump,
14:02quer dizer, aqueles que confiam no Trump para algum tipo de fidelidade ideológica ou pessoal,
14:10normalmente essas pessoas acabam se decepcionando.
14:12Não é assim que o Trump opera.
14:14O Trump não tem fidelidade a nenhum projeto pessoal,
14:16fidelidade a nenhuma ideologia.
14:18Se diz que o Trump é de direito, conservador, não.
14:21Ele é trumpista.
14:21Se ele tiver que jogar debaixo do ônibus conservador ou direita em nome do seu personalismo,
14:28ele o faz como já fez diversas vezes.
14:30Essa é a questão central para compreender o Donald Trump e o personalismo do Donald Trump nesse processo.
14:36Então, parece que houve aí, como tem sido dito, uma certa química
14:39e essa química é algo que, dado a forma que o Donald Trump opera,
14:46é um elemento importante.
14:48Então, se vai haver, de fato, alguma concessão significativa,
14:51é impossível a gente dizer nesse momento.
14:54Mas os indicativos é que parece que o governo americano finalmente está disposto a conversar.
14:59Isso já é um passo importante.
15:01Esse foi o professor de Relações Internacionais, amigo aqui do Morning Show,
15:05Carlos Gustavo Pórdio.
15:06Obrigado pela presença.
15:07Sempre agregando e muito.
15:08Descomplicando ou complicado.
15:10Quando o economista fala português é com o professor Carlos Gustavo.
15:13Obrigado pela presença.
15:15Obrigado.
15:15Bom dia a todos.
15:17Antes da gente seguir adiante aqui, rápido comentário,
15:19Jess Peixoto.
15:19Vamos lembrar, né?
15:20Até porque, enfim, um dos setores principais da economia brasileira,
15:23da produção de proteína animal, carne bovina particularmente,
15:26subiu muito as exportações brasileiras para o mercado americano
15:29entre 2024 e 2025,
15:30particularmente na carne moída que faz parte do hambúrguer.
15:34Acho que só isso já dá para perceber o impacto que deve ter acontecido
15:37lá com os americanos, certo?
15:40Não, só para ver que no final do dia,
15:42a própria negociação contou também com empresários,
15:45como é o caso mencionado aí da JBS,
15:48JBS é o Joesley Batista,
15:51que é também um nome muito forte de negociação nos Estados Unidos,
15:54chegou a apoiar formalmente, financeiramente, a campanha de Donald Trump.
15:57Então ele tem esse trânsito e essa habilidade de falar,
16:00de estar na Casa Branca e nesses espaços.
16:03A pergunta que fica aqui, André,
16:05é como a própria comitiva, o Brasil,
16:08como que o Itamaraty vai responder
16:10dentro dessas possibilidades de negociação.
16:13A gente sabe que relações internacionais não são xadrez,
16:15peças pretas e brancas,
16:17mas no final das contas a gente também tem um outro fator,
16:20que é o fator China,
16:21que no momento em que houve a tarifa,
16:23se aproximou ainda mais uma economia que já estava ali próxima
16:27e que a própria China está tendo alguns problemas sérios com os Estados Unidos,
16:31até estão parando a compra de soja dos Estados Unidos
16:34em alguma nuance que beneficia países como o Brasil.
16:37Então é todo um embrólio que a gente vai ter que ver
16:40as próximas cenas para resolver.
16:42Mas esperamos que o governo brasileiro
16:43faça o que o professor Carlos bem colocou que o Trump faz,
16:47que ele escolha a si próprio nessa negociação
16:50e não nenhuma ideologia ou ponto ideológico.
16:52É isso que importa.
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