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Emmanuel Macron voltou a nomear Sébastien Lecornu como primeiro-ministro, 27 dias após ele renunciar por não conseguir aprovar o orçamento. Felipe Machado analisou o impacto político e econômico dessa decisão e o enfraquecimento do governo francês.

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Transcrição
00:00Emanuel Macron voltou a nomear o demissionário Sebastián Lecorni como primeiro-ministro da França.
00:12Sebastián Lecorni que havia pedido demissão do cargo de primeiro-ministro porque não conseguiu punir os partidos em prol de um orçamento que precisava de um corte de 44 bilhões de euros.
00:25Depois de 27 dias no governo como premier, ele acabou pedindo demissão e agora, num anúncio considerado até por agências de notícias da Europa como chocante,
00:37Emanuel Macron reconduz então Sebastián Lecorni ao cargo de primeiro-ministro da França.
00:44A gente está vendo aí imagens então de lá do Palácio Eliseu, onde Emanuel Macron estava reunido com líderes partidários.
00:53Só que Lecorni, ele é considerado um político de direita, um político de direita que não transitava bem pelo social, pelos movimentos sociais aos quais ele precisaria discutir esse corte de orçamento.
01:10E eu quero chamar aqui o nosso analista Felipe Machado para a gente bater um papo sobre isso.
01:14Felipe, a gente falava ontem sobre Sebastián Lecorni, que é um jovem político, um jovem promissor, só que ele é totalmente alinhado à direita e neste momento está precisando dialogar com a esquerda.
01:27Por quê? Porque o governo francês está investindo ou no orçamento tem mais investimento para a defesa do que para áreas sociais.
01:35Pelo contrário, está cortando até no social mais ou menos o que está fazendo lá nos Estados Unidos o Trump, tirando, por exemplo, das questões ou das áreas de saúde e colocando mais em defesa.
01:45Isso trouxe uma insatisfação para a população francesa.
01:48A gente teve lá protestos, inclusive com bastante jovens encampando essas manifestações.
01:54E aí Lecorni não conseguiu unir aí os partidos em prol do orçamento.
01:58Isso já tinha acontecido com o François Bayrou, que era o antecessor de Lecorni, também não conseguiu, pediu demissão.
02:06Agora Lecorni, que era o quinto primeiro-ministro em dois anos que havia caído.
02:11E aí, nesse anúncio aí considerado, como eu disse, chocante por agências de notícias da Europa, Emmanuel Macron reconduz Lecorni.
02:19Será que não vai ser solução para o problema político lá na França?
02:23Realmente, Eric, uma surpresa, né? Eu não sei se isso tem algum precedente de você tentar reconduzir, né?
02:29É aquela coisa, talvez o Macron esteja tão, assim, isolado no governo, talvez ele não tenha um diálogo muito bom.
02:35Vamos lembrar o seguinte, a França também vive uma espécie de uma encruzilhada ali, uma encruzilhada meio que histórica.
02:40De um lado você tem uma extrema esquerda, né, com Jean-Luc Mélenchon muito radical.
02:45Você também tem uma extrema direita com a Marine Le Pen, que ela não pode se candidatar porque teve problemas fiscais, problemas na justiça.
02:50Mas você tem, ela é uma liderança da extrema direita, e o Macron está no meio tentando ali navegar esse governo, a França, com uma dívida altíssima, tentando mexer ali na previdência social.
03:02Passa ali 100% do PIB a dívida da França.
03:05Exatamente, a França tem um problema, essa coisa da previdência social, com os franceses, que eles dão muito valor a isso.
03:10Tentou-se passar uma reforma de aumentar a aposentadoria ali a partir dos 64 anos e não 62 para servidores públicos.
03:19Foi uma revolução francesa praticamente, não gostaram, né, teve muitas críticas, protestos.
03:25Então a França está numa sinuquê de biquê, né, como é que eu costumo dizer, porque, sem brincadeira, mas na verdade está um problema fiscal muito sério.
03:33A França tem um problema fiscal, as contas não fecham, você lembrou bem essa questão da dívida pública, precisam fazer as reformas sociais, o Macron não tem esse perfil, não tem ligação com os movimentos sociais.
03:44Não tem esse capital político para ir lá negociar.
03:46Exatamente, e também depende dos seus apoiadores, que são as grandes empresas e os grandes milionários franceses.
03:52Então, realmente, ele vai ter que desagradar alguém.
03:55A questão vai ser quem que ele vai desagradar para continuar no poder.
03:58Porque lembrando que o Macron fica mais alguns anos, assim, mas se ele estiver tão enfraquecido, essa aposta de reconduzir o Le Corneau realmente é uma surpresa.
04:05Não sabemos qual foi o tipo de negociação que aconteceu ali dentro do parlamento francês para que aceitarem.
04:12Não sabemos nem se o nome dele vai ser aceito novamente.
04:15Parece que ele fez um acordo ali e que vão aceitar e dar essa segunda chance, vamos dizer assim, para o Le Corneau.
04:21É, porque ele ficou pouco tempo, né?
04:22É, 27 dias.
04:23É, realmente, já teve uma outra premier também, uma mulher que também ficou muito pouco tempo, ficou um pouco mais de um mês.
04:31Então, o Macron está tentando ali navegar, mas ele se enfraquece, né?
04:34E, politicamente, a França, que é o motor ali da Europa junto com a Alemanha, tendo uma posição muito frágil, muito fragilizada.
04:42Ficando diminuta, né?
04:44É, ficando diminuta em relação à política lá, política totalmente, uma crise instaurada na França,
04:49que vai precisar resolver de alguma forma, porque isso pode ter efeitos catastróficos na economia francesa.
04:56A gente vê, inclusive, é claro, o CAC hoje, o índice da Bolsa Francesa, desabando lá.
05:02Claro, tem reflexo de notícias internacionais, da ameaça de Trump à China, enfim.
05:08Mas tem muito também da preocupação interna lá com os problemas franceses.
05:12Com certeza, e isso pode também ter uma certa escala, né?
05:16Pode ter um...
05:17Desacandear, desencadear um outro mês.
05:20Na própria União Europeia, né?
05:21Justamente porque a França é tão importante para a União Europeia.
05:24Acho que é a segunda economia, não sei, né?
05:25Acho que a Alemanha ainda...
05:26A Alemanha é a primeira da Europa, isso.
05:28E a França é a segunda.
05:29Então, a França, nesse desarranjo político, nessa bagunça toda, pode também atrapalhar o resto da União Europeia.
05:34E é isso que a União Europeia mais tem, né?
05:36E é isso que a União Europeia mais tem, né?
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