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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), gravou um vídeo em que pede desculpas pela fala feita durante coletiva sobre a crise de intoxicação por metanol no estado. Na ocasião, ele disse que só se preocuparia “no dia em que adulterassem Coca-Cola”. Após a repercussão negativa, Tarcísio admitiu o erro e destacou que o setor de bebidas colabora com as investigações. A bancada do Linha de Frente analisou o episódio.

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Transcrição
00:00Quando a pessoa comete um erro e depois tenta ali consertar ou pedir desculpa,
00:05isso aconteceu com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas,
00:08e ele mesmo disse durante essa semana, inclusive,
00:11que ele está sofrendo ali uma espécie de campanha para tentar acabar com a imagem dele.
00:16Isso porque tem diversos embates, como a gente comentou durante o programa,
00:19entre ele e o governo federal.
00:21Embate de inserção de organização criminosa dentro dos casos de intoxicação por metanol,
00:27embate agora na MP do IOF, e essa semana, justamente falando do metanol,
00:33ele acabou se metendo ali numa enrascada sobre o caso de contaminação
00:36e fez uma fala que ficou um pouco polêmica. Vamos acompanhar.
00:42Fabrico as bebidas aí mais famosas, que são objetos de falsificação,
00:45Jack Daniels, John Walker, enfim, todas essas bebidas aí que são objetos de falsificação,
00:52não vou me aventurar aqui nessa área que não é minha praia, tá certo?
00:54No dia que começarem a falsificar a Coca-Cola, eu vou me preocupar.
01:02Ainda bem que ainda não chegaram nesse ponto, né?
01:06O governador depois pediu desculpas.
01:09Ele tentou fazer uma brincadeira ali com Coca-Cola,
01:11porque o governador não bebe, não consome bebidas alcoólicas,
01:15e é famoso ali nos bastidores por consumir apenas Coca-Cola.
01:18Mas pegou mal, e ele acabou se desculpando.
01:21A gente também tem esse trecho.
01:22Errei.
01:24Ontem, ao prestar contas das ações do governo do Estado no âmbito da crise do metanol,
01:28no momento em que falávamos das várias medidas que estamos tomando,
01:32como o convênio com o setor privado para o combate à falsificação,
01:36as proposições legislativas que pretendemos apresentar,
01:39a destruição de bebidas de origem duvidosa em estoque,
01:42o aperfeiçoamento da logística reversa das garrafas,
01:45o programa de qualidade para distribuidores e comerciantes,
01:48a suspensão das inscrições na fazenda,
01:51acabei fazendo uma brincadeira para descontrair a coletiva,
01:54que foi muito mal interpretada,
01:56e que, de fato, não cabia naquele momento,
01:58em face da gravidade do que vem acontecendo.
02:01É por isso que eu peço perdão.
02:03Perdão às famílias que sofrem por terem perdido entes queridos,
02:06aos comerciantes que estão vendo seus negócios sofrerem,
02:09aos que dão duro,
02:11ao público que quer uma ação firme do Estado,
02:13que quer segurança.
02:14Não tenho compromisso com o erro.
02:17Nosso compromisso é com as pessoas,
02:18é resolver a crise,
02:20é dar tranquilidade às famílias.
02:22Não é a primeira vez que eu venho aqui pedir desculpas.
02:24Não será a última.
02:26Vou voltar para a Alessandra,
02:27para ela comentar com a gente
02:28o efeito disso mesmo, né?
02:31De cometer um erro e pedir desculpas.
02:32Isso já é pensado lá na frente.
02:34Isso cai bem para a população no geral.
02:36Como que a gente pode analisar
02:37um movimento como esse,
02:39que foi feito pelo governador?
02:40Olha, psicologicamente dizendo, né?
02:44Toda pessoa que...
02:46Claro, você tem a segunda chance,
02:47você tem como pedir desculpa,
02:49mas psicologicamente fica na cabeça da pessoa,
02:53na mente da pessoa,
02:54que ele errou.
02:56E, geralmente, a população não esquece,
03:00fica lá guardado, né?
03:02Lembra do que ele disse,
03:04não é a primeira vez, né?
03:05Já teve outras vezes.
03:07Então, é um tanto complicado, né?
03:10Alguém que fala, pede desculpa,
03:12mas a pessoa não esquece.
03:14Agora, Lisiane,
03:15faz sentido isso que o governador disse,
03:17que ele vem sendo alvo de
03:19uma tentativa de desmonte de reputação?
03:22Porque a esquerda, de modo geral,
03:25tem usado esses deslizes,
03:27usou ali alguns incertos,
03:28comparando com o ex-presidente Jair Bolsonaro,
03:30tem dito também que ele está
03:32em temas mais nacionais
03:33do que temas de São Paulo,
03:35enfim, vem tentando criticar.
03:36Faz sentido essa narrativa?
03:39Faz, faz sentido.
03:40É um jogo político.
03:42É um jogo político que a gente vê todo ano, né?
03:44O que me chama a atenção
03:46dessa história do Tarcísio
03:47é como as pessoas conseguem tirar o foco,
03:52uma fala isolada ali do governador,
03:55conseguem tirar o foco de uma coisa tão grave
03:57que é a questão do metanol em São Paulo.
03:59Então, fica todo mundo agora falando
04:01da questão do perdão, né?
04:03Do pedido de perdão do Tarcísio,
04:05tudo mais,
04:06e esquecem o foco principal do problema.
04:09Ainda temos pessoas hospitalizadas,
04:12ainda temos pessoas falecendo,
04:14e a questão não está resolvida aqui,
04:17mas jogam em cima,
04:20deslocam algumas falas do governador
04:23e acabam abafando o verdadeiro problema
04:27que é a crise do metanol,
04:28o problema do metanol.
04:29Vejo, sim, como uma pauta ali levantada,
04:33inclusive pela esquerda,
04:35para desarmar ali um possível candidato,
04:38que é o Tarcísio.
04:39Ellen, como que você vê isso politicamente?
04:42Politicamente é sempre bom a gente olhar para o contexto.
04:44O Tarcísio já fez um errei antes
04:46em relação às câmeras que são usadas
04:49nos policiais militares,
04:50e foi um errei que pegou super bem para o Tarcísio.
04:53Foi um errei que naquele momento colocava ao centro.
04:57Qual é a diferença desse exato momento?
05:00A diferença é um Tarcísio que,
05:02por uma série de circunstâncias,
05:04veio se enfraquecendo.
05:07Veio se enfraquecendo.
05:08E faz uma brincadeira
05:10quando a gente está lidando com um quadro de mortes.
05:12Quando a gente está lidando com um quadro de mortes
05:14e com um quadro gravíssimo para a economia.
05:16A gente está falando de uma indústria
05:18que tem um setor de bares e restaurantes,
05:21fora a própria indústria da bebida,
05:23empregabilidade.
05:25Então, veio num contexto
05:28de aquela radicalização da Paulista,
05:31falar no início ali uma posição a favor do tarifácio,
05:35volta atrás, pede desculpas.
05:37Então, assim, o contexto é importante.
05:40Ele só pega tão mal
05:41porque a gente está num contexto
05:42muito diferente aqui nesse momento
05:44em que ele faz esta fala.
05:46E, de fato, o Tarcísio sentiu,
05:48sentiu essa semana com a pesquisa da Quest,
05:51sentiu essa semana com cobranças
05:53que são factíveis,
05:54porque, afinal de contas,
05:55todo esse caso do metanol
05:57sai do estado de São Paulo
05:58e é responsabilidade da esfera estadual
06:01fazer essa fiscalização.
06:03Então, há um erro,
06:04há um problema nesse setor.
06:06Ele está no momento,
06:07mostra isso claramente,
06:09e o Errei vem mostrar isso,
06:11que é assim,
06:11preciso correr atrás do prejuízo
06:13que foi esse último mês.
06:15E, falando do metanol,
06:17seguem crescendo os casos
06:19mortos e mortos também
06:19por intoxicação em São Paulo.
06:22As investigações continuam
06:24em várias partes do país.
06:26E o brasileiro continua com medo.
06:27As autoridades de saúde
06:29aceleram a compra de medicamentos
06:31e divulgam também orientações
06:34para evitar novos casos,
06:36novas contaminações.
06:38Os consumidores evitam bebidas destiladas,
06:40que são o alvo das adulterações.
06:43E os bares estão até deixando
06:44nas portas notas fiscais
06:46para mostrar aos clientes
06:47que as bebidas são originais
06:49e sem risco de contaminação.
06:51Essa crise, a gente fala
06:52que é de saúde, de segurança,
06:53mas é também econômica, né, Nathalie?
06:55Sem sombra de dúvida,
06:57eu cheguei a participar
06:58um pouquinho antes da pandemia,
06:59no período ali de 2016 a 2020,
07:02que a gente avaliou
07:03no estudo da FIA,
07:05que, na verdade,
07:06o que nós temos?
07:07A gente tem uma baita ali
07:09de uma irregularidade
07:09dessas bebidas
07:10em termos de sonegação.
07:11Então, nesse período aí,
07:13de 2016 a 2020,
07:15só para vocês terem ideia,
07:16praticamente 91%
07:18dessas irregularidades
07:20se baseiam basicamente
07:21na sonegação.
07:22E muitos aí, produtores,
07:25toda a indústria,
07:25toda a cadeia
07:26que tem se dado a repercussão,
07:28tem se posicionado,
07:30diz exatamente isso,
07:31falta um sistema
07:32de rastreabilidade,
07:33falta mais um acompanhamento
07:35desde a produção
07:36até o envase.
07:38E sempre deixando muito claro,
07:39essas bebidas,
07:41os soft drinks
07:42não fazem o uso de metanol.
07:44Embora não seja
07:45a minha área específica,
07:46mas é importante
07:46sempre esclarecer.
07:48Então, o foco do metanol
07:49são essas bebidas destiladas,
07:51as bebidas alcoólicas.
07:52Mas as duas indústrias
07:54sofrem com o mesmo problema,
07:55a irregularidade
07:56e a grande sonegação fiscal.
07:58Nathalie, medidas como
07:59o governador aqui de São Paulo
08:01diz que quer, por exemplo,
08:02cancelar as inscrições
08:03dos estabelecimentos
08:04que venderam,
08:05justamente como punição,
08:06para mostrar mesmo,
08:07funciona isso?
08:08É efetivo?
08:09Até certo ponto.
08:11A gente tem todo o envase,
08:13toda a bebida, por exemplo,
08:14ela tem um certificado,
08:16um selo.
08:16E esse selo é pago
08:18para garantir
08:18que o que está dentro
08:19daquela bebida
08:20paga um determinado
08:21valor de imposto.
08:23Vamos colocar dessa maneira.
08:24O que muitas vezes é feito
08:26é que se troca
08:27esse tipo de selo
08:28dizendo que é um outro
08:29tipo de bebida
08:30para reduzir o quê?
08:32Para reduzir o valor
08:33a ser pago de imposto.
08:34Então, pode existir
08:35esse tipo de problema.
08:36E a partir do momento
08:37que você cancela
08:39essa inscrição,
08:40você não permite
08:41que haja esse tipo de selo.
08:43Por outro lado,
08:44você incentiva
08:45cada vez mais
08:46as bebidas clandestinas.
08:47Então, você começa
08:48partindo muito mais
08:49do ilícito
08:50do que a punição,
08:51ela deixa de ser exemplar
08:52nesse aspecto.
08:54Então, tem que olhar
08:55essas duas frentes.
08:57Agora, a gente tem um minutinho
08:58para fechar.
08:58Eu vou chamar a Alessandra
09:00rapidamente
09:00para dar uma dica
09:02e como é que as pessoas
09:02vão se comportar
09:03mais um fim de semana
09:04agora com essas contaminações.
09:06Tem que trocar mesmo
09:07o destilado pela cerveja.
09:09As pessoas costumam
09:10seguir essas orientações,
09:11Alessandra?
09:12Olha, eu acredito
09:13que o pessoal
09:14está com medo agora
09:15e realmente
09:16a sugestão,
09:18a dica
09:18é que beba
09:20outras bebidas
09:21que não sejam
09:22as destiladas, né?
09:23Então...
09:24Uma coca ou um chá.
09:25Isso.
09:25Eu acredito que sim.
09:27É melhor mesmo, né?
09:29E a gente lembra também
09:30dos sintomas
09:31com náuseas,
09:33dores abdominais,
09:34dores de cabeça
09:34muito fortes.
09:35Os médicos afirmam, né?
09:37Que é necessário procurar
09:38uma unidade básica de saúde,
09:40um hospital,
09:41logo no início
09:41desses sintomas
09:42que são muito parecidos
09:43com uma ressaca normal.
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