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Paulo Alvarenga, líder da operação sul-americana da Thyssenkrupp, comenta o legado de 200 anos da empresa, a modernização da frota naval brasileira e as oportunidades do país na transição energética. Já José Roberto Ferraz, do Grupo Elfa, fala sobre o avanço tecnológico na distribuição hospitalar e o impacto da inteligência artificial no acesso à saúde.

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Transcrição
00:00:00Olá, boa noite, está no ar o Show Business, o mais tradicional talk show de negócios da TV brasileira.
00:00:08E no programa de hoje vamos conversar com Paulo Alvarenga, presidente da Operação da América do Sul, da ThyssenKrupp, grupo industrial alemão presente em 47 países.
00:00:20Vamos conversar também com José Roberto Ferraz, CEO do Grupo Elfa, uma das empresas líderes no Brasil na distribuição de medicamentos e materiais hospitalares.
00:00:33Eu sou o Bruno Meyer e seja muito bem-vindo ao Show Business que começa em instantes.
00:00:38Copa Energia apresenta a energia do brasileiro. O que move o Brasil nem sempre aparece. Não está no feed, não vira trend, mas está aqui.
00:00:57É uma feijoada que dá sabor numa quarta-feira, o baião de dois que aquece uma terça, né?
00:01:02E a muqueca para dar um gás na segunda e garantir a energia da semana.
00:01:08E a Copa Energia está há 70 anos levando energia até você, que é a verdadeira energia desse país.
00:01:15Copa Energia, a energia do brasileiro há 70 anos.
00:01:20Criticar é entender o mundo. Criticar é questionar o que vemos.
00:01:24É olhar para os fatos e perguntar o que isso realmente significa.
00:01:29No Visão Crítica, o questionamento é a chave.
00:01:32Vamos ouvir especialistas e quem vive isso na prática.
00:01:36Cada dia um tema e uma chance de compreender os fatos do Brasil e do mundo.
00:01:41Visão Crítica, comigo, professor Marco Antônio Vila.
00:01:45De terça a quinta, às 10 da noite, aqui na Jovem Pan News.
00:01:55Ele é engenheiro e preside a Operação da América do Sul, da ThyssenCrew, desde 2017.
00:02:04A gente está falando do grupo industrial alemão, que tem 98 mil funcionários, está em 47 países e atua desde o segmento automotivo até a defesa naval.
00:02:19Nós vamos conversar com Paulo Alvarenga.
00:02:22Paulo, obrigado pela presença aqui em nosso estúdio.
00:02:25É curioso ver casos como a sua companhia que você preside, porque ela tem 200 anos de vida.
00:02:36E não só 200 anos de vida, mas ela tem uma relação muito próxima há muitas décadas com o Brasil.
00:02:42Inclusive, instalou a primeira fábrica fora da Alemanha no país.
00:02:47O que não mudou no Brasil nas últimas décadas e segue atrativo?
00:02:56Bruno, muito obrigado pelo convite, pela oportunidade de estar conversando com você aqui e com toda a sua audiência.
00:03:03Um prazer grande, uma honra grande.
00:03:05A história da ThyssenCrew com o Brasil realmente é bastante longa, como você mencionou.
00:03:10Na verdade, a primeira história nossa, a primeira relação, começa em 1837, ainda na época do Império.
00:03:18Foi, inclusive, a primeira exportação do grupo e foi justamente para o Brasil.
00:03:24Como você mencionou, a primeira fábrica também fora da Alemanha foi no Brasil.
00:03:28Em 1837, nós exportamos dois rolos para cunhar moedas.
00:03:33Uau!
00:03:34Para o Império.
00:03:36Depois disso, mais tarde, Dom Pedro II acabou também conhecendo o Sr. Krupp.
00:03:41Foi para a Alemanha conhecer o que estava ocorrendo lá, acompanhar a época da plena Revolução Industrial.
00:03:49Foi conhecer o que estava acontecendo porque ele entendia que aquilo era importante, o Brasil acompanhar aquele momento.
00:03:55Então, ele teve algumas vezes lá, se hospedou na casa do Sr. Krupp para poder discutir mais sobre a industrialização
00:04:01e trazer ideias para o Brasil.
00:04:03Além dessa relação com o Brasil, o que eu acho curioso no caso de vocês é que a empresa passou por muitas mudanças de negócios ao longo desse extenso período.
00:04:15Porque começou pensando em ferrovia no Brasil, depois foi para o setor automotivo.
00:04:22Aliás, uma curiosidade, nove de cada dez veículos fabricados no Brasil tem um componente de vocês.
00:04:31É muito representativo isso.
00:04:35Mas qual que é hoje o grande negócio de vocês?
00:04:39Bruno, a gente tem três áreas de atuação e eu diria que todas têm sua importância.
00:04:46A primeira área é a área automotiva.
00:04:48Então, nós temos seis plantas de fabricação de autopeças.
00:04:52Nós temos a área de defesa naval, que está crescendo muito nos últimos anos, uma área muito importante.
00:04:59E nós temos uma área de plantas industriais, onde a gente tem tecnologias para descarbonização,
00:05:05que é um tema que está muito conectado com a estratégia da empresa.
00:05:08Mas dessas três áreas, tem alguma que é o maior negócio hoje?
00:05:16Não estou falando de aposta, não, de negócio.
00:05:18Estou falando de negócio mesmo, de faturamento, de rentabilidade.
00:05:22A grosso modo, 40% do faturamento está na área automotiva, 40% na área de defesa e 20% na área de tecnologias para descarbonização.
00:05:32Defesa, esse é o assunto que eu acho que a nossa audiência vai se interessar.
00:05:37As três áreas de negócio são extremamente interessantes.
00:05:41Mas quando ele fala de defesa, é um projeto diretamente ligado com a Marinha do Brasil.
00:05:47A Marinha do Brasil vai modernizar a frota naval.
00:05:51É a primeira vez que três fragatas são construídas ao mesmo tempo em território brasileiro.
00:05:58Tem uma expectativa aí audaciosa de geração de emprego, 23 mil, 2 mil diretos, 6 mil indiretos e 15 mil induzidos.
00:06:10O papel de vocês nesse projeto muito audacioso é qual?
00:06:17É construir esses navios? É modernizar mesmo a frota?
00:06:21Bruno, a gente assinou o contrato com a Marinha para a construção de quatro fragatas.
00:06:25As fragatas é um consórcio de empresas, na verdade é uma empresa de propósito específico e participam desse projeto Atisen Group,
00:06:33que é responsável pelo projeto e pela construção das fragatas, junto com a Embraer e a Atec, que é uma empresa do grupo Embraer.
00:06:41E a Embraer e a Atec, elas têm um papel de cuidar da parte eletrônica, a parte de controle da embarcação
00:06:48e um papel estratégico de receber a transferência de tecnologia que é feita a partir da Alemanha.
00:06:55Faz parte do nosso contrato fazer a transferência de tecnologia para que o Brasil possa deter uma tecnologia para poder fazer a sua própria defesa.
00:07:05E onde está sendo feito tudo isso?
00:07:07O nosso estalheiro fica em Itajaí, no estado de Santa Catarina.
00:07:10Deve ser extraordinário você acompanhar um processo desse, você brasileiro, você é de São Paulo.
00:07:17Sou de São Paulo.
00:07:18São Paulo.
00:07:18Você acompanhar esse processo de modernização, né?
00:07:21É, dá muito orgulho, né?
00:07:23Acho que todo mundo que participa do projeto tem um senso de propósito, né?
00:07:28Porque nós estamos contribuindo, em última instância, para a proteção do Brasil.
00:07:34Tem um texto do Paulo, um texto que você escreveu recentemente, que você fala sobre defesa nacional, né?
00:07:45Você escreveu o seguinte, o Brasil é um país de dimensões continentais, com vastas riquezas naturais,
00:07:52uma economia significativa no cenário global e uma população diversa e crescente.
00:07:58Por outro lado, o cenário geopolítico global passa por momentos de crescente tensão e conflitos
00:08:07e o Brasil não exerce o protagonismo internacional que poderia.
00:08:16Eu acabo de ler o primeiro parágrafo desse texto escrito pelo Paulo.
00:08:21Por que o Brasil não cumpre esse protagonismo internacional que, nas suas palavras, deveria protagonizar?
00:08:32Eu, exatamente isso.
00:08:34Na verdade, o Brasil, nas últimas décadas, deixou de investir na área de defesa.
00:08:41Eu acho que pode ter diversos motivos para isso.
00:08:44Desde, talvez, bom, certamente a questão orçamentária é uma limitação,
00:08:51mas eu acho que vai além disso.
00:08:52Eu acho que a gente faz 150 anos que o Brasil teve um último conflito armado,
00:08:58que foi a Guerra do Paraguai.
00:09:00Então, eu acho que a falta de uma ameaça tangível, visível, que seja perceptível por todos,
00:09:09passa uma sensação de que a gente não está vivendo ameaças.
00:09:13Mas não é correto dizer isso.
00:09:15A gente tem, nos últimos anos, inclusive, experimentado diversas ameaças.
00:09:21Cito, inclusive, algumas que foram até tornadas públicas.
00:09:26Poucos anos atrás, nós tivemos um navio estrangeiro que estava fazendo sombreamento nos cabos,
00:09:33na conexão de fibra ótica do Brasil com a Europa.
00:09:37Ninguém sabe explicar como é que ele chegou ali, por que ele ficou ali fazendo sombreamento.
00:09:42Ele estava localizado, parado em cima.
00:09:46Então, assim, como é que você identifica e você faz uma dissuasão para que esse navio saia dali?
00:09:53Que tipo de risco está envolvido?
00:09:54A gente não sabe.
00:09:56Navios de pesca estrangeiros, eles entram no nosso território.
00:10:00Então, assim, o nosso território marítimo é muito grande.
00:10:02A Marinha tem uma responsabilidade gigantesca de cobrir.
00:10:07A gente, inclusive, chama de Amazônia Azul, porque se você pegar toda a área do território marítimo,
00:10:14o território do mar que a gente tem que defender, ele é maior do que a Amazônia.
00:10:17Então, a gente chama esse território de Amazônia Azul.
00:10:19Então, é uma tarefa muito difícil.
00:10:22Você precisa estar equipado para poder fazer isso.
00:10:25Em última instância, tem sempre uma discussão do que é uma prioridade ou outra.
00:10:29E eu digo que a defesa, ela é fundamental para garantir a soberania.
00:10:35Se você não puder proteger o seu território, então você não tem uma nação.
00:10:41E sem nação, não adianta a gente discutir educação, saúde, segurança, porque você não tem nação.
00:10:47Então, garantir o território nacional, as nossas riquezas, é uma premissa para a existência da nossa.
00:10:53Tanto que nesse texto, vou até complementar, eu não lembro exatamente se isso era o título.
00:10:58Eu até suponho que é o título.
00:11:00Você escreveu, defesa nacional é projeto de Estado, não de governo.
00:11:06Perfeito.
00:11:07E eu acho que esse é um tema que o Brasil precisa refletir.
00:11:10E isso vai além do tema da defesa.
00:11:12Mas o Brasil carece hoje de uma definição, de uma diferenciação de projeto de governo e projeto de Estado.
00:11:19Agora, se você falar da frota naval brasileira, o panorama talvez não é dos melhores, pela sua resposta e pelo que você tem acompanhado de renovação e modernização.
00:11:32Até porque você tem participado desse trabalho.
00:11:35É muito desafiador.
00:11:36A situação da marinha é muito desafiadora, como eu disse.
00:11:39E outro motivo, né?
00:11:40A gente tem aumentado os ativos no mar.
00:11:44Veja, por exemplo, o pré-sal.
00:11:45E olha, não é só o pré-sal.
00:11:49Mais de 95% do comércio exercido pelo Brasil internacional é pelas águas.
00:11:56Então, se você não puder proteger as suas rotas de comércio, o Brasil não tem comércio exterior.
00:12:0195% de todo o petróleo que o Brasil trata passa pelas águas.
00:12:07Então, se a gente não proteger as águas, a gente não tem energia.
00:12:1080% do gás natural que é consumido no Brasil vem pelas águas.
00:12:14Então, se você não conseguir garantir segurança sobre o território marítimo, não tem nação e não tem energia.
00:12:22Paulo, você destacou um dos braços de negócios de vocês.
00:12:27projetos porque vocês têm tecnologia quando o assunto é transição energética.
00:12:35E aí vai a minha pergunta agora.
00:12:37Como o Brasil deve se comportar na COP30?
00:12:42Bruno, o Brasil tem uma oportunidade gigantesca de se apresentar ao mundo na COP30
00:12:48como um grande contribuidor para a transição energética e como um grande fiador do futuro do planeta.
00:12:57O Brasil tem, dentro da sua matriz energética hoje, tanto elétrica como não elétrica,
00:13:04uma parcela de participação de energias renováveis muito elevada.
00:13:09Dentre os países do G20, é o país que tem uma matriz energética mais limpa.
00:13:16Nossa matriz energética elétrica, nosso sistema elétrico, mais de 90% nos últimos anos,
00:13:21mais de 90% da energia despachada, da energia consumida no país, ela é de origem renovável.
00:13:28Então, a gente está tratando das hidrelétricas, fonte solar, fonte eólica, fonte biomassa.
00:13:34Quando você olha das nossas outras fontes, quando a gente olha os combustíveis, por exemplo,
00:13:41a gente tem o etanol.
00:13:44Então, a nossa matriz hoje completa, ela tem mais de 50% de uma parcela renovável
00:13:50e quando a gente olha só a matriz elétrica, mais de 90%.
00:13:53Então, isso é uma grande alavanca para o Brasil.
00:13:56É uma grande alavanca, você está relatando aí dados poderosíssimos,
00:14:03mas tem um desafio que o país precisa seguir para conquistar e passar ao mundo
00:14:10essa mensagem de poderio mesmo nesse momento de transição energética.
00:14:17Por isso que eu fiz essa pergunta, para que não fique algo durante a COP30 ou antes da COP30
00:14:24que talvez desavenças políticas possam ter ou valores, né?
00:14:31Porque boa parte do que tem se falado até agora da COP30, uma parte pelo menos,
00:14:37é a questão dos valores abusivos de hotéis, residências.
00:14:41Por isso essa minha pergunta aí, porque é desafiador.
00:14:44Desafiador. É desafiador você passar uma imagem para o mundo de tudo isso que você está relatando.
00:14:49É, mas o Brasil está muito focado hoje.
00:14:51Assim, o primeiro ponto é que a COP30, ela está tomando uma tônica de ser uma COP de implementação.
00:14:58Nós tivemos muitas COPs recentes onde se discutiram avanços, mecanismos de financiamento,
00:15:04mas o que a gente está sentindo falta hoje é de execução.
00:15:09Então, nós vivemos um momento geopolítico também menos favorável, vamos dizer assim,
00:15:13para ampliação de compromissos.
00:15:16Então, o foco do Brasil tem sido muito em promover a execução,
00:15:22aquilo que pode ser executado hoje.
00:15:24Não vamos esperar.
00:15:24E o Brasil pode contribuir muito, Bruno,
00:15:27porque a questão das fontes renováveis de energia,
00:15:31elas são para o Brasil um grande trunfo.
00:15:34Nós temos a descarbonização, por exemplo,
00:15:36da indústria e a descarbonização da área de transportes,
00:15:41seja transporte marítimo, ferroviário, aviões, de maneira geral,
00:15:47tem muitos setores que a gente chama de difícil descarbonização.
00:15:51Porque eles são feitos inerentemente através de processos
00:15:57ou de combustíveis relacionados à origem fóssil.
00:16:01E o fato do Brasil ter uma matriz energética muito limpa
00:16:04permite que o Brasil produza hidrogênio verde,
00:16:07que pode ser um substituto para essas operações.
00:16:12Seja para a indústria, ele pode substituir outras fontes de origem fóssil,
00:16:17para a siderurgia, por exemplo, ou para a produção de fertilizantes,
00:16:21ou na área de transportes, para produzir outros tipos de combustíveis sintéticos
00:16:28que podem substituir o combustível de origem fóssil.
00:16:31Qual o setor aí que é mais difícil você fazer a transição energética?
00:16:36Vamos pegar, assim, no caso da indústria,
00:16:39eu diria que a siderurgia é muito desafiadora.
00:16:42A siderurgia, o processo, vamos dizer, tradicional do alto forno,
00:16:48ele consiste em você pegar o minério de ferro.
00:16:51O minério de ferro é uma composição de ferro com oxigênio.
00:16:55E você joga isso no alto forno, você joga junto com o coque,
00:16:59que basicamente é carvão, que é composto de carbono.
00:17:02Isso reage no alto forno e o carvão rouba o oxigênio e forma o CO2.
00:17:08Enquanto isso, fica o minério de ferro, que a gente chama reduzido,
00:17:10e ele fica puro. No processo da redução direta,
00:17:15você, ao invés de jogar o carbono do carvão,
00:17:18você joga hidrogênio, de origem renovável, que a gente chama de hidrogênio verde.
00:17:22O hidrogênio rouba o oxigênio, o ferro vai ficar puro,
00:17:26e ao invés de gerar CO2, você vai gerar água.
00:17:29Então isso é uma rota para você produzir o chamado aço verde.
00:17:34Só que essa rota, ela hoje, é mais cara do que a rota tradicional.
00:17:38Então o grande desafio, como é que a gente vai induzir uma transformação
00:17:43que ela está sendo provocada, vamos dizer assim,
00:17:46por uma questão climática e não por uma vantagem econômica.
00:17:49Dá para ver que você é um bom engenheiro elétrico mesmo.
00:17:54Você traduziu aqui coisas que para a gente, para nós jornalistas,
00:17:59para muita gente da nossa audiência, não é tão comum isso,
00:18:02para a mudança, inclusive, de energia.
00:18:06Aliás, falando na sua formação, você é engenheiro elétrico,
00:18:12que você me ensinou que, na verdade, tem que se falar,
00:18:15a boa definição é engenheiro eletricista.
00:18:18Correto.
00:18:19É isso, engenheiro eletricista.
00:18:20Isso.
00:18:21Eu trouxe antes de trazer aos estúdios o Paulo,
00:18:26eu levei a ele uma pesquisa que saiu do forno, liderada pela CNI,
00:18:31que mostrou que a mim, eu fiquei impressionado com o dado dessa pesquisa,
00:18:37que mostrou que só 12% dos jovens do Brasil querem seguir a carreira na área de engenharia.
00:18:47Você tem um palpite para esse baixo interesse?
00:18:54Bruno, as grandes obras de infraestrutura no Brasil,
00:18:59muitas delas promovidas durante o regime militar,
00:19:04elas foram até a década de 80.
00:19:06Então, você vê, da década de 90 em diante,
00:19:09a engenharia brasileira acabou perdendo fôlego.
00:19:14A gente passou uma crise econômica forte nos anos 90,
00:19:18ajuste estrutural, econômico,
00:19:22e as obras de engenharia foram escasseando.
00:19:25Então, eu acho que isso acaba desestimulando os jovens a seguir essa carreira.
00:19:30Mas é muito ruim para uma nação você ter cada vez menos engenheiros.
00:19:34Eu concordo com você. Acho que bom não é.
00:19:37Então, você acha que talvez teremos menos engenheiros CEOs?
00:19:40Porque a gente recebe com muita frequência aqui no Show Business,
00:19:45CEOs que têm formação de engenheiro.
00:19:47Na verdade, a gente tem um mix aí, né?
00:19:49Tem muita gente vindo de recursos humanos,
00:19:52tem gente vindo do marketing, inclusive.
00:19:54A gente recebeu uma frequência.
00:19:57Você acha que talvez daqui nos próximos tempos
00:19:58teremos menos engenheiros no papel de CEO?
00:20:01É difícil dizer, né?
00:20:02Eu acho que o importante do CEO não é apenas a formação dele,
00:20:07mas é cumprir o seu papel de liderança,
00:20:11de dar direção, de inspirar.
00:20:14E isso, acho que outras profissões também vão fornecer
00:20:18bons profissionais para essa função.
00:20:20Deixa eu falar de outro braço que você citou aqui no programa,
00:20:24braço importante de negócio de vocês,
00:20:26que é o setor automotivo.
00:20:28Não só importante, como praticamente aqui no Brasil
00:20:31tudo começou a partir dali.
00:20:33Vocês investiram cerca de 120 milhões,
00:20:37anunciaram, né?
00:20:38Um investimento de 120 milhões de reais
00:20:43focado nas operações automotivas.
00:20:47O que será feito com esse dinheiro?
00:20:49Nós estamos falando de ampliações e adaptações
00:20:52das linhas dos novos modelos, né?
00:20:55A indústria automobilística tem um grande plano também
00:20:59de investimento em execução
00:21:01e a gente acompanha os nossos clientes.
00:21:03Atender a essa demanda do setor automotivo,
00:21:09inclusive a gente tem recebido com uma certa frequência
00:21:13aqui no programa muitos presidentes de montadoras,
00:21:18montadoras que operam no Brasil
00:21:19e inclusive que têm anunciado investimentos
00:21:23nos últimos tempos poderosos, né?
00:21:25Eu tenho até um número, foram cerca de 100 bilhões de reais
00:21:29em investimentos das montadoras.
00:21:31E aí você que produz, né?
00:21:34Você que preside uma companhia que produz
00:21:36nove de cada dez veículos no país
00:21:40tem um componente dele.
00:21:43Então eu acho que você é uma boa autoridade nesse assunto.
00:21:46Como é que anda o setor automotivo no Brasil?
00:21:48O setor automotivo no Brasil, ele teve um pico, né?
00:21:53Lá em 2013.
00:21:55De lá pra cá ele acabou encolhendo.
00:21:59Em 2013.
00:22:0013.
00:22:00Em 2013, se eu não me engano...
00:22:01Causado?
00:22:03Em 2013 a gente estava vivendo ali
00:22:05o governo Dilma, depois dos dois governos Lula, um e dois.
00:22:09O Brasil pegou um momento, estrutura conjuntural internacional muito positiva.
00:22:17O Brasil estava com aquela antes da Copa do Mundo.
00:22:20Estava num momento muito favorável.
00:22:21Naquele ano, se eu não me engano, o Brasil chegou a produzir 3,8 milhões de automóveis.
00:22:28No último ano, se eu não me engano, o Brasil deve ter produzido 2,5 milhões.
00:22:32Então você vê que a indústria acabou se adaptando, ajustando a uma realidade nova do mercado.
00:22:40Eu acho que tem vários motivos que explicam isso.
00:22:43Um deles, mudança de comportamento.
00:22:48Eu acho que depois da pandemia isso também teve um... se acentuou.
00:22:53Na verdade, Bruno, o mercado automobilístico no mundo inteiro, com exceção da China, ele regride.
00:22:59Só na China é que o mercado expande.
00:23:02Mas no resto, em todas as demais regiões do mundo, se fabrica menos automóvel.
00:23:06E na China se expande pelo quê? Pela tecnologia que eles têm?
00:23:11Acho que ainda é o aumento do mercado consumidor.
00:23:13É o aumento do mercado. Tem mais pessoas.
00:23:15Mais pessoas e mais pessoas...
00:23:17Mas eles estão produzindo muito mais carros.
00:23:19Ah, estão produzindo.
00:23:20Para atender essa demanda interna também.
00:23:22Perfeito. Perfeito.
00:23:23Mas assim, o mercado como um todo, eu estava comentando do mercado brasileiro.
00:23:28Só para contextualizar que não é exclusividade do Brasil.
00:23:32Sim.
00:23:32É um fenômeno global.
00:23:35E eu acho que assim, os jovens hoje, eles têm menos... o carro é menos objeto de desejo.
00:23:42Então...
00:23:42Essa é uma pergunta que eu faço para todos os presidentes de montadores que passam por aqui.
00:23:47Como é que eles têm lidado num setor em que uma geração mais jovem não tem mais sonho de ter o carro próprio?
00:23:55É isso aí.
00:23:56Isso não é uma regra, evidente.
00:23:57Concordo, né?
00:23:58Mas se você pegar de 20 anos atrás, era o sonho de todo mundo completar as 18 anos de um carrinho.
00:24:04É isso aí.
00:24:04Isso mudou.
00:24:05Eu acho que mudou.
00:24:05E hoje o pessoal pensa no...
00:24:08Tem a conveniência dos aplicativos.
00:24:10Você não ter que ter o...
00:24:11Vamos dizer assim, você ter o capital empregado para ter o veículo.
00:24:17E assim, a mobilidade, a flexibilidade dos aplicativos hoje é muito conveniente.
00:24:22Agora eu vou entrar numa questão que também trago para todos os presidentes de montadoras que passam por aqui.
00:24:29É outro assunto que domina o setor automotivo mundial.
00:24:35Eletrificação.
00:24:36Para você, Paulo, o elétrico, qual que vai ser o futuro?
00:24:43Ou a realidade?
00:24:44Elétrico, híbrido ou combustão?
00:24:49Ah, na minha visão, a minha visão, a visão de futuro, na minha opinião, a visão de futuro, ela é um mosaico.
00:24:56É um quadro que você olha, você tem uma figura...
00:24:58Todos vão existir.
00:24:59Todos vão existir.
00:24:59Eu não tenho dúvida nenhuma disso.
00:25:01Até porque, por mais que as montadoras, elas tendem a ter plataformas globais,
00:25:06Então elas preferem ter plataformas globais para o mundo porque você tem efeito de economia de escala.
00:25:13Mas a verdade é que você não consegue utilizar a mesma solução ou replicar a mesma solução em todos os lugares.
00:25:19No Brasil, por exemplo, nós temos o etanol, que é um biocombustível de excelente performance, é uma excelente opção.
00:25:28Então eu não vejo como é que o Brasil vai abrir mão ou deveria abrir mão do etanol.
00:25:32Acho que ele vai continuar existindo.
00:25:33Então acho que a gente vai ter elétrico, vai ter o etanol, vai ter a combustão e vai ter o híbrido, que vai misturar os dois.
00:25:40E vai ter também a possibilidade do hidrogênio, que eu acho que é uma outra forma de propulsão,
00:25:46que é o elétrico a hidrogênio, que ainda vai chegar um pouco mais para frente.
00:25:50Agora, a eletrificação, ela funciona se você tiver energia elétrica renovável.
00:25:56Então se você tiver um país que para poder fazer energia elétrica ele precisa queimar carvão,
00:26:01então não faz sentido eletrificar a frota.
00:26:02Eu acho que o nosso espectador, a nossa audiência mais atenta, quando eu citei você, citei a imprensa,
00:26:10pode ter se questionado, né?
00:26:13A ThyssenKrupp é muito famosa, muito conhecida até hoje pela divisão de elevadores.
00:26:21Primeira vez, inclusive, que eu falei que você ia vir, o presidente da ThyssenKrupp ia vir,
00:26:26a pessoa me falou assim, ah, dos elevadores, né?
00:26:29Eu falei, é dos elevadores, mas vocês venderam essa divisão dos elevadores.
00:26:38Por quê?
00:26:39Essa venda ocorreu em 2020, né?
00:26:41Porque a empresa precisava concentrar o portfólio dela.
00:26:44Faz cinco anos e você vê que todo mundo lembra dos elevadores.
00:26:48É uma marca muito forte, né?
00:26:50É uma marca muito forte, né?
00:26:52E tem muita tradição aqui no Brasil e no resto do mundo.
00:26:56De maneira geral, no mundo inteiro, até a venda da divisão de elevadores,
00:27:01realmente na Alemanha a gente é sempre, o nome ThyssenKrupp é associado com a siderurgia.
00:27:07E fora da Alemanha sempre foi muito mais associado com os elevadores, né?
00:27:10Mas a empresa passa por uma transformação, a gente vê na questão da transição energética,
00:27:16na questão da descarbonização, um elemento importante da nossa cultura e do nosso compromisso e estratégia.
00:27:24Então, a ThyssenKrupp, pela ação na siderurgia, ela é uma emissora de CO2
00:27:30e nós estamos comprometidos em liderar esse processo de descarbonização dentro de casa, de dentro para fora.
00:27:37Então, nós estamos fazendo a descarbonização da siderurgia e a gente tem uma divisão que a gente criou há dois anos
00:27:45onde a gente promove a venda de soluções tecnológicas para a descarbonização para o mercado.
00:27:52E a gente entende, então, que deve começar fazendo a tarefa de casa.
00:27:56Nós estamos executando hoje um investimento de 3 bilhões de euros
00:27:59para poder fazer a descarbonização da primeira linha de alto forno na nossa siderurgia alemã.
00:28:05E nós temos essa divisão onde a gente promove, então, soluções tecnológicas que vão cobrir a parte do hidrogênio verde
00:28:14e a produção de outras plantas químicas, outras soluções, como eu mencionei antes, para a descarbonização.
00:28:20Por exemplo, a produção de amônia verde, metanol verde, que são químicos que vão ser utilizados, por exemplo,
00:28:27para a produção de fertilizantes ou para a produção de combustíveis sintéticos,
00:28:31que vão, por exemplo, substituir o transporte ferroviário e até o transporte aéreo, na produção do SAF.
00:28:39Do SAF, o famoso SAF.
00:28:41O famoso SAF, que é o Sustainable Aviation Fuel, ele é feito a partir do...
00:28:45Que é o combustível sustentável da aviação.
00:28:47De aviação, a querosene de aviação sustentável, ele é feito a partir do hidrogênio verde.
00:28:51Bom, o Paulo, como eu já falei aqui algumas vezes, o Paulo Alvarenga é presidente da América do Sul,
00:28:58desse grupo industrial chamado ThyssenKrupp, grupo alemão.
00:29:05E você, há poucos meses, deixou aí a presidência da Câmara de Comércio Brasil-Alemanha.
00:29:14Como é que tem sido a sinergia dos dois países, Brasil-Alemanha, nos últimos tempos?
00:29:21E como está agora?
00:29:23A gente está vivendo um momento muito bom.
00:29:25Eu tive a honra de presidir a Câmara de 2023 a 2025,
00:29:30que foi um período de reaproximação.
00:29:33A Alemanha, ela tem alguns poucos países que ela chama de parceiros estratégicos.
00:29:38O Brasil é o único parceiro estratégico da Alemanha na América do Sul.
00:29:45Isso significa que a cada dois anos os países promovem um encontro,
00:29:49promovido pela Alemanha, o governo alemão,
00:29:52onde os ministros se encontram de lado a lado
00:29:54e fazem um alinhamento de pautas, de agendas sobre a cooperação bilateral.
00:30:01Então, eu acho que essa relação tem sido renovada, reforçada.
00:30:06E é histórica, né?
00:30:08A relação do Brasil com a Alemanha, ela é muito antiga.
00:30:11A colonização alemã no Brasil, a colônia alemã tem 200 anos de história aqui.
00:30:17Deixa eu chamar a atenção para a carreira, para a trajetória profissional do Paulo,
00:30:22porque antes de você estar na Tissen Group,
00:30:25você não começou como CEO da companhia, né?
00:30:27Você entrou, qual que era o seu cargo?
00:30:29Vice-presidente.
00:30:30Era vice-presidente.
00:30:31Mas antes de virar vice-presidente da Tissen Group,
00:30:36o Paulo trabalhou por quase 20 anos na Siemens
00:30:40e ocupou diversas posições,
00:30:43entre elas, CEOs de importantes unidades, como a unidade mobile.
00:30:49O que esse período aí, quase duas décadas,
00:30:51também numa gigante aí de tecnologia, né?
00:30:55O que isso ajudou na sua posição atual?
00:30:58De maneira geral, você vê que eu trabalhei em duas empresas, né?
00:31:02Na Siemens e na Tissen Group, duas empresas alemãs.
00:31:04De alguma maneira, acabei...
00:31:06A minha cultura empresarial, ela é uma cultura alemã.
00:31:11Também tive o prazer, o privilégio de ter morado três anos na Alemanha.
00:31:15Então, isso aproxima você do ponto de vista cultural,
00:31:18a língua, aprender a língua, entender aquele ambiente.
00:31:22E isso facilita você fazer a ponte.
00:31:24Porque quando você está presidindo a empresa aqui
00:31:26e você precisa, vamos dizer assim, fazer o desdobramento, né?
00:31:31Dos objetivos, das estratégias.
00:31:34Você precisa fazer uma certa...
00:31:35É importante fazer uma ponte cultural, né?
00:31:38Entre aquilo que a empresa planeja, que ela deseja,
00:31:42e como é que você implementa.
00:31:44Porque a implementação é feita no país.
00:31:46Mas a cultura de trabalho, de fazer negócio,
00:31:50é muito diferente do brasileiro com alemão?
00:31:53Ah, tem as suas diferenças, sim.
00:31:54Tem muita diferença, né?
00:31:55Tem, é.
00:31:55Qual que é a grande diferença?
00:31:57Eu acho que, assim, a cultura alemã,
00:31:59ela é uma cultura de muito planejamento
00:32:00e de muita previsibilidade.
00:32:03E no Brasil, a gente tem um ambiente
00:32:04que, de maneira geral, tem um pouco mais de improviso.
00:32:08E os dois têm componentes positivos, importantes.
00:32:11Eu acho que é importante planejar,
00:32:14mas também é importante saber improvisar
00:32:16quando a execução não está exatamente
00:32:18como aquilo que você planejou.
00:32:20Eu citei, há poucos minutos,
00:32:22um texto escrito recente do Paulo Alvarenga
00:32:26falando de defesa, né?
00:32:27E lá pelas...
00:32:29Lá logo no início do texto,
00:32:31você falou da grandiosidade do Brasil,
00:32:34do potencial do Brasil,
00:32:36mas, por outro lado,
00:32:37de desafios, né?
00:32:39De desafios que qualquer país tem,
00:32:42principalmente com a questão geopolítica,
00:32:44que tem aumentado cada vez mais os conflitos.
00:32:47E aí eu pergunto para você, Paulo,
00:32:50como é que o ambiente econômico, político,
00:32:53vamos falar do Brasil,
00:32:55tem afetado o negócio de vocês?
00:32:58O nosso negócio, ele está sempre,
00:33:01vamos dizer assim, sujeito a oscilações, né?
00:33:03Uma empresa de 200 anos,
00:33:05você passa por muitos momentos, né?
00:33:08Eu até costumo falar, Bruno,
00:33:10a gente nasceu no meio da revolução industrial, né?
00:33:13Hoje a gente está vivendo já há algum tempo
00:33:16a quarta revolução industrial.
00:33:18Então a empresa,
00:33:19para poder atravessar esse tempo todo,
00:33:22ela precisa estar constantemente se reinventando.
00:33:25Então o nosso portfólio,
00:33:26ele foi alterando, se ajustando,
00:33:30e aí acho que é a importância
00:33:31de você se reinventar
00:33:33e se adaptar às novas circunstâncias de mercado.
00:33:38São quantos funcionários no Brasil?
00:33:40No Brasil, 4 mil.
00:33:414 mil funcionários.
00:33:43O que você mais valoriza num profissional?
00:33:47Olha, eu gosto muito
00:33:49de observar sempre a questão
00:33:51dos alinhamentos de valores e princípios, né?
00:33:54Nossa empresa tem uma cultura
00:33:56de abertura,
00:33:58de transparência,
00:34:01de respeito com as pessoas,
00:34:03ao mesmo tempo de
00:34:05um cuidado muito grande com a segurança,
00:34:09excelência operacional,
00:34:11inovação.
00:34:12Então, eu acho que assim,
00:34:13quando você identifica esses valores
00:34:15nas pessoas,
00:34:16existe um casamento natural.
00:34:20E qual é a característica
00:34:22daquele profissional
00:34:23que você elimina
00:34:25numa entrevista de emprego?
00:34:27E não combina com você?
00:34:29Eu acho que
00:34:30o não pensar na coletividade.
00:34:35Eu acho que é sucesso,
00:34:36o sucesso da empresa
00:34:37depende da cooperação,
00:34:39da colaboração.
00:34:40Então, o espírito colaborativo,
00:34:42para mim,
00:34:42é condição sine qua non.
00:34:44Paulo Alvarenga,
00:34:46vocês estão em 47 países,
00:34:50tem muita diferença,
00:34:51embora seja uma multinacional, né?
00:34:55e o Brasil tem uma representatividade
00:34:58que o Paulo Alvarenga
00:34:58já deixou claro
00:35:00aqui nessa edição do programa.
00:35:03Tem muita diferença
00:35:04entre os países
00:35:05na hora de fazer negócios,
00:35:07nos países em que vocês
00:35:08estão inseridos?
00:35:09Ah, tem.
00:35:10Acho que a questão cultural,
00:35:11ela é importante, né?
00:35:14Você vê entre Estados Unidos,
00:35:17Brasil, China,
00:35:18que são operações importantes,
00:35:20e a própria Alemanha
00:35:21sempre tem questões diferentes.
00:35:24Eu, naturalmente,
00:35:25eu conheço melhor
00:35:26a cultura brasileira e alemã,
00:35:28mas tenho convicção
00:35:29de que esses elementos culturais
00:35:31vão ser vistos também
00:35:32nos outros países.
00:35:34Bom, pergunta clássica
00:35:36aqui do show business.
00:35:38Paulo Alvarenga,
00:35:39quem são as suas referências
00:35:41no mundo dos negócios
00:35:42e na vida?
00:35:47Olha, acho que tem muitas.
00:35:49Você sabe que eu sempre
00:35:50eu sempre fiz relações
00:35:53do mundo empresarial
00:35:55com o mundo do esporte.
00:35:57Eu acho que tem muitas lições
00:35:58que você tira do esporte.
00:36:00Tem alguns presidentes
00:36:01de companhias
00:36:01que já fizeram também aqui
00:36:03essa relação.
00:36:04Ah, eu acho que é tão evidente,
00:36:07fica isso muito tangível
00:36:08para as pessoas
00:36:09quando você faz a relação,
00:36:11especialmente no nosso país,
00:36:13país do futebol.
00:36:14Então, você faz sempre,
00:36:15tem muitos ensinamentos bons.
00:36:16Então, eu gosto muito
00:36:17de fazer relações.
00:36:19Então, quando você pensa
00:36:21em esportistas como
00:36:22Ayrton Senna,
00:36:23pela sua dedicação,
00:36:25pela sua concentração,
00:36:28o seu foco,
00:36:30determinação,
00:36:31porque a empresa precisa muito
00:36:32da questão da disciplina
00:36:34na execução.
00:36:34Então, você tem que ter muita...
00:36:36O próprio Bernardinho,
00:36:38técnico de vôlei,
00:36:39que sempre levou isso
00:36:40a ensinamentos fortes.
00:36:41Michael Jordan,
00:36:43outro esportista fantástico,
00:36:45que tem aquela cabeça
00:36:47voltada em executar
00:36:50corretamente,
00:36:52em repetir aquele treinamento
00:36:54para você executar corretamente.
00:36:56Tem muitas lições aí.
00:36:58Muito bem.
00:36:58Nós conversamos nesta edição,
00:37:01neste bloco do Show Business
00:37:02com Paulo Alvarenga,
00:37:04presidente da América Latina,
00:37:08dessa grande companhia alemã,
00:37:10a ThyssenKrupp.
00:37:12Obrigado pela presença aqui
00:37:13em nosso estúdio.
00:37:14E eu que agradeço.
00:37:14Prazer enorme.
00:37:15E o Show Business
00:37:17faz uma breve pausa
00:37:18e volta em instantes.
00:37:25Já imaginou ter a redação
00:37:27da Jovem Pan
00:37:28na palma da sua mão?
00:37:29E o melhor,
00:37:30tudo isso no nosso portal
00:37:31com os nomes
00:37:32que você já confia.
00:37:34Economia sem complicar.
00:37:35Eu te mostro
00:37:36a diferença que faz
00:37:38no seu bolso.
00:37:39O que está acontecendo
00:37:40aqui fora
00:37:41impacta o Brasil
00:37:42e eu explico tudo.
00:37:44Se você é apaixonado
00:37:45por futebol,
00:37:46levamos a tradição do esporte
00:37:48até você.
00:37:49O agro move o Brasil
00:37:51e eu te levo
00:37:52pra dentro desse universo.
00:37:53No nosso portal,
00:37:54você tem acesso
00:37:55às principais notícias,
00:37:56vídeos exclusivos
00:37:57e os melhores trechos
00:37:59dos nossos programas.
00:38:00entre agora e escolha seu plano
00:38:03em jovempan.com.br.
00:38:05Fique ainda mais perto
00:38:07da notícia.
00:38:11Portas trancadas,
00:38:12celular escondido,
00:38:14passos acelerados.
00:38:15Quando foi que viver assim
00:38:17virou normal?
00:38:18Se você também já se cansou disso,
00:38:21use a hashtag
00:38:22já fui assaltado.
00:38:23Jovem Pan contra o crime.
00:38:25Ele comanda um dos líderes brasileiros
00:38:35em distribuição de medicamento
00:38:38e materiais hospitalares,
00:38:40com mais de 20 empresas
00:38:42adquiridas recentemente.
00:38:44Nós vamos conversar
00:38:45neste bloco do Show Business
00:38:47com José Roberto Ferraz,
00:38:50o JR CEO do Grupo Elfa.
00:38:54Obrigado pela presença,
00:38:56JR, em nosso estúdio.
00:38:59A Elfa,
00:39:00ela é controlada
00:39:01por fundos da pátria
00:39:02e depois de comprar
00:39:04vários negócios,
00:39:05são 22 negócios
00:39:06que eles têm,
00:39:08a companhia tem desinvestido,
00:39:10desinvestido alguns ativos
00:39:13para retomar o core business.
00:39:16E aí eu pergunto para você,
00:39:17qual que é o grande negócio
00:39:19de vocês hoje?
00:39:20A gente é uma distribuidora
00:39:21hospitalar e clínicas,
00:39:24obviamente no setor de saúde.
00:39:27A gente basicamente vende
00:39:28medicamentos de alto custo,
00:39:30de alta complexidade,
00:39:32descartáveis hospitalares,
00:39:34catetre, luvas,
00:39:36agulhas.
00:39:38E a gente vende produtos
00:39:40para a saúde
00:39:42de uma maneira geral
00:39:43para o hospital e para clínicas.
00:39:45A gente tem ali dentro
00:39:46dental e a gente tem estética também.
00:39:48E o que desses?
00:39:50Porque a gente está falando
00:39:51de mais de...
00:39:52São 22 negócios, né?
00:39:53São 22 negócios.
00:39:55Não, então,
00:39:55a Elfa é a soma,
00:39:57foi a aquisição,
00:39:58o grupo Elfa começou
00:39:59há mais de 20 anos atrás
00:40:00com a Elfa distribuidora
00:40:01lá em João Pessoa,
00:40:02na Paraíba,
00:40:03e a partir daquela base
00:40:05foi adquirindo
00:40:05outras 21 empresas
00:40:07de distribuição hospitalar
00:40:09e clínicas no Brasil.
00:40:10E o que vocês desinvestiram?
00:40:12Nós investimos recentemente
00:40:13a parte de serviços
00:40:15para estudo clínico.
00:40:16a gente fazia
00:40:18a logística
00:40:19de estudos clínicos
00:40:20no Brasil,
00:40:20uma empresa chamada DRS,
00:40:22e a gente fez
00:40:23o desinvestimento
00:40:23dessa empresa
00:40:24recentemente
00:40:25no começo do ano.
00:40:26JR,
00:40:26quando a gente fala
00:40:27de distribuição
00:40:28e você que comanda
00:40:30uma grande companhia
00:40:32aí de distribuição,
00:40:33focada
00:40:34no setor farmacêutico,
00:40:36distribuição
00:40:37é o desafio
00:40:38que boa parte
00:40:39dos líderes
00:40:40que passam
00:40:41por essa cadeira
00:40:42aqui no show business
00:40:42falam.
00:40:43Quando eu pergunto assim,
00:40:44qual que é o maior desafio?
00:40:45é distribuição.
00:40:48Você, JR,
00:40:49que distribui
00:40:50medicamentos
00:40:51e materiais
00:40:53hospitalares,
00:40:54afinal,
00:40:55qual que é
00:40:55a sua grande dificuldade?
00:40:57Olha,
00:40:57eu acho que em saúde
00:40:58no Brasil
00:40:58a dificuldade
00:40:59é acesso à saúde.
00:41:01E a distribuição
00:41:02vem em carona
00:41:03ao acesso
00:41:03à saúde.
00:41:04Então,
00:41:04você imagina,
00:41:05um paciente oncológico
00:41:06no Acre
00:41:07tem necessidade
00:41:08parecida
00:41:08do que está aqui
00:41:08na Faria Lima.
00:41:10Então,
00:41:10como é que a gente faz
00:41:11para chegar no Acre
00:41:11com eficiência,
00:41:12com custo,
00:41:13e rapidez
00:41:15para que aquela pessoa
00:41:16que precisa
00:41:17tenha no momento certo.
00:41:19Então,
00:41:19a gente,
00:41:20dentro dessa visão
00:41:21da distribuição,
00:41:23a gente tenta buscar
00:41:24uma delas
00:41:25super eficiência logística,
00:41:28super eficiência de custo,
00:41:29uma estrutura super limpa,
00:41:31e aí também usar
00:41:32a tecnologia de informática
00:41:34para a gente ganhar
00:41:35flexibilidade
00:41:37e agilidade
00:41:38nesse processo.
00:41:39Então,
00:41:39recentemente,
00:41:40a gente fez investimentos
00:41:41isso aí,
00:41:41está famoso,
00:41:42está na moda,
00:41:43AI,
00:41:43e o AI
00:41:45tem trazido
00:41:45para a gente
00:41:46AI é em inglês,
00:41:49em português.
00:41:50Não,
00:41:50inteligência artificial.
00:41:51É AI.
00:41:53É AI,
00:41:53né?
00:41:54A inteligência artificial
00:41:54tem trazido para a gente
00:41:56muito ganho nessa área.
00:41:57O que a gente fez?
00:41:58A gente tem dois robôs
00:41:59trabalhando na empresa hoje.
00:42:01Um robô que olha
00:42:02caltações online
00:42:03de todas as clínicas,
00:42:04todos os hospitais no Brasil
00:42:05e traduz aquilo
00:42:06em algo que seja
00:42:07eficiente.
00:42:08Então,
00:42:08como é que eu chego
00:42:09com o produto
00:42:10no Acre,
00:42:11comprado talvez
00:42:12no estado de Santa Catarina
00:42:13da maneira mais rápida
00:42:14e mais eficiente
00:42:15para aquele paciente
00:42:16que está lá na ponta.
00:42:17E o outro robô
00:42:18é o robô que olha,
00:42:20você imagina,
00:42:20uma empresa gigante,
00:42:2260 mil pedidos por mês.
00:42:24Como é que eu traduzo
00:42:25os 60 mil pedidos?
00:42:26De uma forma rápida.
00:42:27De uma forma rápida.
00:42:28Você imagina,
00:42:29você pode mandar um pedido
00:42:30para a gente
00:42:30num WhatsApp.
00:42:32Uma pessoa pode mandar
00:42:33num e-mail.
00:42:34Uma pessoa vai escrever
00:42:35um produto com dois L's
00:42:36e outra com um L só.
00:42:37Como é que eu traduzo
00:42:38tudo aquilo
00:42:39num pedido rápido
00:42:40que chega na ponta
00:42:41para o cliente
00:42:42de forma eficiente
00:42:42e no preço certo.
00:42:44Então,
00:42:44o EI tem ajudado
00:42:45muita gente nisso.
00:42:47E como, hein?
00:42:48Porque você está trazendo
00:42:49casos aí
00:42:50que a gente
00:42:50realmente não faz ideia, né?
00:42:53Você usou o exemplo
00:42:54de alguém do Acre
00:42:55que está precisando
00:42:56de um tratamento
00:42:59e um dos produtos
00:43:01pode estar em Santa Catarina,
00:43:02enfim,
00:43:02qualquer região do Brasil.
00:43:04como faz
00:43:05para chegar tão rápido?
00:43:06Pois é.
00:43:07Aí que entra
00:43:08a dificuldade,
00:43:09o desafio da logística
00:43:10e da distribuição
00:43:12que boa parte
00:43:14desses CEOs
00:43:15que passam por essa cadeira
00:43:16falam.
00:43:17A gente tem três
00:43:18vertentes aqui, né?
00:43:19Na primeira
00:43:20é a física.
00:43:24Você
00:43:24transladar pelo país
00:43:26de avião,
00:43:27de carro,
00:43:27de ônibus
00:43:28para chegar
00:43:29lá na ponta, né?
00:43:30A segunda
00:43:32é a tributária.
00:43:36Custa.
00:43:36Imposto
00:43:37serve comprar,
00:43:38vender
00:43:38e passar por estado,
00:43:39passar por barreira
00:43:40tributária, etc.
00:43:41Então, você tem que ter
00:43:42uma eficiência,
00:43:43uma lógica tributária
00:43:44em tudo o que você faz.
00:43:46E a terceira
00:43:47é o preço,
00:43:48de fato.
00:43:48Então,
00:43:49aonde eu compro,
00:43:50de quem eu compro
00:43:51para chegar lá na ponta.
00:43:53E de quem eu compro
00:43:54é super importante.
00:43:55O meu cliente
00:43:55é o hospital,
00:43:56é a clínica,
00:43:57é o paciente,
00:43:58mas também é a indústria.
00:43:59E a indústria,
00:44:00muitas vezes,
00:44:01tem uma patente
00:44:02ou não, né?
00:44:03Então,
00:44:04eu tenho que ser
00:44:04a pessoa mais eficiente,
00:44:05o melhor parceiro
00:44:06para aquela indústria,
00:44:08fabricante daquele produto.
00:44:09Então,
00:44:10eu comprar dela
00:44:11aonde ela está,
00:44:12na fábrica,
00:44:12a fábrica pode estar,
00:44:13ou a empresa pode estar,
00:44:15se é de ela no Rio,
00:44:16em São Paulo,
00:44:16em Minas,
00:44:17em qualquer lugar,
00:44:18ou em Santa Catarina.
00:44:19Como é que eu faço
00:44:20para comprar dela
00:44:21naquele estado, né?
00:44:22E ser o melhor parceiro dela.
00:44:24Para eu ser o melhor parceiro
00:44:25da indústria,
00:44:26não basta só eficiência,
00:44:27existe uma coisa nesse,
00:44:29mercado que é o compliance.
00:44:31Eu tenho que ser
00:44:32o mais compliant
00:44:33de todos
00:44:34para poder ser
00:44:35o parceiro da indústria.
00:44:37O Grupo Elfa,
00:44:38recentemente,
00:44:38o ano passado,
00:44:39ganhou o melhor departamento
00:44:41de compliance
00:44:41em saúde do Brasil.
00:44:43E não foi concorrendo
00:44:44contra outras distribuidoras,
00:44:45foi concorrendo
00:44:46contra indústrias,
00:44:48hospitais,
00:44:48e a gente ganhou
00:44:49esse prêmio aqui no Brasil.
00:44:50que fez da gente
00:44:51ser o parceiro
00:44:52de escolha
00:44:53de algumas
00:44:54dessas indústrias
00:44:55que queriam
00:44:55usar a gente
00:44:56para ser,
00:44:57além de ser o mais rápido,
00:44:58o menos custoso,
00:45:00o mais compliant
00:45:00para entregar um produto
00:45:01no Acre,
00:45:02ou em São Paulo,
00:45:03ou aqui no Sírio-Libanês,
00:45:04ou no Einstein,
00:45:05ou em qualquer lugar do país.
00:45:06Deixa eu chamar a atenção
00:45:07para a carreira do JR,
00:45:10porque você tem
00:45:10uma longa experiência
00:45:12no setor de saúde,
00:45:14setor farmacêutico, né?
00:45:15Passou pela Janssen,
00:45:17por outras empresas
00:45:18e também passou
00:45:19por diferentes regiões.
00:45:21É.
00:45:21Né?
00:45:22Do planeta, né?
00:45:23América Latina,
00:45:25Estados Unidos,
00:45:26Europa,
00:45:28Ásia.
00:45:29Qual que é a diferença
00:45:30no setor?
00:45:32No setor que você
00:45:33está inserido
00:45:34durante anos
00:45:35entre o Brasil
00:45:37e todas essas regiões?
00:45:39Eu acho que é
00:45:39o acesso à saúde.
00:45:40Eu volto ao mesmo ponto inicial,
00:45:42que em saúde
00:45:43isso é primordial.
00:45:44Como é que a gente faz
00:45:45para as pessoas
00:45:45terem acesso
00:45:46à melhor saúde
00:45:47ao menor custo possível?
00:45:48E essa é a diferença.
00:45:49Os Estados Unidos
00:45:50é saúde privada.
00:45:52O acesso tem
00:45:52uma característica privada
00:45:53por pagadores privados.
00:45:56A Europa
00:45:56tem a saúde pública
00:45:58na sua tendência.
00:45:59Aqui o Brasil
00:45:59tem passado
00:46:00uma transformação
00:46:01nos últimos 30 anos.
00:46:03A saúde pública
00:46:03está ganhando share
00:46:04aqui no Brasil.
00:46:05Tem crescido
00:46:06muito rápido.
00:46:07E a saúde privada
00:46:08se mantém
00:46:09por volta
00:46:10de 50 milhões
00:46:12de pessoas
00:46:12com acesso
00:46:13à saúde privada.
00:46:14Os outros 150 milhões
00:46:15brasileiros têm acesso
00:46:16à saúde pública.
00:46:17Então, você imagina
00:46:18o balanço disso
00:46:19ao longo do tempo.
00:46:20A gente que trabalha
00:46:21no setor,
00:46:21e o Grupo Elfa
00:46:22por excelência,
00:46:24tenta andar
00:46:25nos dois mercados.
00:46:26E a diferença
00:46:26que eu olho,
00:46:27por exemplo,
00:46:28quando eu olho
00:46:28uma distribuidora
00:46:29na Europa,
00:46:30ela foca
00:46:31apenas no público.
00:46:33Uma distribuidora
00:46:34nos Estados Unidos
00:46:34foca maiormente
00:46:36no privado.
00:46:36E aqui no Brasil
00:46:37a gente faz uma mescla
00:46:38bastante interessante
00:46:39para atender
00:46:40tanto o hospital público
00:46:41como o hospital privado.
00:46:42E qual que é o mais
00:46:42diferente
00:46:43de todas
00:46:45essas regiões
00:46:45que você passou?
00:46:47Eu acho que
00:46:49o que são
00:46:49parecidos entre si,
00:46:51mas o mais
00:46:52diferente
00:46:52são os países
00:46:53a Inglaterra,
00:46:55o Canadá
00:46:55e a Austrália,
00:46:57que tem
00:46:57o sistema de saúde
00:46:59muito parecido
00:47:00entre eles,
00:47:01que é o sistema
00:47:02onde o que se diz
00:47:04em inglês
00:47:05a saúde,
00:47:06a economia da saúde
00:47:08vem primeiro.
00:47:09Então,
00:47:10o que quer dizer isso?
00:47:11Isso é
00:47:11health economics
00:47:12em inglês.
00:47:13O health economics
00:47:14determina se as pessoas
00:47:16podem ou não ter acesso
00:47:17através das soluções
00:47:19disponíveis
00:47:21de onde o preço,
00:47:23o custo
00:47:24pesa muito.
00:47:26Diferente um pouco
00:47:26de mercado privado,
00:47:28diferente um pouco
00:47:28de outros mercados públicos.
00:47:30Talvez soa um pouco
00:47:31detalhista,
00:47:32mas a saúde
00:47:33da economia
00:47:35se mede
00:47:35quanto custa
00:47:37para um tal tratamento
00:47:38versus o tratamento
00:47:39alternativo.
00:47:41E a decisão
00:47:42se faz através
00:47:42de custos.
00:47:43JR,
00:47:44você como executivo
00:47:45da saúde,
00:47:46o que você
00:47:47acha do SUS,
00:47:50o Sistema Único
00:47:50de Saúde?
00:47:51Eu acho excelente.
00:47:53Eu acho que é uma
00:47:53vitória do Brasil,
00:47:55é uma coisa
00:47:55muito particular
00:47:57do Brasil
00:47:58na América Latina
00:47:59e que tem
00:48:00acomodado
00:48:01a capacidade
00:48:02de 150 milhões
00:48:04de pessoas
00:48:05no Sistema
00:48:05de Saúde.
00:48:06O SUS
00:48:07cresce
00:48:07o acesso
00:48:09a tratamentos
00:48:11de alto custo
00:48:11há bastante tempo.
00:48:13Eu acho que
00:48:14há uns
00:48:1515,
00:48:1520 anos atrás
00:48:16o programa
00:48:17da AIDS
00:48:18foi
00:48:19uma mudança
00:48:21de chave
00:48:21no SUS.
00:48:22A partir do programa
00:48:23da AIDS
00:48:24o SUS começou
00:48:24a incorporar
00:48:25tratamentos
00:48:25de muita alta
00:48:27tecnologia
00:48:27e de alto custo.
00:48:29E esses tratamentos
00:48:30hoje estão disponíveis
00:48:31no SUS
00:48:32para a maioria
00:48:32da população brasileira.
00:48:34É uma conquista.
00:48:35isso não quer dizer
00:48:36que o mercado privado
00:48:37brasileiro
00:48:37não seja dinâmico,
00:48:38é muito dinâmico.
00:48:40Está sempre
00:48:40talvez um passinho
00:48:41na frente,
00:48:42mas bastante dinâmico
00:48:43e bastante qualidade.
00:48:44Então,
00:48:45quando você me perguntava
00:48:46o que eu vejo de diferença,
00:48:48eu morei muitos anos fora,
00:48:49mas vim me tratar
00:48:50aqui no Brasil.
00:48:51A qualidade de saúde
00:48:52aqui no Brasil
00:48:52é muito alta.
00:48:53E isso diz tudo.
00:48:54Tanto no SUS
00:48:54quanto no privado.
00:48:55Isso diz tudo, hein?
00:48:56Agora,
00:48:58o que a gente precisa
00:48:59para melhorar
00:49:01a saúde no Brasil?
00:49:02Porque você está falando
00:49:03bem do SUS.
00:49:05Sim.
00:49:05E que bom
00:49:05que isso está falando bem.
00:49:07Sim.
00:49:07Mas a gente vive
00:49:08num país
00:49:09com problemas
00:49:10na saúde.
00:49:12O que fazer
00:49:13para melhorar?
00:49:14A visão
00:49:15de economia
00:49:15da saúde,
00:49:17ou seja,
00:49:17de health economics,
00:49:19é bastante relevante
00:49:20para você
00:49:21melhorar ainda mais
00:49:22a utilização
00:49:23do recurso
00:49:23na saúde.
00:49:25Então,
00:49:25essa visão
00:49:25que eu falava
00:49:26da Inglaterra,
00:49:26do Canadá
00:49:27e da Austrália,
00:49:28que é muito focada
00:49:29nisso,
00:49:30talvez até demais,
00:49:30permite a gente
00:49:33a fazer
00:49:34as melhores escolhas
00:49:35dentro do ramo
00:49:35da saúde.
00:49:36Então,
00:49:36aquele tratamento
00:49:37que não é o mais barato
00:49:38ou o mais caro,
00:49:39é o mais eficiente
00:49:40pelo real gasto.
00:49:43E esse é,
00:49:43eu acho que a gente
00:49:44tem que aprofundar
00:49:45esse trabalho
00:49:47tanto no público
00:49:48como no privado
00:49:48no Brasil
00:49:49para ficar ainda melhor.
00:49:52Agora,
00:49:53hoje,
00:49:55qual que é
00:49:55o atual momento
00:49:56da indústria farmacêutica?
00:49:58Vamos sair um pouquinho
00:49:59porque tem uma diferença
00:50:00grande aí,
00:50:03em relação ao setor
00:50:04de saúde
00:50:05e o setor farmacêutico.
00:50:07Eu recebo aqui
00:50:08CEOs
00:50:10do setor farmacêutico
00:50:11e eles trazem
00:50:12também os desafios.
00:50:13Um dos desafios
00:50:14eu já avisei
00:50:15que era
00:50:15o da distribuição,
00:50:17como distribuir.
00:50:18Mas,
00:50:19como anda
00:50:20o setor farmacêutico
00:50:21hoje
00:50:21no país?
00:50:23Eu acho que
00:50:24uma parcela importante
00:50:27do setor farmacêutico
00:50:28no país
00:50:29são os tratamentos
00:50:30oncológicos
00:50:31e hematológicos.
00:50:32Cada vez mais,
00:50:33com melhores diagnósticos,
00:50:34nós estamos conseguindo,
00:50:36a indústria está conseguindo
00:50:37oferecer soluções
00:50:39para tratamentos
00:50:39oncológicos
00:50:40e hematológicos
00:50:41que impactam
00:50:44populações
00:50:44bastante específicas.
00:50:46Você hoje tem produtos
00:50:47para fazer um exagero
00:50:48que tratam
00:50:49um câncer
00:50:49muito específico
00:50:50e um outro
00:50:51que tratam
00:50:51um câncer
00:50:52parecido,
00:50:53mas não exatamente
00:50:54aquele.
00:50:55Então,
00:50:55essa especificidade
00:50:57de tratamento
00:50:58que quase chega
00:50:59a ser pessoa
00:51:00a pessoa,
00:51:01talvez um tratamento
00:51:02para mim
00:51:02seja a mesma coisa
00:51:03que você tem,
00:51:05seja um pouco
00:51:05diferente do que o seu.
00:51:06Essa especificidade
00:51:07está fazendo
00:51:08com que a indústria
00:51:09fique bastante
00:51:10especialista
00:51:11num certo
00:51:12pequeno setor.
00:51:13e a gente,
00:51:15então eu vejo assim,
00:51:16as grandes multinacionais
00:51:17continuam trazendo
00:51:18altas novas tecnologias,
00:51:20as empresas nacionais
00:51:22de uns 10, 15 anos
00:51:25para cá
00:51:25mudaram o foco
00:51:27de serem generalistas
00:51:28para buscarem
00:51:29esse mesmo caminho
00:51:30da especificação
00:51:31e hoje tem
00:51:33uma concorrência
00:51:33saudável no setor
00:51:35onde as multinacionais
00:51:36obviamente
00:51:36com o tamanho
00:51:37que elas têm
00:51:38mas também as nacionais
00:51:39conseguindo correr
00:51:40bastante próximos
00:51:42das multinacionais
00:51:42e crescendo
00:51:43bastante rápido.
00:51:44O setor cresce,
00:51:45sempre cresce,
00:51:46saúde sempre cresce,
00:51:48felizmente é um setor
00:51:49bastante,
00:51:50de crescimento
00:51:50bastante rápido.
00:51:51Ô JR,
00:51:52qual que é a sua formação?
00:51:53Sou administrador
00:51:54de empresas.
00:51:54Administrador de empresas.
00:51:56Eu até achei
00:51:57por algum momento
00:51:57que você era economista
00:51:59porque você tem
00:52:00uma passagem também.
00:52:01Você está na Pátria?
00:52:02Estou,
00:52:03eu sou operating partner
00:52:04do grupo Pátria.
00:52:05Ah, porque eu...
00:52:06Investimentos.
00:52:07É, porque eu apresentei
00:52:08o grupo Elfa mesmo
00:52:09controlada
00:52:10por fundos da Pátria.
00:52:12E você é CEO
00:52:14do grupo,
00:52:16do grupo Elfa,
00:52:17né?
00:52:17Sim.
00:52:18Eu sou operating partner
00:52:19do Pátria,
00:52:20responsável pelas empresas
00:52:21de saúde,
00:52:22produtos,
00:52:23e uma das empresas
00:52:24de saúde e produtos
00:52:24é o grupo Elfa,
00:52:25a qual eu acumulo
00:52:26como CEO também.
00:52:29É muito,
00:52:30é muito desafiador
00:52:33cuidar de tanta
00:52:33companhia assim,
00:52:34porque você está
00:52:35nesses dois
00:52:37e ao mesmo tempo
00:52:37você está comandando
00:52:38vinte e duas empresas,
00:52:39né, Jota?
00:52:40É,
00:52:40o grupo Elfa hoje
00:52:41está bastante integrado,
00:52:42essas vinte e duas
00:52:43empresas hoje
00:52:43operam com uma só,
00:52:45né?
00:52:46Mesmo sistema,
00:52:47mesmo caixa,
00:52:48mesmo foco,
00:52:49a mesma estratégia.
00:52:51Precisa ter um pouquinho
00:52:51de cabelo cinza,
00:52:52né?
00:52:52Com um pouco de cabelo cinza
00:52:53a gente tem experiência
00:52:54para tocar tudo isso, né?
00:52:55Isso é bom, né?
00:52:56É bom.
00:52:57Olha só,
00:52:57a gente,
00:52:58você falou rapidamente
00:52:59de como a inteligência artificial
00:53:01ela foi,
00:53:02está sendo importante
00:53:03para vocês, né?
00:53:04Para conectar tudo.
00:53:06inclusive eu tive um papo
00:53:08recente muito bom
00:53:09com um dos seus executivos,
00:53:10o Rafael Tobara,
00:53:12e ele me contou
00:53:13a respeito
00:53:14de um programa interno,
00:53:17que é Nexus,
00:53:18se eu não me engano,
00:53:18que ele inclusive lidera,
00:53:22que ele conseguiu
00:53:24unificar os processos
00:53:26dessas vinte e duas empresas
00:53:28que vocês adquiriram.
00:53:30Você trouxe um exemplo
00:53:31excelente, né?
00:53:33Da inteligência artificial,
00:53:35como ela tem
00:53:36tido
00:53:39um resultado
00:53:41bom a partir
00:53:41da inteligência artificial.
00:53:43Mas em relação
00:53:44ao setor,
00:53:45o setor,
00:53:46como é que a AI
00:53:47ela tem
00:53:48entrado
00:53:49no setor de saúde
00:53:51e no setor farmacêutico?
00:53:52Olha,
00:53:53tem três vertentes
00:53:54que eu tenho visto aí.
00:53:56Uma é a da eficiência,
00:53:57que é o que nós
00:53:57no Grupo Elfa
00:53:58levamos,
00:54:00tomamos,
00:54:01que é de buscar
00:54:01a maior eficiência
00:54:02nos processos
00:54:04administrativos
00:54:05distributivos
00:54:06de faturamento,
00:54:07de cobrança,
00:54:08etc.
00:54:10A segunda é
00:54:11no estudo clínico.
00:54:13Então,
00:54:14você usar
00:54:14a inteligência artificial
00:54:15para ganhar tempo
00:54:19no estudo clínico,
00:54:20já saber
00:54:20onde você tem que ir,
00:54:22não ficar...
00:54:22O estudo clínico,
00:54:23muitas vezes,
00:54:23é tentativa e erro,
00:54:24né?
00:54:25E a inteligência
00:54:26acumulada,
00:54:27usada de forma artificial,
00:54:29acaba cortando os caminhos
00:54:30e ganhando velocidade
00:54:31no estudo clínico.
00:54:32e a terceira
00:54:33é na parte
00:54:34regulatória
00:54:35e de efeitos adversos.
00:54:38A acumulação
00:54:39de dados
00:54:39que você tem
00:54:40hoje,
00:54:41através...
00:54:42Você imagina
00:54:42simplesmente
00:54:43uma clínica.
00:54:45Quantos pacientes
00:54:46uma clínica vê
00:54:47num dia
00:54:47e quanto dado
00:54:48daqueles pacientes
00:54:49ela consegue ter.
00:54:50Ó,
00:54:50esse aqui tem uma pinta
00:54:51na mão direita,
00:54:51esse tem uma pinta
00:54:52na mão esquerda
00:54:52e vai criando
00:54:53essa acumulação
00:54:54de dados.
00:54:55Você,
00:54:56através da inteligência artificial,
00:54:57consegue ler isso
00:54:58rapidamente e saber,
00:54:59olha,
00:54:59o cara que usou
00:55:00o sapato marrom
00:55:01tem pinta na mão direita.
00:55:04E criar uma lógica
00:55:06a partir daí.
00:55:07Ou a pessoa
00:55:08que usa tal medicamento
00:55:10acaba tendo tal reação,
00:55:12etc.
00:55:12Então,
00:55:13três vertentes.
00:55:14Eficiência,
00:55:16rapidez no estudo clínico
00:55:17e as...
00:55:19potenciais efeitos adversos
00:55:21e ganhar inteligência
00:55:22sobre os efeitos adversos
00:55:24e andar...
00:55:25precavê-los, né?
00:55:26Deixa eu chamar a atenção
00:55:27para os últimos resultados
00:55:29aí da companhia,
00:55:30do grupo.
00:55:31Vocês encerraram
00:55:32o primeiro trimestre
00:55:33com uma receita líquida
00:55:35de um bilhão de reais.
00:55:39Mas,
00:55:39a empresa,
00:55:41ela foi muito afetada
00:55:42durante a pandemia
00:55:44e um dos casos aí
00:55:45foi o atraso
00:55:46no pagamento
00:55:47de fornecedores
00:55:48na área de saúde.
00:55:51Essas dificuldades
00:55:52ficaram para trás?
00:55:54Ficaram.
00:55:54Eu acho que a...
00:55:57Durante a pandemia
00:55:59houve,
00:55:59obviamente,
00:56:00como todos sabemos,
00:56:01uma mudança
00:56:02no padrão
00:56:03de uso da saúde, né?
00:56:04A volta da pandemia,
00:56:06quando nós saímos
00:56:06da pandemia,
00:56:07as cirurgias eletivas,
00:56:09o uso eletivo
00:56:10da saúde
00:56:10cresceu muitíssimo, né?
00:56:12Então,
00:56:13um exemplo simples,
00:56:14vai uma cirurgia de catarata
00:56:15que a pessoa aí
00:56:16um pouco eletiva
00:56:17deixava de fazer,
00:56:19deixou de fazer
00:56:19durante a pandemia,
00:56:20volta a fazer,
00:56:21ou então uma cirurgia estética,
00:56:22alguma coisa desse tipo.
00:56:23voltou a fazer
00:56:24e foi com muita rapidez, né?
00:56:27Tudo que não era emergência
00:56:29ficou represado.
00:56:30Esta volta da pandemia,
00:56:32essa...
00:56:32gerou um acúmulo
00:56:35de gasto em saúde,
00:56:38gasto esse,
00:56:38onde os pagadores de saúde,
00:56:39tanto o governo
00:56:40como as seguradoras privadas,
00:56:43viram os seus índices
00:56:46de uso muito alto.
00:56:48e aí levou
00:56:49uma diferença
00:56:50no fluxo financeiro
00:56:51do setor de saúde.
00:56:53Acho que durou
00:56:54mais ou menos
00:56:55até o terceiro trimestre
00:56:56de 2024,
00:56:59esse...
00:57:00até o setor
00:57:01se acomodar de novo
00:57:02com os fluxos financeiros, né?
00:57:04De lá pra cá,
00:57:05eu acho,
00:57:05desde agosto,
00:57:07setembro do ano passado,
00:57:08você tem visto
00:57:08uma melhora contínua
00:57:09dos fluxos financeiros
00:57:11no setor de saúde.
00:57:12Não posso dizer
00:57:13que voltou
00:57:14o fluxo financeiro
00:57:15aos níveis anteriores,
00:57:16mas está se aproximando
00:57:17aos níveis anteriores
00:57:18e isso é bastante positivo.
00:57:20E esse fluxo
00:57:21tem andado
00:57:21melhorando
00:57:22toda a fluidez
00:57:23do setor,
00:57:25desde o pagador de saúde,
00:57:26que é uma operadora
00:57:27de saúde,
00:57:28ou o governo,
00:57:29passando pelos hospitais
00:57:30e clínicas,
00:57:31chegando em nós,
00:57:32distribuidores
00:57:33e na indústria
00:57:34fornecedora, né?
00:57:35Então, esse fluxo
00:57:36acabou hoje
00:57:37e está um pouco melhor.
00:57:39JR,
00:57:40uma pergunta clássica
00:57:41aqui para todos
00:57:42os nossos convidados
00:57:43aqui do show business,
00:57:45seja qual for o setor.
00:57:47Quem são as suas referências
00:57:49no mundo dos negócios
00:57:50e também na vida?
00:57:52Bom,
00:57:53eu acho que aqui
00:57:53a gente tem que...
00:57:55Vou colocar
00:57:58de duas formas diferentes.
00:57:59No mundo dos negócios
00:58:00eu vou trazer uma coisa
00:58:01bem moderna
00:58:01e falando de inteligência artificial.
00:58:03Eu recentemente
00:58:04escutei
00:58:05a CEO
00:58:07da Accenture
00:58:09falando uma...
00:58:12um CEO mundial da Accenture
00:58:13falando uma coisa
00:58:14muito interessante.
00:58:15Se a gente pensar
00:58:16no nosso negócio
00:58:17como eles estão hoje
00:58:18e usar a tecnologia
00:58:19apenas para ganhar
00:58:20eficiência,
00:58:22fazer mais rápido,
00:58:22nós vamos
00:58:23desperdiçar
00:58:25essa tecnologia.
00:58:26A gente tem que usar
00:58:26a tecnologia
00:58:27inteligência artificial
00:58:29de forma a repensar
00:58:31os negócios
00:58:31completamente.
00:58:33Olharem os processos
00:58:34de forma completamente
00:58:36alternativas
00:58:37para ir buscar
00:58:38uma outra forma
00:58:39de fazer negócio.
00:58:40Que não é só
00:58:41ter eficiência,
00:58:42mas é poder
00:58:43crescer mais.
00:58:45Fazer novos negócios.
00:58:47A partir desta inteligência
00:58:48que hoje a gente tem
00:58:49acesso.
00:58:50Então pensar completamente
00:58:51os nossos negócios.
00:58:52Então, acho que essa
00:58:53é uma referência
00:58:53que eu tenho hoje.
00:58:55Eu olho para um negócio,
00:58:56seja ele qual for,
00:58:57obviamente no mundo
00:58:58da saúde
00:58:58onde eu estou acostumado,
00:59:00eu olho para ele e falo
00:59:01como é que a gente pode
00:59:01fazer diferente isso aqui
00:59:03para ser eficiente,
00:59:05para trazer mais acesso
00:59:06aos pacientes,
00:59:07para ganhar market share.
00:59:09Como é que eu posso
00:59:09fazer diferente?
00:59:10Só vender uma caixinha a mais
00:59:12ou economizar um centavo
00:59:14aqui não é suficiente.
00:59:16Do ponto de vista pessoal,
00:59:18eu tenho uma visão
00:59:20muito assim de
00:59:22eu traduzo tudo
00:59:23em uma frase.
00:59:24É o para frente
00:59:25e o para cima.
00:59:26Vamos andar para frente
00:59:28e para cima.
00:59:28Isso você fala na empresa?
00:59:30Eu falo bastante isso na empresa
00:59:31no sentido assim,
00:59:32não tem montanha alta o suficiente
00:59:33que a gente não consiga passar.
00:59:36E dentro desse conceito
00:59:37é sempre andando
00:59:38para frente e para cima
00:59:39e nunca olhando para trás.
00:59:40Para trás só para
00:59:42ver os erros e consertar.
00:59:43Mas sempre olhando para frente.
00:59:45Isso é um lema de vida?
00:59:46É lema de vida.
00:59:47Lema de vida.
00:59:47É isso.
00:59:48Uma frase da sua vida.
00:59:49Para frente e para cima.
00:59:50Muito bem.
00:59:52Nós conversamos neste bloco
00:59:53do Show Business
00:59:54com o J.R. Ferraz,
00:59:57CEO do Grupo Elfa.
01:00:00Obrigado pela presença
01:00:01aqui em nosso estúdio.
01:00:01Imagino.
01:00:02Obrigado a vocês.
01:00:03E olha,
01:00:04o Show Business vai ficando por aqui.
01:00:05Muito obrigado pela sua audiência,
01:00:07pela sua confiança.
01:00:08A gente volta na semana que vem.
01:00:10Até lá.
01:00:10Tchau.
01:00:23A opinião dos nossos comentaristas
01:00:25não reflete necessariamente
01:00:27a opinião do Grupo Jovem Pan
01:00:29de Comunicação.
01:00:34Realização Jovem Pan
01:00:36Jovem Pan
01:00:37Jovem Pan
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