Pular para o playerIr para o conteúdo principal
André Armaganijan , CEO da Marcopolo, fala sobre o protagonismo da fabricante gaúcha de carrocerias de ônibus, que emprega mais de 13 mil pessoas no Brasil e detém metade do mercado nacional. Ele comenta a retomada da expansão internacional com foco no retorno ao mercado europeu e os investimentos em inovação e mobilidade sustentável. Já Richard Albanesi, CEO da The Led, destaca como a empresa se tornou referência em painéis de LED no varejo brasileiro, presente em shoppings, estádios e grandes redes de lojas. Ele aborda a tecnologia própria, o crescimento do negócio e os planos de ampliação dentro e fora do país.

Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/

Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews

Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp:
https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S

Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/

Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews

Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews

Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/

TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews

Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews

#jovempan #ShowBusiness

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Olá, boa noite! Está no ar o Show Business, o mais tradicional talk show de negócios da TV brasileira.
00:08E no programa de hoje vamos conversar com André Armagagnan, CEO da Marco Polo,
00:14companhia que detém metade do mercado de carrocerias do país.
00:19Recebemos também Richard Albanese, CEO da The LED,
00:24empresa especializada em painéis de LED presente no dia a dia do varejo brasileiro.
00:30Eu sou Bruno Meier e seja muito bem-vindo ao Show Business, que começa em instantes.
00:47Ele preside uma companhia fundada há 76 anos em Caxias do Sul,
00:54no Rio Grande do Sul, com mais de 13.500 funcionários só no Brasil.
01:00O Show Business conversa neste bloco com André Armagagnan, CEO da Marco Polo.
01:08André, obrigado pela presença aqui em nosso estúdio.
01:11A companhia, ela tem 50% de participação na produção brasileira de carrocerias.
01:19E agora vocês estão com uma grande novidade, que você vem aqui falar no programa,
01:24que marca o retorno ao mercado europeu, com uma operação específica na Europa.
01:33Por que essa decisão?
01:34Prazer estar aqui contigo, Bruno, com a tua audiência.
01:38A decisão da Marco Polo é uma empresa global, que está presente em mais de 140 países,
01:43tem os seus ônibus circulando em mais de 140 países, tem fábrica em...
01:47São 11 fábricas em 7 países.
01:49E o mercado europeu é um dos poucos mercados que, quando a gente olha para a expansão global,
01:54que a gente tinha uma oportunidade de retomada.
01:57Digo retomada porque até 2009 nós tivemos uma fábrica em Coimbra, em Portugal,
02:01e a gente viu uma oportunidade com a mudança de mercado de voltar àquele mercado.
02:06É um mercado que foi muito competitivo no passado, tem ainda um grau de competitividade importante,
02:12mas alguns fabricantes de carroceria, na verdade ônibus completo,
02:17alguns parceiros de chassis que também vendiam ônibus completo, deixaram de fazer a carroceria.
02:22Então eles procuram hoje um parceiro, um encarroçador, encarroçador é o que nós somos tradicionalmente conhecidos,
02:29porque nós encarroçamos um chassi, então surgiu ali a oportunidade de trazer um encarroçador forte,
02:35renomado, conhecido, com uma situação financeira saudável,
02:39para promover a venda dos chassis, destes players de chassis.
02:44O mercado hoje tem uma demanda que vem recuperando no pós-pandemia,
02:49então tem uma movimentação de passageiros aumentando no tempo,
02:53a frota de ônibus está bastante envelhecida, então tem a necessidade de renovar essa frota.
02:58E esses fabricantes de chassis deixando de fazer carroceria buscam um parceiro forte.
03:03A maioria dos nossos concorrentes locais na Europa estão com a carteira de entrega para 2027.
03:09Então a oportunidade era realmente trazer um produto inovador, com bastante tecnologia,
03:14para atender uma demanda que não está sendo hoje atendida pelos fabricantes locais.
03:19Mas quais países e mercados na Europa?
03:22Vocês estão olhando, mirando, já está definido isso?
03:25A proposta inicial, nós começamos em Itália e França,
03:29porque nesses mercados a gente anunciou num primeiro momento uma parceria com a Volvo,
03:33a Volvo tradicionalmente vendia ônibus completo nesses mercados,
03:37deixa de fazer a carroceria, mas não quer perder o share que ela tem no chassi,
03:42então busca um parceiro forte, começamos por mercados onde eles têm essa participação relevante.
03:47Nossa proposta, Bruno, num segundo momento, é ir para outros mercados,
03:51já estamos olhando para Portugal e Espanha, e por que esses dois mercados?
03:57Porque são mercados que fazem compras separadas,
04:00compram chassi de uma marca, carroceria de outra marca,
04:03ali nós temos a oportunidade também de vender só a nossa carroceria.
04:06André, o preço da passagem aérea no Brasil, ela impacta muito o negócio de vocês?
04:14Muito. Na verdade, o que acontece é o seguinte, ela tem impactado positivamente.
04:19O que a gente percebeu no tempo, Bruno, é que a gente tinha uma oportunidade
04:25de transportar, trazer mais pessoas para o transporte rodoviário de ônibus.
04:31Então, no tempo, a Marco Polo vem se diferenciando, trazendo cada vez mais tecnologia,
04:35conforto e segurança para os seus ônibus.
04:38E quando eu disse que impacta, é que a gente começa a perceber que com o aumento das tarifas
04:43de avião, que estão extremamente elevadas...
04:46As pessoas buscam o ônibus, a rodoviária, é isso?
04:50E quando conhecem o ônibus, se deparam com um produto seguro,
04:55um produto com conectividade, um produto que você pode realmente, por exemplo,
05:01trabalhar em todo o percurso.
05:02A gente vê que a grande maioria hoje da movimentação de passageiros
05:07são em trechos de mais de oito horas.
05:09É ali que você tem a oportunidade ou de ter um leito cama e uma boa noite de sono
05:14ou um momento de trabalho neste período de mobilidade através do ônibus.
05:19Eu fiz essa pergunta justamente porque eu sei que essa subida nos lucros de vocês
05:26nos últimos tempos e também a subida, posso até chamar de disparada nos últimos dois anos,
05:32vamos chamar assim, nas ações de vocês, porque é uma companhia listada em bolsa,
05:37se deve muito pela demanda dos ônibus rodoviários,
05:40que eles são conhecidos como ônibus pesados, são veículos pesados.
05:45Você acha que esse boom, essa demanda dos veículos pesados, dos ônibus rodoviários,
05:53já passou ou ela segue quente?
05:56Seguirá. Ela seguirá.
05:57Aqui é interessante dividir os dois pontos.
06:00O resultado que vem de todo um trabalho de reestruturação que foi feito na empresa.
06:04Então, quando a gente fala que o resultado da empresa melhorou e melhorou muito nos últimos anos,
06:08isso tem muito a ver com todo o trabalho que a gente fez já no período de pandemia.
06:12Então, a empresa olhou para toda a sua estrutura de custos, revisitou a estratégia internacional,
06:17nós fechamos fábricas que não eram rentáveis, nós fizemos...
06:21Onde? Quais lugares?
06:22Saímos de uma parceria no Egito, saímos de uma parceria na Índia,
06:26fechamos uma operação na Argentina, consolidamos duas fábricas que nós tínhamos e uma fábrica.
06:33Então, a gente vem num processo de reestruturação internacional e demos mais foco a essas operações.
06:38A gente realmente aproximou todo o nosso time do Brasil, que é a matriz da empresa, com as operações de fora.
06:44Isso, nós conseguimos um turnaround importante, além de novos produtos, novos investimentos feitos, processos.
06:50Isso trouxe um crescimento de rentabilidade nas internacionais, que é muito bem percebido pelo mercado.
06:56Fora isso, Bruno, foram feitas várias ações internas à empresa.
06:59A empresa vem se desenvolvendo e trazendo mais tecnologia para os seus produtos no decorrer do tempo.
07:05E eu sempre digo que a gente não conseguia traduzir todos os investimentos que a gente fazia para o mercado,
07:13em termos de entrega de valor e posicionamento de preço.
07:15E a gente conseguiu, no pós-pandemia, realmente ajustar essa equação.
07:19Então, hoje a gente tem um mercado mais bem balizado, com uma estrutura de custos mais equacionada,
07:26e uma rentabilidade, sem dúvida, melhor.
07:27Quando a gente olha para o cenário produção e oferta no mercado brasileiro,
07:33a gente vê que também todos os players, não só a Marco Polo, todos eles ajustaram as suas estruturas.
07:38Então, a oferta, que num momento passado, no pré-pandemia, era extremamente alta,
07:43as empresas ajustaram as suas estruturas de oferta de ônibus.
07:47E a demanda, por outro lado, quando eu digo oferta,
07:50hoje todas as empresas reduziram a capacidade produtiva para se adequar à demanda.
07:54E a demanda, como a frota envelheceu no tempo,
07:58hoje a idade média da frota brasileira, ela chegou a ser de 8 anos e ela é de 11 anos.
08:04E quando um ônibus envelhece, o custo de operação dele aumenta.
08:08Então, quando você me pergunta qual a sustentabilidade disso no tempo,
08:13as renovações que vêm acontecendo nos anos,
08:16ainda não foram suficientes para renovar, para diminuir a idade média dos ônibus.
08:21Então, nós temos, independente do setor aéreo, que é um plus,
08:25que nos traz uma possibilidade de trazer novos passageiros para o sistema,
08:29a gente vê ainda uma oportunidade de renovação de frota muito grande nos próximos vários anos.
08:34Quanto representa a produção, fabricação dos ônibus rodoviários?
08:40Os veículos pesados, né? Como eu falei.
08:42Hoje, 40% da nossa receita vem dos ônibus rodoviários.
08:47Em torno de 25% dos ônibus urbanos e 25% dos micro-ônibus.
08:53Dos micro-ônibus.
08:55No Brasil, André, existe um mercado de ônibus elétricos?
09:01Ou está muito tímido ainda?
09:04No Brasil existe uma intenção muito grande pela descarbonização.
09:09O ônibus elétrico vem como a primeira alternativa.
09:11É bem verdade que foram necessárias superar algumas barreiras, a primeira barreira do financiamento.
09:18Num segundo momento, já com financiamento disponível, que é o fator de motivação
09:24para que um operador troque um ônibus a diesel por um ônibus elétrico,
09:28que custa muito mais caro, chega a custar três vezes um ônibus a diesel.
09:31O segundo gargalo que a gente encontrou nesse processo é a infraestrutura de recarga.
09:36A necessidade de instalação de subestações de energia nas garagens dos nossos operadores,
09:43que chegam a ter mais de 50 ônibus nessas garagens.
09:46Porque uma coisa, já existe uma dificuldade grande no país em relação à recarga dos automóveis.
09:52A gente recebe muitos presidentes de montadores aqui no show business
09:56e eu sempre levanto a questão da infraestrutura, né?
10:00De carregadores, mesmo nas cidades, nas grandes cidades, nas pequenas, nas rodovias.
10:05Eu fico imaginando como é que é a recarga de um ônibus elétrico, né?
10:10Demanda muita energia e aí o que a gente observa no tempo é que temos alternativas
10:17para trazer a descarbonização para o sistema.
10:20É aí que a Marco Polo tem apresentado outras soluções.
10:23Então nós lançamos um ônibus elétrico integral da empresa.
10:26A empresa, além de encarroçar chassis elétricos de players europeus ou chineses,
10:31nós também vendemos um ônibus completo da Marco Polo.
10:35100% elétrico.
10:35100% elétrico.
10:36Esse lançamento foi quando?
10:38Esse lançamento foi em 2022.
10:42Tá.
10:422022.
10:43Mais ou menos nesse período a gente colocou ônibus para testar em diversas capitais brasileiras.
10:48Hoje já temos vendas feitas tanto para Porto Alegre como para São Paulo.
10:51A solução integral.
10:52Interessante que isso é o fortalecimento da indústria nacional.
10:57Praticamente a bateria é o único item que vende fora.
11:00Os demais itens são itens brasileiros.
11:02Por exemplo, motor elétrico brasileiro.
11:04Toda a solução do chassi de componentes é brasileira.
11:09Uma bateria dessa dura quanto tempo, mais ou menos?
11:11A previsão hoje é que ela dure oito anos.
11:14Oito anos.
11:14Oito anos.
11:15E a autonomia de um ônibus elétrico de vocês é quanto?
11:19Trezentos, trezentos e cinquenta quilômetros.
11:23Na maioria das cidades a gente vê que o requerimento passa e gira em torno disso.
11:27Duzentos e sessenta, duzentos e oitenta, trezentos e cinquenta quilômetros.
11:30Bom, já que a gente está falando de descarbonização, de veículos elétricos, né?
11:36Nós estamos à beira de sediar, o Brasil sediar a COP30.
11:41André, como é que o Brasil deve se comportar nessa COP30?
11:47Como protagonista.
11:48O Brasil tem uma oportunidade de mostrar ao mundo tudo que ela tem em termos de tecnologia e inovação
11:55voltada no nosso setor, por exemplo, à descarbonização.
11:59Falamos bastante aqui sobre o ônibus elétrico, que nós temos uma solução brasileira para apresentar,
12:03mas na COP30 nós vamos falar sobre, vamos apresentar o nosso ônibus híbrido a etanol.
12:11Então, falamos aqui...
12:12É novidade, então.
12:13Falamos aqui sobre a dificuldade da infraestrutura de recarga.
12:16Esse ônibus híbrido a etanol permite que a gente carregue as baterias do ônibus com o uso de um motor gerador a etanol.
12:25O Brasil, como a gente sabe, um grande produtor de etanol no mundo, pode ser uma solução interessante não só para o nosso mercado,
12:32mas exportável para vários mercados que também são grandes produtores de etanol.
12:37A gente fala que no ciclo completo de um motor híbrido a etanol, ele é carbono neutro.
12:42Por quê?
12:43Porque o gás carbônico, o CO2, que é gerado na propulsão, no momento de emissão de gases do motor a etanol,
12:51ele é absorvido enquanto a cana de açúcar é produzida.
12:58Então, é um produto carbono neutro, uma tecnologia brasileira que vai ser apresentada como uma alternativa à falta de uma infraestrutura adequada de recarga.
13:08O André, e você vai estar lá em Belém, na COP?
13:10Estarei em Belém, nós participaremos de alguns painéis, teremos oportunidade de conversar na Blue Zone, na Green Zone,
13:17também participamos de uma casa de soluções com diversas outras empresas participantes,
13:23para mostrar que a tecnologia brasileira e que as indústrias estão preparadas e têm soluções interessantes,
13:30não só para atender a descarbonização do Brasil, como a exportação.
13:33Bom, como vocês são uma companhia multinacional, repito, fundada em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul,
13:41vocês têm fábricas, operações em vários lugares, vocês foram, de alguma forma, impactados pelo tarifaço de Donald Trump?
13:52Não fomos, Bruno.
13:54Nada, nada?
13:54O Marco Polo tem uma receita muito pequena, proveniente dos Estados Unidos,
13:59de um produto específico que nós produzimos no México e é exportado para os Estados Unidos.
14:04Como esse é um projeto novo, a gente praticamente está iniciando a exportação dessas unidades,
14:09então ela não teve um impacto relevante para nós e os nossos componentes,
14:14como o produto que nós fazemos é extremamente customizado e os volumes são baixos,
14:19comparado com caminhões e automóveis, a gente precisa ter a rede de fornecimento próxima.
14:25Então a grande maioria dos nossos fornecedores estão próximos às nossas fábricas.
14:29Grande parte dos fornecedores que nós compramos componentes no Brasil, por exemplo,
14:34estão no Rio Grande do Sul ou em São Paulo.
14:36Então a gente não tem uma rede nem de fornecimento do mercado americano e nem uma venda relevante ao mercado americano.
14:44O que a gente percebe, Bruno, é só na nossa operação do México,
14:47que claramente as discussões geraram algumas incertezas para os operadores de ônibus,
14:53que frearam um pouco a compra, a substituição, a renovação de frota.
14:57Mas isso é uma freada pontual e a gente não enxerga um impacto grande para nós.
15:03André, como é que é presidir uma companhia que é ao mesmo tempo familiar,
15:09foi fundada por um empreendedor ali de Caxias do Sul,
15:12e ao mesmo tempo com tantos investidores, afinal, uma companhia aberta, de capital aberto, listada em bolsa?
15:20Primeiro, um grande orgulho.
15:22Tem um equilíbrio ali, né?
15:24Você tem muitas demandas ali para responder, de certa forma, né?
15:28Primeiro, um grande orgulho de presidir uma empresa brasileira com um renome tão grande no mundo,
15:36uma presença tão relevante em todos os mercados que a gente atua.
15:39A Marco Polo é uma empresa listada na bolsa, com todos os níveis de governança necessário.
15:44Ela tem todo um grupo de conselheiros independentes.
15:49O filho do fundador, o James Bellini, é hoje o presidente do Conselho de Administração.
15:54Os demais são seis conselheiros independentes.
15:57Temos os comitês que regem toda uma boa governança da empresa.
16:01E tem um lado muito positivo disso, Bruno, que o presidente do Conselho, o James,
16:06ele foi o CEO anterior a mim.
16:09Então, ele conhece muito a empresa, ele conhece muitas pessoas.
16:11Eu sempre digo que são ali mais dois olhos e mais dois ouvidos para trabalharmos juntos,
16:16entendermos juntos as oportunidades que a empresa tem e construirmos um caminho ali juntos.
16:21É uma parceria muito boa, eu respondi a ele nesse período em que ele foi CEO e uma relação muito positiva.
16:29Eu vejo com muito bons olhos a empresa que tem um controlador, que pensa na perenidade, no longo prazo da empresa,
16:35mas com um time de executivos profissionais.
16:38Você, em outra oportunidade, você falou para mim que você, em tempos recentes,
16:45você mudou o mindset da companhia.
16:49E a gente está falando de uma companhia que tem só no Brasil 13.500 profissionais.
16:54No mundo tem quantos?
16:5616.500.
16:57Ou seja, 16.000 profissionais.
17:00Você mudar o mindset, você mudar a cultura corporativa de uma companhia com milhares de profissionais,
17:09não é uma tarefa fácil.
17:10Qual que é esse mindset que você mudou recentemente na empresa?
17:15Esse é um trabalho que a gente vem construindo há tempos.
17:18A gente começa ali na pandemia, onde a gente tem a necessidade de reestruturar toda a empresa.
17:25A gente vinha tendo níveis de rentabilidades bastante baixos.
17:30E a gente tinha uma necessidade de, além de estruturar a parte de custos,
17:34era vender valor de tudo aquilo que a gente fazia.
17:36Eu sempre disse que a Marco Polo, ela sempre investiu nos seus produtos.
17:40Mas esse valor que ela gerava, muitas vezes ela não repassava o mercado.
17:44Tomamos decisões difíceis, Bruno, ainda na gestão do James,
17:48de ter que parar a nossa operação e abrir mão de negócios, de vendas.
17:53Paramos as fábricas para justamente conseguir reposicionar o preço do produto.
17:58Então, claro, a gente fez investimentos em inovação, em novos produtos.
18:02A geração 8 de ônibus foi um sucesso da Marco Polo.
18:04Mais de 5 mil ônibus vendidos, 1.500 ônibus exportados.
18:07E isso lançado na metade lá de 2021.
18:10Então, tiveram ações positivas.
18:12Mas a gente tinha necessidade também de se reposicionar como empresa.
18:15E a troca, essa visão de rentabilidade, e não só de market share,
18:20foi um movimento importante que a gente fez lá atrás.
18:23É interessante que no lançamento da geração 8 de ônibus,
18:26eu sempre comento que as vendas foram feitas, sem dúvida, pelo time comercial.
18:29Mas nós tínhamos ali um grande time de engenharia ajudando a promover e vender o valor do nosso produto.
18:35E esse processo de mudança de mindset continua.
18:39Eu acho que a empresa passou por um momento de entender a necessidade de reposicionamento também de preço.
18:45E agora ela vive um momento de busca de maior competitividade.
18:49A gente vem trabalhando muito a questão de competitividade.
18:51E você tocou um tema legal que é cultura.
18:53Acho que a cultura, para nós, é o grande fator de diferenciação de qualquer empresa.
18:58Uma empresa que está bem posicionada, bem estabilizada.
19:01A gente tem feito um trabalho muito grande de aproximação do nosso time.
19:05De trabalho em equipe, de transparência, de resolver efetivamente os problemas da organização,
19:10de trazer os problemas de forma clara e aberta para cima da mesa.
19:14Nós temos sido bastante simplistas, bastante humildes e pragmáticos na resolução de problemas.
19:20E é isso que faz o crescimento de uma empresa.
19:21Deixa eu chamar a atenção para o currículo do André, porque você é engenheiro.
19:28Engenheiro civil?
19:29Mecatrônico.
19:30Mecatrônico, formado pela Universidade de São Paulo.
19:33Está prestes a completar 11 anos, né?
19:39Eu ia falar 10 anos, mas daqui a 6 dias ele vai completar 11 anos na Marco Polo.
19:46Antes de você virar presidente, você era diretor de uma área ali de estratégia e a parte internacional da companhia, né?
19:56Nesses 11 anos de companhia, você, há pouco como presidente, para você o que foi determinante para a sua ascensão?
20:05Eu acho que a boa conexão com as pessoas, o olhar para pessoas, é claro que resultados conta muito, né?
20:15Acho que a gente veio construindo uma história no mercado internacional positiva.
20:19As exportações, que eu também era responsável pela área de exportações do Brasil, cresceram no período anterior a esse momento de nomeação como CEO.
20:29Mas acho que muito da conexão contínua, de realmente entender pessoas, ajudar a desenvolver pessoas.
20:37Eu falo muito sobre isso, Bruno.
20:39Eu acho que uma das grandes características de um líder é desenvolver pessoas.
20:43Claro, colocar as pessoas certas nas posições adequadas, motivá-las, desafiá-las, mas ao mesmo tempo ajudá-las a se desenvolver.
20:52Eu vejo isso muito no olhar do James Berini, que participou ativamente desse processo.
20:57A preocupação que nós temos com gente.
21:00Isso começa com o pai dele, o fundador Paulo Benini, onde tem uma frase célebre que o mais importante são as pessoas, né?
21:06Isso foi um legado que ele deixou e o filho se preocupa com isso.
21:10E eu entendo muito, muito bem isso, né?
21:12Uma empresa que você tem só no Brasil 13.500 pessoas, ela não tem, não existe como ela funcionar bem e ter sucesso
21:20se você não tiver um time conectado, trabalhando em equipe e realmente com um bem comum.
21:25É claro que na Marco Polo uma grande diferenciação que eu falo, eu falo com orgulho, é o prazer, o orgulho,
21:31o senso de dono e de pertencimento que as pessoas têm pela empresa.
21:34Isso ajuda muito.
21:35De pertencimento?
21:36De pertencimento. Existe um sentimento ali...
21:40Como se cada um fosse um empreendedor também?
21:42Todos com um sentimento de dono.
21:43Exatamente isso.
21:45É assim, a Marco Polo é mais do que uma segunda casa para as pessoas lá dentro.
21:50Isso eu comento com alguns CEOs que passam por aqui, porque quando a gente fala de empreendedorismo, de empreender,
21:56boa parte das pessoas acredita que empreender é montar um negócio, é.
22:01Mas você pode empreender dentro da sua companhia, né?
22:04Eu acho que é isso que você está falando, né?
22:06Nós temos trabalhado muito projetos.
22:08Os grupos trabalhando, grupos multidisciplinares trabalhando por projeto e uma pessoa como líder, responsável pelo projeto.
22:16Eu brinco que muitas vezes tem que ser o projeto da vida dela, para ela se sentir realmente dona do negócio e executar com perfeição.
22:22Mas é sem dúvida, é esse sentimento e o orgulho.
22:25Acho que lá dentro tem uma energia muito positiva, o orgulho que as pessoas têm de fazer parte e ser uma referência como somos,
22:32não só em Brasil, mas em todo esse cenário global, isso realmente gera uma motivação especial em cada um de nós.
22:40André, você é engenheiro, você trabalha há 11 anos numa fabricante extremamente relevante de ônibus.
22:50Eu imagino que você deve saber bem a resposta dessa pergunta.
22:55Como anda a infraestrutura do Brasil?
22:57Temos oportunidades. O que a gente vê é investimentos.
23:01O que a gente percebeu nos últimos tempos, Bruno, principalmente no transporte urbano,
23:07como ele ficou muito prejudicado, na verdade o sistema urbano veio perdendo passageiros desde 2013.
23:14E especialmente na pandemia, os nossos clientes ficaram em situações bastante complexas.
23:20O que a gente percebeu é que a partir daí houve um aumento de investimentos no setor,
23:25entenda-se em produtos e também infraestrutura, vias exclusivas, buscando aumentar a velocidade dos ônibus.
23:32Agora, esse é um ponto-chave, porque as pessoas buscam conveniência,
23:36buscam reduzir esse tempo de movimentação de um ponto a outro.
23:41Então, melhorar e continuar melhorando a infraestrutura é a solução para a mobilidade nas cidades.
23:46Porque você vai, sem dúvida, atrair mais gente para o sistema, o passageiro vai testar e provar e gostar do sistema.
23:54Como a gente percebeu no sistema rodoviário, aqueles que viajavam de ônibus, de avião, entraram nos ônibus e gostaram.
24:01E com o sistema de transporte urbano funcionando bem, não é só a questão de descarbonização, qualidade de vida,
24:08mas é a economia da cidade, a economia da cidade gira melhor.
24:12Então, temos oportunidade de continuar valorizando e favorecendo o transporte público,
24:18que ele por si só já é um meio de descarbonização.
24:21Quando você sai de um automóvel e você vai para um ônibus, mesmo que a diesel, você já tem um ganho na descarbonização.
24:28Então, é uma oportunidade que toda a população vai ganhar em todas as pontas.
24:31A sua companhia, eu gosto de receber aqui no programa, porque a sua companhia é uma espécie de termômetro da economia de um país, né?
24:43Não é totalmente, mas ela pega uma parcela, porque quando a economia vai mal, é muito provável que você também vai mal.
24:53Você sendo esse termômetro, André, como é que anda a economia brasileira, esse ano de 2025?
25:00Bruno, nós temos uma grande parte das nossas vendas são feitas através de financiamento, a maioria das...
25:09Financiamento.
25:10Então, a taxa de juros...
25:11Com 15% ao ano.
25:14A taxa de juros é, sem dúvida, um grande termômetro para esse setor.
25:18Mas é uma barreira, então, para você esse ano?
25:20Sim, o que a gente percebe é que hoje os operadores, os nossos clientes, eles estão renovando o mínimo necessário.
25:27A gente vê o que?
25:29Uma frota envelhecida, que poderia ter um grau de renovação mais acelerado, por isso que eu digo que no tempo tem muito ainda oportunidade de vendas para a nossa empresa,
25:39mas esta renovação não acontece porque as taxas são elevadas.
25:44Os nossos clientes estão pagando taxas de financiamento acima de 20% para comprar um ônibus, que muitas vezes custa mais de 2 milhões de reais.
25:53Além da formação do André em engenharia pela Universidade de São Paulo, você teve uma passagem, como estudante mesmo, em Chicago, né?
26:02Sim.
26:03Tem muita diferença na educação americana com a brasileira?
26:07Tem diferença.
26:08Tem diferença.
26:09Eu sinto que o meu maior sentimento quando eu fiz o MBA de dois anos em Chicago foi que realmente você via, primeiro, um nível de conhecimento técnico profundo.
26:20A Universidade de Chicago é conhecida por ter diversos prêmios Nobel.
26:25Eu estudei com professores que foram prêmio Nobel.
26:28E existe um interesse genuíno que você realmente aprenda.
26:32Então, eu diria que o meu curso no Brasil foi até mais complexo, mais difícil e mais desafiador do que o curso fora.
26:40Mas o curso fora, as ferramentas que são proporcionadas, o nível de conhecimento dos professores, realmente diferencia a educação.
26:48André, como líder de uma das maiores empresas do setor no país, quais suas perspectivas no ambiente de negócios no Brasil nos próximos tempos?
26:59E aí, a gente já está em novembro, você já pode falar, evidentemente, adiantando o ano de 2026.
27:06O que a gente vê, Bruno, é que nós temos que fazer o nosso papel, que é continuar trazendo competitividade para a nossa empresa, desafiando o nosso time, trazendo inovação, estar próximo do nosso cliente, desenvolver a nossa equipe.
27:19A gente olha muito para dentro de casa. O que a gente percebe no cenário 2026, a empresa não dá guidance, tá?
27:26A Marco Polo é uma empresa listada, ela não traz informações de mercado, mas a gente vem acompanhando as informações que a Associação de Fabricantes de Ônibus traz.
27:36E é uma visão de uma pequena queda de demanda para o ano.
27:41Cautela, o que que é? A Associação falou o quê?
27:45A Associação diz que vai haver uma pequena queda na produção de ônibus em 26 versus 25.
27:51Sem dúvida, isso está muito atrelado à taxa de juros.
27:54A gente tem um período agora de eleições no ano de 26.
27:57Então, nós estamos tendo a nossa cautela também em olhar muito para a nossa estrutura de custos,
28:02continuar buscando competitividade da empresa e estar adequada com a estrutura certa para ter uma oferta alinhada com a demanda.
28:08É por isso que vocês foram para a Europa? É um dos motivos?
28:12A Europa, na verdade, está no DNA da empresa continuar um processo de internacionalização.
28:17Se você olha o cenário, o mapa global de atuação da Marco Polo, a gente já é muito forte na América Latina,
28:24a gente vende na África, a gente vende na Austrália, na região da Oceania, com as três fábricas que nós temos,
28:30e nós temos fábrica na China.
28:31Realmente, o mercado que nos faltava como uma empresa global e líder e protagonista que é em mobilidade,
28:37era realmente Europa.
28:39E vem mais mercados por aí?
28:42Nesse momento, a gente enxerga a Europa como uma grande oportunidade,
28:45a gente tem muito trabalho para fazer ali,
28:48e o mercado americano é um mercado interessante,
28:50que a gente hoje atua de duas maneiras,
28:52seja exportação via México,
28:54seja esse investimento nessa empresa canadense que atua nos Estados Unidos.
28:58São dois mercados para serem olhados.
29:00André, eu sei que você anda muito pelo Brasil e pelo mundo,
29:04você que está há 11 anos na companhia, nesse setor aí de ônibus mesmo.
29:10Você acabou de voltar de Bruxelas, né?
29:12Teve uma participação muito interessante lá em Bruxelas.
29:16O que de mais extraordinário, o mais surpreendente você tem visto nesse seu setor aí?
29:23Que você pode nos contar, porque você sabe que aqueles, os salões de mobilidade, né?
29:29Pelo mundo, eles adiantam muitas novidades, né?
29:32O que você pode adiantar para a gente?
29:34Bom, primeiro eu posso adiantar que a nossa presença na Europa foi um sucesso.
29:39Realmente o nosso produto chamou a atenção.
29:41A gente fala muito...
29:42O europeu gosta.
29:44Gostam, além da solução técnica,
29:46que a gente tem muitas soluções voltadas ao operador,
29:48para reduzir custo de manutenção dele,
29:51coeficiente de arrasto para melhoria do consumo de combustível,
29:55o design chamou a atenção naquela feira.
29:58Agora, se eu olhar para o restante, o que a gente vê?
30:00A grande mudança que aconteceu na feira passada foi a eletrificação.
30:05A eletrificação veio muito forte.
30:07O que a gente vê daquela última feira, dois anos atrás para essa,
30:10é que as baterias aumentam a sua autonomia.
30:14Então, o que eu quero dizer com isso?
30:16Os ônibus que rodavam 300, 350 quilômetros de autonomia
30:20passam a ter 600, 650 quilômetros de autonomia.
30:24Então, a tecnologia das baterias evoluiu
30:26e o grande anúncio da feira,
30:28fora a entrada da Marco Polo no mercado americano,
30:31foi o aumento da capacidade das baterias.
30:35Pergunta clássica aqui no Show Business.
30:38Quem são as suas referências no mundo dos negócios e na vida, André?
30:43A grande referência na vida, eu acho que são os meus pais, os dois, né?
30:48São pessoas que batalharam muito a vida, na vida,
30:52sempre valorizaram o crescimento através do conhecimento.
30:56Fora, claro, todos os valores que eles me deram.
30:59Acho que as pessoas se formam primeiro nas suas casas, depois na sociedade.
31:04Então, realmente, os meus pais, acho que foram o grande exemplo para mim.
31:08No ambiente profissional, eu vou te dizer o seguinte,
31:11eu tive na minha carreira quase 30 chefes diretos.
31:1630?
31:16Quase 30 chefes.
31:18Porque eu trabalhei em consultoria e porque quando eu estava, por exemplo,
31:21na Godia, que foi anterior a Marco Polo, eu trabalhei em vários países.
31:25E eu tive muitos chefes.
31:26Na verdade, aprendi com todos eles.
31:29Então, eu diria que, assim, todas essas pessoas me ajudaram a me formar.
31:33Eu sempre digo, aprenda com os negócios, aprenda no trabalho, aprenda com o estudo,
31:38mas aprenda com as pessoas.
31:39Ali você aprende muito.
31:41Muito bem.
31:41Nós conversamos neste bloco do Show Business com André Armaganian,
31:47CEO da Marco Polo, a quem eu agradeço muito.
31:51Eu já gostei.
31:52Eu já queria ter trazido você há muito tempo aqui no Show Business
31:56e fico muito feliz da sua presença aqui no nosso estúdio.
32:00Foi um prazer estar contigo aqui com a tua audiência.
32:03Fico o convite para você nos visitar em Caxias do Sul.
32:05É um prazer.
32:06Em Caxias do Sul, eu estive no ano passado, desci, fiz um trabalho em Garibaldi ali perto
32:12e desci em Caxias do Sul, mas não conhecia a cidade.
32:15Quero conhecer.
32:15Fico o convite.
32:16Em breve.
32:17Obrigado, André.
32:17Prazer.
32:18E olha, o Show Business faz uma breve pausa e volta em instantes.
32:22Ele fundou uma empresa que está no dia a dia de muitos varejistas,
32:35porque em geral, onde a gente passa, seja num corredor de supermercado
32:38ou até num campo de futebol, um telão da marca dele pode estar exibindo
32:45ou uma propaganda, ou um conteúdo pago.
32:48Nós vamos conversar neste bloco do Show Business com Richard Albanese, CEO da The LED.
32:57Richard, obrigado pela presença em nosso estúdio.
33:02Quando foi que você percebeu que os painéis de LED poderiam virar um negócio?
33:07Primeiro, é um prazer estar aqui.
33:09É demais.
33:10Muito obrigado pelo convite.
33:13E, Bruno, quando a gente comecei, né, eu acho que a nossa história,
33:16quando eu comecei esse sonho da The LED, realmente ainda era muito difícil,
33:21porque ninguém falava em painel de LED.
33:22Imagina que nós estamos completando 15 anos neste ano.
33:2515 anos.
33:25Então, 2010.
33:262010.
33:27E aí, você imagina que naquele momento a gente falava o que era painel de LED,
33:31ninguém sabia.
33:32A gente fazia...
33:33Eu tinha que explicar.
33:34A gente tinha que explicar e fazer a relação com os grandes artistas.
33:36que a gente falava, não, aqueles telões dos fundos de palco, dos artistas.
33:40Tanto que a gente começou a história indo para...
33:43Começando a fazer eventos, porque era o mercado que a gente conseguia atender naquele momento.
33:48Mas eu acho que muito buscando a inspiração do que a gente via lá fora.
33:51E eu falava assim, pô, não existe nenhuma marca de painel de LED no Brasil.
33:56E isso daí vai realmente...
33:58Vai revolucionar.
33:59E o LED a gente vai conseguir atender todos os mercados.
34:02E quando eu falava isso, era muito difícil.
34:04Porque as pessoas falavam, de jeito nenhum.
34:06Era o video walk, era aquelas TVs juntas, era a televisão.
34:09Não, nunca que a gente vai poder usar o painel de LED para tudo.
34:13Eu lembro que ele falava assim, imagina eu abrir uma planilha de Excel.
34:15O painel de LED nunca vai dar.
34:17E realmente, naquele momento, não dava.
34:19Mas hoje você vê o quanto é possível e o quanto ele já impacta toda a nossa vida,
34:23no nosso dia a dia.
34:25É só olhar aí em todos os lugares.
34:26Deixa eu trazer para a nossa audiência, exemplificar para a nossa audiência,
34:30para apresentar.
34:31Porque você falou no início da sua resposta,
34:35que as pessoas conseguiam identificar o painel de LED com grandes shows.
34:40Porque você identificava.
34:42Não, tem um show, tem uma dupla sertaneja,
34:44e atrás da dupla, como se tivesse aqui o painel do show business,
34:49tem um painel de LED.
34:50O início de vocês, então, da sua companhia, da sua empresa,
34:53foi com os grandes shows.
34:55Com os grandes shows.
34:56E por acaso, você falou do sertanejo,
34:58o nosso primeiro cliente foi Chitãozinho Chororó.
35:00Chitãozinho Chororó.
35:00E aí, imagina que a gente começou ali no auge,
35:03depois a gente fez o DVD de 40 anos.
35:05Então, assim, foi incrível.
35:06Foi uma jornada que nos possibilitou, inclusive, chegar até aqui.
35:10Porque imagina enfrentar todos os palcos,
35:13e aí não só Chitãozinho Chororó,
35:14depois Cláudia Leite, diversos artistas,
35:16viajando com eles, com todas as turnês.
35:18A gente enfrentava todo tipo de situação
35:21para que a gente tinha que instalar.
35:23Porque o LED é isso.
35:23Imagina você ter que instalar,
35:25tem toda a parte de gerenciamento, equipe, time.
35:28E aí foi o que nos possibilitou chegar aqui.
35:31Hoje conseguir, acho que todas as instalações,
35:33elas passam a não ter a dificuldade
35:35que provavelmente elas teriam
35:37se a gente não tivesse esse dia a dia.
35:38Esse braço de negócios,
35:40vou chamar de braço de negócios,
35:42que é atender os grandes shows de artistas brasileiros,
35:47isso representa hoje quanto para vocês?
35:50Hoje muito pouco.
35:51Pouco?
35:52Muito pouco.
35:52Mas 2011, 2012 era tudo.
35:55Não, 2019 era 80% do nosso negócio.
35:5780%?
35:582019, 80% do nosso negócio.
36:00E hoje mais ou menos é quanto?
36:02Cara, hoje não representa nem 10%.
36:04Então, assim, por quê?
36:05A nossa...
36:06O que a gente sonhava lá atrás?
36:08A gente sonhava que o produto poderia estar
36:10onde você começou falando do varejo.
36:12A gente sonhava que o produto
36:13podia estar em todos os lugares.
36:15Desde o começo, então?
36:17Desde o primeiro momento.
36:18E o nosso primeiro grande cliente
36:19foi a EleMidia em shopping.
36:22E aí a gente entrou, né?
36:23Eu lembro até hoje,
36:24com os painéis para shopping center,
36:26a primeira instalação em shopping do Brasil,
36:28painel aéreo pendurado.
36:30Cara, um super desafio.
36:32Depois foi a Multiplan,
36:33nosso parceiro, amigo até hoje.
36:35Administradora de shoppings, né?
36:36De shoppings.
36:37E aí a gente começou aí muito forte para shopping.
36:39Depois de shopping,
36:40para as empresas de mídia.
36:42Porque imagina, né?
36:43Quando a gente fala hoje dos aeroportos.
36:44Cara, todos os aeroportos vão ser impactado muito
36:47pelos painéis,
36:49por toda a parte de mídia,
36:50out of home.
36:51Então a gente começou aí crescendo,
36:52mas o varejo, ele demorou um pouco.
36:55Até 2019,
36:56quando foi uma virada de chave nossa
36:58para atuar mais fortemente
37:01nesse segmento.
37:03E aí não preciso falar, né?
37:04Aí 2020 veio a pandemia.
37:05Não, veio a pandemia, exatamente.
37:06Então se você tinha 80% do seu negócio em show,
37:10veio a pandemia.
37:102020 e 2021 acabaram os shows do mundo.
37:14Você imagina que em 2020, né?
37:17Eu lembro março, 17 de março de 2020,
37:19para nós, foi um terrível.
37:22Foi um momento que a gente falou,
37:23cara, o que nós vamos fazer?
37:24E aí a gente pegou todo o estoque
37:26que a gente tinha para a área de eventos
37:27e decidimos colocar no varejo.
37:30E colocando em aeroportos,
37:32decidimos pegar esse produto
37:33e mudar o nosso modelo.
37:35E ir para uma locação a longo prazo.
37:37Foi daí que começou,
37:38que a gente falava,
37:39peraí, desde lá de trás de 2020,
37:40que era mudar o modelo
37:42que a gente estava atuando,
37:43que era começar a alugar os LEDs.
37:45E a gente falava,
37:46poxa, o mercado,
37:47ele não quer só o painel.
37:48Foi daí que eu acho que mudou.
37:50A The LED passa de ser
37:51uma empresa de produtos
37:53e vira uma empresa de solução.
37:56Esses LEDs vêm da onde?
37:57Da China.
37:58Da China.
37:58Tudo vem da China.
38:00Pode falar, Pedro.
38:01Agora é ótimo falar que vem da China,
38:03porque todo mundo fala,
38:04nossa, tudo é da China, né?
38:05É.
38:05É lá atrás.
38:07É lá atrás.
38:07Deixa eu até chamar a atenção,
38:09porque a sua trajetória
38:12é de empreendedor
38:13desde muito cedo, né?
38:15O seu lado empreendedor
38:17vem desde adolescência,
38:20quando você passou
38:21a frequentar,
38:23com muita frequência,
38:24né?
38:24A frequentar a China
38:26desde...
38:28Você tinha quantos anos?
38:30Com 13 anos a primeira vez, né?
38:32Com 13 anos.
38:3313.
38:33Aí eu falo naquele momento, né?
38:35Então, minha mãe,
38:36fundadora das lâmpadas
38:37FLC,
38:38uma empresa que se tornou
38:39referência no Brasil,
38:41e aí eu acompanhando ela,
38:42obviamente,
38:43mas em casa ela sempre teve
38:44essa visão de colocar
38:46a gente cedo no negócio,
38:48e hoje eu agradeço demais, né?
38:50Imagina que,
38:51com 13 anos,
38:51consegui ver o que era a China,
38:53e aí você vê hoje,
38:55então, naquele momento, né?
38:57Minha mãe começou em 93, né?
38:59Uma mulher na China
39:00começando a trazer os produtos.
39:02Imagina que naquela época
39:04falar o que era a China,
39:05pô, o quanto de preconceito
39:06que existia,
39:07e aí a gente caminha
39:08ao longo da história
39:09vendo a evolução tecnológica,
39:11vendo os produtos
39:12e a defesa,
39:13acho que hoje,
39:14muito grande, né?
39:15Como é que era a China
39:16nos anos 2000
39:17e nos anos 2010?
39:20Primeiro que era bicicleta
39:21pra todo lugar,
39:22e é real,
39:23e era bicicleta mesmo,
39:25bicicleta e motinho,
39:26aquela coisa maluca, né?
39:28E assim,
39:29não tinha tanta tecnologia,
39:30imagina, né?
39:31Foi um crescente,
39:32eu acho que as fábricas
39:33eram distantes,
39:34a gente tinha uma questão
39:35realmente precária,
39:38eu acho,
39:38de trabalho em várias situações,
39:41e aí a gente foi vendo
39:41a evolução da China.
39:43E aí,
39:44quando chega em 2010,
39:45já era uma China tecnológica,
39:46o LED,
39:47ele começou a revolucionar,
39:48porque 100% praticamente
39:50de tudo que era iluminação,
39:52né,
39:52de LED,
39:53e aí, né,
39:53a relação também
39:54com os nossos produtos,
39:55com o painel de LED,
39:56começou a ter um crescimento
39:57muito grande nas cidades,
39:58e aí eu falo
39:59que pós-pandemia
40:00foi onde que eu tomei
40:02um choque muito grande,
40:03que aí foi, né,
40:04os carros autônomos,
40:05carros elétricos,
40:06e aí você olha a China hoje,
40:08todo mundo que vai pra lá,
40:09eu tenho vários amigos
40:10que vão hoje e falam,
40:11cara,
40:12inacreditável,
40:13que eu falava assim,
40:13cara,
40:14você acha que é Nova York,
40:15vai pra Xangai,
40:16vai ver como que tá?
40:17E aí ele vai vendo realmente,
40:19eu acho,
40:20o quanto tecnológico
40:21é esse mercado, né,
40:23e o quanto que hoje
40:24já estamos todos conscientes.
40:26E qual foi a inspiração
40:28que você pegou
40:29dos chineses mesmo
40:32para o início do seu negócio?
40:34Primeiro que, né,
40:35vindo da base
40:36que era iluminação,
40:37e aí a relação era,
40:38pô, eu conhecia muito
40:39e eu viajava muito
40:40e, né,
40:41nas fábricas, etc,
40:42era qual a relação
40:43do produto iluminação
40:44com o painel de LED,
40:45então,
40:46tudo voltado ao LED.
40:47E aí eu falava,
40:48poxa,
40:48o que que tem,
40:49qual que é o diferencial,
40:50como que a gente vai
40:50conseguir trabalhar,
40:51e aí foi realmente
40:53uma busca,
40:54entendendo que o mercado
40:55era um potencial muito grande,
40:56que é o que a gente
40:57vem vivendo hoje,
40:58demorou,
40:58as pessoas às vezes
40:59acham,
41:00nossa,
41:00olha o tamanho da LED,
41:01olha como chegou lá,
41:02cara,
41:02de verdade,
41:03é muito difícil,
41:05acho que a vida
41:05do empresário,
41:06empreendedor,
41:06eu não sou empresário,
41:07eu brinco,
41:08eu sou empreendedor,
41:08tô ali,
41:09vendedor,
41:09atrás do balcão,
41:11todos os dias,
41:12então é uma dificuldade,
41:13eu falo,
41:14pra chegar até aqui
41:15e muitos desafios,
41:16mas realmente
41:17foi uma inspiração
41:18do que tava vendo lá fora,
41:20vendo,
41:20quando a gente fala,
41:21e é real,
41:21a Times Square,
41:22a gente olhava tudo aquilo
41:23de LED e falava,
41:24pô,
41:24não é possível
41:24que no Brasil
41:25a gente não vai conseguir
41:26ter esse volume,
41:28que a gente não vai pro varejo,
41:29que a gente não vai,
41:29e aí realmente
41:30a gente hoje
41:31tá vivendo essa realidade.
41:32Mas o seu sonho é o quê?
41:34Ter uma Times Square no Brasil?
41:36Com certeza nós vamos ter
41:37Times Square no Brasil.
41:37Vamos ter?
41:38Onde vai ser?
41:39No Brasil,
41:39a primeira vai ser agora
41:40em Curitiba.
41:41Em Curitiba?
41:42Curitiba foi a primeira
41:43Times Square aprovada,
41:45Belo Horizonte já tem
41:46uma Times Square aprovada,
41:47mas ainda não está
41:47em fase de instalação,
41:49e aí existem
41:49várias discussões
41:51para ter uma Times Square
41:53em São Paulo,
41:54e aí não na Paulista,
41:55mas sim no centro de São Paulo
41:56para revitalizar o centro.
41:58Então aí eu acho que,
42:00quem sabe,
42:00eu acho que é possível,
42:03e vamos esperar,
42:05a gente é muito confiante,
42:06eu acho que pode existir,
42:07não uma,
42:07o tamanho do Brasil,
42:09realmente algumas,
42:10alguns projetos icônicos,
42:12porque as marcas
42:13cada vez mais,
42:13elas querem se relacionar
42:15com o seu consumidor,
42:17mas elas querem
42:17trazer experiência,
42:19e a gente conseguir
42:19unir o painel,
42:21que é esses grandes formatos,
42:23e aí unindo com o evento,
42:25trazendo tecnologia,
42:26eu acho que é realmente
42:28o que a população espera
42:29em todas as cidades.
42:30Você falou muito
42:31sobre os desafios
42:33aí de empreender,
42:35e você empreende
42:36há muito tempo,
42:36primeiro que você é muito jovem,
42:38quantos anos você tem?
42:3943.
42:4043 anos,
42:41então desde os 13 anos
42:43você tinha...
42:43Já trabalhava, né?
42:45Você já trabalhava,
42:46aos 13 anos, né?
42:47É, aos 13 anos.
42:48Você já trabalhava
42:48com a sua mãe?
42:49Com a minha mãe.
42:50Viajava com ela?
42:51Isso aí.
42:52E você falou
42:55sobre esse primeiro negócio,
42:57essa primeira companhia,
42:58e os desafios, né?
42:59Você não gosta
42:59da palavra empresário.
43:02É, acho que...
43:03Não gosta mesmo
43:04da palavra empresário?
43:04De verdade, eu acho que eu sou...
43:05É duro essa palavra?
43:07Cara, eu acho que o empresário,
43:08ele já veio mais formado
43:10para ser o empresário,
43:11talvez ele já teve,
43:12acho que,
43:12uma jornada
43:13para ele chegar até lá.
43:14Eu acho que o empreendedor,
43:16eu vou virando,
43:17eu vou para a direita,
43:18eu vou para a esquerda.
43:18Eu acho que o empreendedor,
43:19ele tem essa característica,
43:21eu falo muito de mim, né?
43:22Acho que a minha característica
43:23é muito essa,
43:24a mão na massa,
43:25de realmente estar ali
43:27no negócio.
43:28Então, realmente,
43:29junto com os nossos clientes,
43:31junto com os nossos parceiros,
43:32eu acho que isso faz
43:33toda a diferença.
43:34E, às vezes,
43:34quando a gente compara, né,
43:36com os grandes empresários,
43:37os grandes empresários,
43:38eles estão no...
43:39Eu acho que ali no macro,
43:41vendo todo um negócio,
43:43muitas vezes,
43:44não tão próximo,
43:45porque não tem nem como, né,
43:46pelo tamanho das companhias.
43:48Mas, Richard,
43:49qual que é a maior adversidade
43:50de se empreender no Brasil hoje?
43:53Primeiro que,
43:54só falando que o produto
43:55vem da China,
43:56já é um desafio, né?
43:57Então, imagina que você tem
43:58um desafio do câmbio,
44:00você tem um desafio
44:01do transit time,
44:02você tem um desafio
44:03da importação,
44:04você tem um desafio
44:06do chinês,
44:06está do outro lado do mundo.
44:08Então, acho que esse é um desafio
44:09do nosso negócio.
44:10Mas a gente foi buscando,
44:11ao longo do tempo,
44:13entendendo e conhecendo muito,
44:15acho que a nossa base
44:16nos proporcionou
44:17realmente ter,
44:18desenvolver produtos
44:20e entender, né,
44:21essa distância Brasil e China
44:22e tornar ela cada vez
44:23mais próxima.
44:24Então, isso daí é um grande,
44:26acho que é uma grande vantagem
44:27para a gente
44:27por tudo que eu vivi
44:29ao longo da história.
44:30Mas esse é um desafio,
44:31eu acho que,
44:33realmente,
44:33mostrar para as pessoas,
44:35acho que o potencial
44:36do nosso produto,
44:38que ele não é um custo,
44:39ele é uma receita.
44:40Eu acho que hoje
44:41a gente está conseguindo isso,
44:43porque muitas vezes
44:43a gente falava assim,
44:44poxa, o painel de LED,
44:45ele, pô, mas eu vou pôr,
44:46quanto custa?
44:47Pô, é caro.
44:48E aí, hoje, as pessoas,
44:49elas estão entendendo
44:49que o custo é 100% viável,
44:52segundo o nosso modelo
44:53de locação a longo prazo,
44:54onde que as pessoas
44:56vão pagando ali mensalmente
44:57e com isso,
44:58eles podem ter uma receita extra
45:00dentro do ponto de venda dele.
45:01Quando a gente fala,
45:02hoje, muito de varejo.
45:03Esse é o modelo de negócio, né?
45:04Esse é o principal modelo,
45:05hoje,
45:06que a gente mais defende, né?
45:07E aí, a questão é
45:10como que a gente consegue
45:11comunicar isso, né?
45:12De uma maneira clara
45:13para o empresário, né?
45:15Então, muitas vezes, ali,
45:16o dono do varejo,
45:17ele pensa assim,
45:18poxa, vamos pensar
45:19uma rede de supermercado.
45:20Ele fala, poxa,
45:21mas eu vou botar,
45:22vou transformar
45:22minha loja em digital.
45:24Poxa, como assim?
45:25Quanto vai me custar?
45:26E aí, você vai falar para ele,
45:27cara, não vai te custar.
45:28Você vai ter resultado.
45:29Você vai trazer
45:30novas receitas com isso.
45:31Então, hoje,
45:32a gente está conseguindo mostrar isso.
45:33Ele ganha através
45:34dos anúncios
45:36que estão ali na capital.
45:37da publicidade
45:38que ele consegue fazer
45:38com as telas.
45:39Ele ganha quanto,
45:40mais ou menos?
45:40Você pode divulgar?
45:42Assim, isso aí,
45:43a gente não tem exatamente
45:45todos os números,
45:46mas pensa que a gente...
45:47Mais ou menos.
45:47Cara, no mínimo,
45:48cinco vezes do que seria
45:50um valor dele de locação.
45:51Então, assim,
45:51ele consegue ter uma receita.
45:53E o que é impressionante
45:55é o quanto para as marcas,
45:58hoje,
45:58quando a gente fala
45:59de retail media
45:59e in-store,
46:00quando a marca decide
46:02investir no ponto de venda,
46:04o resultado que ela tem.
46:05A gente tinha resultados,
46:06mais de 30% de crescimento.
46:10E aí,
46:10a gente começou
46:11ao longo da história
46:11e a gente vai vendo
46:12dentro do sell-out.
46:13Então, imagina uma marca
46:14que está fazendo
46:14uma ativação
46:15dentro do ponto de venda
46:16de uma rede de supermercado
46:18e ela, hoje,
46:19tem mais de 100%
46:20de vendas
46:21daquele produto anunciado.
46:23Cara, isso é...
46:24Imagina você dobrar
46:25as tuas vendas
46:26porque você está
46:28trazendo uma promoção,
46:30trazendo um produto.
46:31E nós somos assim.
46:32Se você pensar,
46:33nós somos visuais.
46:34O brasileiro,
46:35a gente tem muito
46:35essa característica
46:36de estar lá,
46:37vamos voltar
46:38àquelas ilhas.
46:39Antigamente,
46:39a gente tinha as ilhas
46:40de produto promoção.
46:41A gente já via lá
46:43todo mundo comprando promoção.
46:44A gente, às vezes,
46:45nem olhava e, pô,
46:46estava levando o produto.
46:47Mas, efetivamente,
46:48quando a gente fala
46:49da comunicação certa,
46:51no momento certo
46:52de decisão,
46:54que é o nosso momento
46:55de decisão no ponto de venda,
46:56ele é muito efetivo
46:57e ele é provado
46:58todos os resultados.
46:59Olha só,
47:00vocês têm um plano
47:01de investimentos
47:03de 200 milhões de reais
47:05até 2028.
47:09E vocês têm uma meta usada aí.
47:11Qual que é a meta?
47:13É dobrar a operação
47:14até esse ano.
47:16Qual que é a estratégia
47:18para alcançar isso?
47:19Uma das estratégias,
47:20e a gente estava falando agora
47:21de ponto de venda,
47:23e aí foi,
47:24o primeiro deles,
47:25foi adquirir uma empresa
47:26que se chama Retail Media,
47:27trazer essa empresa
47:28para o nosso grupo.
47:29Isso foi em julho, né?
47:30Foi agora,
47:31acabamos de fazer.
47:33Isso, vocês compraram
47:34a Retail, né?
47:35Compramos 100% da operação,
47:37porque,
47:38imagina que a gente fala
47:39de remunerar
47:40e rentabilizar
47:41o ponto de venda.
47:42Só que como que a gente
47:43conseguiria fazer isso
47:44como Deled,
47:44sendo que a Deled
47:45é uma empresa de soluções?
47:47E a gente, pô,
47:48tinha os ativos
47:49junto com os nossos parceiros,
47:51mas a gente precisava
47:51ter os ativos
47:52para que a gente pudesse
47:53comercializar.
47:54E a Retail Media,
47:55ela entra junto,
47:56o formato da Retail Media
47:58gera, ela investe
47:59no ponto de venda,
48:00coloca o produto sem custo
48:01na maioria das vezes,
48:03e ela fica com X%
48:04do que ela traz
48:05de resultado.
48:06Então, imagina
48:07que é um negócio
48:08assim, incrível
48:08para o varejista.
48:09E aí, a gente mudou
48:10a nossa concepção,
48:12trazendo a Retail Media
48:14para dentro
48:14do nosso ecossistema,
48:16e aí, agora,
48:16a gente vem aí
48:17montando e formando
48:18um time comercial
48:19muito grande,
48:20uma comunicação
48:21para as agências.
48:23Então, a gente está
48:24realmente aí
48:24numa reestruturação
48:25total da The LED,
48:27junto com isso,
48:28a parte de tecnologia,
48:30que é algo
48:30que a gente investe muito.
48:31Quando a gente fala,
48:32a gente tem hoje
48:33a Inve,
48:33que é uma empresa
48:34com uma plataforma
48:35de mais de 12 sistemas
48:36proprietários,
48:37e aí a gente vem
48:38trazendo hoje
48:39muito dados,
48:42porque a gente
48:42vende isso,
48:43cada vez mais
48:44os clientes,
48:45acho que os nossos parceiros,
48:46eles querem dados,
48:47eles querem métricas,
48:48e a gente vem trabalhando
48:49muito hoje
48:50em inteligência.
48:51Então, quando a gente
48:52vende e fala
48:53da The LED,
48:54hoje é esse ecossistema
48:55realmente para levar
48:57a solução completa.
48:58Você está falando
48:58de dado,
48:59eu quero trazer um dado
49:00para a nossa audiência,
49:01porque no Brasil,
49:02menos de 10%
49:03das compras
49:04de supermercado
49:05são feitas online.
49:08Menos de 10%,
49:09bem diferente
49:10de outros países
49:11como os Estados Unidos,
49:12e acredito que a China,
49:13você pode até comentar.
49:15Ou seja,
49:15o consumidor
49:17ainda está
49:18fisicamente
49:19dentro da loja.
49:21você não acha
49:22que isso vai mudar
49:23ao longo
49:25dos próximos tempos?
49:27Esses números
49:27não vão aí,
49:28a compra online
49:29cada vez mais
49:31não vai aumentar?
49:32Olha,
49:32eu acredito
49:33que existe vários,
49:33né?
49:34Ela está,
49:35se a gente pegar
49:35varejo,
49:36varejo de moda,
49:38o número é bem maior
49:40do que esse
49:40que eu acabei de dar,
49:41mas a gente está falando
49:42do supermercado.
49:43Sim.
49:44Primeiro que
49:45existem algumas defesas
49:46muito grandes
49:47que a gente,
49:47primeiro que a gente gosta
49:48acho de ir ao supermercado.
49:50Minha esposa,
49:51por exemplo,
49:51ela compra online.
49:52Ela vai lá
49:52e vai no aplicativo
49:53e compra.
49:54E ela compra
49:55o que ela precisa.
49:56Eu falo que a lista
49:57de compra no online
49:58ela é a lista necessária
50:00na tua necessidade.
50:02E quando a gente
50:03vai no supermercado,
50:03além,
50:04outro dado,
50:05que a gente consome
50:06três vezes mais
50:08do que,
50:09isso é comprovado
50:09do que a gente consome online,
50:11porque a gente entra
50:11no supermercado,
50:12a gente entra para comprar
50:13um produto e a gente
50:13acaba comprando
50:14vários outros produtos.
50:15Mas,
50:16quando a gente analisa
50:17hoje o mercado
50:18de vendas,
50:20tanto do supermercado
50:21como de farmácia,
50:22eu acho que ele ainda
50:23é muito físico.
50:25O quanto isso vai mudar,
50:27mesmo que ele aumente,
50:28mesmo que ele dobre
50:29de tamanho
50:29nos próximos anos,
50:31ainda assim
50:32o mercado
50:33realmente vai continuar
50:34sendo físico.
50:36E a nossa decisão
50:37de compra
50:37ela está ali
50:39no ponto de venda.
50:40Então,
50:40a nossa defesa
50:41ainda é muito grande
50:42para o ponto de venda.
50:43E mesmo que ele mude,
50:44quem está no ponto de venda
50:45e quando a gente vai
50:46ao ponto de venda,
50:47independente se é o supermercado
50:48ou não,
50:49nós cada vez mais
50:50queremos ter
50:51mais experiência.
50:53E essa palavrinha
50:53todo mundo fala
50:54experiência,
50:55experiência,
50:55mas imagina que...
50:56Eu escuto muito realmente
50:57a experiência,
50:58a experiência do cliente,
51:00do cliente.
51:00Exatamente.
51:01Todo mundo fala
51:01experiência,
51:02experiência.
51:03Mas efetivamente,
51:04eu dou alguns exemplos,
51:05se você tem um ponto de venda,
51:07uma loja,
51:08o que quer que seja,
51:09que seja atrativa
51:10para o seu cliente,
51:11que você consiga
51:11comunicar o que o seu cliente
51:13está esperando,
51:14e assim,
51:16imagina que hoje
51:16nós somos muito digitais,
51:18está na palma da nossa mão.
51:19E a gente conseguir trazer isso
51:20para o ponto de venda,
51:21eu acho que é incrível
51:22e a gente vai sendo lembrado
51:24por esta marca.
51:27Deixa eu trazer
51:28uma nova informação
51:29para a nossa audiência.
51:30A gente falou
51:30ao longo dessa conversa
51:32sobre a sua experiência
51:34na China,
51:35sobre o seu início
51:38de trabalho,
51:39você começou a trabalhar
51:39aos 13 anos de idade
51:41e ao lado da sua mãe.
51:44E aí que eu quero trazer
51:46para a nossa audiência,
51:47porque a mãe do Richard
51:49é a Alcione Albanese,
51:52que ia há muitos e muitos
51:54e muitos anos atrás
51:56na China e trouxe,
51:57acho que foi a primeira mulher,
51:59a primeira brasileira
52:01a trazer as lâmpadas
52:02de LED para o Brasil.
52:05Ela que abriu
52:06esse mercado no país.
52:09E ela vendeu a companhia
52:10muitos anos atrás
52:11e abriu a Amigos do Bem,
52:15hoje uma das maiores
52:16ONGs da América Latina.
52:19Qual que é a maior lição
52:21que a sua mãe
52:23deixa para você?
52:25Cara, primeiro que é
52:26uma honra e um orgulho.
52:28Imagina ser filho da Alcione.
52:29Quando eu falo isso,
52:31é impressionante,
52:32porque quem conhece ela
52:33sabe o poder
52:34que ela tem de realizar.
52:36Eu acho que minha mãe,
52:37eu me inspiro muito
52:38e isso daí é sempre nítido.
52:40quando eu falei para você
52:42de querer fazer uma marca,
52:44é porque talvez,
52:45no meu inconsciente,
52:46estava ali eu vendo minha mãe
52:47conseguir fazer uma marca
52:48de lâmpada
52:49na frente das multinacionais,
52:51sendo a primeira
52:52a trazer a lâmpada eletrônica
52:54para o Brasil
52:54e criando tudo isso.
52:56Então, eu tenho na minha mãe
52:57a minha maior inspiração,
52:58sem dúvida nenhuma,
52:59de realização.
53:00Eu acho que o que ela trouxe
53:02para mim,
53:03eu levo muito,
53:04acho que é essa questão
53:05de trabalho.
53:06Então, assumiu, faça.
53:08a coisa do trabalho intenso
53:11de a gente coloca realmente
53:13ali, se comprometeu,
53:14vamos fazer o nosso melhor.
53:15Então, tudo que ela faz,
53:18ela sempre,
53:19e até hoje,
53:19eu brigo com ela às vezes,
53:20eu falo assim,
53:20mãe, pelo amor de Deus,
53:21não vai no detalhe,
53:22ela sempre quer o melhor,
53:24independente do que esteja fazendo.
53:26E aí eu tento, né?
53:27Claro, em outras proporções,
53:29mas me inspiro muito
53:30para realmente tentar fazer
53:32o meu melhor
53:33naquilo que eu me proponho
53:34em todos os dias.
53:36posso fazer uma pergunta
53:38polêmica?
53:39Pô, por favor.
53:40Essa vai ser polêmica, viu?
53:42A grande inovação
53:43está vindo
53:44da China
53:46ou dos Estados Unidos?
53:48Olha,
53:49para o nosso segmento,
53:51e aí vou trazer para a gente,
53:53né,
53:53o que eu acho
53:54que vem vindo,
53:55a China,
53:56ela não quer dizer
53:57que ela cria,
53:59e eu vejo isso
54:00ao longo da história.
54:01Então, a China,
54:02ela é muito boa para,
54:04ela pega algo
54:05que está sendo desenvolvido
54:07e ela dá uma melhorada
54:08e ela coloca isso em escala.
54:10Então,
54:10no nosso produto,
54:12sem dúvida nenhuma,
54:13a tecnologia vem da China.
54:14Então,
54:14não vem dos Estados Unidos.
54:16Quando a gente fala
54:16de sistemas,
54:18aí a gente tem
54:19muita relação ainda
54:20com, né,
54:22com a relação
54:22com os Estados Unidos.
54:24Mas eu acredito
54:25que de tudo
54:26que a gente vem vivendo
54:26com a China
54:27100% tecnológica agora,
54:30sem dúvida nenhuma,
54:31para o nosso segmento,
54:32ela vem...
54:33E aí, você falando,
54:33por exemplo,
54:34de retail media,
54:34que você estava dando
54:35um exemplo até
54:35das redes de supermercado,
54:37de consumo.
54:38E aí, você vê, né,
54:39o que a China é hoje.
54:40Você pega o consumo
54:41da China hoje digital,
54:43é um ensinamento
54:45para o mundo, né,
54:46o que eles fazem hoje.
54:47Porque a maior parte
54:47compra...
54:49Tudo digital, né?
54:49Então, eles têm muito,
54:50eles têm muito essa coisa.
54:51As lives, né,
54:52que aí você pensa, né,
54:53todas as lives...
54:54As lives?
54:55É algo absurdo, né?
54:56Você olha lá...
54:56Impressionante.
54:5820 celulares
54:59ao mesmo tempo ali,
55:01fazendo...
55:01Então, assim...
55:01O quanto eles compram
55:02através da rede social, né,
55:04influenciadores...
55:05E no ponto de venda.
55:06E no ponto de venda também.
55:07Isso que é muito legal,
55:07porque eles vão na loja,
55:09pensa isso,
55:10ele está dentro da loja,
55:11dentro do varejo,
55:12e ele coloca lá
55:12vários celulares,
55:14filmando e gravando,
55:15e ele fazendo ali
55:15o shopping online ali,
55:18o tempo todo.
55:18Cara, você olha aquilo,
55:19você fala,
55:19não é possível,
55:20no meio da loja.
55:20Então, assim...
55:21Você tem ido muito para lá?
55:23A gente diminui bastante, né?
55:24Agora eu vou duas vezes por ano,
55:26de duas...
55:27Bastante,
55:28duas vezes por ano,
55:29não é perto também, né?
55:29Mas lá,
55:29mas já tinha vezes
55:30que eu acabei indo mais,
55:31no começo da The Led
55:32eu ia mais,
55:33mas são duas vezes por ano,
55:34o normal é duas vezes por ano,
55:36e aí estamos para bater aí,
55:38a gente vai fazendo a conta
55:3948 vezes,
55:40não sei o quantas vezes,
55:41mas é bastante,
55:43bastante vezes presentes,
55:45e a gente tem que estar lá.
55:46Então,
55:46quando a gente pensa,
55:47acho que em tecnologia,
55:48no nosso produto,
55:49não tem como, né?
55:51Então,
55:51a gente tem uma base nossa na China,
55:53então acho que a gente já tem
55:54uma estrutura para tudo isso,
55:55óbvio,
55:56para todo o nosso crescimento,
55:57mas eu amo a China também,
55:59viu?
55:59Eu vou te falar,
55:59as pessoas,
56:00a gente não gosta da comida e tal,
56:01para mim é algo assim,
56:02eu sinto saudade.
56:03Se você ama,
56:05eu prevê neste bloco do showbiz
56:06que você ama a China,
56:09isso ficou nítido para a gente.
56:11Deixa eu ir para os primórdios,
56:12para a origem do seu negócio,
56:15qual foi o melhor artista
56:16que você trabalhou na época
56:18dos grandes shows,
56:19que você ainda trabalha
56:20com grandes shows também, né?
56:22Pô, aí é sacanagem.
56:24Vou te deixar em maus lençóis aí
56:26com algumas duplas
56:28ou cantores ou cantores.
56:29Vamos falar que,
56:31de verdade,
56:32eu acho que quem começou
56:33e abriu as portas para a gente
56:34foi o Chitãozinho Chororó,
56:36inclusive eu falei com eles
56:37esses dias, né?
56:38Muito próximos,
56:40e assim, cara,
56:41a gente tem uma amizade muito grande
56:42e um carinho enorme,
56:44então acho que
56:45Chitãozinho Chororó,
56:46se você já se falar a dois,
56:47Chitãozinho Chororó e Cláudia Leite,
56:48a gente teve grandes desafios
56:50com a Cláudia Leite,
56:52do DVD dela,
56:53que foi gigantesco,
56:53então a gente viveu
56:54uma história realmente,
56:55assim, muito legal
56:56e aí, claro,
56:58diversos outros,
56:58mas acho que eles,
56:59os dois foram os principais.
57:01Pergunta clássica
57:02aqui no Show Business,
57:03quem são as suas referências
57:05no mundo dos negócios?
57:06Eu pergunto também,
57:07muitas vezes,
57:08referência no mundo,
57:10na vida,
57:12e eu acho que você já falou,
57:13que eu imagino
57:15que a grande referência sua
57:17na vida é a sua mãe,
57:18Alcione.
57:19Sem dúvida,
57:19sem dúvida.
57:20Assim, de vida,
57:22pô, eu tenho minha avó
57:23como muita referência,
57:25e eu falo assim,
57:25cara, minha avó tem 98 anos,
57:29ela é demais.
57:3098?
57:31Super ativa,
57:32e assim,
57:33eu acho que ela
57:33é uma pessoa, assim,
57:35que eu admiro demais, né,
57:37imagina,
57:38fez tudo isso.
57:39Você já descobriu,
57:39já perguntou pra ela
57:40o segredo
57:41pra chegar aos 98,
57:42e ela se cuida demais,
57:44sempre se cuidou
57:45a vida inteira,
57:45então é impressionante.
57:47E profissionalmente,
57:48não teria como eu falar diferente,
57:50aí eu acho que,
57:51sem dúvida nenhuma,
57:52minha mãe foi quem
57:53que eu me inspiro demais.
57:55Óbvio que eu me inspiro nela
57:56pra tudo,
57:56mas eu profissionalmente
57:58eu tenho a inspiração total nela,
57:59e aí óbvio, né,
58:00quando eu vou pro lado social,
58:01quando eu vou pra tudo
58:02que ela faz,
58:02assim, como pessoa,
58:03ela é a minha maior inspiração,
58:05mas a minha avó,
58:06ela tem algo, assim,
58:07que é muito especial também,
58:09então acho que a família
58:10ali é completa.
58:12Muito bem,
58:13nós conversamos
58:13neste bloco
58:14do Show Business
58:15com Richard Albanese
58:18da Delete.
58:19Obrigado pela presença
58:20aqui em nosso estúdio.
58:21Eu que agradeço,
58:22é um prazer estar aqui,
58:23conte comigo sempre,
58:25e vamos de infinitas possibilidades.
58:27Vamos, vamos, vamos,
58:28vamos sempre.
58:29Muito obrigado
58:30pela sua audiência,
58:31pela sua companhia,
58:33o Show Business
58:33vai ficando por aqui.
58:34Até semana que vem.
58:36Tchau.
58:36A opinião dos nossos comentaristas
58:50não reflete necessariamente
58:52a opinião do Grupo Jovem Pan
58:54de Comunicação.
58:59Realização Jovem Pan
59:01do Grupo Jovem Pan
59:03do Grupo Jovem Pan
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado