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O CEO Marco Bologna, da Galapagos Capital, analisa o cenário atual de juros altos no Brasil, os impactos das tarifas dos Estados Unidos e aponta os setores com maior potencial de crescimento para os próximos anos. Bruno Meyer conversa também com o CEO da Nio, Márcio Fabbris, que revela como criou do zero uma das maiores operadoras de internet do país, já com 4 milhões de clientes, e explica como a inteligência artificial tem transformado o atendimento no setor.

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Transcrição
00:00Olá, boa noite, está no ar o Show Business, o mais tradicional talk show de negócios da TV brasileira.
00:07E no programa de hoje vamos receber Marco Bolonha, sócio fundador e CEO da Galápagos Capital,
00:15fundada em 2019 com 30 bilhões de reais sob gestão.
00:21Vamos receber também Márcio Fabri, CEO da Niu, uma nova empresa de tecnologia
00:26que fornece soluções de internet fibra com uma base de cerca de 4 milhões de clientes.
00:34Eu sou Bruno Meier e seja muito bem-vindo ao Show Business que começa em instantes.
00:40Ele é formado em engenharia pela Universidade de São Paulo, passou pelos mais variados bancos estrangeiros
01:01e é sócio fundador da Galápagos, uma gestora com mais de 50 mil investidores.
01:10Nós vamos conversar neste bloco do Show Business com Marco Bolonha, CEO e sócio da Galápagos Capital.
01:20Obrigado, Bolonha, pela presença aqui em nosso estúdio.
01:23Hoje eu já vou direto, você lidando, você é um engenheiro, mas lida com o mercado financeiro há muitos anos.
01:32Juros a 15% ao ano e no meio de um Brasil sendo taxado em 50% pelos Estados Unidos, qual que é o melhor investimento hoje?
01:44Bom, primeiro, boa noite. Obrigado pelo convite estar aqui com vocês.
01:47Eu diria que o Brasil tem uma taxa de juros, como você colocou logo no início, são 15%.
01:53Se você olhar a inflação, olhar da ela para frente, estamos falando, vai de 4,5%, 5%.
01:59Então, acho que o investimento mais óbvio hoje é a renda fixa, dado o juro real que a gente está praticando na economia.
02:08Nós estamos fadados a ser o país da renda fixa, Bolonha?
02:13O Brasil tem um problema estrutural histórico, é difícil a gente ver uma taxa de juros, quando você olha as previsões das curvas,
02:21haver algo abaixo de 10%.
02:23Então, a gente acha que está meio amarrado a ser um país de dois dígitos.
02:28A gente teve poucos momentos de um dígito, dura pouco.
02:31E aí, obviamente, que isso vem de um problema estrutural da área fiscal, que acaba pressionando os gastos,
02:38acaba pressionando a inflação, que leva a ter que ter uma política monetária ativa.
02:43Então, acho que a gente está praticando uma estrutura que requer uma política monetária ativa.
02:50Pela análise de vocês, a queda de juros no Brasil começa quando?
02:57Nós entendemos, pelos dados que têm saído mais recente, até o próprio IPCA, o último dado que a gente teve,
03:05já mostra que os efeitos da política monetária começaram a sentir efeitos.
03:11São efeitos em termos de redução de atividade, na margem.
03:15Então, o nosso call é de que a taxa de juros deverá iniciar sua queda no final deste ano ainda.
03:21Isso em dezembro?
03:22Dezembro.
03:22Dezembro, é isso.
03:24Eu diria no último copom.
03:26No último copom.
03:27E deve ser o quanto?
03:28A aposta aí de vocês, 0,25?
03:30Do que a gente olha hoje é meio.
03:32Meio por cento.
03:33É que merece meio.
03:34Então, vai para 14.
03:35É porque, como eu falei, o juro real é muito alto.
03:38Então, acho que 25 ou meio não vai fazer a diferença, mas na ponta o meio ajuda.
03:43Agora, deixa eu trazer um tema que movimenta o setor financeiro.
03:47Não só o setor financeiro, mas, sobretudo, o setor financeiro nas últimas semanas.
03:52O tarifácio de Donald Trump.
03:55Você acredita que o Brasil vai ser afetado?
03:59Quanto?
04:00Ou não vai ser afetado?
04:02Mesmo com a imposição ali dos 50% em vários setores?
04:08Perfeito.
04:08Então, vamos lembrar primeiro que nós estamos falando de 40, né?
04:11Porque 10% foi o que foi...
04:13Exatamente.
04:14No começo, exatamente.
04:15No começo era 10%.
04:15Na totalidade ali...
04:17Que estava na conta, né?
04:18Porque eu acho que tinha um desequilíbrio tarifário entre os Estados Unidos e outros
04:22países.
04:22Havia já um clima de que isso iria acontecer.
04:25O que foi surpreendente foi o adicional de 40% em função não de um critério econômico,
04:32mas muito mais uma discussão política do que econômica, né?
04:35Porque o Brasil não tem superávit na balança.
04:40Aproveitando, já pegando esse gancho, o que você acha que foi determinante para essa
04:43decisão de Donald Trump?
04:45Eu acho que é uma discussão geopolítica.
04:47É geopolítica.
04:48Geopolítica.
04:48Na minha opinião, em função da discussão de BRIC, todo esse tema que a gente vem
04:53vendo pela indiscussão, né?
04:56Então, isso provocou esse adicional tarifário de 40%, que inicialmente todo mundo imaginava
05:02que era cross the board, né?
05:03Que seriam todas as exportações brasileiras.
05:05Aí saiu aquela lista de exceções, começou a tirar vários itens de pauta, que reduziu
05:11o escopo para perto de 32%, 35% do que é exportado para os Estados Unidos e que foi
05:18afetado pela tarifa.
05:19Então, quando você faz essa conta toda, eu acho que o impacto, se falar, o impacto
05:23de PIB, né?
05:23Porque a exportação brasileira, o 12,5% é exportado nos Estados Unidos da pauta de
05:28exportação brasileira.
05:29Então, se você fizer essa conta e chegar naquilo que foi afetado, eu acho que 0,5%
05:33no PIB é um bom número.
05:340,5%.
05:350,5%.
05:36Óbvio que isso é um pouco conta do contente, porque isso no geral, né?
05:41Mas quando você vai a alguns setores específicos que estão afetados, que contribuem para esse
05:46meio, aí o efeito é muito forte, né?
05:48É muito forte.
05:49Exportadores, pequenas, médias empresas que dependem de exportação...
05:52É, o que a gente tem escutado aqui no show business mesmo é que vai afetar muito pequeno
05:57produtor.
05:58Com certeza.
05:59Que é quem exporta maciçamente para os Estados Unidos.
06:02Tem algumas indústrias que, basicamente, produzem únicamente para ir para lá.
06:06Então, quando você fala, bom, coloca no preço, a demanda vai cair lá.
06:11Ele pode até tentar passar no preço, mas a demanda vai cair.
06:14E, muitas vezes, o preço que ele coloca lá abre espaço para outros países que não
06:19têm a tarifa ter preços mais competitivos para o mesmo tipo de produto.
06:23Agora, tirando o tarifaço que impacta, né?
06:26Impacta, de certa forma, lógico, mesmo com uma queda aí de 0,5%, 0,2% no PIB brasileiro,
06:36tirando o tarifaço de Donald Trump, como anda a economia brasileira?
06:40É, a economia, como você disse, ao início, 15% de taxa de juros, mas ela vem resiliente,
06:45vem crescendo, o Brasil vem crescendo, ao redor de 2%, que a gente olha um pouco, fazendo
06:51a média para frente, e com baixíssimo desemprego.
06:54Acho que esse é o cenário que mostra bastante a resistência de ter que ter uma política
06:59monetária ativa.
07:00A gente tem um cenário ainda de atividade econômica aquecida.
07:03Isso vem muito pela própria dinâmica daquilo que vem as alterações do setor econômico.
07:09Nós temos um agro muito pujante.
07:11O agro brasileiro, esse ano, tem uma perspectiva muito boa de safra.
07:15Então, o agro sempre, que representa 30% do PIB, tem sido bastante...
07:20E até a parte climática está dando um sossego para a nossa agricultura.
07:25Você tem a parte de serviços, que vem crescendo, a área de tecnologia, a área de serviços
07:30em geral, e também a infraestrutura, investimento em infraestrutura.
07:33Então, isso tudo mostra que o Brasil continua crescendo, continua com baixíssimo, acho
07:37que é historicamente um dos menores índices de desemprego, apesar de uma taxa de juros
07:41alta.
07:43Porém, o outro dado que me deixa um pouco otimista com a redução de taxa de juros
07:47é o câmbio não está criando, ele está até cedendo o câmbio.
07:50Se ele continuar, não tem porquê.
07:52O grande impacto da inflação vem muito para o repasse cambial, num efeito que foi no passado.
07:57Hoje, a gente tem um câmbio muito mais comportado.
08:00Bolonha, você falou em agronegócio, você falou em infraestrutura.
08:06Quais os setores que vão estar aquecidos nesse segundo semestre desse ano?
08:12E eu acho que você já pode dar uma adiantada aí para 2026.
08:17É infraestrutura no Brasil, acho que todo mundo olha para cá olhando a infraestrutura,
08:21dado a necessidade de investimentos que a gente tem.
08:24E, obviamente, que isso teria uma velocidade maior de investimento se a gente tivesse os
08:30regulatórios mais estáveis.
08:31Então, a gente está tendo hoje algumas discussões importantes no setor elétrico,
08:36mexendo em marco regulatório, em posição que inibe um pouco, mas esse setor, na nossa
08:41forma de ver, tanto seja em energia, tanto seja em saneamento, que é outro dado que vem
08:49como uma realidade, veja a aproveitação da Sabesp e acho que vai ter outros movimentos
08:53no setor e veja também a parte de mobilidade.
08:56Então, tem muita coisa acontecendo na área de mobilidade, metrô, rodovias.
09:00Então, esse é um setor que eu diria que vai manter e é um setor que ele olha a longo
09:05prazo.
09:05A gente não fica olhando muito a economia que vai acontecer no próprio semestre.
09:09São investimentos de longo prazo.
09:11Na parte de serviços tem toda essa...
09:13Eu acho que nós estamos vivendo próximo do que seria uma revolução industrial, que
09:17é a inteligência artificial.
09:18Então, isso tudo está provocando várias coisas em termos de tech, de investimentos
09:23em tech, da necessidade das empresas estarem.
09:26Hoje não é mais uma opção, é um tem que estar com inteligência artificial nos
09:31seus negócios.
09:31Isso gera também bastante demanda de serviços e tecnologia.
09:34Mas falando especificamente de inteligência artificial, o Brasil, as empresas brasileiras
09:40estão acompanhando esse frenesi da AI no mundo todo?
09:46Sim, o volume de...
09:49O próprio chat do GPT soltou uma estatística do número de acessos de brasileiros a ele
09:53é bastante significativo.
09:55Nós estamos falando aí de coisas de mais de 100, 200, 150 milhões de acessos.
09:59Então, porque o Brasil sempre foi tecnologicamente um país bastante conectado.
10:04A gente é muito conectado na internet, a gente é muito conectado no WhatsApp, muito mais
10:09até que o mercado americano, o WhatsApp começa a trazer inteligência artificial na sua organização.
10:14A gente é muito buscador, então acho que a gente está assim.
10:18Eu acho que o empresariado sabe da importância disso e a gente tem que estar, não tem outra
10:23alternativa.
10:24Você está falando do mercado americano.
10:26Eu abri o programa falando da sua experiência em bancos estrangeiros, porque você já passou
10:34pelo Chase Manhattan, você passou pelo Banco Inter, American Express.
10:42Entre outros, você foi CEO do Banco Fator e hoje comanda a Galápagos.
10:50O que diferencia, Bolonha, o mercado de capitais americano e o brasileiro?
10:56Bom, primeiro, a gente lá na Galápagos, a gente é um partnership, nós somos vários
11:02sócios, então a gente tem um trabalho feito em conjunto.
11:06Então, a gente tem tido uma atuação bastante interessante em fazer uma companhia de investimentos
11:14que conecta investidores e tomadores de recursos.
11:19Então, essa é um pouco a nossa forma de trabalhar.
11:21Então, quando você olha a economia americana e o que a gente faz na Galápagos, como eu
11:26disse, a gente é uma companhia de investimentos, a gente atua no mercado de capitais.
11:31Então, qual a diferença?
11:32O mercado americano, se você for ver o crédito, diria que 25% do crédito está na mão dos
11:39grandes bancos e 75% está no capital markets, no mercado de capitais.
11:44Aqui no Brasil, você tem invertido.
11:46A gente tem muito mais a presença dos bancos, diria que aí que é até mais vertido para
11:50pior, diria que 80% do mercado de crédito está na mão dos grandes bancos e 20% está
11:55no mercado de capitais.
11:56Então, essa é a primeira grande diferença.
11:58E a gente vê aqui uma tendência cada vez maior das empresas acessarem os instrumentos
12:04de mercado de capitais.
12:05Esse é o papel social da Galápagos, é mostrar para investidores e tomadores os instrumentos
12:11que esse mercado tem, que possa baratear o crédito para quem toma crédito e pode melhorar
12:16o investimento para quem está investindo.
12:18Às vezes o quê?
12:19De uma desintermediação, utilizando os instrumentos através de títulos e certificados, SCRAs,
12:24CRIs, debêntures, levando isso para o investidor, pessoa física, mais direto, operações garantidas.
12:31Então, acho que a forma como a gente trabalha mostra uma evolução do mercado de capitais
12:36no Brasil e a gente quer ser parte dessa evolução fazendo esse trabalho, como eu disse,
12:40de aproximar tomadores e investidores, barateando os custos de ambos, melhorando o rendimento
12:46de um e barateando o custo de crédito de outro.
12:49Agora, como é que é o comportamento aí, o perfil em primeiro lugar do investidor brasileiro?
12:55Você está falando de uma evolução e é evidente que há uma evolução no Brasil
12:59quando o assunto é investimento.
13:02Se a gente lembrar de alguns anos atrás, isso acontece ainda hoje,
13:06mas você lembra do volume que se tinha na poupança brasileira.
13:11A gente ainda está no trilhão?
13:13Sim.
13:14A gente ainda está no trilhão, ainda tem um desafio enorme aí no mercado de capitais brasileiro.
13:19Mas como é que você define hoje, mesmo com todas as transformações
13:24e você batendo na tecla da evolução do investidor?
13:28Mas como é que você define o investidor brasileiro?
13:33Eu defino o investidor brasileiro sempre, obviamente, como eu disse com a taxa de juros,
13:37ele sempre foi muito focado na... e com aspectos inflacionários, sempre a gente foi um investidor
13:42pós-fixado.
13:44Então, você pega a poupança, a TR e tudo, era muito uma defesa inflacionária.
13:49Nós estamos vivendo um ambiente diferente.
13:51Então, hoje, o que o investidor está olhando é que ele também, para ganhar recursos,
13:57ele pode ter algumas alternativas, por exemplo, de crédito,
14:01que vai dar uma rentabilidade muito melhor do que ele ficar na poupança ou ficar num CDB bancário.
14:07São estruturas muito seguras, onde ele vai participar de um spread bancário
14:12que antes ficaria com o banco e não com ele.
14:14Então, essa é a forma que o mercado de capitais consegue trazer investidores para esse mercado,
14:21o qual ele não olhava.
14:22Então, ele estava muito lá, vou colocar num CDB, coloquei na poupança, deixo lá.
14:26Hoje, com segurança e, obviamente, que ele necessita de aconselhamento.
14:31Então, essa é a forma como a gente trabalha na Galápagos.
14:33É nossos advisors, nossos assessores, é mostrar aos investidores as opções que o mercado de capitais tem.
14:41Então, de uma maneira, nós somos, não somos um agente autônomo.
14:46Nosso papel é ser esses assessores de investimentos que mostram esse leque de alternativas
14:52aonde o crédito, hoje, toma uma relevância maior.
14:56Você tem vários, como eu falei, aproximando o investidor de um tomador.
15:00Então, ele vai entender o que o tomador precisa, vai saber que tem um spread bancário
15:04do qual ele também vai se participar.
15:06Então, acaba sendo uma rentabilidade maior.
15:08Ainda, obviamente, isso que eu estou falando é renda fixa.
15:11A renda variável é muito mais a dinâmica que a gente está vendo.
15:14Depende mais de alguns temas para a renda variável no Brasil tomar uma relevância maior
15:19em função dessa taxa de juros bastante alta que nós temos aqui em níveis reais.
15:24Deixa eu destacar novamente a trajetória, mais do que notória, do Bolonha.
15:30Porque ele é formado, engenharia, é um engenheiro formado pela Universidade de São Paulo.
15:37A gente está vendo aí a trajetória toda no setor financeiro, em alguns bancos americanos.
15:44Mas ele foi CEO da Latam.
15:48Começou como CFO da Latam até chegar ao cargo máximo da companhia aérea.
15:57E muito se fala, inclusive aqui no nosso programa, a gente já recebeu presidente de companhias aéreas,
16:02como o John Hodgerson da Azul.
16:04Muito se fala da complexidade desse setor.
16:09Do setor aéreo, que é uma complexidade que é global, enfrenta vários desafios.
16:14E só para citar um exemplo brasileiro, as três grandes companhias do país tiveram de recorrer ao Chapter 11,
16:23nos Estados Unidos, um método muito semelhante à recuperação judicial.
16:29Você está há algum tempo longe do setor aéreo, mas você consegue dimensionar, fazer um panorama do setor aéreo hoje no Brasil?
16:39Sim. A gente está distante, mas não. A aviação é realmente uma paixão.
16:44É paixão mesmo?
16:45É paixão. É um business muito mais de paixão do que de razão, por tudo que você falou.
16:50Os desafios que o setor aéreo tem é bastante relevante.
16:54Ele é muito sensível ao crescimento de PIB.
16:57Então, existe uma correlação alta de tráfego aéreo com PIB.
17:00Com PIB.
17:01Com PIB.
17:01Segundo, você tem...
17:03Moeda, né?
17:04Aí você tem todas as posições.
17:06Você tem o risco de moeda, você tem o risco de crédito.
17:08Então, todos os riscos, inclusive o risco de voar.
17:11E toda essa parte de logísticas.
17:14Então, é uma prestação de serviços, é um modal de transporte, que ele é 24 horas por dia, 7 dias por semana.
17:22Não tem descanso, não fecha para balanço.
17:25E mais, é uma prestação de serviços cara a cara, face to face, com os passageiros.
17:30E sujeito a todos os problemas climáticos que cada vez são mais complicados no mundo.
17:34Então, fecha aeroporto, você tem um problema de alternar voo, que cria essa complexidade e que tudo isso é custo.
17:42Então, é um setor que tem baixa margem, pelo risco que ele ocupa, o risk reward, ele é descompensado.
17:50Mas é uma atividade necessária, não só para passageiros, como para carga.
17:55Então, hoje no Brasil, pelo aspecto continental que nós temos, não dá para imaginar o Brasil sem uma aviação, sem um transporte aéreo.
18:04Seja para carga, que a gente acaba não olhando o quanto que vai de perecível, de medicamento, documento, que vai na barriga do avião.
18:12Bem como a expansão da malha aérea brasileira.
18:16Então, a necessidade da aviação no Brasil é inexorável, a gente tem que ter uma aviação aqui.
18:21Agora, obviamente que a pandemia trouxe uma realidade que foi muito forte para o setor.
18:26Isso levou as companhias a ir para o chapter 11.
18:29O caso da Latam, do qual eu participei desde lá com o comandante Colim, quando eu entrei como CFO,
18:34o crescimento da Latam, até fazermos a fusão com a Latam, uma companhia bastante vencedora.
18:41Até a vinda da pandemia, que afetou fortemente.
18:44Afetou muito a Latam, por ela ter 50% do seu tráfego aéreo no internacional, que é onde pararam os voos.
18:51Então, isso levou a companhia a uma decisão, que eu diria, muito acertada da Latam,
18:56num momento muito correto, que foi fazer o chapter 11.
18:59Tanto é verdade que hoje ela já saiu, é uma empresa muito valiosa, ela vale na Bolsa mais do que a American Airlines.
19:06Quer dizer, é uma companhia de sucesso e que usou um instrumento que era importante naquele momento.
19:11Eu acho que as demais companhias brasileiras foram um pouco tardias na utilização desse mecanismo
19:16e tiveram que recorrer no momento, no momento em que a Latam solicitou o chapter 11,
19:21era um momento que ninguém queria avião.
19:23O momento que as demais companhias entraram no chapter 11 é quando o mercado queria avião.
19:29Então, começa a discussão de tira avião, coloca avião, o que complica um pouco mais a recuperação
19:34e a volta da companhia de uma forma mais saudável.
19:38Mas setor aéreo, você voltaria ou nem pensar?
19:41Porque eu falo com determinadas pessoas do setor e falo assim, não, não volto mais,
19:45porque é muito estresse, é muita responsabilidade, que é isso que você está falando,
19:51a responsabilidade, que é comandar uma companhia aérea.
19:57Ela é intensa em tudo, ela é intensa em pessoas, ela é intensa em passageiro,
20:02ela é intensa em combustível, ela é intensa em câmbio, tudo é intenso em marketing,
20:08tem muita necessidade de marketing.
20:11Então, assim, é um setor apaixonante.
20:13Eu voltaria, mas não como executivo, voltaria com um conselho ou uma consultoria,
20:18a coisa específica, ou a própria Galápagos ser assessor de companhias aéreas
20:23ou de quem quer no setor aéreo, porque a gente tem essa capacidade lá dentro,
20:27tanto eu como outros sócios, que a gente já atuou bastante no setor.
20:30Nessa área de fusões, aquisições, nós estamos aqui dispostos a voltar, sim,
20:34para o setor aéreo, prestando essa assessoria.
20:36Deixa eu voltar ao setor financeiro, que é o setor...
20:41Qual é a maior paixão, o setor financeiro ou o setor aéreo?
20:44O brilho no olho mesmo.
20:46Ambos...
20:47O avião brilha, né?
20:50Porque ele voa, você tem toda essa...
20:53Mas o financeiro...
20:54E o engenheiro gosta de saber o que acontece.
20:57O financeiro é o dinheiro mesmo no bolso mesmo, quando dá certo o investimento, né?
21:03O financeiro, ele é necessário em qualquer business, né?
21:07Então, acho que primeiro o financeiro tem essa coisa de você estar atendendo
21:09qualquer setor da economia, então você tem um contato muito mais...
21:14Você está muito mais conectado com a economia de uma maneira geral, né?
21:17Por você estar trabalhando com vários setores.
21:20Além do que, tem toda uma engenharia no setor financeiro, né?
21:23Seja na engenharia financeira propriamente dito, que é a estruturação de produtos,
21:28fazer a estruturação adequada para aquele perfil de necessidade do cliente,
21:32seja em uso de tecnologia, que cada vez é mais intensa no setor financeiro.
21:39Você já viu muita gente quebrando?
21:42Ah, na minha história de vida, você viu, né?
21:44Como você falou, me formei na Poli, né?
21:46Isso foi em 1978, então de lá para cá são mais de 40 anos nessa atividade.
21:50Passei 24 anos em banco, 16 na aviação, voltei para o mercado financeiro.
21:55A gente vê ciclos de economia, né?
21:57Então sempre acaba quebrando aquele que erra o passo no investimento, né?
22:03Aquele que erra o passo.
22:04O passo no investimento.
22:06Acaba se alavancando no momento que aconteceu com a subida de taxa de juros.
22:10A gente, como eu falei, a gente tinha a expectativa pré-pandemia de uma inflação tendendo a zero.
22:16Então muita gente se alavancou para fazer investimentos.
22:19Com a vinda da pandemia, acabou tendo um crescimento da taxa de juros, acabou dando esse descomparto.
22:25Por isso a gente teve um volume grande de recuperação judicial pós-pandemia.
22:29Foi o crescimento da taxa de juros que pegou, óbvio.
22:31Ali não dava para planejar que ia acontecer uma pandemia, né?
22:34Exatamente, ninguém.
22:37Volta dos IPOs.
22:39Elas vão acontecer?
22:41Quando que vai voltar o IPO, afinal, as aberturas de capital aqui no Brasil?
22:47É, eu acho que a gente está há bastante tempo já sem ter IPOs no Brasil.
22:51A gente teve aquele frenesi 2020, 2021, frenesi.
22:56Aí ainda teve uma mudança de panorama político, né?
22:59Veio toda essa dinâmica inflacionária, veio todo esse choque monetário.
23:02Acho que não tinha ambiente mesmo para a volta de IPO.
23:05Está saindo, está voltando algumas operações, mais especificamente alguns follow-ons, não IPOs, né?
23:11Menores, pequenos, testando o mercado.
23:13Mas, na minha forma de ver, eu acho que a gente tem que passar um pouco essa...
23:17Ver a caixa de juros, ver um pouco mais de estabilidade e a gente ir no ano que vem, no ano eleitoral.
23:22Então, isso é muito importante.
23:25Aliás, você citou as eleições presidenciais em 2026, que evidentemente mexe, já mexe, com o mercado de capitais brasileiro.
23:38O quanto o ruído político atrapalha e mexe com o mercado de capitais, Bolonha?
23:45Hoje, economia e política andam juntos, né?
23:48Não tem como você segregar.
23:49Sempre foi assim?
23:50Até porque eu...
23:51Sempre foi assim?
23:51Ou muito mais...
23:52Eu sou...
23:54Minha opinião é que sim, né?
23:55Porque você tem...
23:56Não tem como...
23:57Quem faz as políticas monetária, fiscal e cambial é o governo, tá certo?
24:02Ele que dita as regras dessas três políticas e que acaba com isso afetando o mercado, né?
24:07Então, depende de onde dá o tom em cada política.
24:10Mas o ano eleitoral, né?
24:12Um calendário eleitoral, começa a antecipar movimentos.
24:15Então, se você tem...
24:15Se o mercado está mais querendo um tipo de viés de governo e começa as pesquisas
24:21mostrar que isso vai acontecer, seja por um lado ou para o outro, você pode estimular
24:26a antecipar alguns movimentos do mercado de capitais, seja de fechamento, seja de abertura
24:30de capital, seja de desinvestimento e investimento.
24:32Então, esse termômetro eleitoral do ano que vem, que a gente sabe é uma eleição
24:38polarizada, vai polarizar mercado também nas apostas, né?
24:42Ou seja, onde você vai alocar o seu capital.
24:45Mas mesmo sem eleições presidenciais, o ruído político mexe muito, né?
24:50É, o que o mercado financeiro quer é regras, estabilidade de regras, né?
24:55Não quer alterações.
24:56Então, por exemplo...
24:57Ele quer nação, ele quer nações estáveis.
25:00Estáveis.
25:01E a gente tem aqui, por exemplo, independentemente de calendário eleitoral, você tem um aspecto
25:06também tributário.
25:07Houve muitas alterações fiscais, tributárias, que mexem nos comportamentos de investimento.
25:12Isso é natural, né?
25:13Então, ele também quer um pouco mais de estabilidade, que acho que a reforma fiscal
25:17pode endereçar o ano que vem, melhorar um pouco como é que são os regimes fiscais
25:22que incidem sobre os investimentos e sobre o crédito, né?
25:25Deixa eu trazer uma novidade da sua companhia, porque a Galápagos e a Rocket Base uniram esforços
25:32ali para fazer um fundo, um fundo que começa em 50 bilhões de reais.
25:38e é um fundo específico para investir em startups de saúde.
25:45Por que o foco em saúde?
25:47Não, primeiro que saúde, né?
25:49Isso aí nós somos gestores desse fundo, né?
25:51Nós somos procurados por sermos, temos a capacidade de fazer gestão de fundos, né?
25:56Esse é um fundo, a gente faz várias gestões de fundos na Galápagos, é um fundo no qual
26:01a tese dele, né?
26:02É o investimento a partir dos investidores que estão no mercado de saúde, né?
26:06E saúde é outro mercado em crescimento, né?
26:10Acho que não tem... e muito as startups, por quê, né?
26:14Com a vinda da tecnologia, com o AI, cada vez mais você vai ter aplicativos
26:19que vão auxiliar na medicina preventiva.
26:23Então, na minha forma de ver, é o caminho da saúde, é a medicina preventiva.
26:28Esse mercado está olhando muito investimentos em tecnologia para essas predições.
26:32Então, existe interesse de investidores em participar como tomadores que estão iniciando
26:36os negócios.
26:37A nossa função, novamente, é interconectar esses investidores com os ativos, sendo o
26:43gestor desse fundo que eles acabaram trazendo a tese para nós.
26:47Agora, como é que serão selecionadas essas startups?
26:50A seleção é feita pelos investidores.
26:54Tem um comitê de investimentos, a gente participa.
26:57Obviamente que a gente faz todo o compliance do fundo, tem administrador do fundo junto
27:01conosco, mas é o nosso papel, um papel de gestor, auxiliando na gestão e na escolha
27:06desses ativos.
27:08Você, a Galápagos, a gente está falando de uma companhia que tem 50 mil clientes,
27:16só que ela foi fundada há pouco tempo, né?
27:19Ela foi fundada há seis anos, em 2019.
27:20Em 2019, primeiro semestre de 2019.
27:23E você já destacou nesse bloco aqui que você tem alguns sócios, sócios oriundos
27:30de grandes instituições financeiras no país.
27:34Por que que vocês se juntaram para fundar essa empresa?
27:38Bom, em 2019, quando nós acabamos criando a Galápagos, tinha muito a ver com a evolução.
27:45Galápagos é onde você teve a teoria da evolução de Charles Darwin, né?
27:48Ah, o Galápagos vem aí da teoria da evolução, né?
27:52Primeiro, eu acho que é um nome muito atrativo, né?
27:55Um nome bacana, um nome que em qualquer língua, o mundo inteiro conhece Galápagos,
27:59até pela história da teoria da evolução.
28:02E naquele momento de 2019, né?
28:04A gente acabou, né?
28:05Porque quem foi idealizador desse processo, que teve esse insight, foi o nosso sócio,
28:10Carlos Fonseca, né?
28:10Que ele é o nosso sócio principal no sentido da criatividade de fazer essa plataforma,
28:16que era um momento de taxa de juros zero, né?
28:20Então a gente falou, como é que a gente vai se adaptar a uma realidade de taxa de juros zero,
28:25vindo de um país que sempre teve taxa de juros altíssima.
28:28Pena que durou pouco, né?
28:29Essa parte do juros.
28:30Então a gente começou a criar esses instrumentos de crédito,
28:33que é uma forma de você ter rentabilidades com alguma função de risco,
28:37de formas garantidas.
28:38Nós nascemos nesse ambiente.
28:40Então o propósito de quem se juntou com os sócios era de fazer diferente,
28:45fazer uma forma de praticar um banking de uma forma diferente,
28:49que era vamos trazer instrumentos interessantes para levar para investidores,
28:54aproximando esse mercado de crédito,
28:56levando a ele a oportunidade da rentabilidade do dinheiro,
28:59que seria zero na conta,
29:00para algum nível positivo através de assunção de crédito.
29:04A gente nasceu já pensando na evolução desse mercado,
29:08que estava caminhando, depois ele voltou,
29:10mas a evolução continua, como eu disse anteriormente.
29:12E também interconectando.
29:14A gente lembrando que Galápagos é um arquipélago,
29:17então a gente tem várias áreas.
29:19Nós temos uma área de gestão de fundos, uma asset management.
29:22Nós temos uma área de gestão de patrimônio,
29:24que é uma wealth management.
29:25A gente tem uma área de banco de investimentos,
29:26que estrutura dívidas e fusões e aquisições.
29:29Os clientes participam nesse ecossistema
29:31e o nosso papel é ser aconselhar eles a fazer as melhores opções,
29:36tanto para tomar crédito quanto para investir.
29:37E vocês têm um braço ali de gestão de grandes fortunas?
29:42Nós temos um de multifamily office.
29:45Um multifamily office.
29:46Está todo dentro da área de wealth management,
29:49são segmentos diferentes de atendimento.
29:52Como a gente tem, por exemplo,
29:53que é até interessante citar,
29:55nós temos uma área de atendimento a jogadores, artistas,
29:59que é a Galáticos.
30:00Nós temos uma operação Galáticos,
30:03que é uma operação que nós temos a felicidade
30:05de ter uma sociedade com o Ronaldo Fenômeno.
30:08Então, ele já tinha uma advisor bastante grande
30:11para atletas fazer a gestão dos seus investimentos.
30:14Então, esse é um segmento da Wells,
30:16que trata um cluster específico
30:19de jogadores, artistas, esportistas em geral.
30:22Mas o patrimônio do Ronaldo Fenômeno está todo lá?
30:25Não, todo lá não.
30:27Mas parte...
30:28E já seria notícia.
30:29Não, parte ele...
30:30Já seria notícia.
30:30Ele realmente ajuda bastante a gente na originação de crédito.
30:33Entendi.
30:34Agora, o multifamily office,
30:37essas, enfim, essas grandes fortunas brasileiras,
30:41que companhias como a sua administra,
30:44administra,
30:46essa turma toda,
30:48essas grandes fortunas,
30:49essas famílias que têm muita fortuna,
30:53elas estão hoje...
30:54Qual é o status dela em relação à economia?
30:58Eles estão pessimistas,
31:02eles estão cautelosos,
31:06só olhando,
31:07aguardando o que vai acontecer.
31:09Você falou muito em questões geopolíticas,
31:13não só questões políticas brasileiras.
31:15Tem alguém otimista?
31:18Então, independentemente de otimismo ou pessimismo,
31:20acho que é muito mais de diversificação do seu portfólio.
31:23Então, eu acho que grandes fortunas começam.
31:26A primeira grande discussão,
31:27que é o que o multifamily office tem,
31:28diferente de private bank,
31:30que o private bank você está só olhando o investimento financeiro.
31:33No multifamily, você olha o investimento global do cliente,
31:37seja imobiliário, você olha aspectos sucessórios,
31:41você olha aspectos de organização do processo decisório na família,
31:46tem um tema de governança.
31:48Então, é uma assessoria mais ampla
31:51e que leva a outros tipos de...
31:54Vamos chamar assim, de advisor,
31:55que não necessariamente qual é o melhor investimento.
31:58Então, quando você olha isso,
31:59ele já tem que tomar uma decisão.
32:00O que ele...
32:01Se ele é industrial, tem muita empresa e tem liquidez,
32:04o que ele faz com esse recurso?
32:05Se ele já tem uma exposição em Brasil alta,
32:07porque ele tem um negócio dele aqui.
32:08Então, é recomendável que ele diversifique.
32:11Quanto ele diversifica?
32:12Aí vai sendo um pouco,
32:14você vai vendo o apetite,
32:15a suitability desse cliente com o apetite de risco que ele tem.
32:19Se ele vai para a renda fixa,
32:21se ele vai para a renda variável.
32:22Então, é uma gestão de portfólio,
32:24onde busca o quê?
32:25Uma diversificação,
32:26mas busca um target de remuneração.
32:29E depende,
32:29é o apetite de risco,
32:31enquanto aquela família quer assumir de uma volatilidade ou não.
32:34Porque o que afeta a decisão de investimentos,
32:37depois que você fez,
32:37é a volatilidade.
32:39É a volatilidade.
32:39Está certo?
32:41Agora, a sua bolonha.
32:43Quero saber de você,
32:44como investidor mesmo,
32:46na pessoa física.
32:47Você é aquele cara mais conservador?
32:52Você é mais agressivo?
32:53Você investe o seu dinheiro onde?
32:56É, o que eu diria assim,
32:57você hoje,
32:58nós que estamos no mercado financeiro,
32:59a gente participa no mercado,
33:01nós estamos próximos, está certo?
33:02E hoje, quer dizer,
33:03nós estamos,
33:04nossa vida,
33:05eu diria que isso é legal do nosso negócio,
33:08nossa vida é a Galápagos.
33:11Então, eu diria,
33:11o maior investimento que a gente tem
33:13é nas ações que a Galápagos tem.
33:15Então, é participar desse processo,
33:18de mostrar para os nossos clientes
33:20o comitema de um grupo de executivos,
33:23um modelo de partnership,
33:24onde a gente,
33:25todo mundo ali pensa como dono,
33:27todo mundo está ali
33:28para entregar o melhor serviço possível
33:30e ser incansável, né?
33:32É 24 por 7,
33:33volta à aviação, né?
33:35Sempre é 24 por 7 novamente, né?
33:37Esse é o seu...
33:39É o 24 por 7.
33:40É o 24 por 7.
33:41Seja presencialmente ou não,
33:43você tem que estar 24 por 7 nesse negócio, né?
33:45Agora, acompanhando o setor financeiro
33:48no Brasil há alguns anos,
33:50qual que é a sua avaliação
33:52e o papel do Banco Central?
33:55Muito importante, né?
33:56O Banco Central é o defensor da moeda, né?
33:58Esse é o principal, quer dizer,
33:59o mandato que é dado ao Banco Central
34:01pelo país, né?
34:05É que ele proteja a nossa moeda, né?
34:06Mas você vê,
34:08você fala muito da evolução
34:10do setor financeiro brasileiro.
34:14O Banco Central tem um papel importante
34:17e grande nessa evolução?
34:19Sim, né?
34:19Além de ser o guardião da moeda, né?
34:22Que é o papel...
34:22Que é o princípio básico, né?
34:25De bancos centrais no mundo,
34:27ele tem bastante ajudado
34:29no fomento de oportunidades
34:31do mercado de capitais.
34:32Então, o Banco Central tem sido
34:33muito mais favorável,
34:35uma evolução do Banco Central,
34:37em permitir que haja
34:38uma desintermediação
34:39no mercado financeiro.
34:40Então, foram feitos
34:41várias instituições de pagamento,
34:44são registradoras de créditos.
34:46Você teve uma nova
34:47players no mercado financeiro
34:49que você não tinha
34:50no mercado tradicional.
34:51Então, ele evoluiu, né?
34:52E, principalmente, em cima
34:54do mercado de capitais também,
34:56dando facilidade para gestoras,
34:58administradoras,
34:58criando um mercado,
34:59por exemplo, de crédito.
35:01O mercado de FDIC, né?
35:02Que são os fundos
35:02de direitos creditórios no Brasil,
35:04é um papel super relevante, né?
35:06Ele faz o grande crédito
35:07da pequena, média empresa.
35:09Isso é através das gestoras,
35:10não está no sistema bancário
35:12diretamente.
35:12Então, ele também permitiu
35:14que haja essa possibilidade
35:16de levar novos instrumentos.
35:17E aí, obviamente,
35:18a grande inovação
35:19que ele acabou entrando
35:20foi o PIX.
35:21O PIX foi tanto sucesso
35:25que incomodou os Estados Unidos.
35:27Exatamente.
35:28Que ele está querendo
35:28saber esse PIX.
35:29Talvez ele queira fazer o PIX,
35:31porque o Zéu lá
35:32não é como o PIX.
35:32Eu sabia até da 25 de março
35:34aqui de São Paulo.
35:35É, como é que funciona.
35:36Como é que funciona tudo, né?
35:37O PIX é a democratização, né?
35:40A acessibilidade,
35:42as pessoas não tinham.
35:43A falta de bancarização,
35:45o PIX realmente contornou
35:46tudo isso.
35:47Então, é uma coisa mais democrática
35:48de acesso ao mercado
35:50como um todo.
35:50Muito bem,
35:51nós conversamos
35:52neste bloco
35:53do Show Business
35:54com Marco Bolonha
35:55da Galápagos Capital.
35:58Obrigado, Marco,
35:59pela presença
36:00mais uma vez
36:01aqui em nosso estúdio.
36:02Eu que agradeço
36:03e fico disposto
36:04aqui para novas.
36:05Quando você chamar,
36:06estaremos aqui.
36:07Com o maior prazer.
36:07Muito obrigado.
36:08Obrigado mais uma vez.
36:10E o Show Business
36:11vai dar uma breve pausa
36:13e volta daqui a pouco
36:14com mais um grande convidado.
36:16Fica com a gente.
36:17Ele lidera a Nil,
36:26uma empresa de tecnologia
36:27que surgiu com uma missão
36:29audaciosa,
36:31que é revolucionar
36:32o mercado de internet fibra
36:35no Brasil.
36:36E já conta com uma base
36:37de 4 milhões
36:39de clientes,
36:41com uma promessa,
36:42que é oferecer
36:43uma experiência digital,
36:47transparente,
36:48confiável.
36:49O Show Business,
36:50esse bloco
36:51do Show Business
36:52vai receber
36:53Márcio Fabris,
36:55CEO da Nil.
36:57Obrigado, Márcio,
36:58pela presença
36:58aqui em nosso estúdio.
37:00O que me chama a atenção
37:01nessa nova companhia
37:03é que você vem
37:04de um mercado
37:05já de telecomunicações,
37:06você tem muitos anos
37:08nas costas aí
37:10de vivo
37:10e você aceitou
37:13um desafio
37:14praticamente
37:14de começar
37:15do zero
37:16uma companhia,
37:18embora você tenha
37:19um valor
37:20de usuários
37:21muito grande.
37:22São 4 milhões
37:23de clientes.
37:25Como você está
37:26se sentindo
37:27nessa cadeira
37:29de CEO?
37:30Como um fundador
37:32de uma empresa?
37:33Como um administrador?
37:35Gostaria que você
37:36definisse
37:36para a nossa audiência.
37:37Primeiramente,
37:38obrigado pelo convite,
37:39Bruno,
37:39prazer estar aqui.
37:41Realmente,
37:42essa é a grande missão
37:43dessa nova empresa.
37:45Eu me coloco
37:46muito
37:47como fundador
37:48dessa empresa.
37:49Na verdade,
37:49o dia que eu cheguei
37:50na empresa,
37:50não tinha ninguém
37:51na empresa.
37:52Eu fui o primeiro
37:52a sentar no escritório,
37:53no escritório temporário.
37:55Lembrava até
37:55uma garagem
37:57dessas que a gente vê
37:58no filme dos fundadores.
37:59E essa foi a grande
38:00motivação.
38:01Como lançar
38:01uma nova empresa,
38:03uma nova marca
38:03de caráter nacional,
38:05de amplitude nacional,
38:06com quase 4 milhões
38:07de clientes.
38:08Quer dizer,
38:08não nasce pequena,
38:09já nasce grande.
38:10Então,
38:10em pensar desde o zero,
38:11pensar o nome da empresa,
38:12a marca,
38:13o logotipo,
38:15a característica
38:16da marca,
38:17o que poderia ser
38:18um diferencial
38:19para essa empresa
38:20em um mercado
38:21que já tem
38:21mais de 10 mil
38:22operadoras no Brasil.
38:23E está sendo difícil?
38:25Está sendo super emocionante,
38:26na verdade.
38:27É uma experiência
38:28única.
38:29Qual que é a relação
38:30de vocês com a Oi?
38:32A verdade é que
38:33essa base de clientes
38:35que hoje é da Nil,
38:36são esses quase
38:364 milhões de clientes,
38:39nasceram da Oi.
38:39Então,
38:40a gente adquiriu
38:41a base de clientes,
38:42a gente não adquiriu
38:43a empresa Oi,
38:44mas esses clientes
38:44eram clientes
38:45do produto Oi Fibra.
38:47Então,
38:47a Oi,
38:47no seu processo
38:48de recuperação judicial,
38:49decidiu vender
38:50esse ativo
38:51e através de um processo,
38:53de um leilão público,
38:55o nosso acionista,
38:56que são os fundos
38:57do BTG,
38:58fizeram
39:00a proposta
39:02para a aquisição.
39:03então,
39:03a gente nasceu
39:04desses 4 milhões.
39:05Então,
39:05no dia 1 da companhia,
39:06depois do closing,
39:08do fechamento da operação,
39:09a gente já nasceu
39:10com esses quase
39:114 milhões de clientes.
39:12Então,
39:13a gente vem,
39:13eram clientes
39:15da Oi Fibra
39:16e aí,
39:17nesse processo,
39:18a gente foi comunicando.
39:19Olha,
39:19você era cliente da Oi Fibra,
39:20agora você vai ser
39:21cliente da Nil,
39:22se prepare
39:23para uma nova jornada,
39:24uma jornada muito melhor,
39:26a gente quer te entregar
39:27uma experiência
39:28de uso,
39:29uma experiência
39:30de relacionamento
39:30com a empresa,
39:32que a gente quer
39:33inovar no mercado brasileiro.
39:35O investidor é o BTG.
39:37É o BTG,
39:37são fundos do BTG.
39:38São fundos do BTG.
39:40Exatamente.
39:41E como é que está
39:42o mercado
39:43de internet Fibra
39:44no Brasil?
39:45Olha,
39:46muito se fala
39:47já há muito tempo
39:48em relação a esse mercado,
39:49né?
39:49Qual que é o panorama atual?
39:51Assim,
39:51um mercado
39:52que cresceu
39:53muito rápido
39:54desde 2015,
39:552016,
39:56até esse período,
39:59basicamente,
39:59a internet que a gente tinha
40:00nas nossas casas,
40:01nas empresas,
40:02era a internet
40:02de baixa velocidade,
40:04muitas vezes com
40:04um fio de cobre
40:06que vinha lá
40:06do começo dos anos 2000 ainda,
40:08uma experiência muito ruim
40:09de internet.
40:10A gente teve uma evolução
40:11muito rápida
40:12da tecnologia,
40:13o custo caiu muito
40:14da tecnologia,
40:15isso permitiu
40:16que a fibra
40:18crescesse muito rapidamente
40:19de 2014,
40:202015,
40:212016,
40:22até mais ou menos
40:222022,
40:2423,
40:25aí passando pela pandemia,
40:26que foi uma época,
40:27inclusive,
40:28que a demanda
40:28pela fibra ótica
40:29ficou cada vez
40:31mais forte,
40:32então o mercado
40:33cresceu muito
40:34e chegou num nível
40:35de penetração
40:35muito alto.
40:36A verdade é que hoje
40:37das residências urbanas,
40:40a gente tem aí
40:41mais ou menos
40:4175 milhões
40:44de domicílios
40:46conectados com a internet
40:48e de mais ou menos
40:4880 milhões
40:49de domicílios
40:50ocupados no Brasil.
40:51É muito relevante,
40:5375 milhões
40:54conectados com a internet
40:56e desses mais ou menos
40:5840,
40:5845 milhões
40:59conectados com fibra.
41:00Os maiores clientes
41:02de vocês,
41:03então,
41:03são pessoas físicas
41:05e pequeno empreendedor,
41:08é isso?
41:08É isso,
41:09na verdade,
41:09são pessoas físicas,
41:10isso é a grande maioria,
41:11pessoas físicas
41:12em todo o Brasil
41:13e pequenos e médios
41:14negócios,
41:15numa porção menor,
41:16mas também
41:17pequenos e médios
41:18negócios.
41:18Você já trabalhava
41:19para esse público?
41:22Pequenos,
41:22médios,
41:23pessoas físicas?
41:24Sim,
41:24na verdade,
41:25a gente já tinha
41:26essa experiência anterior
41:27de trabalhar
41:28com esse tipo de cliente
41:29desde o começo,
41:30na verdade,
41:31acho que quando eu comecei
41:31a trabalhar com o Telecom,
41:33eu me lembro ainda,
41:34a internet era aquela discada
41:35que fazia aquele barulhinho
41:36na hora da conexão
41:37e na verdade...
41:39Muita gente vai lembrar
41:39desse barulho.
41:40Alguns ainda vão lembrar.
41:41A gente vai lembrar
41:42do barulho.
41:42A gente deixava à noite
41:43para poder baixar os arquivos,
41:45era uma experiência
41:46daquela época,
41:48mas evoluiu muito
41:49desde lá para cá.
41:50Você que acompanha,
41:52você tem falado
41:52aí dessa experiência
41:54com o pequeno,
41:55médio empreendedor.
41:56Hoje,
41:58qual que é a maior dor dele?
42:00Bruno,
42:00nesse mundo da tecnologia,
42:01eu acho que o pequeno,
42:02o médio empreendedor,
42:03a tecnologia é um grande
42:04viabilizador de negócio
42:06e hoje já não vive mais
42:09sem essa conexão
42:11de qualidade,
42:11inclusive.
42:12Até a gente falava muito
42:13da fibra chegando na casa,
42:15mas hoje tem um papel
42:16muito importante
42:16do próprio Wi-Fi,
42:18porque o número
42:18de equipamentos
42:20que ficam conectados
42:21hoje em dia
42:21cresceu muito.
42:23Ultimamente,
42:23você tinha um computador
42:24que ligava na internet
42:25e era o computador.
42:27Hoje,
42:27num pequeno e médio negócio,
42:29assim como numa casa,
42:30numa residência,
42:32são múltiplos devices,
42:33são os smartphones,
42:34é a maquininha do POS
42:35para passar o cartão de crédito,
42:37é o próprio computador.
42:38Às vezes,
42:38é uma televisão conectada
42:39que está ali servindo
42:40como para uma reunião,
42:41mas ao mesmo tempo
42:42para entretenimento
42:43da base de clientes dele.
42:45Então,
42:46na verdade,
42:47a produtividade
42:47de um pequeno e médio negócio
42:49depende da conectividade.
42:51E muitas vezes,
42:51até,
42:52o negócio nem existe fisicamente.
42:54A gente tem muitos clientes
42:55que é um negócio virtual.
42:57Ele anuncia
42:57numa rede social,
42:59pega o seu pedido
43:00e faz a entrega.
43:01Então,
43:01hoje,
43:02a internet é uma viabilizadora
43:03de negócio.
43:03E teve um boom
43:05do uso,
43:07não só da internet,
43:08como redes sociais.
43:11E agora,
43:12eu quero entrar num assunto
43:13que já existia
43:16no tempo da internet discada,
43:18que é do barulhinho
43:19que você acabou de falar,
43:21mas se popularizou globalmente
43:24nos últimos tempos,
43:25que eu até falo
43:26que virou conversa de boteco,
43:27porque todo mundo sabe
43:29sobre inteligência artificial.
43:32E vocês têm falado
43:35que vocês têm usado
43:36essa tecnologia
43:38e dados
43:39para antecipar problemas.
43:43Como?
43:44Efetivamente,
43:45a gente tem uma visão
43:47que a gente não gostaria
43:48de enviar um técnico
43:49na casa dos clientes
43:50para poder corrigir
43:51um problema de...
43:51Isso é uma dor de cabeça.
43:53É uma dor de cabeça.
43:53Você chamar técnico
43:55de um setor
43:56de telecomunicações...
43:57Cria uma ruptura
43:59na rotina do cliente,
44:00porque muitas vezes
44:01ele não pode sair
44:02para trabalhar,
44:03um compromisso...
44:04Ainda tem isso.
44:05Eles passam o horário
44:06de 8,
44:06das 10 até 17.
44:08Então,
44:08slot de duas horas.
44:10A gente,
44:10pelo menos na Niu,
44:10a gente trabalha
44:11com slot de duas horas
44:12para o técnico
44:13de chegar em casa.
44:13Mesmo assim,
44:14é um incômodo.
44:15E o que a gente vê
44:16é que muitos dos problemas
44:17a gente pode prevenir
44:19antecipadamente,
44:20a gente pode corrigir
44:21de forma remota.
44:22Então,
44:23o que tem nos ajudado,
44:24os casos de uso
44:25que a gente tem desenvolvido
44:26é nesse sentido.
44:27A gente não evitar,
44:29evitar que um cliente
44:29tenha um problema
44:30e quando ele tem um problema
44:31tentar resolver
44:32de uma forma remota.
44:34Porque muitas vezes
44:35até a tecnologia
44:36evoluiu muito,
44:36os equipamentos evoluíram
44:37e às vezes o usuário
44:39é um usuário
44:39de certa forma
44:40leigo no uso da tecnologia.
44:42E às vezes
44:43mudar um canal
44:44do Wi-Fi,
44:46fazer um reboot,
44:47ligar e desligar
44:48o modem,
44:49muitas vezes isso mesmo
44:50já corrige
44:51o problema do cliente.
44:52e a gente tem usado
44:53isso para prevenir.
44:55Tem situações
44:56que a gente tem visto
44:56e a gente consegue
44:57medir a temperatura
44:58do modem
44:59na casa do cliente.
45:00Nossa, você consegue.
45:00Porque tem clientes
45:02que colocam livros
45:03em cima do roteadorzinho
45:05e o roteador
45:06precisa de ar
45:06para poder se refrigerar.
45:08E a gente vê
45:09que está esquentando
45:10a temperatura,
45:11a gente manda um e-mail
45:12para ele e fala
45:12olha,
45:13a gente está notando
45:14que o seu roteador
45:15está com uma temperatura
45:18superior,
45:19verifique se ele está
45:20tendo a ventilação.
45:21proativamente
45:23o cliente pode evitar
45:24ter um problema.
45:25Então muitas vezes
45:26tem esse problema.
45:26Mas vocês então
45:27têm um controle
45:28e de certa forma
45:29vocês monitoram
45:30esses 4 milhões
45:31de clientes
45:32pelo menos
45:32a base ali
45:33da conectividade.
45:35Exatamente.
45:35Esse no sentido
45:36de entregar
45:37a melhor qualidade
45:38para os usuários.
45:39E é algo impensável
45:40anos atrás,
45:41muitos anos atrás.
45:42Completamente.
45:42Na verdade,
45:43a primeira quantidade
45:44de dados
45:44que a gente coleta
45:45é muito grande.
45:46Então alguns anos atrás
45:47seria economicamente
45:49inviável
45:50você armazenar
45:51e mesmo processar
45:52em tempo real.
45:53Então além
45:54da capacidade
45:54de armazenamento
45:55a capacidade
45:56de processamento
45:57também evoluiu muito.
45:58Então hoje
45:59e a cada mês
46:00evolui mais.
46:01A gente tem que ficar
46:01bastante conectado
46:02com o que está acontecendo
46:03no mundo todo
46:04para poder ser
46:05um grande diferencial
46:06para os clientes.
46:07nesses últimos anos
46:09todos de vivência
46:10no setor de tecnologia
46:12no setor
46:13de telecomunicações
46:14o que mais
46:15te surpreende
46:17em relação
46:17a mudanças?
46:19Eu acho que é um setor
46:20que evoluiu bastante
46:21assim
46:21se você olhar
46:22desde lá
46:23perto do ano 2000
46:25quando eu comecei
46:26acho que a imagem
46:27das operadoras
46:28como prestador
46:29de serviço
46:30melhorou bastante
46:31nesse período
46:33mas uma motivação
46:34que a gente tem
46:34é quando a gente
46:35criou o Anil
46:36é ir além nisso
46:37também
46:37de como romper
46:39com práticas
46:40do setor
46:40de telecomunicações
46:41que ainda que tenham
46:42evoluído
46:43e a gente
46:43hoje tem muito
46:45menos reclamações
46:46do que o setor
46:46tinha 5, 10 anos
46:48atrás
46:49ainda tem condições
46:50hoje em dia
46:51que pode ser
46:52feito diferente
46:53aquela questão
46:54de ser uma marca
46:56que as pessoas
46:58amam de verdade
46:59que tem fãs
47:00sobre a marca
47:01é aí que a gente quer
47:02diferenciar
47:03a Anil
47:04como operadora
47:04pra você ter uma ideia
47:05a gente lançou
47:06a marca agora
47:07dois meses atrás
47:07oficialmente
47:09com uma campanha
47:09nacional
47:10e a gente prometeu
47:12não reajustar os preços
47:13até 2028
47:14num momento
47:15que se falava
47:16de inflação
47:16saindo do controle
47:17e tudo
47:18a gente
47:18essa é uma promessa
47:19de vocês
47:20promessa feita
47:21vai cumprir
47:22com certeza
47:23com certeza
47:24não alterar
47:25o preço
47:26até 2028
47:27nesses planos
47:28a gente lançou
47:28planos novos
47:29da Anil
47:29agora
47:30e nesses planos
47:31que a gente lançou
47:31junto com a marca
47:32a gente não vai mudar
47:33o preço
47:34mas isso você falou
47:35que surpreendeu o que?
47:36surpreendeu o mercado?
47:38surpreendeu o...
47:38é uma prática nova
47:39na verdade
47:40não só em telecom
47:41mas a gente não conseguiu
47:43identificar nenhuma empresa
47:44que tivesse publicamente
47:46aqui no Brasil
47:47feito uma promessa
47:48de ficar
47:49três anos
47:50praticamente
47:51sem reajustar o preço
47:52lembrando que o Brasil
47:54estava num momento
47:55inclusive
47:55quando a gente
47:55decidiu fazer isso
47:57foi no começo do ano ali
47:58um momento que se falava
48:00que a inflação
48:00podia sair do controle ainda
48:01então a gente procurou
48:03alguma coisa
48:03e é só o primeiro passo
48:04que a gente está dando
48:05a gente quer realmente
48:06fazer a Anil
48:07ser uma empresa
48:08diferente no setor
48:10Márcio
48:11a gente tem conversado
48:14com o setor de telecomunicações
48:16há um bom tempo
48:17inclusive
48:17nas últimas edições
48:19aqui do Show Business
48:20a gente recebeu
48:21o presidente da Vivo
48:22Cristian Gebara
48:23e ele também
48:24falou sobre
48:25a mudança
48:26no setor de telecomunicações
48:28como uma companhia
48:30como a dele
48:31começou
48:32uma companhia
48:33de telecomunicações
48:34e evoluiu
48:35virou
48:35o que ele define
48:36uma empresa
48:37de tecnologia
48:38que oferece
48:40hoje
48:40vários setores
48:42tem várias formas
48:44de receita
48:46como é que você
48:47se posiciona
48:48você que está surgindo
48:49com uma nova
48:50empresa ali
48:51nesse cenário
48:53esse cenário
48:55disputadíssimo
48:57e nesse cenário
48:58que está buscando
48:59muito mais tecnologia
49:00do que telecomunicações
49:02eu acho que a tecnologia
49:03é fundamental
49:04aqui para o setor
49:05eu acho que é um setor
49:05que tem
49:06uma diversidade
49:09muito grande
49:09de players
49:10a gente tem
49:10desde as grandes operadoras
49:12que fazem um excelente
49:13trabalho
49:14nacionalmente
49:16a gente tem
49:17como pedido
49:17mais de 10 mil
49:18provedores de fibra
49:19no Brasil
49:20e a gente tem
49:20provedores
49:21que tem 2 mil clientes
49:23então a gente
49:24a Niu
49:25é a segunda maior
49:26empresa de fibra
49:27do Brasil
49:28a Vivo é a primeira
49:29mas a gente tem
49:30concorrentes
49:31com 2 mil
49:32clientes
49:33são concorrentes
49:33que às vezes
49:34atendem meio bairro
49:34de uma cidade
49:35de 30 mil habitantes
49:36então é um ambiente
49:38competitivo
49:38muito diverso
49:39muito diversificado
49:42e que a gente
49:43tem que saber operar
49:44nesse meio
49:45acho que a gente
49:46nasce especialista
49:47em fibra ótica
49:48residencial
49:49e para pequenas
49:50e médias empresas
49:50acho que isso
49:51nos diferencia
49:52das grandes operadoras
49:54porque a gente
49:54nosso foco
49:56está 100%
49:57do tempo
49:58em buscar
49:59as tecnologias
49:59para entregar
50:00a melhor experiência
50:01no uso
50:02da fibra ótica
50:03a gente não está
50:03nessa fase
50:04de diversificação
50:05de negócios
50:05de buscar
50:06outros setores
50:07a gente está
50:08muito focado
50:08em ter o melhor
50:09serviço de fibra ótica
50:10do país
50:11como é que você vê
50:12a companhia
50:12daqui a 5 ou 10 anos?
50:15nosso sonho é grande
50:16a gente quer
50:17ser uma
50:18uma empresa líder
50:19no setor
50:19de telecomunicações
50:21no Brasil
50:21expandindo para
50:22outros negócios
50:23outros negócios
50:24então está na mira
50:25outros negócios
50:25hoje vocês estão
50:26focados
50:27na fibra
50:28a gente está focado
50:29na fibra hoje
50:30estamos fazendo ali
50:30o dever de casa
50:31de construir
50:31essa empresa
50:32que nasceu
50:33do zero
50:33então tem muito trabalho
50:34de construir sistemas
50:36de construir processos
50:37mas é um setor
50:38que também deve
50:39passar por consolidação
50:40então a gente
50:41nasceu
50:42uma empresa
50:43de um pouco mais
50:44de 4 bilhões
50:45de reais de receita
50:46sem dívida
50:47a gente não tem
50:47nenhuma dívida
50:48a gente tem acionistas
50:49muito fortes
50:49então a gente também
50:50vê um processo
50:51de consolidação
50:53que será natural
50:55nesse setor
50:56com mais de 10 mil
50:56operadores
50:57e outros países
50:58normalmente são
50:595, 6, 7 operadores
51:01aqui a gente tem
51:02mais de 10 mil
51:03operadores
51:04então a gente
51:05deve crescer
51:05organicamente
51:06mas deve crescer
51:07também através
51:09de aquisições
51:10você está falando
51:11de uma companhia
51:12bilionária
51:13com bilhões
51:14de receita
51:15sem dívidas
51:17com bons
51:19investidores
51:21investidores conhecidos
51:23investidores sólidos
51:24mas qual é a barreira
51:26de vocês?
51:27tem uma barreira
51:28tem um
51:29grande desafio?
51:30a gente não enxerga
51:31limites para a gente
51:32na verdade acho que é isso
51:33que tem nos motivado
51:34acho que depende muito
51:36da gente
51:37de fazer um trabalho
51:37de construir
51:38esse diferencial
51:39a gente chegou tarde
51:40na festa
51:40a verdade é essa
51:41o mercado já está
51:42penetrado
51:42a gente é uma marca nova
51:43e um mercado já
51:44que o mercado
51:46crescimento já é menor
51:47então a gente tem que
51:48começar a tirar clientes
51:49dos nossos competidores
51:50acho que o que nos impede
51:53é a gente
51:54é o nosso próprio
51:54modelo mental
51:55de poder romper
51:56com as regras
51:57da indústria
51:58e poder criar
51:59assim como esse exemplo
52:00do preço que não muda
52:01até 2028
52:02criar novas propostas
52:04que possam nos diferenciar
52:06da concorrência
52:07e o que que mudou
52:08você que está
52:08um bom tempo
52:10no setor
52:10o que que mudou
52:12no perfil
52:13do consumidor brasileiro?
52:15eu acho que
52:16tem mais informações
52:17em primeiro lugar
52:18o consumidor hoje
52:19ele consegue
52:20muito rapidamente
52:21entender
52:23de outros clientes
52:24através de revisões
52:25na internet
52:26os benefícios
52:29as fortalezas
52:30e as deficiências
52:31das empresas
52:32as empresas
52:33precisam trabalhar muito
52:34em construir reputação
52:35acho que isso é um tema
52:37que a gente tem
52:37bastante central também
52:38não basta mais
52:39só fazer uma publicidade
52:40bonita
52:41ter um serviço
52:43que entrega
52:44a qualidade
52:44você precisa construir
52:46reputação
52:46e a reputação
52:48é no dia a dia
52:49em todos os setores
52:51a gente por exemplo
52:51agora no lançamento
52:53da marca
52:53a gente vinha
52:54fundando uma empresa
52:554 milhões de clientes
52:57mas que tinha um histórico
52:58
52:59então no lançamento
53:00a gente fez um lançamento
53:01que a gente
53:02investiu bastante
53:04também em redes sociais
53:05em publicidade
53:06mas a gente tinha que dar
53:07um atendimento
53:08nos comentários
53:09que era uma coisa assim
53:10que a gente não estava
53:10esperando tanto
53:11então a gente saiu
53:12de um cenário
53:13até no começo
53:14que nos assustou
53:16mas a gente rapidamente
53:17a tecnologia nos ajuda
53:18também
53:18muita
53:19inteligência artificial
53:21para responder
53:22para dar o primeiro
53:23contato com o cliente
53:24para não deixar ele
53:25esperando por uma resposta
53:27mas os clientes
53:28estão em todos lugares
53:28e a reputação
53:30no final
53:30acho que é a grande diferença
53:31você que passou
53:33por grandes companhias
53:35meio que focado
53:36aí no setor
53:37de telecomunicações
53:38vou fazer uma pergunta
53:40clássica aqui
53:41no show business
53:42quem são as suas referências
53:44no mundo dos negócios
53:46na vida
53:47uma pergunta difícil
53:50sim
53:51eu aprendi muito
53:53acho que no começo
53:54da minha carreira
53:55eu comecei
53:57logo que eu me formei
53:58eu comecei
54:00numa consultoria
54:01na McKinsey
54:02uma empresa
54:02de consultoria estratégica
54:04teve ali
54:05um grupo de pessoas
54:06dois ou três sócios
54:08que me ajudaram muito
54:09na formação
54:10acho que foi
54:11um começo importante
54:13para mim
54:14eu acho que essa trajetória
54:16de 20 anos
54:17que eu passei
54:17entre Telefônica e Vivo
54:18também
54:19muitas pessoas
54:19importantes
54:21líderes e inspiradoras
54:22que eu tive
54:23no começo ali
54:24me ajudaram bastante
54:26é
54:27assim
54:28na verdade
54:29isso vai te ajudando
54:30a moldar
54:31pegando um pouquinho
54:32de cada um
54:33vai mudando você
54:34como pessoa e profissional
54:35exatamente
54:35é isso
54:36e você vai capturando
54:37um pouco
54:37de que você aprende
54:39vendo uma entrevista
54:40entrevistas
54:40são muito inspiradoras
54:42com executivas
54:43a gente consegue
54:43às vezes capturar
54:44pequenas
54:45mas a convivência
54:46às vezes
54:49tomar um café
54:50com um executivo
54:51experiente
54:52traz um insight
54:53que te leva
54:54para frente
54:55essa semana mesmo
54:57eu estava
54:57almoçando
54:59com
54:59uma pessoa
55:01que fundou
55:02uma empresa
55:02já tinha saído
55:03estava no conselho
55:04agora
55:04e ele estava
55:05me falando
55:06sobre presença
55:07como que
55:08às vezes
55:09você estar presente
55:10é importante
55:11você
55:11estar nos lugares
55:13com as pessoas
55:14certas
55:14e poder
55:15ter
55:16a abertura
55:17para escutar
55:18que às vezes
55:19a gente fica ali
55:20atolado no dia a dia
55:21fica de reunião
55:22em reunião
55:23a gente não tem
55:24essa chance
55:24de aprender
55:25e às vezes
55:25só de estar presente
55:26com aquela presença
55:27real mesmo
55:28e escutar
55:29pessoas que passaram
55:30por outras dificuldades
55:31você consegue
55:33ajudar
55:33na trajetória
55:34profissional
55:35então reunião
55:36não vai ter tanta reunião
55:37assim
55:38reuniões longas
55:39a gente não gosta
55:39de reuniões
55:40não gosta
55:42não gostamos
55:42de reuniões
55:43mas aí como é que
55:43como é que decide
55:44como é que se reúne
55:46não tem reunião
55:47é isso?
55:47não tem reunião
55:48mas como é que é
55:49a reunião de vocês?
55:50reuniões curtas?
55:51a gente tenta fazer reuniões
55:52com poucas pessoas
55:53na verdade
55:54a gente tenta
55:55se preparar
55:56antes
55:56a gente troca
55:57muita informação
55:57de forma síncrona
56:00a gente usa muito
56:01softwares de mensagem
56:05mensageria
56:06para se preparar
56:06então a gente tem
56:07a gente está criando
56:08um conceito ali
56:09na NIL
56:10que a gente está
56:10chamando de
56:11time de times
56:12então a NIL
56:13não tem áreas
56:14a gente tem áreas
56:15no RH
56:15está tudo certinho
56:16mas no dia a dia
56:17a gente construiu
56:18times
56:18são times
56:19que tem um núcleo
56:21que é
56:21pessoas de negócio
56:23pessoas de tecnologia
56:24pessoas de design
56:25e a gente tem pessoas
56:26que se juntam
56:27de finanças
56:29de
56:29de dados
56:33de analíticos
56:33conforme a necessidade
56:35que a gente tem
56:35então esses times
56:37são autossuficientes
56:39então eles não dependem
56:40a gente não tem aquela coisa
56:41de
56:41ah está esperando
56:43a prioridade de TI
56:44então porque cada time
56:45tem a sua própria prioridade
56:47e ele é descentralizado
56:49então a gente é
56:49uma empresa
56:50que a gente tem hoje
56:5148 times
56:53e a gente está ampliando
56:55esses times
56:56conforme a gente
56:57progride aqui
56:58no crescimento da empresa
56:59e cada time
57:00tem uma missão
57:00muito clara
57:01e para cada missão
57:02ele tem um conjunto
57:03de iniciativas
57:04um conjunto de entregas
57:05que eles fazem
57:06a cada três semanas
57:07mais ou menos
57:08esse time chega e fala
57:09olha aqui
57:09é o que a gente entregou
57:10isso é o que a gente vai entregar
57:11nas próximas três semanas
57:12então isso facilita
57:14muito a troca de informação
57:15a gente usa muito
57:16documento escrito
57:17para poder se preparar
57:18para a reunião
57:19então a gente
57:19tenta sempre que possível
57:21mandar antes
57:22e qual é a próxima
57:25grande mudança
57:26que o cliente brasileiro
57:27vai viver
57:29vivenciar
57:30no relacionamento
57:31com a internet
57:32eu acho que a gente
57:34está melhorando muito
57:35a questão da conectividade
57:37dentro da casa
57:38a gente tem
57:40essa explosão
57:40que eu te falei
57:41da internet
57:41foi muito boa
57:42porque a gente saia
57:42de conexões ali
57:43de 5, 10 mega
57:46para a velocidade
57:47de 100 mega
57:47500 mega
57:48a velocidade mais baixa
57:49que a gente vende hoje
57:50é 500 mega
57:51chega 1 giga
57:51então essa explosão
57:52foi uma questão de velocidade
57:53de tirar a fibra ótica
57:55passar no poste
57:56e chegar dentro
57:57da casa do cliente
57:58só que com a explosão
57:59do número de equipamentos
58:02que o usuário
58:03tem conectado
58:04hoje em média
58:05um cliente da Niu
58:05tem 11 equipamentos
58:06conectados na casa
58:07então isso inclui
58:09smartphones
58:09inclui TVs conectadas
58:1111 é coisa pra caramba
58:12hoje tem mais TVs
58:13conectadas nas casas
58:15do que smartphones
58:16mais TVs conectadas
58:18sim
58:18na verdade a audiência
58:20quer dizer a TV
58:21continua vivíssima
58:22então
58:22super
58:23e agora
58:24é a TV um pouquinho
58:25diferente do que a gente
58:26costumava ver
58:27então os programas
58:28estão
58:28também
58:30tem os programas
58:32da grade
58:32mas tem os programas
58:33que ficam disponíveis
58:33para assistir depois
58:34isso tudo através
58:35da internet
58:36então a grande mudança
58:38é como que a gente
58:39vai levar essa conectividade
58:40para funcionar
58:42com múltiplos devices
58:43dentro da casa
58:43é o que lá na Niu
58:44a gente está chamando
58:45de concierge do Wi-Fi
58:46a gente quer montar
58:48um concierge do Wi-Fi
58:49você vai ter seu personal Wi-Fi
58:51então alguém que te ajuda
58:53a dar essa conectividade
58:54dentro de casa
58:54muito bem
58:55nós estamos
58:56diante de Márcio Fabris
58:59o CEO da Niu
59:00que há poucos meses
59:02na verdade já passou
59:03um semestre
59:04porque se começou
59:05em dezembro
59:06está lançando
59:08está criando
59:09uma empresa do zero
59:10que já conta
59:10com 600 profissionais
59:124 milhões de clientes
59:14receita bilionária
59:16e sem dívidas
59:18é isso aí
59:19esqueci de mais alguma coisa
59:20não é isso
59:20e muito obrigado
59:22sempre pela sua audiência
59:23pela sua companhia
59:25o show business
59:26vai ficando por aqui
59:27até semana que vem
59:28tchau
59:28a opinião dos nossos comentaristas
59:42não reflete necessariamente
59:44a opinião do grupo
59:45Jovem Pan
59:46de comunicação
59:47Realização Jovem Pan
59:53Jovem Pan
59:54Jovem Pan
59:55Jovem Pan
59:56Jovem Pan
59:57Jovem Pan
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