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O governo do presidente Donald Trump pode ordenar uma invasão ao território da Venezuela? A professora de relações internacionais Priscila Caneparo analisa a possibilidade e discute os reais objetivos por trás de uma eventual ação militar, que, segundo ela, iriam além do combate ao narcotráfico na região.

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00:00Segundo reportagem da rede americana NBC News, o governo do presidente Donald Trump está elaborando planos para combater o narcotráfico dentro da Venezuela, com potenciais bombardeios no país.
00:12A ação poderia começar em questão de semanas, mas o plano ainda não foi aprovado por Trump.
00:18E para falarmos mais sobre isso, vamos conversar agora com a professora de Relações Internacionais, Priscila Caneparo, sempre conosco aqui na Jovem Pan.
00:26Professora Priscila, muito bem-vinda.
00:30Boa tarde, boa tarde a todos que estão aqui nos assistindo.
00:38Boa tarde, professora Priscila, é sempre um prazer te receber, a gente está com uma certa instabilidade, mas acho que a gente consegue seguir com a professora,
00:45talvez a gente precise restabelecer o contato com ela e por questões de conexão, mas o assunto, o Rodolfo está com a gente, aqui, vamos com o Rodolfo.
00:56Entrevista já restabelecida, é isso? Então vamos voltar com a professora Priscila Caneparo.
01:00Agora sim, professora, é a rede, é a internet.
01:03A questão é a seguinte, professora Priscila, plano para defender ali os interesses norte-americanos contra narcotráfico em território venezuelano,
01:11todo mundo numa expectativa, tem possibilidade de uma invasão de forças americanas no território da Venezuela?
01:16Bom, Kobayashi, vamos por partes aqui, né? Primeiro ponto que a gente precisa entender de fato é qual o real objetivo dos Estados Unidos
01:27de uma suposta invasão em território da Venezuela nesse momento.
01:32Primeiro ponto, a gente precisa ter muito em mente que não é só a questão do narcotráfico na América Latina
01:37que interessa em relação à Venezuela, o governo do Donald Trump.
01:41Existe, né, uma produção, uma extração e também uma perspectiva de existência de petróleo muito grande na Venezuela,
01:48tanto é verdade que a partir do momento que os Estados Unidos estão fazendo uma extração de petróleo
01:53por uma empresa chamada Chevron, os Estados Unidos, o governo Trump determinou
01:59que existiria a necessidade de se pagar a Venezuela não com dinheiro, mas sim com óleo advindo dessa extração.
02:05Então, o objetivo é muito maior do que simplesmente combater o narcotráfico, como a retórica trumpista vem falar.
02:11Um segundo ponto é, eu acho muito difícil que ocorra de fato uma invasão terrestre no território venezuelano
02:19por intermédio de instituições americanas, instituições dos Estados Unidos, que eu quero dizer com isso.
02:25Eu acho dificílimo, eu acho improvável que os Estados Unidos, por ordem do Trump,
02:29venham invadir o território da Venezuela com argumentação, por intermédio do exército dos Estados Unidos,
02:34com a argumentação de combate ao narcotráfico, ao trem de Arágua, por assim dizer,
02:39que supostamente o Maduro seria o grande chefe.
02:42Por que eu digo isso? Por dois motivos.
02:44Primeiro motivo, a gente tem uma ambição pessoal do Trump que é conquistar o Prêmio Nobel.
02:48E a gente sabe que ele está lutando contra essas guerras justamente para antariar votos
02:55e conseguir repercutir de tamanha força que invada a retórica coletiva de concessão do Prêmio Nobel para ele.
03:04E o segundo ponto que a gente precisa entender, não faz parte da política dos Estados Unidos,
03:10a partir desse momento da era Trump, fazer invasões, guerras tradicionais, como a gente chama.
03:16Então, talvez seja o caso dos Estados Unidos fazer uma guerra assimétrica,
03:21uma guerra que a gente chama irregular, que é justamente infiltrar pessoas dentro de forças paramilitares
03:29contra o governo venezuelano em território da Venezuela.
03:33Mas, novamente, acho muito difícil que nós tenhamos uma guerra por intermédio da utilização de força militar
03:39dos Estados Unidos dentro do território da Venezuela.
03:41Ainda que nós já consigamos observar que, de fato, Estados Unidos e Venezuela se encontram em uma guerra irregular.
03:48Professora Priscila, e como a comunidade internacional monitora essa situação?
03:54Como que isso poderia repercutir mundo afora caso o Trump avance nesse plano?
04:00Bom, Kobayashi, a gente tem que ter três leituras.
04:03Primeira leitura a partir dos Estados Unidos e seus aliados.
04:06Segunda leitura a partir do contexto da América Latina.
04:08E terceira leitura de uma influência, principalmente do Oriente, dos países do BRICS, voltados, encabeçados pela China.
04:16A primeira questão em relação aos Estados Unidos e seus aliados,
04:19eu acho que isso afastaria e isolaria ainda mais o governo Trump.
04:24Porque a gente sabe que existem diversas explosões de guerra e a dificuldade em finalizá-las.
04:29Vive o avanço expansionista, por assim dizer, territorial de Israel ante a Palestina.
04:35Vive a guerra russa versus Ucrânia e aí não é o momento, não seria o momento para a comunidade internacional,
04:42principalmente os aliados dos Estados Unidos, de ter mais uma guerra.
04:45Por isso, porque também a gente tem que pensar que isso desviaria recursos dos Estados Unidos em relação à Ucrânia,
04:52em relação também a Israel, para o combate de seu interesse, que seria a Venezuela.
04:57Então não teria apoio, assim, totalmente exposto.
05:00Segundo ponto em relação à América Latina.
05:03A gente sabe que a América Latina tem diversos questionamentos,
05:07inclusive a era Lula III em relação ao governo do Maduro,
05:10mas a gente sabe que essa região da América Latina
05:12é uma região que não compactua com a ideia de guerras internacionais.
05:17A gente tem um ambiente estável, numa perspectiva mais teórica do que a guerra,
05:22e a América Latina com certeza não estaria disposta a unir armas, contrariamente,
05:28não estou falando aqui que o governo do Maduro é certo,
05:30mas contrariamente a uma estabilidade regional.
05:33Então muito dificilmente a gente teria um exército da América Latina ajudando o governo Trump.
05:38E por último, aí por consequência lógica,
05:41a gente teria um vácuo de poder e um vácuo de influência dos Estados Unidos,
05:44não apenas na Venezuela, mas em toda a outra perspectiva dominó,
05:48que é a América Latina, já que os Estados Unidos já falaram,
05:51que querem considerar PCC e CV Comando Vermelho efetivamente como grupos terroristas,
05:56possibilitando também um avanço territorial no Brasil,
05:59um avanço da guerra no Brasil,
06:01a gente teria um vácuo de poder e influência,
06:03e a China seria a grande beneficiária com esse vácuo.
06:07E com certeza a China não deixaria os Estados Unidos angariarem e tomarem o petróleo venezuelano.
06:13Professora Priscila Caneparo, vou trazer para a nossa conversa o Rodolfo Maris,
06:17nosso analista do Fast News de hoje, ele vai te fazer a próxima pergunta.
06:21Professora, boa tarde.
06:22Eu gostaria muito que a senhora colocasse aqui o perfil do Donald Trump,
06:26e eu contextualizo a minha pergunta, porque na última Assembleia da ONU,
06:30ele disse ali, alto e bom som, que ele conseguiu acabar com sete conflitos,
06:37colocando ali a responsabilidade, nele mesmo,
06:40de ter diminuído os conflitos entre Rússia e Ucrânia,
06:44e só em Israel, com a Palestina, só não conseguiu fazer isso ainda por conta do Hamas.
06:50Dito isso, eu queria que ele, não é um pouco hipócrita,
06:53ele falar que acabou com sete conflitos e querendo agora armar um conflito com a Venezuela?
07:00Rodolfo, boa tarde.
07:02E sua colocação é perfeita, né?
07:04Justamente, ele vem na Assembleia da ONU falar e repercutir,
07:08até com alguns questionamentos, como você colocou,
07:11que ele conseguiu finalizar sete guerras e ele vai iniciar uma nova?
07:14É um paradoxo, é uma contradição que a gente não vislumbra no cenário internacional,
07:19ele agindo de fato nesse sentido.
07:21Mas, em contrapartida, nós sabemos da instabilidade da personalidade de Donald Trump.
07:26Reitero, eu não acredito que vai ter uma invasão terrestre,
07:29uma guerra tradicional com a Venezuela,
07:31mas nós sabemos que ele tem uma personalidade muito instável.
07:35Ele é muito de momento, ele é muito um showman,
07:38ele vem de uma iniciativa privada,
07:39ele não traduz o seu governo com uma diplomacia pública,
07:43mas ainda assim eu acho muito difícil,
07:45é muito paradigmático que ele vem colocando as mesas das negociações internacionais,
07:51que é falar que ele vai conseguir acabar com todas as guerras,
07:53que ele vai trazer a paz para o mundo.
07:55E como se daria essa paz se porventura o Estados Unidos
07:57estivesse envolvido em uma guerra com a Venezuela?
08:00E essa guerra a gente precisa lembrar,
08:02por mais que as pessoas pensem,
08:03ah, é fácil depor o regime do Maduro,
08:06a gente não tem apenas a Venezuela,
08:08a gente tem toda uma conjuntura por trás
08:11que se atrela à Rússia, que se atrela à China,
08:13que vão fazer parte desses vácuos de poder dos Estados Unidos na América Latina
08:18e vão querer defender a integridade territorial da América Latina
08:21e principalmente o petróleo venezuelano.
08:24Então eu acho muito difícil,
08:26ainda que nós tenhamos uma personalidade instável do Donald Trump,
08:29que ele venha de fato atacar a Venezuela.
08:31Por esses dois motivos.
08:32Primeiro, pela retórica do próprio Trump
08:34e segundo, por conta dessas, né,
08:37desses atores por trás de uma possível invasão do território venezuelano.
08:41Professora Priscila, vou pedir para você aguardar só um pouquinho.
08:44A gente tem uma matéria aqui preparada que explica a expectativa
08:46pelo encontro, pelo possível encontro entre Trump e Lula,
08:50depois das falas ali de ambos na Assembleia Geral da ONU.
08:54A gente vai acompanhar e depois a gente vai ter a análise da professora Priscila Canepar.
09:01Segundo interlocutores do Palácio do Planalto,
09:03a pressa para que a reunião entre Lula e Trump aconteça
09:07é para evitar que um novo atrito entre os dois presidentes
09:10esfrie a relação amistosa construída durante a Assembleia Geral da ONU.
09:15Na ocasião, Trump chegou a dizer que rolou uma química com Lula,
09:19expressão reforçada pelo presidente brasileiro.
09:21A preferência é que a conversa seja presencialmente.
09:25O empecilho é a agenda de Lula, que está lotada.
09:28Na segunda-feira, Lula vai participar da 5ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres.
09:34Na terça e na quarta-feira, deve cuidar de demandas internas,
09:38como a demissão do ministro do Turismo, Celso Sabino.
09:41Na quinta, o presidente participa da inauguração de creches e escolas
09:45na Ilha do Marajó, no Pará.
09:48E na sexta, vai entregar obras relacionadas à COP30, em Belém.
09:53Por causa da agenda cheia, a expectativa dos assessores de Lula
09:57é que essa conversa aconteça somente daqui duas semanas e fora do Brasil.
10:01No dia 13 de outubro, Lula estará num evento promovido pela ONU.
10:06Trump também foi convidado, e essa seria a ocasião perfeita para uma conversa,
10:12segundo adiantou uma fonte no Palácio do Planalto.
10:15Se não der certo, os dois presidentes só estarão juntos no mesmo evento,
10:20no dia 25 de outubro, data em que estarão presentes
10:23no encontro da Associação de Nações do Sudeste Asiático,
10:28que vai ser feito na Malásia.
10:30Para o especialista em relações internacionais, Lucas Ferraz,
10:33a conversa é uma oportunidade de livrar o Brasil de perdas importantes para a economia,
10:39já que as taxas aos produtos brasileiros estão em 50%, as mais altas do mundo.
10:44É uma oportunidade, mas eu diria que é uma oportunidade que tem algumas características,
10:49vamos dizer assim.
10:50A primeira delas, eu acho que ela vem um pouco tarde.
10:54Tivesse, digamos, a diplomacia brasileira investido mais,
10:58ou eventualmente até o próprio presidente Lula,
11:01feito um gesto para tentar falar com o presidente Trump
11:04antes do 9 de julho, quando nós recebemos a carta com o chamado tarifaço,
11:10eventualmente o Brasil poderia ter ficado com a tarifa de 10%,
11:13que foi a tarifa colocada ao Brasil no chamado Liberation Day, em 2 de abril,
11:18e hoje o Brasil estaria numa situação, eu diria que relativamente confortável.
11:23Dito isso, eu entendo que é sim, digamos ali, uma linha de esperança que surge nesse horizonte
11:30para a gente tentar mitigar essas tarifas, mas todos nós sabemos que o presidente Trump
11:34era muito imprevisível.
11:36E se a gente olhar o histórico recente das negociações comerciais,
11:41em que o próprio presidente Trump se envolve diretamente, a maior parte delas,
11:46diga-se de passagem, o histórico não é tão bom, via de regra,
11:49as negociações bilaterais são negociações assimétricas, muito mais vantajosas
11:55para os Estados Unidos do que propriamente com os parceiros com os quais ele negocia.
12:00Já o senador Nelsinho Trad, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado,
12:05se encontrou com diplomatas e assessores de parlamentares dos Estados Unidos.
12:10Segundo o senador, o parlamento norte-americano defende a permanência
12:14da boa relação comercial com o Brasil, que já dura mais de 200 anos.
12:18Essa situação não pode avançar no sentido de deixar o seu retorno cada vez mais difícil.
12:28Foi colocado a intenção de rever alguns pontos de alguns setores que foram sobretaxados,
12:38que para a economia americana está fazendo um efeito.
12:44citaram especificamente a questão do café, a questão das carnes e a gente espera que os setores se organizando
12:56e fazendo essa interlocução diretamente lá com o governo americano, que isso possa ser superado.
13:06Nos bastidores, o que se fala é que o presidente Lula deseja levar o vice-presidente Geraldo Alckmin.
13:13Ele também é ministro do desenvolvimento da indústria e já tentava articular uma conversa antes da Assembleia da ONU.
13:20Lula acredita que Alckmin possa levar dados técnicos que comprovem os lucros norte-americanos na relação com o Brasil.
13:27Enquanto isso, o presidente tenta expandir o mercado para outros países na tentativa de diminuir a dependência dos Estados Unidos.
13:36De Brasília, Igor Damasceno.
13:39Tá aí, professora Priscila Caneparo.
13:42Todo o contexto em que este possível encontro está envolvido, o que esperar de um possível encontro entre Lula e Trump?
13:50Qual seria a pauta?
13:51Tem chance de ser ali uma arapuca do presidente norte-americano, como a gente viu em alguns outros casos?
13:56Qual a sua avaliação?
13:59Kobayashi, eu acho que a gente precisa considerar aqui a postura incerta e a personalidade totalmente instável do Trump.
14:06Ainda considerando, partindo dessa premissa, vamos fazer uma análise com as informações que a gente tem hoje, com a postura do Trump que a gente tem hoje.
14:13Acho improvável que seja uma arapuca.
14:17E explico o porquê.
14:18A gente precisa entender que o Trump taxou o Brasil não pensando justamente numa perspectiva de 8 de janeiro,
14:24não pensando numa perspectiva do Bolsonaro, mas pensando justamente em alegar uma lei de segurança comercial lá dos Estados Unidos.
14:33Essa lei de segurança comercial, ainda que aplicada às avessas no caso brasileiro,
14:37porque de fato o Brasil possui um déficit em relação ao comércio dos Estados Unidos,
14:42ela foi aplicada com o intuito de sobretaxar os produtos brasileiros em 50%.
14:47Por que eu estou falando isso?
14:48Porque nesse momento o Senado dos Estados Unidos começou, ainda que embrionadamente,
14:54questionar essa aplicação de tarifas contra os produtos brasileiros,
14:58se era o caso justamente de se aplicar essa sanção adivinda dessa lei.
15:03E o Trump sabe que se porventura o Senado levar efetivamente a uma análise concreta,
15:09a gente vai observar que o Trump vai sair perdendo,
15:12que ele vai basicamente ter essa imposição de tarifas deixado de lado e vai repercutir no status quo,
15:18que a gente tinha anteriormente essa imposição de 50%.
15:21Então o Trump, como exímio negociador que é, o que ele está fazendo?
15:25Ele está tentando se aproximar do Lula e aí eu discordo que o Lula deveria ter feito alguma diplomacia anterior,
15:32porque não tinha o que fazer,
15:33era simplesmente uma pressão no nosso poder judiciário, uma pressão política,
15:37mas nesse momento aí sim a diplomacia brasileira tem que agir,
15:41porque o Trump abriu as portas para a negociação.
15:44E se tem um espaço para negociar, eu acredito que sim.
15:48Dois pontos aqui são cruciais.
15:50Primeiro ponto, o Trump tem muito interesse em terras raras.
15:53O Brasil é o segundo detentor mundial de terras raras, perdendo apenas para a China.
15:57E a gente sabe que o Lula está disposto sim a negociar uma concessão de exploração também dessas terras raras.
16:03É a primeira concessão que o Brasil pode fazer.
16:05E o segundo ponto aqui é que o Brasil, talvez seja hoje, por conta da sua matriz energética limpa,
16:11por conta das nossas hidrelétricas, o grande articulador e o grande país que irá receber,
16:18o maior país que irá receber, a questão dos data centers.
16:21E isso é de interesse para os Estados Unidos.
16:23Desenvolve tecnologia, faz com que nós tenhamos uma internet mais rápida.
16:27E essa proximidade geográfica de Brasil e Estados Unidos,
16:30muito mais próxima do que o Brasil e, por assim dizer, alguns países europeus,
16:33faz com que os Estados Unidos também abrem os olhos para essa instalação de data centers no Brasil.
16:38Então, são dois pontos de concessão, efetivamente, que o Lula pode muito bem se utilizar.
16:42Se a diplomacia for muito bem estabelecida, historicamente, a diplomacia brasileira é muito boa
16:47para conseguir angariar benefícios nessas reuniões ou nessa possível reunião que ele terá com o Trump.
16:55Para a gente fechar agora, professora Priscila, a gente tem mais um minuto da tempo dessa pergunta,
16:59que também é importante, o encontro entre Trump e Netanyahu,
17:03que também repercutiu muito, pelo menos, a manifestação da diplomacia ali,
17:08que estava presente no auditório quando Netanyahu foi falar na Assembleia Geral da ONU,
17:12levantando, saindo ali.
17:14Há também um encontro muito esperado aí, que é entre Trump e Netanyahu.
17:17O que esperar desse encontro?
17:18Vai, acho que essa pergunta é a mais difícil de todas,
17:23porque cada hora o Trump se posiciona de um lado.
17:26Uma hora o Trump fala que o Netanyahu tem que parar imediatamente com as questões,
17:30com as ações que está desenvolvendo, desenrolando na faixa de Gaza,
17:33e no outro momento ele vem a ratificar as ações de Netanyahu,
17:36falando que, de fato, a Palestina, principalmente o sul da Palestina,
17:41que é a faixa de Gaza, deve ser construída uma reviera,
17:44que Israel possui um apoio incondicional dos Estados Unidos,
17:48mas eu acredito que, nesse momento, por pressão internacional,
17:52por comoção internacional, e lembrando que o Trump quer ganhar o Nobel da Paz,
17:57essa reunião com o Netanyahu vai ser para falar,
17:58Netanyahu, nós apoiamos irrestritamente Israel,
18:02mas nós não apoiamos o que você está fazendo em seu governo,
18:05em relações às impulsões que não param na faixa de Gaza.
18:09Justamente para o Trump dar uma resposta ao cenário internacional,
18:12a esses diplomatas que se levantaram nas Nações Unidas,
18:15e principalmente para aquelas pessoas que ainda têm alguma dúvida
18:18que ele merece o Nobel da Paz.
18:20Se ele conseguir conter as ações de Netanyahu,
18:23a gente pode ter certeza que 50% do caminho já acendou
18:26para ele conseguir o Nobel da Paz.
18:28Está aí, conversamos com a professora Priscila Caneparo,
18:31professora de Relações Internacionais,
18:33sempre conosco aqui na Jovem Pan,
18:34nos ajudando a entender todo esse cenário da diplomacia,
18:38das relações entre os países.
18:40professora Priscila, muito obrigado pela sua participação mais uma vez.
18:45Eu que agradeço o convite,
18:47com a Bahia, boa tarde para vocês.
18:49Até a próxima.
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