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O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, detalhou em entrevista a Dávila o modelo de gestão que tirou o estado de uma situação "quebrada e desmoralizada" e o levou a ter a terceira melhor educação e uma das cinco melhores seguranças públicas do país. Segundo ele, o segredo foi aplicar princípios de administração privada, "fazer o básico bem feito" e montar um secretariado técnico, sem "lotear o governo".
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NotíciasTranscrição
00:00Entrevista com Dávila
00:05Olá, bem-vindos. Toda semana temos um encontro marcado para falarmos sobre os principais assuntos do momento.
00:15E sempre com um convidado muito especial.
00:18Boa gestão pública dá voto.
00:20Esse truísmo é ilustrado pelo exemplo de Minas Gerais.
00:24O governador Romeu Zema herdou um estado que estava quebrado e desmoralizado em janeiro de 2019.
00:32O rombo fiscal impediu o governo a pagar salários em dias de servidores públicos e contingenciava repasse para as prefeituras mineiras.
00:41Hoje, salários são pagos em dia e repasses para os municípios são honrados.
00:47A segurança pública era um desastre. Hoje está entre as cinco melhores do país.
00:53A educação pública era lastimável. Hoje tem a terceira melhor do Brasil.
01:00O problema é que às vezes o eleitor tem memória curta e esquece como um governo ruim afeta a sua vida, o seu trabalho e o seu negócio.
01:12Já se passaram oito anos desde a péssima gestão do governo petista de Fernando Pimentel.
01:17Agora, o estado está arrumado e desperta o apetite eleitoral de muitos pretendentes.
01:24Mas o vice-governador Matheus Simões participou desta transformação de Minas desde o primeiro instante.
01:32Primeiro, como secretário-geral do governador Zema.
01:36E depois, como vice-governador do estado.
01:39Ele pretende disputar a eleição em 2026, conquistar o governo estadual e garantir que Minas Gerais continue avançando.
01:48Assim como Dom João VI disse ao príncipe Dom Pedro antes de deixar o trono,
01:54Zema deve ter dito ao vice-governador Matheus
01:56Tome o governo de Minas antes que algum aventureiro lance mão dele.
02:02E para falar sobre Minas Gerais e o seu futuro, eu recebo o vice-governador Matheus Simões.
02:10Matheus, seja muito bem-vindo.
02:11Obrigado, Davi. Na alegria estar aqui com você.
02:14Matheus, essa...
02:15Mais ou menos isso mesmo que o governador tem me dito.
02:18Falou pra você, ó, fica de olho, porque senão algum aventureiro toma o meu lugar e aí Minas vai entrar em outra situação complicada.
02:26É difícil, né? Pensar que outro dia a gente estava tentando pagar as contas do Fernando Pimentel.
02:33O governador olha pra isso e fala, não, pelo amor de Deus, sacrifício demais pra devolver o ouro pro bandido.
02:38Mas, olha, então vamos recapitular rapidamente.
02:42Minas estava numa situação fiscal dramática.
02:44Vocês conseguiram arrumar a situação fiscal e atacar problemas muito urgentes hoje no Brasil,
02:50que é a questão da segurança pública e principalmente educação.
02:53Conta um pouco como foi um governador inexperiente que conseguiu fazer essa grande virada
02:59e você também, como secretário-geral, que tinha sido vereador, mas também não tinha tido ainda uma experiência no executivo.
03:05Como é que foi esses neófitos chegarem numa máquina tão complexa como é o governo mineiro e fazer essa transformação?
03:12Davila, você sabe que eu, quando ainda avaliava cursos de direito no país,
03:18fui ver a proposta de curso de direito da GV aqui em São Paulo.
03:21E me pareceu estranho porque a GV estava lançando um curso em que, por exemplo,
03:26a administração, direito administrativo, era tratado na parte pública e privada ao mesmo tempo com os alunos.
03:33Eu fiquei olhando praquilo, me causou uma certa estranheza.
03:36Eu fui olhar o resto do mundo e percebi que aqui no Brasil a gente tem um hábito ruim,
03:39que a gente herdou da França, de separar a administração pública de administração privada
03:44como se esses dois mundos fossem mundos separados.
03:46E, na verdade, administrar é administrar.
03:49É tomar a decisão difícil de onde aplicar recurso que não é suficiente para fazer tudo o que a gente gostaria de fazer.
03:55É assim que funciona dentro da empresa, é assim que funciona dentro da casa de um pai e de uma mãe de família,
03:59é assim que tem que funcionar no governo do Estado.
04:02Acho que o que o governador, o meu Zé e eu fizemos foi, na verdade,
04:04entrar para dentro do governo e perceber que não é diferente recuperar uma empresa em crise,
04:09uma casa em que as pessoas estão muito endividadas ou recuperar as finanças do Estado,
04:14são, na verdade, o mesmo desafio.
04:16Se a gente pensar lá atrás, quando eu cheguei para fazer a transição de governo,
04:20eu chefiei a transição em 2018 e a gente foi fazer seleção dos secretários
04:25para, ao invés de dividir o espaço técnico do governo entre os partidos,
04:29a gente trazer as pessoas certas para as posições certas.
04:32E que até hoje a gente consegue ter um secretariado em que nenhum partido é dono de nenhuma pasta,
04:36como é que isso fez diferença para a gente.
04:39Eu, às vezes, converso com outros governadores ou com outros secretários,
04:42eles acham que isso é só um discurso e que, na verdade, a gente divide, mas a gente não fala.
04:48A gente não divide e aí o dinheiro começa a dar,
04:51porque eu não vou gastar dinheiro onde não precisa, nem na direção que não precisa,
04:54porque toda a estratégia é unificada, não é uma questão de centralização,
04:58é uma questão de uniformização, para a gente andar todo mundo na mesma direção ao mesmo tempo.
05:03Com isso, em três anos, a gente pôs as contas em dia,
05:06e conseguiu começar a voltar a fazer investimento para ter resultado em educação,
05:10ter resultado em saúde, ter resultado em segurança,
05:12e também começar a ter resultado em infraestrutura.
05:14Não é uma coisa de outro mundo, é fazer o básico bem feito.
05:18A gente tem feito o básico bem feito em Minas Gerais nesses últimos sete anos.
05:21Agora, o básico bem feito, além dessa qualidade de gestão
05:24que o governador Zema e que você também tinha,
05:28tem uma outra coisa importante.
05:30Como a vitória foi uma surpresa,
05:33não precisou fazer muitas coligações e não teve que lotear o governo.
05:38Só que agora a situação é outra.
05:41Você, na verdade, está numa situação que vai disputar o governo do Estado,
05:46sendo governador, e vai ter que criar uma aliança grande de partidos.
05:49Dessa vez, será que terá a mesma autonomia,
05:52ou vai ter que negociar um pouco mais
05:54para poder acomodar num eventual mandato de Matheus Simões no governo de Minas?
06:00Me perguntaram no domingo, num almoço de família,
06:03o que eu achava que era a principal diferença
06:05entre o primeiro mandato do Zema e o segundo.
06:07E eu disse que certamente é o fato da gente ter apoio na Assembleia.
06:10Nós hoje temos 52 deputados na Assembleia,
06:12quando a gente tinha 30 apenas no primeiro mandato.
06:14Então a gente tem a maioria da Assembleia.
06:15E aí perguntaram se isso era por conta da coligação que nós fizemos para a campanha.
06:20E claramente não é,
06:21porque o principal partido da minha base de apoio hoje,
06:24por tamanho, é o PSD, com 11 deputados.
06:28E chegando a 13 agora, com as últimas duas filiações.
06:32E o PSD não estava conosco na coligação.
06:34Ao contrário, era o partido do nosso opositor,
06:37Calil, que foi derrotado no primeiro turno.
06:40Mas essa capacidade de construir é importante para a eleição.
06:44Então eu estou num processo de construção.
06:47A vantagem é que, como nós passamos os primeiros quatro anos do mandato
06:50sem nenhuma participação de partidos dentro do governo,
06:53e no segundo mandato a gente conseguiu estabelecer uma forma de participação
06:56que não seja uma intrusão na tomada de adesão administrativa,
07:02eu tenho certeza que a gente vai conseguir continuar esse mesmo caminho.
07:05Até porque eu sou mais duro que o governador nisso.
07:07As pessoas já são...
07:09Eu até tenho que combater essa fama minha de durão demais,
07:12porque as pessoas ficam preocupadas.
07:14O que a gente decidiu?
07:16Que é muito importante, quando eu tenho um cargo regional,
07:19ouvir o deputado.
07:20Ele é que está na base, ele é que sabe.
07:21Então eu tenho uma superintendência, uma diretoria local, uma coordenação.
07:25Eu faço o processo seletivo, que para a gente existe para todos esses processos.
07:28O Transforma Minas é um paradigma nacional, em forma de selecionar a gente.
07:33Mas na hora que eu tenho os últimos três nomes, é óbvio que eu ouço o deputado.
07:36É óbvio que eu ouço o prefeito.
07:38Isso valoriza a liderança local.
07:39Por outro lado, me dá a segurança que aquela pessoa é uma pessoa alinhada.
07:41Afinal de contas, a gente está ali para exercer o mandato que o governador foi eleito
07:45para exercer.
07:46Eu tenho que ter gente alinhada na ponta.
07:48Mas eu não abro mão da cabeça técnica no comando das secretarias.
07:53Você tem ideia, Dávila?
07:54Eu tenho dois secretários que são políticos, dos 14.
07:57O secretário de governo, tem que ser mesmo, porque é ali quem lida com os deputados.
08:01E a secretária de desenvolvimento social, que é uma deputada licenciada do PL.
08:07Mas não é troca de espaço com o partido.
08:09Tanto é que o PL, em Minas Gerais, na Assembleia, tem uma parte grande da bancada que vota com
08:13o PT, continuamente.
08:15O PL vota com o PT?
08:17É uma coisa muito curiosa em Minas Gerais.
08:20Então, essa deputada está lá, não é por conta do PL.
08:23Porque o PL continua fazendo parte grande do PL.
08:25Faz oposição ao governo Zema, em Minas Gerais, votando sempre com os deputados do PT.
08:30Mas a deputada está lá.
08:32Por quê?
08:32Porque ela tem condição de entregar o que a gente precisa de desenvolvimento social.
08:35Não tem relação com o partido.
08:37Inclusive, é uma pasta que, normalmente, o PL nem é muito afeito a ela, né?
08:40Que é a pasta de desenvolvimento social.
08:42Acho que isso é importante.
08:43A gente não separar feudalização.
08:46E não tem a ver com cargos, não.
08:48Isso tem a ver com gestão orçamentária.
08:50Porque se você entrega um anaco do orçamento para um partido e fala
08:54faça o que você quiser, por mais bem intencionado que o partido seja,
08:57você não vai conseguir avançar com as políticas públicas.
09:00Porque algumas políticas minhas de desenvolvimento social conversam lá com a educação.
09:04E eu preciso que eles estejam sintonizados.
09:06Conversam com a agricultura por conta das famílias que produzem merenda para as minhas escolas.
09:11Então, a gente vê que isso tudo é circular.
09:13Se a gente não tem uma orientação unificada, a gente perde energia.
09:17Isso eu não vou perder, não.
09:19Os partidos estão vindo.
09:20PP e União já vieram já declarar apoio.
09:22O PSD está numa conversa muito avançada.
09:25Temos conversas com o Podemos.
09:27Podemos e Solidariedade já declararam.
09:29DC e PMN também.
09:31O novo é que está liderando tudo isso.
09:33Vamos ter uma coligação grande sem abrir mão dos princípios que orientaram o governo de Zema até aqui.
09:38Agora, você acabou de dar uma informação importante.
09:40Que o PL parece que é um partido que está meio ali.
09:44Ele vai lançar candidato ou vai fazer parte da coligação de Matheus Simões?
09:49O político mais importante de Minas Gerais hoje, pensando para o futuro, na minha opinião, é Nicolas Ferreira.
09:55Sim.
09:56Não é só pelo volume de votos de Nicolas.
09:59É pela voz que ele representa.
10:01E o Nicolas, para mim, então, é uma entidade separada dentro do PL.
10:05Tanto que eu trato com o PL, trato com o Valdemar, trato com o Domingo Sávio localmente,
10:10mas trato com o Nicolas em separado.
10:12Eu acho que o Nicolas merece um cuidado e um respeito,
10:14porque ele é muito jovem, muito importante dentro do Congresso
10:17e ele representa um futuro para a direita no Brasil que a gente tem que zelar por ele.
10:23Do mesmo jeito que a esquerda zela pelo João Campos,
10:26nós, da direita, temos que zelar pelo Nicolas Ferreira, independentemente dos partidos.
10:30Nicolas, à parte, o PL em Minas se divide entre um grupo sindical muito forte,
10:36parte ligada à segurança pública, mas parte ligada aos servidores como um todo,
10:39que eu respeito, mas que tem pautas muito parecidas com as pautas da esquerda.
10:43Então, é curioso que lá em Minas, normalmente...
10:46Vou dar um exemplo concreto agora.
10:48Quando a gente começa a discutir alguns temas do Propag,
10:51é muito comum a gente ver a defesa do PL alinhada à defesa do PT em alguns temas.
10:57A gente tem trabalhado um deputado de cada vez,
10:59mostrando que a gente precisa lembrar que há uma divisão entre o liberalismo econômico
11:05e o estatismo que a gente tem que preservar nessa hora.
11:07E aí a gente consegue, ideologicamente, trazer o PL de volta.
11:10Mas é muito curioso.
11:11Lá em Minas, eu não acredito que o PL tenha candidato ao governo do Estado.
11:16O nome natural seria o de Nicolas, mas perder o Nicolas no Congresso custaria muito caro para o Brasil.
11:23A gente não pode fazer isso nesse momento, especialmente que a gente precisa de um Congresso mais forte,
11:27mais alinhado com o povo brasileiro.
11:29O risco talvez que exista é, Valdemar disse isso essa semana,
11:34de talvez lançar o Cleitinho como um candidato do PL em Minas.
11:38O Cleitinho não é do PL, o Cleitinho é do Republicanos.
11:41Mas eu não estou preocupado com isso.
11:42Não acho que o senador Cleitinho começou na política junto comigo,
11:45foi vereador ao mesmo tempo que eu.
11:48Ele também tem um perfil de parlamento, é um perfil vocal.
11:51Diferente de Nicolas, que eu acho que vai fazer uma transição para o Executivo em algum momento,
11:55não acho que esse é o caminho natural do Cleitinho.
11:57Não tenho conversado com ele, porque a gente tem que tentar ter uma frente unificada.
12:00Isso não acontecendo, a gente não abre espaço para a esquerda de Lula ir para o segundo turno.
12:05Se a gente começar a dividir, pode ser.
12:08Que o Lula consiga colocar alguém no segundo turno e aí...
12:11Eu não queria dar palanque para Lula no segundo turno em Minas Gerais.
12:14Queria que ele não tivesse como ir ao Estado.
12:16Vamos ver como é que vai andar.
12:17Seria muito importante para a eleição presidencial.
12:20Agora, existem divisões, tem o próprio PSD.
12:24Nós temos Rodrigo Pacheco, muito alinhado ao presidente Lula.
12:28Tem o ministro, Alexandre Silveira.
12:29Como é que estão essa situação do PSD apoiando a sua candidatura
12:35ou lançando um nome para compor, inclusive, com o Lula no colégio eleitoral importante?
12:41Porque o que você está me dizendo é que o PT não tem candidato competitivo.
12:43Vai ter que ter um dissidente de um desses candidatos para que Lula tenha algum palanque relevante em Minas Gerais.
12:51O mineiro decidiu que não quer mais o PT, de jeito nenhum.
12:54Para você ter ideia, Dávila, nossa base de apoio venceu 804 prefeituras em Minas Gerais.
13:0449 prefeituras apenas foram vencidas pela esquerda.
13:07Então, os nossos partidos da base venceram 804 prefeituras.
13:13O que isso significa?
13:14Que o PT vai ter que se camuflar de centro para poder lançar um candidato em Minas Gerais.
13:20Ele vai ter que correr atrás do nome de centro.
13:21É por isso que foram atrás do nome do senador Rodrigo Pacheco.
13:25O senador, no entanto, ele não tem eco dentro do partido em Minas.
13:29O PSD de Minas é um partido alinhado à centro-direita.
13:32O partido está agora com mais de 150 prefeitos.
13:35São todos prefeitos nossos que foram eleitos falando do Zema.
13:39Que me recebem nas cidades como o pré-candidato deles.
13:43Os 13 deputados estaduais deles são todos da nossa base.
13:47São aqueles que estão lá o tempo todo para defender o governo na primeira temática, na vitória e quando a gente tem dificuldade.
13:54Então, é muito difícil para o senador Rodrigo Pacheco se viabilizar como candidato do PSD em Minas Gerais.
13:59Se ele quiser ser candidato, a minha leitura é que ele vai acabar tendo de procurar um partido mais alinhado com o PT, que não é o caso do PSD em Minas.
14:07Ou o próprio PSB, talvez.
14:09PSB de bola, talvez seja o caminho natural.
14:12Ou talvez não ser candidato.
14:14Eu falo uma coisa sobre o Pacheco e eu gosto muito do Pacheco, respeito muito o senador pessoalmente.
14:20Politicamente, nós estamos realmente em mundos completamente diferentes.
14:24Mas eu digo que eu já ouvi falar de muita gente que queria muito ser governador de Minas e perdeu a eleição.
14:28Que não queria e ganhou, nunca ouviu falar.
14:30E ele não me parece ter essa vontade de ser governador nesse momento.
14:34Está com a cabeça em tribunal nesse momento.
14:38Agora, Matheus, o que mais te orgulha deste trabalho dos últimos nove anos frente ao governo de Minas Gerais?
14:46Eu, durante muito tempo, tinha orgulho de ter posto as contas em dia e, portanto, de ver o servidor olhar para a gente.
14:53Porque, normalmente, o servidor público olha para a gente que é de direito ou é liberal como um adversário.
14:58Até por uma forma meio equivocada da gente falar sobre o serviço público, a gente da direita.
15:04Porque nós que somos liberais não podemos esquecer que há sempre a necessidade do serviço público.
15:08E, às vezes, eu acho que a gente perde o tom para fazer a crítica ao funcionalismo.
15:11Mas, então, isso era o que me dava orgulho deles terem percebido que fomos nós que resgatamos os salários em dia.
15:18Que fomos nós que voltamos a dar reajuste para as professoras.
15:20Que fomos nós que aumentamos o valor do auxílio-fardamento dos policiais.
15:24Demos auxílio-alimentação para o policial.
15:26Pô, é a direita que está cuidando do serviço público.
15:29Mas, o tempo foi passando e eu vejo um programa que eu choquei desde o Ninho, que é o Trilhas de Futuro.
15:39E esse programa, ele mexe muito com a minha cabeça por conta das experiências que eu vejo acontecendo na Ponta Sabidável.
15:44A gente tem hoje 90 mil técnicos já certificados, trabalhando no mercado, formados pelo Trilha.
15:5270 mil fazendo o curso nesse momento.
15:55Eu acabei de abrir 50 mil vagas, está com inscrição aberta, inclusive, quem estiver aí acompanhando,
16:00trilhasdefuturo.mg.gov.br.
16:04E o que a gente oferece nesse programa?
16:07A possibilidade do aluno fazer um curso técnico pago por nós, ainda com auxílio-alimentação e transporte,
16:12mas de um jeito que nunca foi feito no Brasil, porque quem escolhe o curso é o aluno.
16:16Não é que ele faz enfermagem porque na escola dele oferece enfermagem.
16:19Ele escolhe a escola que ele quiser.
16:21Ele escolhe a cidade que ele quiser, que ele pode fazer fora da cidade dele.
16:24e ele faz aquele curso que a gente oferece porque tem vaga nas cidades para trabalhar.
16:28Eu só ofereço vagas que existem.
16:30150 cidades, 110 cursos diferentes, 50 mil vagas abertas.
16:35E aí você fala, Matheus, é legal por causa do volume.
16:37Aí eu vou conversar, conhecer as pessoas que fizeram.
16:41Encontro o caso, por exemplo, de um rapaz lá no Alto Paranaíba,
16:45que me contou que ganhava 1.200 reais antes de fazer o Trilhas, agora está ganhando 6 mil reais e que vai casar com a mãe do filho dele,
16:55com que ele teve um filho com 17 anos de idade, depois do menino já ter 5 anos e que o filho vai finalmente poder morar com o próprio pai.
17:02Ou quando eu ouço o caso de uma menina em Belo Horizonte, que conseguiu mudar de emprego e está ganhando bem agora,
17:08mas mais impressionante que é isso, o irmão dela que tinha abandonado os estudos, voltou a estudar para poder fazer o Trilhas,
17:14porque ele também quer conseguir melhorar de emprego, quer melhorar de vida.
17:18E aí você resgatar nas pessoas a ideia de que educação é o caminho para prosperar,
17:22é um negócio que faz muita falta no Brasil, Davila.
17:24A gente tem que voltar a mostrar para as pessoas, especialmente para quem é mais pobre,
17:29que o caminho para a independência e para a autonomia é a educação.
17:32A educação perdeu esse papel em algum momento, e eu não sei nem dizer onde foi,
17:36eu como professor fico desesperado às vezes de ver que as pessoas deixaram de perceber
17:40que a educação é a melhor forma de você se transformar, não é só autônomo intelectualmente não,
17:47mas de você prosperar na vida.
17:49O Trilhas está resgatando isso.
17:50Então eu acho que o Trilhas é hoje o que mexe com a minha cabeça.
17:53Quando eu falo do programa, mexe com o meu coração.
17:56Agora, vamos explicar para a nossa audiência no Brasil inteiro o que é o Trilhas do Futuro,
18:00porque é um curso profissionalizante, técnico, extraordinário, que vocês fizeram,
18:04inclusive em parceria com o setor privado, para garantir essas vagas.
18:08Conta um pouco como é que nasceu o Trilhas, qual é o tamanho dele hoje.
18:13E outra coisa importante, a valorização da educação profissionalizante.
18:18Essa harmonia que o brasileiro tem do bacharelado, ele não tem que ganhar diploma.
18:23Não, precisamos aprender a fazer algo que gera receita, emprego e dar emprego.
18:29Tudo começa em Minas com dados.
18:30O governador Romeu Zema é muito duro com isso.
18:32Então a gente, um dado, Minas estava reduzindo drasticamente o desemprego.
18:36Nós somos hoje o menor desemprego do Sudeste, o terceiro menor do Brasil,
18:41menor na série histórica, nunca foi tão baixo em Minas Gerais como é hoje,
18:444,5% de desemprego.
18:46Menos desemprego que Espanha, França, Itália, Holanda, Inglaterra, Estados Unidos,
18:50todo mundo tem desemprego maior do que Minas Gerais nesse momento.
18:54Só que na hora que a gente olhava para a renda média,
18:56a renda média nossa era menor do que a dos estados em volta.
18:59Menor do que Goiás, menor do que Espírito Santo, menor do que São Paulo e Rio.
19:03E a gente descobriu que é porque a nossa mão de obra era menos qualificada.
19:06O governador falou, olha, só tem um jeito de resolver isso e não é com o bacharelado.
19:09É concurso técnico.
19:10Então eu quero expansão de curso técnico.
19:12Começava a bater cabeça com isso e eu levei para ele uma primeira proposta
19:16que, na verdade, antes de eu apresentar, falei,
19:18governador, a proposta que montaram não vai atender,
19:21porque é construir escola técnica e fazer concurso para professor técnico,
19:25montar laboratório.
19:26Até a gente fazer isso, acabou o governo.
19:28Eu vou, o senhor me dá mais seis meses, eu vou voltar com a encomenda
19:30e volto para o senhor para o início de 21.
19:32Então esse era 2020.
19:34E aí batei muito a cabeça e alguém falou,
19:36por que a gente não compra vagas de quem já existe no mercado?
19:39Sistema S, por exemplo.
19:41Eu compro quase 30 mil vagas do Sistema S todo ano.
19:44Nas outras escolas técnicas que existem esparramadas pelo Estado.
19:47Trazer escolas de fora para oferecerem isso.
19:49E aí a gente tem a flexibilidade a cada semestre oferecer aquilo que o mercado está demandando.
19:54Ao invés de montar um curso que eu vou ter que passar 20 anos oferecendo mesmo,
19:57porque eu fiz um concurso com professor de técnico de enfermagem.
20:00Então eu não posso mudar para a programação de games no semestre seguinte.
20:03Levei a proposta para o governador e falei,
20:05governador, tem uma proposta, está aqui, eu consigo pôr de pé.
20:09É um modelo de charter, é um modelo de voucher, na verdade, né?
20:11Porque eu literalmente estou autorizando o sujeito a ir lá
20:13e comprar com o poder do governo do Estado
20:16um curso de culinária ou um curso de técnico em eletromecânica
20:20ou um curso de técnico em irrigação e eu vou pagar por isso.
20:23E falei para ele, falei, governador, a gente consegue lançar 5 mil vagas.
20:27Ele falou, Matheus, gostei do modelo, 5 mil vagas não me atende.
20:31O Estado é muito grande, mas o que vocês vão fazer com 5 mil vagas?
20:35Eu falei, bom, aí sentei com a minha equipe, conversei,
20:38cheguei a uma conclusão que dava para lançar 38 mil vagas.
20:41Ele falou, então vamos fazer o seguinte, vocês lançam 40 mil vagas,
20:44que não tem porque lançar 38 mil vagas, ele tem razão.
20:47Ele falou, este semestre eu quero um outro edital no semestre seguinte.
20:50E a gente passou a lançar 40 mil vagas por semestre,
20:53agora a gente lança 50 mil vagas por semestre.
20:56Dava para você ter ideia.
20:57Um milhão e meio de pessoas já fizeram as provas,
21:01já participaram do processo seletivo do Trilhas.
21:04Eu já pus para dentro 300 mil alunos que já rodaram dentro do sistema.
21:08Neste momento, eu estou com as inscrições abertas,
21:11para 50 mil vagas eu já tenho 300 mil inscritos
21:14e eu ainda estou com, só tem 5 dias que eu abri a inscrição.
21:18Então é um programa que ele está mexendo com a cabeça das pessoas
21:22por dois motivos.
21:23Primeiro, a possibilidade de mudar de vida através de formação técnica.
21:28Entendendo que bacharelado de 5 anos,
21:30para quem precisa trabalhar para pagar as suas próprias contas,
21:33não faz sentido e que o Brasil tem mais espaço hoje
21:36para mão de obra técnica do que para bacharel.
21:39Eu tenho técnicos em enfermagem ganhando mais do que enfermeiros.
21:42Eu tenho técnicos em farmácia ganhando mais do que farmacêuticos.
21:45Porque eu preciso de mão de obra técnica.
21:47Segunda coisa, dar à pessoa o direito de escolher o que ela quer fazer.
21:52A liberdade de você poder escolher a instituição, a cidade e o curso
21:57não existe no Brasil, porque o Brasil, ele acha que o governo sabe mais.
22:01Então, você me dá seu CEP e eu te digo onde você vai estudar
22:04e o que você vai fazer.
22:05Isso é muito triste, né?
22:06É muito triste.
22:07Então, é um programa excepcional, viu gente?
22:11Os resultados estão aí para ser colhidos já.
22:13Bom, e foi uma das coisas que ajudou a melhorar os indicadores de educação de Minas Gerais,
22:17porque para entrar no curso técnico, precisa estar frequentando a escola.
22:21Precisa estar frequentando o ensino médio.
22:23Então, isso significa que aquela invasão gigantesca do ensino médio
22:27começa a cair, porque senão não tem possibilidade de chegar ao curso técnico.
22:31Exatamente isso, porque o curso só pode ser feito por quem está
22:34ou regularmente matriculado no segundo e no terceiro ano
22:37e tem que mostrar a continuidade da matrícula,
22:40ou que já completou o ensino médio.
22:42Então, eu gerei um esforço para a EJA, para a Prova Brasil
22:48e para a não evasão, para a manutenção das pessoas dentro de sala de aula.
22:52É um ciclo positivo de estímulo criado em torno do trilha de futuro.
22:58E é claro, aí você tem outras coisas junto com isso.
23:00Nós fizemos o trilha dos professores, 20 mil professores,
23:03fazendo mestrado, especialização e doutorado,
23:04com bolso integral nosso, também com escolha livre.
23:07Fizemos as reformas das escolas, melhoramos a merenda,
23:10começamos a distribuir material escolar para alunos de baixa renda.
23:14Eu tenho 4 mil escolas, 2 milhões de estudantes.
23:16Então, eu falo que é um mundo mexer com isso.
23:21Trocamos todos os computadores.
23:22Eu falo, ah, trocar o computador da escola.
23:24Não, deixa eu te explicar.
23:25Eu comprei 300 mil computadores.
23:27Não é...
23:28É porque a gente fala, trocou o computador da escola,
23:30parece que comprou 30 computadores.
23:32Então, é um esforço de guerra para ter certeza que esses meninos
23:36possam estar prontos para o mercado de trabalho.
23:37E esse programa Três do Futuro vai escalar no seu governo?
23:42Nós já temos 2 bilhões de reais investidos nesse programa
23:45e a proposta é não diminuir o ritmo dele em nenhum momento
23:48até que a gente alcance os padrões europeus de formação de mão de obra técnica.
23:53O que significa isso?
23:54Eu tenho que ter, pelo menos, 20% da minha mão de obra empregada
23:59com formação técnica.
24:01Em Minas Gerais, nós temos hoje 5 milhões de pessoas com carteira assinada.
24:04Quando a gente começou, eram só 4 milhões.
24:06A gente poderia até falar disso, né?
24:081 milhão de pessoas a mais com carteira assinada.
24:10Mas isso significa que eu tenho que formar 1 milhão de técnicos.
24:13E aí, o dado assustador.
24:15Eu tenho que formar 1 milhão de técnicos?
24:17Eu estou formando 100 mil por ano?
24:19Então, eu gastaria 10 anos.
24:20Eu tenho que acelerar isso, especialmente porque
24:22acabo de voltar de Cambridge, onde fui fazer um curso.
24:25E o que está sendo indicado para a gente?
24:27Que a cada 5 anos, você tem que, hoje, ser capaz de mudar a formação de uma pessoa
24:32porque o treinamento dela vai vencer em 10.
24:35E as profissões estão mudando por causa de inteligência artificial.
24:38Então, no fundo, no fundo, eu deveria ser capaz de formar 1 milhão de pessoas
24:41a cada ciclo de 5 anos.
24:43Hoje, eu formo 1 milhão de pessoas a cada ciclo de 10 anos.
24:46Então, nós vamos ter de dar mais força para esse programa.
24:50Mas só para fazer uma comparação, para quem está vendo a gente falar
24:52ah, legal esse negócio, como é que funciona nos outros estados?
24:54O segundo estado em formação técnica do Brasil é São Paulo.
24:58Forma 62 mil alunos pela rede estadual por ano.
25:02Minas Gerais forma 140 mil por ano.
25:05Porque eu tenho também as minhas vagas, que são vagas das escolas.
25:09Então, nós hoje temos mais do que o dobro de vagas oferecidas por São Paulo.
25:13E este é um caminho que o resto do Brasil vai ter de seguir.
25:15Nós somos o com maior volume, mas os outros vão ter que fazer a mesma caminhada
25:20se a gente não quiser continuar sendo um país onde o jovem tem mais dificuldade
25:24para arranjar um emprego que o idoso.
25:26É a primeira vez na história que isso acontece no Brasil.
25:29Ser jovem hoje faz com que você tenha dificuldade de entrar no mercado de trabalho
25:32porque ele exige skills, exige força.
25:35E a gente não treinou o jovem para fazer nada.
25:38O jovem sabe fazer o que hoje, Davi?
25:39Mexendo no telefone celular.
25:41E a culpa é dele ou é nossa que não oferecer mais do que isso para ele?
25:44É verdade, é verdade.
25:45E cada vez mais, e essa educação continuada,
25:48agora, como você bem colocou, não vai poder parar de estudar esses cursos mesmo
25:52de capacitação técnica, de tempos em tempos,
25:55terá de haver uma nova versão para que ele se mantenha atualizado
25:59e não perca o emprego para o novo que vem sendo formado pelo Trias do Futuro.
26:04É isso aí.
26:05Agora, governador, conta para a gente o que te tira o sono no governo
26:10e qual é a sua maior preocupação no terceiro mandato do novo em Minas Gerais.
26:17O que te me tira o sono hoje é o crime organizado.
26:20Porque nós conseguimos, apesar de sermos vizinhos de São Paulo, do Rio de Janeiro e da Bahia,
26:26três estados em que, infelizmente, o crime organizado já está instalado,
26:29nós conseguimos evitar que o crime organizado esteja presente em Minas Gerais
26:33em domínio de território até agora.
26:35Então, eu não tenho nenhuma área do estado de Minas Gerais
26:37em que a polícia não possa entrar porque o crime organizado tomou conta
26:39como, infelizmente, acontece em São Paulo, do Rio e na Bahia.
26:42Mas o crime organizado não para de forçar a entrada dentro do estado.
26:46Eu tenho alguns corredores de escoamento de carga do crime organizado
26:50que passam, por exemplo, por Teóflotone, no nosso Vale do Mucuri,
26:54que passam pela região metropolitana,
26:56que chegam ao Triângulo, ao sul de Minas,
26:58e que a gente tem tido cada vez mais dificuldade
27:01de fazer com que eles fiquem do lado de fora.
27:02Eu já tenho hoje 3 mil faccionados identificados dentro do meu sistema prisional.
27:08Já tenho cinco presídios separados só para faccionados.
27:12Então, eu, pessoalmente, estou coordenando o Conselho de Defesa Social
27:17numa ação com cinco frentes de trabalho,
27:20agora a gente desdobrou em seis,
27:21para combater cada uma das formas de financiamento do crime organizado em Minas Gerais.
27:26Em ordem de importância.
27:27A atividade menos lucrativa deles hoje é ouro,
27:29mas ainda é muito importante, 18 bilhões de reais no Brasil.
27:32Depois, tráfico de cocaína.
27:34As pessoas se enganam, acham que tráfico de drogas
27:37é uma grande atividade do crime organizado.
27:38É só a quinta, em termos de relevância.
27:40Ainda temos falsificação e comércio de cigarros,
27:44falsificação e comércio de bebidas.
27:46A questão gravíssima dos combustíveis.
27:49As máfias de São Paulo estão entrando dentro de Minas Gerais.
27:52Então, nós estamos agindo contra os postos de gasolina
27:54que estão envolvidos com isso.
27:55E, por fim, as fraudes eletrônicas.
27:56Então, frentes diferentes envolvendo inúmeros órgãos
27:59estaduais e federais coordenados por mim,
28:01porque nós não vamos perder essa batalha.
28:04O crime organizado não vai se instalar em Minas Gerais,
28:06como, infelizmente, aconteceu em outras regiões do Brasil.
28:08O Estado lá vai dar uma resposta dura.
28:11E, lembrando, o Estado tem o monopólio da violência
28:14na repressão da criminalidade.
28:16Então, se for preciso usar força, nós vamos usar força.
28:20Vamos usar inteligência, enquanto a inteligência for necessária
28:22e suficiente, mas nós estamos prontos também para o enfrentamento.
28:26Agora, essa inteligência é fundamental, principalmente,
28:30para desmantelar a mobilização financeira do crime organizado.
28:34Como que é a coordenação com esse trabalho, com Secretaria de Fazenda
28:38e até mesmo COAF, Receita Federal, que órgãos federais?
28:41Como é que isso funciona?
28:42Nós temos hoje uma integração muito boa com a Receita e com o COAF,
28:46mas nós também temos laboratórios de lavagem de dinheiro
28:49para investigações específicas de crimes financeiros
28:52espalhados no Estado como um todo.
28:53compramos o que há de mais moderno em termos de software
28:57para processamento de dados financeiros de organizações e de pessoas.
29:03Estamos montando programas como, por exemplo,
29:05monitoramento de circulação de veículos dentro do Estado,
29:07mas não é ver a placa passando.
29:09Contratamos a Google num programa muito grande
29:12para que a própria inteligência artificial olhe o caminhão passando,
29:16busque a nota fiscal no Sistema Nacional e fale,
29:19olha, esse caminhão passou, foi e voltou,
29:21e não tem nota fiscal nem indo, nem voltando,
29:23que acoberte essa carga, tem alguma coisa errada.
29:25Esse veículo está passando sempre aqui no mesmo horário
29:27e nada explica esse tipo de circulação.
29:29Ou aconteceu um crime e os veículos que passaram aqui foram...
29:31E a inteligência artificial faz essa leitura sozinha
29:34para que a gente possa ter uma capacidade de processamento.
29:37Eu já tenho mais de duas mil câmeras integradas
29:39nesse sistema hoje nas nossas rodovias.
29:41Então, tem um esforço grande de contratação de tecnologia.
29:45Sabe, Dávila, a gente tem que entender
29:46que hoje não dá para falar em inteligência policial
29:49pensando num homem olhando documento
29:51ou numa mulher olhando uma câmera.
29:53Eu preciso de inteligência artificial fazendo
29:54o tratamento desses dados
29:56para que o volume nos permita ver o que eles estão fazendo.
30:00Agora, bom, aí tem um outro pedaço que falta
30:02que é a coordenação com o governo federal, né?
30:04Porque as fronteiras no Brasil são extremamente porosas
30:06e, infelizmente, essa prioridade
30:09de tratar o combate ao crime organizado no governo federal
30:11inexiste.
30:12Isso vai sobrecarregar os estados
30:15porque tem leis e meios limitados.
30:19É o que você falou.
30:20É uma coisa de contenção.
30:21É não deixar entrar, mas não dá para desmantelar.
30:23Nós estávamos num avanço muito rápido, por exemplo,
30:27nos bancos nacionais.
30:28Do Banco Nacional Genético,
30:29o Banco Nacional de Biometria
30:30e o Banco Nacional de Balística.
30:33É porque quando uma arma é usada num estado,
30:35tem que saber, quando ela é usada no outro,
30:37que foi a mesma arma.
30:39Ou quando, por exemplo, um bandido deixa vestígio genético
30:41num estado, tem que identificar o sangue dele
30:43que foi encontrado também numa outra área.
30:45Infelizmente, o governo federal interrompeu
30:46todos os investimentos nisso no ciclo Lula.
30:50Como é que eu falo de controle de tráfico
30:52de drogas e armas em Minas Gerais,
30:54que não produz droga e não fabrica armas desse tipo,
30:59se elas todas entram por uma fronteira
31:01que não foi vigiada pelo governo federal,
31:03provavelmente na ligação com o Paraguai
31:04ou nos nossos portos.
31:06Então, nós temos polícia federal muito boa,
31:08polícia rodoviária federal muito boa.
31:09Nós temos uma atuação do exército
31:11na região amazônica muito importante,
31:13mas precisa de investimento.
31:15Investimento em gente,
31:16investimento em inteligência, em sistema.
31:17E o governo federal não quer gastar dinheiro com isso.
31:20Aliás, quer gastar dinheiro só com os amigos.
31:23Pior.
31:24Fiquei insistindo nessa maluquice esquizofrênica
31:27dessa PEC da Segurança Pública
31:29que quer centralizar no governo federal
31:31o controle das nossas forças de segurança.
31:34Eu falei, falei assim,
31:34se o ministro Lewandowski quiser lá em Minas
31:36vai aprender um pouco sobre segurança,
31:37ameaçou a segurança, estão à disposição dele.
31:39Eu não tenho absolutamente nada para aprender
31:41com o comando da polícia hoje no governo federal.
31:43Os meus índices são melhores do que tudo o que eles fazem
31:45e todos os estados que eles administram.
31:47Imagina se nós vamos permitir
31:48que o governo federal traga para ele
31:50o comando das nossas polícias.
31:52A polícia de Minas Gerais, a polícia militar,
31:53nossa, tem 250 anos.
31:55Tem a menor possibilidade da gente se submeter
31:59especialmente a um governo como esse que está aí.
32:01O descuido do governo federal
32:03e aí nesse ponto eu vou ter que concordar com o Bukele.
32:06Posso ter pontos de críticas à forma como o Bukele faz algumas coisas.
32:10Mas o Bukele tem toda razão quando ele diz
32:11que não há força maior do ponto de vista de domínio da violência
32:15do que a força do Estado.
32:17Acreditar que o Estado não consegue controlar o crime
32:19é, na verdade, perceber que o Estado é leniente com o crime.
32:22É isso que acontece.
32:24E toda vez que a esquerda se instala
32:25parece que a leninência aumenta.
32:27Eu não sei se é proposital, Návila.
32:29Você fala assim, eu não sei se a teoria da conspiração está certa ou não.
32:32Se é porque eles têm acordos, amigos e apoiadores no meio do crime
32:37ou se é simplesmente porque a esquerda gosta
32:39de ver a nossa cultura ser destruída.
32:42Porque isso faz parte, de alguma forma,
32:44do domínio da esquerda intelectualmente sobre as pessoas.
32:47Gerar uma sensação de que nada mais merece cuidado.
32:52Agora, a situação de insegurança gerada pela falta de investimento
32:55do governo federal vai custar caro ao longo dos próximos anos.
32:58E já está custando especialmente para os Estados litorâneos
33:01e Estados com fronteiras internacionais.
33:03Minas Gerais tem, pelo menos, a vantagem
33:06de que eu tenho sempre um colchão de amortecimento
33:08de Estados em torno de mim.
33:09Então, o Goiás é uma fronteira muito segura para nós.
33:13O Distrito Federal é uma fronteira de razoável segurança.
33:16Agora, na hora que a gente começa a falar, infelizmente,
33:19da pontinha do Mato Grosso do Sul, eles têm muita dificuldade ali.
33:22O Estado é muito grande para pouca gente.
33:24Quando a gente começa a falar de São Paulo,
33:25o Estado é muito poroso, muito problema.
33:28Rio de Janeiro nem se fala.
33:29Espírito Santo, um pouco melhor, Bahia, um caos.
33:32Agora, governador, uma questão fundamental.
33:36Minas precisa continuar atraindo investimento.
33:40E vem atraindo bastante investimento privado
33:41nos últimos anos, fazendo um trabalho importante.
33:44mas hoje nós temos o menor índice de investimento público
33:49e privado da história do país.
33:53O que nós podemos fazer em Minas Gerais,
33:56você como governador, para convencer alguém
33:58a investir em Minas Gerais?
34:00Achei que você ia perguntar assim,
34:01o que nós podemos fazer para resolver isso?
34:03Eu falo, tem que trocar o presidente
34:04para conseguir parar de gastar e diminuir o juro.
34:07Mas, vamos lá.
34:08Já que eu não consigo controlar em Minas a política de juros,
34:11porque essa, infelizmente, depende do governo federal
34:14parar de gastar e não do Banco Central diminuir os juros.
34:17Porque eu acho isso tão engraçado.
34:18As pessoas falam, o Banco Central que tem que diminuir os juros.
34:20Eu falo, não, o governo federal tem que parar de gastar
34:21para a gente poder diminuir os juros.
34:23Mas, enquanto isso não muda,
34:25é muito curioso como é que a gente colhe
34:27bons resultados da seriedade do governador.
34:30Os investidores nacionais e internacionais,
34:33quando eles precisam vir para o Brasil,
34:35precisam ampliar seu investimento,
34:37eles têm tranquilidade de escolher em Minas Gerais
34:38porque eles sabem que, um, nenhum compromisso
34:41vai ser assumido pelo governo sem ser cumprido.
34:43Dois, nenhum dinheiro ou favor vai ser pedido
34:45para que os investimentos aconteçam lá.
34:47Três, nós vamos fazer o possível
34:49para acelerar os investimentos.
34:51Resultado disso?
34:52Montes Claros se transformou hoje
34:54no segundo maior polo farmacêutico do Brasil
34:57e vai se transformar no primeiro
34:59na hora que a Eurofarm começar a operar,
35:01vai passar a Nápoles.
35:03Resultado disso?
35:04O sul de Minas se transformou
35:05no maior centro logístico do país.
35:07Ah, é porque está perto de São Paulo.
35:09Sim, nós vamos tirar a vantagem
35:11dessa localização geográfica privilegiada.
35:14A nossa mão de obra é mais barata,
35:15nossa estrutura física é mais barata,
35:17nós estamos a 80 quilômetros da capital,
35:19quando a gente pensa em extrema.
35:21Então, isso faz toda a diferença mesmo
35:22para o sul de Minas.
35:23Mas o Triângulo se transformou
35:25numa potência agrícola.
35:26O Noroeste se transformou
35:27numa potência agroindustrial.
35:29O centro de Minas continua crescendo
35:31em investimento siderúrgico e metalúrgico
35:33porque as pessoas olham para Minas Gerais
35:35e vêm oportunidades.
35:36Falar, mas só indústria básica, né, Matheus?
35:38Não.
35:39Nós somos o centro de engenharia do Google no Brasil
35:41porque nós temos o maior volume
35:45de universidades do país.
35:46São 12 universidades federais dentro do Estado,
35:49mais as duas estaduais,
35:51mais sete universidades privadas.
35:53Então, isso tudo faz com que Minas
35:54seja um Estado competitivo.
35:56Gente, governo sério, compromisso,
35:59verdade, certeza de que não vai ter aumento de imposto.
36:01porque nós passamos sem aumentar...
36:04Acho que as pessoas esquecem, né?
36:06Todos os Estados do Nordeste
36:07deixam aumentar esse mês.
36:08E aí não entendem por que
36:09que não atrai investimento.
36:10Mas a explicação é clara, né?
36:13Eu vou querer pôr a minha empresa
36:15num lugar que me cobra mais
36:17e que não consome,
36:18porque além de tudo o consumo
36:19está todo para baixo.
36:20Então, assim,
36:21eu falo que Minas é uma prova
36:23do funcionamento da curva de Laffer
36:27sem redução de impostos,
36:28é não tendo aumento.
36:29Então, ao não aumentar,
36:31porque infelizmente a gente não conseguiu
36:32fazer redução
36:32por causa da situação fiscal do Estado,
36:35mas a gente continua crescendo
36:37a ponto de...
36:38É para o pessoal que fez estatística
36:39haver gostado desse dado.
36:41A gente representava 8,5%
36:42do PIB nacional
36:43quando o governo Zema começou.
36:45Hoje a gente representa 9,4%.
36:47A pessoa fala,
36:48ah, mas o crescimento é baixo, né?
36:49Eu falo, não, gente, deixa eu explicar.
36:50Nós engolimos quase 1% do PIB nacional.
36:54Nós engolimos um Estado
36:54do tamanho de Alagoas.
36:57Considerando que o país inteiro cresceu,
36:58nós continuamos crescendo,
36:59a nossa economia cresceu o suficiente
37:01para engolir um Estado
37:02do tamanho de Alagoas,
37:03do tamanho de Sergipe.
37:04Então, isso é resultado
37:07de seriedade
37:09na forma de conduzir conta pública.
37:11Entender que segurança existe,
37:13saúde existe,
37:14educação existe,
37:15são prioridades,
37:16infraestrutura continua melhorando,
37:17mas o Estado vai fazer
37:18tudo o que ele combinou
37:20e o possível
37:21para que os investimentos aconteçam.
37:23Trabalho...
37:24eu falei isso outro dia,
37:27acharam graças,
37:27falaram que o novo
37:28devia se apresentar
37:29como o novo
37:30Partido dos Trabalhadores,
37:32porque o Partido dos Trabalhadores
37:34é um partido
37:34que proporciona
37:36oportunidade de trabalho.
37:37Tem ninguém
37:38proporcionando
37:38oportunidade de trabalho
37:39igual a gente tem feito
37:40em Minas Gerais.
37:41O PT devia ser
37:42o Partido do Auxílio,
37:43a gente pode trocar,
37:45para PA,
37:46por Partido do Auxílio.
37:47Devia ser o Partido
37:48de quem não trabalha,
37:49porque daí dia
37:49vai não trabalhar,
37:50para quem trabalha
37:51é quem não está trabalhando,
37:52quem não quer trabalhar.
37:54Agora, governador,
37:55uma área fundamental
37:57que o senhor acabou de tocar aí,
37:58que é a questão
37:58de infraestrutura.
37:59Infraestrutura precisa
38:00continuar investindo bastante,
38:03ainda está muito precário,
38:04principalmente em algumas áreas
38:05como estradas,
38:06tem a meta de saneamento básico
38:08para atingirmos
38:08a universalização
38:09até 2030,
38:11e tudo isso
38:11é capital intensivo,
38:12investimento de longo prazo.
38:14Então, essa questão
38:14da segurança jurídica,
38:16o compromisso do Estado
38:17é importante.
38:18Eu queria que o senhor
38:19falasse principalmente
38:20desse investimento
38:21de infraestrutura,
38:22da questão do saneamento,
38:24que é fundamental,
38:24se Minas vai ou não
38:26atingir a meta em 2033
38:28da universalização
38:28do saneamento.
38:30Vamos lá,
38:30vou começar por saneamento,
38:31porque a gente tem
38:31movimentos importantes
38:33essa semana.
38:34Está avançando na Assembleia
38:36o nosso projeto
38:36de privatização da Copasa.
38:38A Copasa,
38:39diferente da Sabesp,
38:40é uma empresa
38:40que já é listada
38:41em Bolsa
38:42há mais de 15 anos,
38:43com distribuição
38:43de dividendos regulares,
38:46com administração
38:46profissionalizada.
38:47Então, a gente tem a impressão
38:48que o leilão da Copasa
38:50vai ser um leilão
38:50ainda mais interessante
38:51do que a Sabesp,
38:52ela é menor do que a Sabesp,
38:53obviamente.
38:54Mas é uma companhia
38:55muito mais enxuta
38:57e funcional.
38:59E qual que é a boa notícia?
39:00Ela vem com capacidade
39:01plena de universalização,
39:02ela já tem hoje,
39:03ela vai cumprir todas as metas,
39:04ela já está preparada
39:05para isso,
39:06independentemente
39:06da privatização.
39:07No prazo até 2033?
39:09No prazo até 2033.
39:10A gente tem até condição
39:11de antecipar,
39:12onde a gente tem água e esgoto,
39:13nós vamos universalizar em 29,
39:15onde a gente só tem água
39:16e vai ter que criar
39:17a estrutura de esgoto,
39:18onde a Copasa
39:18não é a operadora do esgoto,
39:20ela vai conseguir universalizar
39:21ao longo de 2031 e 32.
39:24Mas, além disso,
39:26nós temos outras duas
39:27ações importantes.
39:29Quando houve o rompimento
39:30da barragem em Mariana,
39:32nós prejudicamos muito
39:33as cidades que ficam
39:35em torno do Rio Doce,
39:35são 200 cidades.
39:36Então, nós resolvemos,
39:38nós estamos separando
39:39essas 200 cidades
39:40do Rio Doce
39:40e vamos fazer um leilão,
39:43o Banco Mundial e o AFC
39:44estão modelando o leilão
39:45para a gente
39:46e nós vamos fazer
39:47um APP só para este bloco,
39:50independentemente de Copasa,
39:51essas 200 cidades.
39:53Por quê, Dávila?
39:54Pela primeira vez no Brasil,
39:56ao invés de quem vai fazer
39:57água e esgoto pagar,
39:59nós vamos por 7 bilhões de reais
40:00para universalizar
40:01a água e esgoto nessa região,
40:03para que possa ser feito
40:03com velocidade e tarifa módica.
40:05Então, essas 200 cidades
40:07vai ser o único leilão inverso
40:08no Brasil em que o governo,
40:10o poder público,
40:10vai colocar 7 bilhões
40:12ao longo de 7 anos
40:13com risco zero,
40:14porque é risco vale,
40:15a vale é que vai pôr
40:16esse dinheiro dentro
40:16do Acordo de Mariana,
40:17fez parte da nossa exigência,
40:19para que possa ter
40:20universalização ali
40:21nesse lado direito,
40:22no leste de Minas.
40:24Além disso,
40:24na região mais pobre do estado,
40:26que é o nosso Vale de Jequitinhonha,
40:27nós estamos colocando
40:28no começo do ano
40:29uma PPP na rua,
40:30também para universalização
40:32do saneamento
40:33no Jequitinhonha.
40:34Então, nós temos
40:35três frentes importantes
40:36hoje em andamento
40:37e saneamento.
40:38A privatização da Copasa,
40:39o investimento
40:40de 7 bilhões de reais
40:41na PPP do Rio Doce
40:42e a PPP do Jequitinhonha
40:44com 80 cidades
40:45que vão passar
40:46a ser atendidas
40:47em água e esgoto ali.
40:49Isso também vai servir
40:50para alimentar
40:51a venda da Copasa
40:51especificamente
40:52a nossa infraestrutura
40:54rodoviária.
40:55Já está carimbado o dinheiro,
40:56faz parte do programa
40:57do Propag,
40:58todo o dinheiro
40:58arrecadado com a venda
41:00da Copasa
41:00necessariamente
41:01tem que ser revertido
41:02em infraestrutura.
41:03Por quê?
41:05A gente saiu
41:05de investimentos anuais
41:06de 300 milhões de reais
41:08do governo Pimentel
41:09para 1 bilhão e meio
41:10de reais por ano
41:11em infraestrutura hoje,
41:12mas ainda não é suficiente.
41:14Eu consegui fazer
41:15cinco grandes concessões,
41:17Rodonel de Belo Horizonte,
41:18maior obra da história
41:19do Estado,
41:20mais quatro grupos
41:22rodoviários,
41:24mas eu ainda preciso fazer
41:24novas rodadas de leilão.
41:26Tem um leilão
41:27marcado para essa semana
41:28em São Paulo,
41:29de Ouro Preto, Mariana,
41:30mas nós precisamos
41:32também de dinheiro
41:33para as estadas
41:33que não vão ser concedidas.
41:35E aí eu vou usar
41:36o dinheiro de Copasa
41:37para alimentar
41:38esses investimentos
41:39e eu tenho certeza
41:41que com isso,
41:41mais 1 bilhão e meio
41:42por ano que a gente
41:43tem que investir
41:43por conta do Propag
41:44e a Copasa
41:45vai nos alimentar
41:46a isso pelo menos
41:46cinco anos,
41:47a gente vai conseguir
41:48dar um avanço
41:49significativo.
41:50Eu estou correndo
41:50atrás de São Paulo,
41:51fazendo o dever de casa
41:52que São Paulo fez
41:53há 30 anos atrás,
41:55com a boa notícia
41:55de que a gente também
41:56conseguiu para o caso
41:57de Belo Horizonte
41:57especificamente,
41:59tirar do papel
41:59a expansão do metrô.
42:01As obras estão
42:02a pleno vapor lá,
42:03expansão da linha 1,
42:04construção da linha 2,
42:05trens já vindo
42:06da China para cá,
42:08vai mudar muito
42:09a cara do transporte
42:10em Belo Horizonte.
42:11Agora, governador,
42:12tem um gargalo
42:13no crescimento econômico
42:14de Minas,
42:14e aí eu quero saber
42:15como é que o senhor
42:15vai enfrentar,
42:17que é a questão
42:17da energia elétrica.
42:19Esse é um grande gargalo
42:21do crescimento
42:21do PIB mineiro.
42:22Como é que nós vamos
42:23resolver esse problema?
42:24O Davila,
42:25nós já tivemos
42:25vontade mais de uma vez
42:26conversar sobre isso,
42:27por motivos de amigos
42:28nossos passando raiva
42:30com esse assunto.
42:32A CEMIG
42:33passou os últimos 20 anos
42:36investindo dinheiro
42:36fora de Minas.
42:38Comprou participação
42:38na Light,
42:39onde ela teve prejuízo
42:40de mais de um bilhão
42:41de reais,
42:41e se a gente não
42:42tivesse vendido
42:43a Light no momento
42:44que nós vendemos,
42:45a gente tinha perdido
42:45mais um bilhão e meio.
42:47Porque ela já caiu
42:48de valor,
42:49a gente vendeu a 20 reais,
42:50a ação está a 3 reais agora.
42:53Pôr o dinheiro
42:54no sul da Bahia,
42:55em Eólica,
42:57pôr o dinheiro
42:57em Santo Antônio,
42:58lá naquela usina
42:59na região amazônica.
43:02O que o governador
43:02Romeu Zema determinou?
43:04A CEMIG
43:05só investe
43:06em Minas Gerais.
43:07Trazendo os investimentos
43:07todos para cá,
43:08a gente conseguiu começar
43:10a construir subestação,
43:11porque a CEMIG
43:11que vive de vender
43:12energia para mineiro,
43:13não tinha energia
43:14para vender para o mineiro.
43:15É um negócio desesperador.
43:16Você fala,
43:16o que você faz da vida?
43:17Eu vendo energia.
43:18Fala,
43:19eu quero comprar.
43:19Eu não tenho para vender.
43:20Hoje isso está melhorando,
43:23mas tudo demora.
43:25E é por isso
43:25que a gente tem brigado
43:26pela privatização da CEMIG,
43:28transformação da CEMIG
43:29Incorporation.
43:30A CEMIG gasta 36 meses
43:32para instalar
43:33uma subestação.
43:35Eu consegui fazer
43:35200 nesse período.
43:37A gente pegou a CEMIG
43:38com 400 subestações,
43:39vamos entregar a CEMIG
43:40no final desse mandato
43:41com 650 subestações.
43:43Ou seja,
43:43eu aumentei
43:44em mais de 50%
43:44a capacidade de fornecimento
43:46de energia da CEMIG.
43:47Mas,
43:48não é o suficiente.
43:49O problema é que ela gasta
43:5036 meses
43:51para fazer a instalação
43:52da subestação.
43:54As concorrentes privadas
43:55gastam 18.
43:57Literalmente,
43:57metade do tempo.
43:58Então,
43:59eu falo isso muito.
44:00Eu não quero vender a CEMIG,
44:01não tenho nenhum interesse
44:02em vender as ações da CEMIG.
44:03Eu quero só transformá-la
44:04numa corporação.
44:06O governo já tem
44:06uma participação muito pequena
44:07na CEMIG,
44:08que a gente só tem 17,5%
44:09das ações.
44:10O que eu preciso
44:11é dar direito de voto
44:11para todo mundo,
44:12porque aí eu paro
44:13de controlar
44:14e ela ganha velocidade
44:15e Minas começa
44:16a ter energia
44:17para fazer as coisas.
44:18Porque você chegar
44:19numa fazenda
44:20e ver um pivô
44:21sendo rodado
44:22na base do...
44:24Gerador.
44:24O diesel é dematável,
44:27dá até vergonha.
44:27E agora vão ter que fazer
44:30pequenas hidrelétricas
44:33ou com biomassa.
44:35Eu falo muito
44:36toda vez que um proprietário
44:37rural chega para mim
44:38para falar,
44:38eu falo,
44:38olha,
44:39vamos tentar resolver
44:39na CEMIG,
44:40mas eu te falo uma coisa,
44:41tenta fazer um circuito fechado
44:42ou biomassa
44:44ou fotovoltaica,
44:45porque se você depender
44:46da rede
44:46num estado
44:47onde a empresa
44:48é estatal
44:49é muito duro.
44:50Porque a velocidade
44:50de investimento,
44:51mesmo que a empresa queira,
44:52que seja profissional
44:53como o caso da CEMIG é,
44:55mudou o preço
44:57do fornecimento
44:58de um disjuntor,
44:59tem que licitar de novo.
45:01Isso é zero programa.
45:03E não tem como
45:03privatizar a CEMIG?
45:05Eu preciso de autorização
45:06da Assembleia.
45:06A Assembleia decidiu
45:07votar nesse momento
45:09a privatização
45:10da Copasa.
45:12A CEMIG,
45:13eles pediram
45:13para voltar a discutir
45:14na hora que eles acabarem
45:15de discutir Copasa.
45:16Como eles vão discutir Copasa
45:17ao longo do próximo mês?
45:18Eu até brinquei com isso.
45:19Não preocupa não,
45:20outubro está chegando.
45:22A gente volta.
45:23Vamos resolver o problema.
45:25Agora, governador,
45:26como é que é?
45:27O grande desafio
45:28na saúde.
45:29Saúde é outra coisa
45:30também que Minas avançou,
45:33mas ainda precisamos
45:34avançar mais.
45:36Lávio,
45:36nós temos um problema
45:37na saúde no Brasil
45:38que tem a ver
45:39com o pacto federativo.
45:42No Brasil,
45:43a saúde é um resultado
45:43do município.
45:44O município tem que resolver
45:45todos os problemas de saúde.
45:46Mas ele não tem o dinheiro
45:47para resolver o problema.
45:48Então, acontece uma coisa
45:49em Minas Gerais
45:50que me deixa penalizado
45:52é ver o município
45:53gastar 40%
45:54do orçamento dele
45:55para manter os hospitais
45:56deles abertos.
45:57Isso inviabiliza o resto
45:58da infraestrutura.
46:00O que a gente fez?
46:01Bom, primeiro,
46:02eu parei de pagar o hospital
46:04porque ele existe.
46:05Eu agora só pago o hospital
46:06porque ele produz.
46:08E aí você pode falar,
46:09mas o hospital não se ressentiu
46:10disso porque,
46:11como é que eu faço hoje?
46:12Antigamente,
46:13o hospital abria.
46:14Ah, quantos leitos são?
46:1540.
46:16Então, por leito,
46:16eu pago tanto,
46:17você vai receber tanto por...
46:18Falar aqui o seguinte,
46:19todo aumento daqui para frente,
46:21eu só te dou dinheiro a mais
46:22por produção.
46:23E produção é
46:23velocidade de liberação de leito,
46:25porque eu não quero
46:26paciente internado
46:26há muito tempo,
46:27é índice de reinfecção,
46:28porque eu não quero
46:29paciente tendo que voltar
46:30para tratar de novo,
46:31e é número de procedimentos
46:32realizados.
46:33E aí,
46:34quanto mais procedimento,
46:35quanto mais rápido
46:35e quanto menos reinfecção,
46:36mais dinheiro eu te dou.
46:38E os hospitais
46:38estão muito satisfeitos com isso.
46:40Quem produz ganha mais dinheiro,
46:41quem não produz
46:42tem que pensar outra coisa
46:43para a vida.
46:44Consegui diminuir drasticamente
46:46as filas de cirurgia
46:47por conta disso,
46:47porque hoje pago um prêmio
46:49por operação de cirurgia eletiva.
46:51Consegui universalizar
46:52o SAMU no Estado,
46:54tem o serviço de emergência
46:55no Estado como um todo,
46:56não tinha,
46:57era metade do Estado
46:57só coberto por isso.
46:59E vamos inaugurar
47:00cinco hospitais regionais
47:01para reforçar a rede,
47:02mais um hospital novo
47:04em Belo Horizonte
47:04com investimento
47:05de 2 bilhões e meio de reais.
47:06O HOPE também está sendo
47:07leiloado essa semana
47:08na B3.
47:10O que isso significa?
47:12Eu ponho a infraestrutura
47:13à disposição do município
47:15e melhoro a produtividade
47:18dos hospitais.
47:19O que continua me preocupando?
47:20Como é que os municípios
47:21vão financiar a saúde primária?
47:23Eu estou repassando,
47:25e não é obrigação do Estado,
47:27quase 2 bilhões de reais
47:28por ano para os municípios
47:29para a saúde primária,
47:30Dávila.
47:31Para o BS,
47:32Posto de Saúde.
47:33Cadê o governo federal?
47:35Essa pergunta que eu falei,
47:36cadê o governo federal?
47:37Ah, estou gastando
47:39muito dinheiro com outras coisas.
47:40Então, para de gastar.
47:41E gasta com saúde,
47:42porque saúde é essencial.
47:44O governo federal gasta
47:4512% do orçamento dele
47:46com saúde,
47:47o município gasta 40%.
47:48Isso não é justo.
47:50O médico de família,
47:51que tem um papel
47:52fundamental nisso,
47:53é possível fazer
47:54um prontuário eletrônico
47:55desses médicos de família
47:57para que nós possamos
47:58ter essa informação disponível
47:59e, inclusive,
48:00melhorar a qualidade
48:01da saúde primária?
48:01Em Minas,
48:02nós tomamos uma decisão
48:03muito dura para mim,
48:06porque eu sempre achei
48:06que o melhor era a gente
48:07ter um prontuário
48:08eletrônico universal.
48:09Só que como cada município
48:11decide como é que ele
48:11coleta os dados,
48:13e eu não posso obrigar
48:14o município a adotar
48:16o prontuário,
48:16e aí o município de oposição
48:17não quer que adotar um...
48:19Nós precisamos criar
48:20um sistema integrador
48:21que vai me resolver.
48:22O que ele faz?
48:23Ele lê qualquer sistema.
48:25Usa o sistema que você quiser,
48:26mas o seu sistema
48:27tem que estar aberto
48:27para o meu integrador ir lá
48:29pegar os dados
48:29e alimentar pelo CPF
48:31para eu poder ver
48:31o que está acontecendo,
48:32porque não tem cabimento.
48:34Eu repeti exames
48:35e já está diagnosticado.
48:37O médico não tem acesso
48:38ao laudo do outro médico
48:39sobre o paciente
48:39que ele está atendendo.
48:41Isso faz com que
48:41os procedimentos demorem
48:42mais, mas pior do que isso.
48:44Isso prejudica muito
48:44a saúde do paciente,
48:46que muitas vezes
48:47tem diagnósticos
48:47que são incompatíveis,
48:49está usando medicamentos
48:50que são incompatíveis,
48:51ou está repetindo exames
48:52que já podiam ter sido
48:53aproveitados
48:53de experiências anteriores.
48:55Então, a gente está
48:56trabalhando no integrador.
48:57O protótipo deve começar
48:59a rodar no começo
48:59do ano que vem.
49:00A gente vai começar
49:01com alguns municípios
49:02e alguns procedimentos.
49:03Mas eu estou muito animado.
49:05Agora, é duro para mim, viu?
49:06Porque eu sempre achei
49:07que era melhor ter
49:07um documento só
49:08para todo mundo.
49:09Mas aí o problema
49:09é você ter autonomia municipal.
49:11Eu não estou reclamando
49:12da autonomia municipal,
49:13mas cada prefeito
49:13faz o sistema que quer
49:14e eu fico...
49:16Aí eu desisti.
49:16Me convenci a falar,
49:17Matheus, para de bater cabeça
49:19num problema que você não resolve.
49:20E tem o integrador,
49:21agora você resolve o integrador.
49:22O integrador resolve o problema.
49:23Deixa o prefeito
49:24usar o sistema que ele quiser.
49:25Eu falei, tá bom.
49:25Então, especialmente
49:27porque em Minas,
49:27diferente de São Paulo e Rio,
49:29os meus hospitais
49:30são na maior parte
49:31filantrópicos.
49:31Eu tenho 450 hospitais
49:33SUS no estado.
49:34Só 20 são do estado.
49:36Todos os outros
49:37são ou municipais,
49:38são 40 e poucos,
49:39ou filantrópicos.
49:40Nosso tema filantrópico
49:41é muito importante.
49:42A saúde pública em Minas
49:43já é tocada
49:44pela iniciativa privada.
49:46Eu sempre chamo a atenção
49:46de o pessoal falar,
49:47vai privatizar a saúde
49:48lá em Minas,
49:48está funcionando bem,
49:49porque quem toma conta
49:50é Santa Casa, viu?
49:51Que já é privada
49:52há muito tempo.
49:52E aí é que eu não consigo
49:55controlar o sistema
49:56que eles usam mesmo, né?
49:57Eu vou falar pra Santa Casa,
49:58não, você tem que usar
49:59o meu sistema.
49:59Eu vou usar o da Federa Santas.
50:02Então, usa o que você quiser.
50:04O integrador vai nos ajudar.
50:05Tem tido bons resultados
50:06e eu estou animado
50:07com a ideia.
50:09Agora, um dos segredos
50:10de Minas,
50:11que pouca gente sabe,
50:12mas a gente que acompanha
50:13muito o estado conhece,
50:15é a política ambiental
50:16em Minas.
50:17Vocês estão fazendo
50:17uma revolução ambiental lá
50:19que está passando
50:20meio desapercebido
50:22da grande imprensa,
50:23mas que é algo que vai ter
50:25grande impacto
50:26na vida dos mineiros.
50:27Conta um pouco pra gente.
50:27Eu falei que a COP,
50:28agora eu quero ver
50:30como é que o governo federal
50:31vai fazer com o fato
50:32de que todos os prêmios
50:34internacionais
50:34sobre política ambiental
50:36são do governo de Minas Gerais,
50:37que é um governo de direita, né?
50:38E eles acham que a pauta ambiental
50:40é monopólio da esquerda,
50:41que aliás, não faz nada
50:43em meio ambiente,
50:44além de promover
50:45invasão de beirada de rio,
50:47desmatamento em beirada de rio
50:48com o seu interno.
50:49O que a gente fez?
50:52Nós aderimos ao Race to Zero
50:53com o apoio do governo
50:54inglês em 2020,
50:58que é a corrida por carbono neutro
50:59até 2050.
51:01Os governos nacionais
51:03não têm conseguido avançar.
51:04A gente vê que COP
51:05atrás de COP,
51:06Paris,
51:07eles não conseguiram
51:09se mobilizar
51:10pra fazer as metas
51:11de descarbonização andarem.
51:13Nenhum deles conseguiu.
51:15E aí os subnacionais,
51:16os estados,
51:16os municípios,
51:17começaram a engajar na pauta.
51:18E não é porque a União
51:20é ruim nisso, não.
51:21É porque realmente é difícil, né?
51:22Você pensa,
51:22a União está muito distante
51:23da empresa.
51:25Está muito distante
51:25do produtor.
51:26Então ela lança a política lá
51:27e o portão está nem sabendo
51:29o que ela está falando aqui
51:30e a União também tem a menor ideia
51:31de como é que o território
51:32acontece.
51:33Então a gente começou
51:34a tomar a dianteira disso
51:36e nós somos hoje
51:37o único estado do Brasil
51:38que, um,
51:39tem um plano de ação
51:40climática completo,
51:41tem um inventário
51:42de emissão completo
51:43e já tem o monitoramento
51:45de todas as metas
51:46que foram estabelecidas
51:47para o cumprimento
51:48do carbono zero.
51:50Para cada setor,
51:51eu já disse
51:52como é que as coisas
51:53devem ser feitas
51:53e ao invés de fazer
51:55como o resto do mundo
51:56começou a fazer
51:57e agora já começou a mudar
51:58e é por isso
51:59que nós fomos premiados
52:00na ONU,
52:00nossa,
52:00Escócia e Califórnia.
52:02Nós chamamos
52:03o setor produtivo
52:03e falamos aqui,
52:04deixa eu te falar,
52:05como é que você vai resolver
52:06o problema da emissão
52:07do seu carbono?
52:08Porque não adianta,
52:09Davila,
52:09eu dizer
52:10que a agricultura
52:11vai emitir menos carbono.
52:12Não,
52:13como?
52:14Você tem que chamar o cara.
52:15Ah, não,
52:16a construção chama a indústria.
52:18Então,
52:18nós assinamos o nosso compromisso
52:20com a Federação da Indústria
52:21e a Federação da Agricultura
52:22assinando juntos.
52:24Nós fizemos um inventário
52:24junto com eles,
52:25eles participam
52:26do comitê de monitoramento.
52:27Isso muda muito
52:28a forma como a gente
52:29se relaciona
52:29com cada uma das indústrias.
52:30Temos desafios?
52:31Temos.
52:32Zerar o carbono de aço
52:33e Minas é o maior produtor
52:34de aço do Brasil
52:35é um desafio.
52:36Zerar o carbono do cimento
52:37e Minas é o maior produtor
52:38de cimento do Brasil
52:39é um desafio.
52:40E zerar a produção,
52:41nós temos outros dois
52:43muito dramáticos
52:44que são
52:44a emissão de metano
52:46pelo gado
52:47e a emissão
52:48de CO2
52:50pelos veículos pesados.
52:52Mas estamos trabalhando
52:54com cada um dos setores.
52:55Mão dada
52:56para falar qual que é a solução.
52:58Lembrando para todo mundo
52:58que está em casa aí
52:59que gosta do tema ecológico,
53:01viu gente?
53:01Carro elétrico
53:02é solução para europeu, tá?
53:04A nossa solução aqui
53:05chama etanol.
53:06Você não precisa nem trocar
53:07seu carro.
53:08Basta você parar no posto
53:09e colocar etanol
53:10ao invés de colocar gasolina.
53:11dado para quem gosta
53:13de número.
53:14Um carro a gasolina
53:15tem a mesma,
53:16tem 80%
53:17da eficiência energética
53:18de um carro elétrico
53:19e custa
53:2040% do preço
53:21de um carro elétrico.
53:23Então não tem sentido
53:24a gente falar
53:24em eletrificação de frota,
53:25nós temos que falar
53:26em consumo de etanol.
53:28Tem muita gente discutindo
53:29carro 100% etanol?
53:30Não, pode fazer
53:31eventualmente
53:32para dar algum
53:33privilégio tributário,
53:35mas os nossos carros
53:35já são todos flex.
53:36Eles falam de abastecer,
53:37abastecer só com etanol.
53:39O nosso desafio
53:40no Brasil
53:40na matriz energética
53:41não está no carro leve,
53:43é no veículo pesado.
53:45Como é que a gente faz?
53:46E aí também
53:47uma ignorância.
53:48Ah, o governo federal
53:49está colocando
53:49350 milhões de reais,
53:51por exemplo,
53:51em Belo Horizonte
53:51para comprar
53:52ônibus elétrico.
53:54Vai comprar
53:54100 ônibus elétricos.
53:56Com 350 milhões de reais
53:57ele conseguia comprar
53:58700 ônibus novos
54:00com motor Euro 6.
54:02A idade média
54:02dos ônibus
54:03em Belo Horizonte
54:04é de 17 anos,
54:05o que significa
54:06que eles não têm
54:06nem classificação euro
54:07nos motores deles.
54:08Eles poluem
54:09oito vezes mais
54:11do que um motor Euro 6.
54:12Se o governo
54:13ao invés de comprar
54:14100 ônibus elétricos
54:15comprasse para a gente
54:16700 ônibus Euro 6,
54:19a gente tinha resolvido
54:20um problema muito maior
54:21do que o que eles vão resolver.
54:22A lógica de uso
54:23do dinheiro no Brasil
54:24é muito maluca.
54:26Parece que ninguém
54:27faz conta.
54:28A gente é movido
54:29por modinha.
54:31O poder público
54:31tem que parar
54:32e fazer conta.
54:33Igual a dona de casa.
54:34na hora de comprar
54:35a televisão
54:36para assistir
54:37o jogo da Copa,
54:38não é só saber
54:39se a televisão grande
54:39cabe na sua casa.
54:41É olhar qual
54:41você dá conta
54:42de comprar
54:42e comprar aquela
54:43que faz sentido
54:44para você.
54:45Ah, mas eu vi
54:45no filme.
54:46Não, não, esquece
54:47o filme, meu filho.
54:48Qual é o seu orçamento?
54:49Resolve o problema
54:50da sua casa.
54:51Mas isso é uma coisa
54:52muito importante,
54:52essa pauta ambiental
54:53de Minas,
54:54porque é por meio
54:56do mercado
54:57que se resolve
54:58a questão ambiental
54:59e não por meio
55:00do Estado
55:01se intrometendo
55:03em temas.
55:04É trazendo a iniciativa
55:05privada.
55:06Por isso que eu acho
55:06que o caso de Minas
55:07é exemplar
55:07e precisa ser mais divulgado,
55:09viu, governador?
55:10Nós temos que divulgar mais.
55:11O mineiro é igual
55:13pato, né?
55:15Bota ovo grande,
55:16mas num cacarejo
55:17igual galinha.
55:19Eu vou te falar mais,
55:20viu?
55:20Acho que a gente tem
55:21um desafio
55:21para o próximo
55:22mandato federal
55:23que é a gente tentar
55:24discutir uma coisa
55:25que é uma lenda
55:26no Brasil.
55:27A gente acha
55:28que quanto mais burocrático
55:29for o processo
55:30de licenciamento ambiental
55:31maior a segurança?
55:33Sendo que, na verdade,
55:34a segurança não vem
55:35do licenciamento,
55:36vem da fiscalização.
55:37Se o empreendedor
55:38está dizendo para mim
55:39que vai cumprir a lei,
55:41se eu tenho técnicos
55:41assinando os laudos dele
55:43dizendo que a lei
55:43está sendo cumprida,
55:45muito mais importante
55:45que o papel mostrar
55:47que está cumprindo
55:47é alguém ir lá olhar
55:49para ver se aquilo
55:50está acontecendo.
55:51O Brasil,
55:51ele mira muito
55:52na burocracia
55:53do procedimento
55:54de aprovação
55:54e não se preocupa
55:56com fiscalização.
55:57As nossas barragens
55:58em Minas romperam,
56:00não é porque elas
56:00não estavam licenciadas,
56:02elas foram licenciadas
56:03no papel,
56:03elas eram lindas,
56:05maravilhosas
56:05e seguras.
56:07Só que ninguém
56:07da Agência Nacional
56:08de Mineração
56:08foi lá olhar
56:09a situação
56:10de cada uma
56:10das barragens.
56:11Então,
56:12a gente precisa começar
56:13a discutir licenciamento
56:14no Brasil
56:14numa outra lógica,
56:15sabe,
56:15da Ávila?
56:16Parar de olhar
56:17para o empreendedor,
56:18para o particular,
56:19como se ele fosse
56:19necessariamente
56:20um criminoso
56:21e começar a fiscalizar
56:23para ver se ele está fazendo
56:24o que ele se comprometeu
56:25a fazer.
56:26Menos burocracia
56:26no licenciamento,
56:28mais rigor
56:28na fiscalização.
56:29E, para isso,
56:30nós precisamos
56:31de um governo federal
56:32que veja o empresário
56:33como olhado
56:34e não como a vaca leiteira
56:36para tirar mais dinheiro
56:36por meio de impostos.
56:38Matando a vaca.
56:38Matando a vaca.
56:40É isso aí.
56:41Governador,
56:41grande prazer em tê-lo aqui
56:43na entrevista com o Dávila.
56:44Muito obrigado
56:44e muito boa sorte
56:46nesse pleito de 2026.
56:48Estou animado,
56:48vai dar certo.
56:50E a gente fica por aqui.
56:51E para você que gosta
56:52do jeito
56:53Jovem Pan de notícias,
56:54não deixe de fazer
56:55a sua assinatura
56:56no site
56:56jp.com.br.
56:59Lá você acompanha
57:00conteúdos exclusivos,
57:01análises, comentários
57:02e tem acesso
57:04ilimitado
57:04ao Panflix,
57:06o aplicativo
57:06da Jovem Pan.
57:08Obrigado pela sua companhia
57:09e até o próximo
57:11Entrevista com Dávila.
57:13Entrevista com Dávila
57:19A opinião
57:23dos nossos comentaristas
57:24não reflete necessariamente
57:26a opinião
57:27do Grupo Jovem Pan
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