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O imposto seletivo, que será cobrado sobre produtos nocivos à saúde, está causando polêmica na reforma tributária. A medida pode incentivar o mercado informal no Brasil, segundo especialistas. Reportagem: Matheus Dias.

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Transcrição
00:00O plenário do Senado adiou para a próxima semana a votação do projeto de lei complementar
00:05que cria o Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços, o IBS,
00:10uma discussão dentro da reforma tributária.
00:12Reportagem de Matheus Dias.
00:16Criado pela reforma tributária de 2023 e previsto para entrar em vigor em 2027,
00:23o imposto seletivo, ou imposto do pecado como ficou conhecido,
00:28será aplicado sobre produtos considerados nocivos à saúde e ao meio ambiente,
00:34numa tentativa de desestimular o consumo com o aumento do preço.
00:39Entre os exemplos de itens que serão alvo do imposto seletivo
00:42estão cigarros, bebidas alcoólicas e até veículos movidos a combustíveis fósseis.
00:49Márcio Roland, professor de Economia da FGV,
00:53realizou um estudo detalhado sobre imposto seletivo
00:56e questiona se realmente o efeito será o esperado.
01:00Se esse imposto adicional a essa já alta carga tributária,
01:04vai alterar mesmo o comportamento dos consumidores, né?
01:08Se ele vai deixar de consumir refrigerantes
01:11e se ele vai optar por consumir líquidos considerados saudáveis,
01:16como sucos naturais, sucos de frutas naturais, né?
01:18Então a gente resolveu analisar isso usando técnicas estatísticas,
01:23vamos chamar assim, e um banco de dados atualizado
01:26de preços e de demanda desses produtos no Brasil.
01:30Quem também pode entrar nessa lista dos impostos seletivos
01:33são os refrigerantes, ou de uma forma técnica detalhada
01:37que são classificados como a mistura de águas minerais e gaseificadas,
01:42com adição de açúcar ou outros edulcorantes.
01:47Na prática, significa dizer que, se aprovado,
01:50os refrigerantes também vão ficar mais caros.
01:54Incluir os refrigerantes na pauta tem como meta
01:57reduzir os índices de obesidade.
02:00Só que isso gera uma controvérsia.
02:03A Organização Mundial da Saúde afirma que não é um único produto
02:07que causa obesidade, mas uma combinação de diferentes fatores,
02:11como consumo excessível de carboidratos, gorduras saturadas,
02:16sódio e açúcares, e a ausência de práticas esportivas,
02:20que caracterizam o sedentarismo.
02:23Outro ponto é que os refrigerantes representam apenas
02:251,3% da ingestão calórica média do brasileiro,
02:30enquanto o açúcar, propriamente dito,
02:32responde por 5,8% da ingestão calórica nacional,
02:37mas não foi adicionado na lista do imposto do pecado.
02:41O que quer dizer que, ironicamente,
02:44apenas o açúcar misturado à água
02:47é possível de tributos.
02:49O açúcar está na cesta básica.
02:52O açúcar não vai pagar tributo algum.
02:56O refrigerante, que tem um peso bem menor,
02:59vai ser sobretributado.
03:01Será mesmo que a gente está sendo seletivo?
03:03Será mesmo que a gente está escolhendo produtos prejudiciais
03:07à saúde e ao meio ambiente?
03:08Caio Bartini, advogado especialista em direito tributário,
03:12ainda vai além,
03:13e mostra que o imposto vai afetar somente
03:15a parcela mais pobre da população.
03:18Quem ganha 20, 30 mil reais por mês,
03:21não vai mudar o hábito,
03:23porque a latinha ficou alguns centavos mais cara.
03:26Então é óbvio que vai pesar no bolso
03:29da pessoa mais pobre,
03:30não vai alterar o consumo de quem é rico,
03:34não vai entregar o efeito prometido
03:36para melhorar a saúde pública.
03:38Então, obrigatoriamente,
03:40esse imposto, da forma que ele está sendo apresentado,
03:43ele vai acabar onerando a camada mais pobre da população.
03:46Outro ponto de preocupação é que os novos tributos
03:49possam causar danos colaterais negativos,
03:52como o incentivo ao mercado informal
03:54e o contrabando dos produtos taxados.
03:57Sem contar a insegurança jurídica
04:00e a possibilidade de ser apenas
04:01mais um instrumento arrecadatório disfarçado.
04:05Pontos levantados por conselheiros
04:07da Federação do Comércio de Bens,
04:10Serviços e Turismo do Estado de São Paulo.
04:12Obrigado.
04:13Obrigado.
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