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No Check Up dessa semana, o doutor Claudio Lottenberg recebe a neurologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Gisele Sampaio, que explica a importância do trabalho em equipe em todo o processo de diagnóstico e tratamento do AVC, além de equipamentos e tecnologias utilizadas no hospital.
Apresentador: Cláudio Lottenberg
Entrevistada: Gisele Sampaio

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Transcrição
00:00E o que surgiu de mais recente na abordagem do paciente com AVC?
00:06E alguém que tem AVC uma vez pode voltar a ter?
00:09Então, AVC, eu sou suspeita para falar, porque sou pesquisadora nessa área,
00:13mas eu acho que foi uma das áreas que mais mudou, eu diria, nos últimos 5 a 10 anos.
00:17A gente teve essa incorporação da trombectomia.
00:20Inicialmente, a gente tinha, Cláudio, janelas terapêuticas muito curtas para tratar esses doentes.
00:25Hoje, utilizando neuroimagem avançada, a gente consegue ver qual é o tecido cerebral que está viável ainda.
00:32Se hoje chegar um paciente no Einstein, agora eu consigo ver a imagem dele no meu celular.
00:37Então, isso acelerou os processos de decisão.
00:40Vários hospitais públicos também têm essa possibilidade.
00:43Por exemplo, o Hospital São Paulo, a Escola Paulista de Medicina, eu também tenho acesso às imagens.
00:47Então, antes a gente tratava pacientes só até 6 horas,
00:50o paciente tinha que ter uma oclusão de um vaso na circulação anterior do cérebro.
00:54Hoje, a gente trata até 24 horas, com base nesses exames de imagem avançada.
00:59A gente trata outras artérias, como as artérias da circulação posterior.
01:04Isso realmente permitiu com que a gente tratasse muitos pacientes que antes não eram tratados.
01:08Um avanço recente, eu diria, nos últimos 2 anos, foi no tratamento do AVC hemorrágico,
01:13que ainda é uma doença extremamente grave e que não tem um tratamento tão bem definido quanto no AVC isquímico.
01:18Mas hoje, no AVC hemorrágico, a gente tem a definição de que procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos,
01:25se feitos de maneira muito rápida, podem também mudar o prognóstico desses pacientes.
01:30E existem também bundles ou protocolos de atendimento para fazer coisas simples com o nosso doente do AVC hemorrágico,
01:36como tratar a pressão na fase aguda, tratar a glicemia, evitar que aquele paciente que está anticoagulado expanda aquele hematoma.
01:44Então, existia um estudo grande também, australiano, mas do qual o Brasil participou,
01:48randomizando os centros para esses bundles de atendimento.
01:51Então, fazer o que a gente já sabe que funciona, implementar, pode mudar o prognóstico do acidente vascular cerebral hemorrágico também.
01:58Como é a recuperação do paciente que teve AVC? A reabilitação, ela é sempre possível?
02:04Qual é o tempo que você pode imaginar que uma pessoa ainda pode se recuperar para, no fundo, ter as suas atividades,
02:11conseguir andar, mexer as mãos?
02:13Então, como a gente falou, o pior do AVC, às vezes, nem é o óbito, é a incapacidade.
02:19Então, o indivíduo que era totalmente funcional, num país como o nosso, muitas vezes era um indivíduo que sustentava a sua família
02:26e, além de não poder sustentar, uma pessoa precisa parar para cuidar daquele paciente que fica incapacitado.
02:32Então, a reabilitação é fundamental. Ela pode ser feita para todos, pode e deve ser feita para todos os pacientes, desde o início.
02:40Então, na internação já faz diferença posicionar aquele paciente de maneira adequada, então, usar quando indicado o órteses,
02:47fazer uma programação de reabilitação de fala, quando aquele indivíduo tem problema de fala.
02:51E eu tenho um paciente que fala assim, que faz cinco anos que ele teve AVC e ele continua melhorando.
02:59Então, a gente nunca deve desistir. O processo de melhora, ele acontece mais rapidamente no primeiro ano.
03:05Então, depois que aconteceu o AVC, dentro do primeiro ano, é onde a gente vai ver uma melhora progressiva mais importante,
03:11mas ela pode continuar acontecendo e a reabilitação faz parte dessa busca da melhora.
03:16Quer dizer, essa melhora é uma melhora que pode, claro, ser mais íntida nos primeiros dias,
03:21mas ela pode até em um ano apresentar sinais de progressão.
03:26E essa recuperação, ela não é feita só por médicos, né?
03:30Qual é a equipe que trabalha a recuperação do paciente que teve AVC?
03:33Então, acho que é por isso que eu gosto de trabalhar com AVC, porque AVC é um trabalho de time.
03:37Nunca, você nunca está sozinho. Então, desde o início.
03:40Então, a equipe multiprofissional é fundamental.
03:43Os nossos protocolos de indicadores de qualidade no Einstein e no mundo todo
03:48requerem que esse paciente seja avaliado por fisioterapeutas, por fonoaudiólogos,
03:53para a gente saber se há problemas de disfagia e que podem levar à aspiração.
03:58Então, esses pacientes podem necessitar de outras terapias, como terapia ocupacional.
04:03A gente trabalha muito de perto com os médicos fisiatras para orquestrar essa reabilitação.
04:09Então, eles todos são super importantes e o trabalho é sempre um trabalho de time.
04:21Quando o paciente tem a suspeita de um assistente tascular cerebral,
04:24uma das coisas mais importantes é a realização da neuroimagem de maneira muito rápida.
04:28A gente tem que saber se, de fato, é um AVC, se é um AVC do tipo isquêmico ou hemorrágico.
04:32E é super importante também a mensuração dos tempos, né, Ana?
04:36Para a gente conseguir atender rapidamente esse paciente.
04:38Exatamente. E o tempo é primordial no tratamento do paciente.
04:42O tempo ideal é de 25 minutos entre a chegada do paciente e a realização da imagem.
04:47E isso vai impactar no desfecho e na melhora dele.
04:50Nós usamos imagens de tomografia e ressonância magnética para detectar o AVC e também quantificá-lo,
04:59detectando hemorragia e parâmetros de perfusão que vão auxiliar na conduta.
05:03Usamos também algoritmo de inteligência artificial para detecção e quantificação automática desse AVC,
05:09auxiliando a nossa tomada de decisão clínica.
05:11Nossa equipe de neurohospitalistas funciona 24 horas, 7 dias por semana.
05:23E nós atendemos presencialmente os pacientes que dão entrada pelo pronto atendimento do Morumbi.
05:27E através da telemedicina a gente consegue dar esse mesmo suporte para os pacientes das unidades satélites
05:35e dos hospitais públicos, dos quais a gente é encarregado,
05:40mantendo o atendimento do AVC com o tempo, janelas adequadas,
05:44e dando esse suporte imediatamente e encurtando o tempo entre a chegada do paciente e o início do tratamento.
05:57Quando o paciente chega e o coágulo não é dissolvido por uma medicação,
06:03a gente tem a possibilidade de tratar esse paciente com uma terapia que a gente chama trombectomia mecânica.
06:08Então a gente consegue sacar o coágulo dentro de uma mesa de hemodinâmica
06:13e é muito importante, assim como na medicação, que isso seja feito de maneira muito rápida.
06:17E para garantir essa agilidade, a gente tem o código AVC,
06:20um código sonoro que alerta todas as unidades do hospital,
06:24trazendo o paciente com mais rapidez para o procedimento.
06:27O protocolo AVC completa agora em outubro 21 anos
06:33e desde a sua criação ele foi pensado para garantir a segurança,
06:37o melhor tratamento e o melhor desfecho para o paciente.
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