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A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe repercutiu nos Estados Unidos. O secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que a Casa Branca dará uma resposta “adequada” à decisão, classificando o julgamento como uma “caça às bruxas”. Trump e outros aliados americanos também manifestaram descontentamento com a decisão da Primeira Turma do STF. Para falar sobre o assunto, a Jovem Pan entrevista Natalia Fingermann, professora de relações internacionais.
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NotíciasTranscrição
00:00Começando falando sobre um assunto que gerou muita repercussão dentro do Brasil, mas também fora do país.
00:06O julgamento e a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro,
00:11condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.
00:17O caso foi comentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
00:21logo após a decisão do Supremo Tribunal Federal na última quinta-feira.
00:26E a gente vai conferir isso.
00:27Eu assisti o julgamento e conheço ele muito bem.
00:31Um líder estrangeiro que foi bom.
00:34Eu achava que ele era um bom presidente para o Brasil e é muito surpreendente que isso possa acontecer.
00:39É muito parecido com o que tentaram fazer comigo, mas não conseguiram.
00:43Mas eu só posso dizer isso.
00:45Eu conheci ele como presidente do Brasil.
00:47Ele era um bom homem e eu não esperava isso.
00:49Pois é, Donald Trump disse ter ficado surpreso com o resultado do julgamento, que já era guardado por muitos.
00:59Mas quem também se manifestou foi o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.
01:04Pelo ex, o antigo Twitter, o diplomata falou que as perseguições políticas,
01:08pelo sancionado por violação de direitos humanos, Alexandre de Moraes, continuam com ele e outros na Suprema Corte do Brasil,
01:18tendo injustamente condenado à prisão o ex-presidente Jair Bolsonaro.
01:23Ele também diz que os Estados Unidos vão responder à altura dessa caça às bruxas.
01:29Um tema que tem sido muito debatido pela Casa Branca, tem sido muito falado aqui no Brasil também,
01:35porque há dois meses a Casa Branca decidiu aumentar as tarifas contra o Brasil por conta justamente disso,
01:41do que eles alegam ser uma perseguição judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
01:46Um tema que é muito caro, toca pessoalmente no presidente norte-americano Donald Trump,
01:52como ele próprio mencionou, passou por algo parecido lá nos Estados Unidos.
01:56Para falar mais sobre esse assunto, a gente recebe a professora de Relações Internacionais da SPM,
02:01Natália Fingerman, gentilmente nos atendendo nessa tarde de sábado.
02:05Professora, seja muito bem-vinda ao JP Internacional.
02:09Prazer estar aqui, Fabêncio. Muito bom estar de volta com vocês.
02:13Ah, um prazer contar com você aqui no nosso programa.
02:15Professora, os Estados Unidos iniciaram esse tarifácio em abril
02:21e já logo colocaram 10% de tarifas aqui contra o país,
02:25embora o Brasil tenha déficit comercial com os americanos.
02:28Depois, essas tarifas subiram pra 50% por conta disso,
02:32que o presidente Donald Trump alega ser uma perseguição judicial
02:36contra Jair Bolsonaro, arbitrariedades do STF.
02:41E esse tarifácio, essa taxação contra o Brasil,
02:44ainda teve uma série de produtos que acabaram ficando isentos das tarifas,
02:48o que deu um certo alívio, deu um certo respiro aqui pro nosso mercado,
02:52pros nossos produtores.
02:53O que a gente pode esperar, a partir de agora,
02:56em relação a novas sanções contra o Brasil,
02:59se essa ameaça de Marco Rubio se confirmar?
03:01A expectativa é de que isso aconteça já na próxima semana,
03:05que tenha alguma novidade nesse sentido.
03:07Mas o que a gente pode estar adiante nesses próximos dias?
03:11Olha, Fabrício, me parece que a questão tarifária é uma questão muito difícil
03:18de se ter consenso dentro dos Estados Unidos.
03:21Inclusive, essa semana, apesar do julgamento contra Jair Bolsonaro,
03:27o governo norte-americano emitiu um decreto no qual retirou todas as tarifas,
03:33até mesmo aquela básica de 10% da celulose e do níquel de ferro provindos do Brasil.
03:41Então, dá para ter uma ideia de que a questão tarifária,
03:46apesar de ser uma estratégia de Donald Trump,
03:49ele percebe que está tendo um impacto direto no consumidor norte-americano
03:54e para a economia dos Estados Unidos.
03:57Hoje mesmo, um cafezinho em Nova York que custava 2,50 dólares um café coado na rua,
04:05passou a custar mais ou menos 3,50, quase 4 dólares o mesmo café coado.
04:11Então, isso acaba gerando impopularidade para o governo manter essa situação
04:18e esse aumento de preço no consumidor final.
04:21O que eu acho que a gente deve ver são sanções muito mais diretas
04:26aos próprios membros do STF, os outros membros, além do Alexandre de Moraes.
04:31Então, podemos esperar aí a extensão da Lei Magnitsky
04:35para os demais membros do Supremo Tribunal Federal.
04:38Também podemos ver o cancelamento de vistos de diplomatas brasileiros.
04:43E, se a situação ficar muito drástica,
04:46talvez a retirada da embaixada ou a colocação de que a embaixada brasileira
04:52não é bem vista em território norte-americano,
04:55acredito que algo nesse gênero seria um ponto mais radical
05:00que a gente poderia ver.
05:02Mas, nesse primeiro momento, eu acho que não seria tão radical.
05:07Eu acho que o primeiro momento é isso,
05:10é focar no STF e parece que o Flávio Dino
05:13é quem eles esperam aí atingir em primeiro lugar.
05:17A gente viu, professora, há pouco mais de duas semanas
05:20o Tribunal de Apelações de Washington
05:21ter declarado ilegais as tarifas decretadas por Donald Trump
05:25lá em abril.
05:26Aí é uma questão judicial interna dos Estados Unidos,
05:29não tem relação nenhuma com o Brasil.
05:32Porém, o governo, a Casa Branca,
05:34levou esse caso à Suprema Corte,
05:35a Suprema Corte vai analisar esse caso
05:37e aí vai definir a legalidade ou não das tarifas.
05:40Mas isso não tem data ainda para acontecer.
05:42Isso pode, digamos assim, fazer com que os Estados Unidos
05:46recorram a outros meios para punir o Brasil?
05:50Talvez seja essa a grande questão envolvendo as tarifas no momento?
05:55Eu acredito que não é somente pela questão interna,
05:58assim, do jurídico, porque a Suprema Corte
06:00tem favorecido as iniciativas de Donald Trump.
06:04Apesar de, muitas vezes, as expectativas serem contrárias
06:08por questões jurídicas e legais,
06:11o que a gente tem visto é uma Suprema Corte
06:14muito alinhada com o governo atual.
06:17Então, é bem provável que isso vá para a Suprema Corte
06:20e é possível que a Suprema Corte reveja o caso
06:24que foi decidido na primeira instância
06:26e chegue à conclusão que o governo tem todo o direito,
06:29tem todo o poder de impor tarifas a quem ele quiser.
06:33Mas é que eu acho que o que ele gostaria mais
06:38é de gerar não somente uma sanção econômica,
06:42mas um embrólio emblemático.
06:44Do meu ponto de vista, é tentar colocar a diplomacia brasileira
06:49como uma párea do mundo.
06:51Então, primeiro, tratar o nosso Supremo como um Supremo autoritário
06:56que deve ser punido a esses indivíduos
06:59porque eles realizaram uma caça às bruxas
07:02utilizando as suas palavras e os seus termos
07:04e também a nossa diplomacia ficar isolada.
07:09Então, impedir talvez a entrada de diplomatas brasileiros
07:12para participar das reuniões que acontecem em Nova Iorque
07:15dentro das Nações Unidas.
07:17Então, enfraquecendo esses laços diplomáticos
07:20e diminuindo esse ataque em termos econômicos,
07:26em termos tarifários,
07:27porque isso a gente tem visto ele voltar atrás.
07:30Essa semana mesmo, os Estados Unidos voltam atrás
07:33nas tarifas de celulose,
07:35que eram tarifas importantes,
07:37era um mercado importante,
07:39a exportação de celulose brasileira para os Estados Unidos
07:42tinha sido muito afetado
07:44e agora, com a retirada das tarifas,
07:46a gente vai ver a retomada das vendas
07:49para o governo norte-americano.
07:51Governo não, não é para o Estado norte-americano.
07:53Professora, eu estou com uma série de perguntas
07:55aqui na minha colinha para te fazer,
07:57mas você menciona a questão do isolamento diplomático
07:59e aí me traz uma pergunta que estava mais para o final,
08:02mas vamos adiantar ela aqui nesse momento.
08:04É o seguinte, a gente tem visto essa movimentação do governo dos Estados Unidos
08:09em relação ao STF,
08:11mas esse é um discurso que ele não ecoa em outros países.
08:15A gente não vê o Canadá,
08:17que é um grande parceiro dos Estados Unidos,
08:18falando algo parecido.
08:20A gente não vê nenhum país europeu
08:22se manifestando no mesmo sentido.
08:24A China, a Rússia, a Índia,
08:27nenhum desses países,
08:28além dos Estados Unidos,
08:29tem adotado esse tom
08:31contra as instituições brasileiras.
08:34Isso fala mais
08:35sobre um isolamento dos Estados Unidos
08:39hoje no cenário internacional,
08:41no cenário diplomático,
08:42ou é porque esse caso do julgamento
08:44do ex-presidente Jair Bolsonaro
08:46não tem tanta relevância assim
08:49para o mundo,
08:51para a comunidade internacional?
08:53Eu acredito que tem relevância
08:57para a parte da comunidade internacional.
08:59Não podemos, enfim,
09:02considerar que o governo Jair Bolsonaro
09:05foi um governo que não tinha apoio
09:07de outros países.
09:09Nós tínhamos aí algumas lideranças
09:10de extrema direita que estavam aliadas a ele.
09:14Um caso, por exemplo, é a Hungria.
09:16No entanto, os países, vamos dizer,
09:19que não estão hoje tendo,
09:21ou até mesmo que estão,
09:23falando um pouquinho da Itália,
09:25que tem um governo
09:25mais de extrema direita,
09:27que estão tendo um presidente,
09:31um chefe de Estado
09:32no mandato agora atual,
09:37eles entendem que essa posição
09:39do Donald Trump
09:40é uma posição muito frágil,
09:43é um argumento
09:44que não faz muito sentido.
09:46você querer que um país,
09:48que a Suprema Corte de um país
09:50modifique um julgamento
09:52por meio de sanções econômicas.
09:55Então, não existe nenhum país
09:57valida isso,
09:59porque nenhum país
10:00quer vir a sofrer
10:01uma situação como essa.
10:04Uma situação na qual
10:06você está questionando
10:08as instituições soberanas
10:10daquele país.
10:10Então, os outros países,
10:12eles têm ciência do risco
10:13de apoiar um discurso
10:15como esse,
10:16porque uma vez que eles apoiam,
10:18eles também podem sofrer
10:19um discurso como esse.
10:21E nós sabemos
10:22que se tem alguém
10:23que tem demonstrado
10:25muita instabilidade
10:26nos seus discursos,
10:28é o presidente Donald Trump.
10:30Então, por exemplo,
10:31se o Canadá
10:32ou parte dos países europeus
10:33optam em apoiá-lo
10:34nesse discurso,
10:37como é que eles vão saber
10:38se amanhã Donald Trump
10:40não vai querer interferir
10:42em alguma instância interna
10:44de seus países.
10:45Então, eu acho que tem
10:46um pouco essa questão
10:49que faz com que os países
10:51fiquem reticentes.
10:53E tem, logicamente,
10:54um outro fator.
10:55Donald Trump conseguiu
10:57se distanciar muito
10:59de alguns aliados chaves.
11:01O Canadá era um aliado
11:03muito importante dos Estados Unidos,
11:05logicamente ainda é,
11:06mas com todas as tarifas econômicas
11:09que foram impostas
11:10pelos Estados Unidos
11:11ao Canadá,
11:12as relações entre Estados Unidos
11:14e Canadá hoje
11:15não são as mesmas relações
11:17do ano passado.
11:18O mesmo acontece
11:19com a União Europeia.
11:21Apesar de terem chegado
11:22a um consenso,
11:23a um acordo,
11:25que foi um acordo considerado
11:27fracassado para a própria União Europeia,
11:30em termos da questão tarifária,
11:32sabemos que os Estados Unidos
11:34nos deu para trás
11:35quando a gente pensa
11:36na questão da guerra da Ucrânia,
11:40retirando recursos da OTAN.
11:42Então, as relações entre Estados Unidos
11:45e União Europeia
11:46também não são mais relações
11:47que estão nos mesmos termos
11:50que já estiveram há um ano atrás,
11:51Fabrício.
11:52Então, isso é uma situação delicada.
11:55Realmente, os Estados Unidos
11:56estão numa situação delicada
11:58e têm utilizado muito da força,
12:00da coerção,
12:02para tentar angariar alianças
12:05quando ele necessita.
12:07Uma outra pergunta, professora.
12:08Eu queria voltar um pouquinho no tempo
12:10para a gente trazer
12:11até um pouquinho da Venezuela
12:12nessa história.
12:14Há pouco mais de uma semana,
12:15o presidente Nicolás Maduro
12:16deu uma coletiva de imprensa
12:17lá em Caracas
12:18e ele, em relação ao posicionamento
12:21dos navios norte-americanos
12:23ali próximo à costa da Venezuela.
12:25E ele afirmou que o secretário de Estado,
12:28Marco Rubio,
12:29está querendo sujar as mãos
12:30do presidente Donald Trump
12:32de sangue.
12:32Fez um alerta para Donald Trump,
12:34disse que Marco Rubio
12:35quer promover um banho de sangue.
12:37Pelo que a gente ouviu
12:38da fala do presidente Donald Trump
12:40em relação a Bolsonaro,
12:42disse que ele era um bom homem.
12:44Estou surpreso,
12:45mas ele era um bom homem
12:46e ele não entra muito na questão,
12:49não entra muito de cabeça nessa questão.
12:51Quem tem se posicionado
12:52de maneira mais firme
12:53é Marco Rubio.
12:55Dá para a gente dizer
12:56que é de fato o secretário do Estado
12:58que tem buscado fazer
12:59a cabeça do presidente
13:00em relação à política externa
13:03dos Estados Unidos
13:04aqui na América Latina?
13:06Essa é uma região
13:07muito cara para Marco Rubio, né?
13:09Ele tem um conhecimento da região,
13:12ele é filho de latinos,
13:14ou seja, dá para a gente imaginar
13:16que seja de fato uma reação
13:17mais por parte da diplomacia americana
13:20do que propriamente de Donald Trump?
13:22É interessante o que você coloca,
13:26porque a gente tem que lembrar
13:27que Jair Bolsonaro e Donald Trump
13:29foram presidentes
13:30no mesmo momento, né?
13:33Então, no primeiro mandato
13:34de Donald Trump,
13:36quando ele era presidente,
13:37Jair Bolsonaro também foi presidente
13:39por um período.
13:40E eles chegaram a se encontrar.
13:42E nesses encontros
13:43entre os dois
13:45não foram encontros
13:46de grandes relacionamentos,
13:48de grande afetividade,
13:51eles não chegaram a desenvolver
13:52uma relação, né?
13:54Então, eles tiveram
13:55encontros pontuais
13:57e, eu diria que,
13:59extremamente secos.
14:01Então, não é de surpreender
14:03que Donald Trump
14:05não tenha muito a dizer
14:06sobre o julgamento
14:07de Jair Bolsonaro,
14:09porque a sua relação
14:10com Jair Bolsonaro,
14:11apesar dele colocar
14:14todos os termos
14:15contra a Suprema Corte brasileira,
14:18nunca foi uma relação próxima.
14:20A questão da Suprema Corte brasileira
14:22para o Donald Trump
14:23o que mais incomodava
14:24era o fato de que
14:26o processo ocorrer aqui
14:28poderia dar legitimidade
14:29para um processo semelhante
14:30acontecer com ele
14:32nos Estados Unidos.
14:33O que ele bem colocou
14:34em sua fala agora, né?
14:35Foi isso que tentaram fazer
14:36comigo aqui,
14:38mas eu me livrei.
14:39Aqui eles não conseguiram.
14:40Então, essa é uma questão
14:42que sensibiliza ele
14:45muito mais
14:45do que a pessoa
14:47de Jair Bolsonaro.
14:49Agora, Rubio,
14:50não, ele já tem mais
14:51relações realmente
14:52com a América Latina,
14:54ele que faz mais
14:54a interlocução
14:55com a família Bolsonaro,
14:57com Flávio Bolsonaro,
14:58que está nos Estados Unidos,
15:01e ele tem,
15:04fala espanhol,
15:05é um dos, assim,
15:06acho que um dos únicos
15:07secretários de Estado
15:08dos Estados Unidos
15:09que fala espanhol,
15:11conhece a região muito bem,
15:13e tem, pelo fato
15:15de todo esse conhecimento,
15:17mais liberdade
15:19para tomar as diretrizes
15:20nessa região.
15:22E acaba, sim,
15:23influenciando Donald Trump
15:25em suas decisões.
15:26A situação que a gente
15:27vê hoje, né,
15:28na Venezuela,
15:30com as embarcações
15:31norte-americanas,
15:32é uma situação
15:33que coloca em risco,
15:35eu diria,
15:35não só a Venezuela,
15:37mas toda a América do Sul,
15:38porque nós nunca tivemos
15:40uma situação tão frágil
15:43nos nossos mares,
15:46e qualquer conflito
15:47que venha a acontecer
15:48ou possa acontecer
15:49na Venezuela,
15:50vai ter um impacto enorme
15:52para todos os países
15:54ali da região da Amazônia,
15:56incluindo o Brasil.
15:57E o quanto dessa pressão
15:59dos Estados Unidos
16:00aqui contra o Brasil
16:01é um reflexo
16:02da aproximação
16:03em relação aos BRICS?
16:07Boa pergunta.
16:09Essa pergunta,
16:10eu não tenho certeza
16:11se isso é um reflexo
16:12da aproximação
16:13com os BRICS.
16:14Eu acredito que ele tem
16:15dado muito enfoque
16:18para a questão dos BRICS,
16:19mas acho que muito mais
16:20do que os BRICS,
16:21eu diria que é a China.
16:23As relações Brasil e China
16:25são muito mais fortalecidas
16:27do que já foram.
16:29Hoje a China, inclusive,
16:30ela representa
16:31quase 30%
16:32das nossas exportações.
16:34Então, se nós tivéssemos
16:36tarifas
16:38serem impostas
16:39pela China,
16:40o impacto
16:40seria muito maior
16:42do que as tarifas
16:42que foram impostas
16:44pelos Estados Unidos,
16:45porque as nossas vendas
16:46para o mercado chinês
16:47são de muita importância.
16:50Inclusive,
16:51com o tarifário
16:52dos Estados Unidos,
16:54o que aconteceu
16:55é que a gente ampliou
16:56ainda mais
16:57as vendas
16:58para a China.
16:59Somente para ter uma ideia,
17:00entre o mês de agosto
17:01e julho desse ano,
17:03a China aumentou
17:04em 30%
17:06a compra do Brasil,
17:08como uma resposta
17:09para apoiar
17:10o Brasil,
17:11o seu aliado,
17:12frente às tarifas
17:14que foram impostas
17:15por Donald Trump.
17:16Então,
17:17não sei se os BRICS em si,
17:19porque os BRICS
17:20eu não vejo
17:20como esse grupo
17:21é tão fortalecido
17:23e também não vejo
17:24relações tão próximas
17:26e tão intensas
17:27entre, por exemplo,
17:28o Brasil
17:29e os outros países
17:30do BRICS,
17:31mas me parece
17:31que a China
17:32é o que realmente
17:33incomoda
17:34o governo
17:35do Donald Trump
17:36e, logicamente,
17:37o relacionamento
17:38do Brasil com a China
17:39é o que leva ele
17:41a falar sobre os BRICS.
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