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O Ministério Público (MP) solicitou a suspensão dos salários dos militares condenados. As remunerações chegam a R$ 38 mil por mês. Dora Kramer e Cristiano Vilela comentam. Reportagem: Misael Mainetti.

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Transcrição
00:00O Ministério Público pede ao Tribunal de Contas da União a suspensão dos salários de Jair Bolsonaro
00:06e dos demais militares condenados pelo Supremo Tribunal Federal no processo sobre a tentativa de golpe de Estado.
00:12Misael Mainete chegando aqui no Jornal Jovem Pan, vai explicar porque é que o MP quer essa suspensão do pagamento dos salários
00:19de Jair Bolsonaro, Braga Neto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira.
00:24Explica pra gente Misael Mainete. Boa noite.
00:26Isso aí, Kobayashi. Já citou todos os condenados e o Ministério Público entende que se eles atacaram o Estado
00:37é uma forma de proteger o Estado cortando os salários deles.
00:41Muito boa noite a você e a todo mundo que acompanha o Jornal Jovem Pan.
00:45Portanto, o Ministério Público, junto ao Tribunal de Contas da União, solicitou essa suspensão imediata
00:52depois desse julgamento histórico que a gente assistiu, julgamento feito pela corte, pelo STF.
00:58Pedido foi feito pelo subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado.
01:02O que ele argumenta nessa determinação?
01:05Que houve violação dos princípios da moralidade administrativa,
01:10violação da eficiência na manutenção dos vencimentos,
01:13a condenados por tentativa de golpe de Estado.
01:16E que remuneração? De quanto é que a gente está falando?
01:19Jair Bolsonaro e esses outros acusados, eles recebem até 30 mil reais mensais.
01:26Então ele pede a suspensão imediata destes salários, destas remunerações.
01:32Para o Ministério Público, a manutenção dos pagamentos gera paradoxo jurídico e ético.
01:38A determinação também aponta que o Estado não pode financiar indivíduos que atacaram a própria existência do Estado
01:44e que os valores democráticos devem ser protegidos dessa maneira.
01:49Em caráter cautelar, o Ministério Público pede a suspensão de qualquer pagamento,
01:54inclusive aos que recebem recursos do chamado fundo partidário, até uma decisão definitiva.
02:00Aproveitando a participação aqui no Jornal Jovem Pan, quando a gente fala de militares,
02:04a gente também pensa nas patentes, porque eles não perderam as patentes ainda.
02:09Isso vai depender de um processo próprio e esse processo é feito pelo Superior Tribunal Militar
02:16e a gente vai continuar acompanhando este assunto também.
02:19Kobayashi, a gente volta com você no estúdio.
02:21Perfeito. Muito obrigado.
02:23Misé Almainete, falando ao vivo aqui, direto de São Paulo.
02:26Dora Kramer, Cristiano Vilela.
02:28Deixa eu começar essa com o Cristiano Vilela.
02:29Como é que você vê, Cristiano Vilela, a possibilidade da suspensão desses salários
02:35se o ministro Alexandre de Moraes decidiu, e foi seguido pelos seus pares lá no Supremo Tribunal Federal,
02:42mandar essa questão da perda do posto, da patente, do cargo,
02:46para uma decisão futura, ainda que vai acontecer no STM, Superior Tribunal Militar.
02:52Já dá para suspender o salário antes mesmo deles perderem os cargos, Cristiano Vilela?
02:57Explica para a gente.
02:58Olha, Kobayashi, eu não vejo possibilidade disso acontecer.
03:03Ainda não há perda do cargo, por mais até que se exista essa expectativa,
03:08exista talvez uma certa inclinação para que isso possa ocorrer,
03:13isso de fato não existe.
03:14Então, enquanto não houver oficialmente a perda do cargo público,
03:19não há que se falar na suspensão do pagamento dos salários.
03:23Naturalmente, o Ministério Público ou terceiros, de alguma forma,
03:27possam pleitear, tentando justificar através da prática de determinados princípios,
03:32como princípio da moralidade, haja vista que o efetivo exercício da função pública
03:37não está sendo feito, não está sendo cumprido.
03:40Agora, o fato é que é um direito de quem é ocupante de cargo
03:44e quem ainda não perdeu esse cargo público.
03:47Então, uma vez o cargo público ainda existindo,
03:51é direito que se mantenha os seus recebimentos.
03:54E caso aconteça alguma decisão judicial nesse sentido,
03:57eu não vejo dúvida que os réus vão buscar fazer valer os seus direitos
04:02e reformar uma decisão nesse sentido
04:04e serão atendidos por uma jurisprudência
04:07que é bastante favorável nos diversos tribunais do país.
04:11E aí, Dora Kramer, mais uma vez, situação envolvendo militares.
04:14A gente, inclusive, falou especificamente sobre isso
04:17numa das entrevistas aqui,
04:18esse ineditismo de militares, inclusive de alta patente,
04:23generais sendo condenados,
04:25inclusive por tentativa de golpe no Supremo Tribunal Federal.
04:28E agora tem também esta outra questão
04:30envolvendo a situação específica dos militares condenados.
04:34O Cuba foi só dos militares que pediram a suspensão?
04:38Dos civis, não?
04:39Sim, nesse pedido, só dos militares.
04:41Só dos militares.
04:43Eu fiquei aqui pensando,
04:44ainda bem que você chamou o Vilela primeiro,
04:46porque eu ia dirigir a pergunta logo a ele,
04:49para saber, do ponto de vista legal.
04:52Porque é claro que quando o MP argumenta
04:56com um paradoxo existente,
04:59aí é claro que esse paradoxo existe.
05:01Do ponto de vista moral, do ponto de vista ético,
05:04não há dúvida.
05:05mais legalmente, ainda bem que o Vilela
05:10esclareceu a gente,
05:13porque uma coisa é fazer sentido,
05:17a outra coisa é poder legalmente se tomar uma decisão.
05:21Agora, eu fico pensando,
05:23por isso que eu fiz a pergunta se eram só os militares,
05:26que agora realmente os militares dependem
05:28de todo um exame lá no STM,
05:32de como é que vão ficar,
05:34se eles vão ser considerados,
05:36o termo, inclusive é esse,
05:38indignos, indignos do cargo
05:40de serem considerados militares,
05:43aí realmente perdem tudo.
05:45Mas eu fiquei aqui pensando,
05:47quando a condenação,
05:50por exemplo, a deputada Carla Zambelli,
05:53ela está com o salário suspenso.
05:56Então, eu tenho a impressão,
05:58aí eu fico com essa dúvida,
05:59se a pessoa condenada,
06:03ela continua recebendo o salário,
06:06no caso civil,
06:08se forem presos daqui um mês,
06:11dois meses,
06:12esses militares mesmo,
06:14antes de serem,
06:15de serem,
06:16passarem pelo crivo do STM,
06:19continuam recebendo salários,
06:22presos,
06:22salários da administração pública,
06:25é uma pergunta que eu faço.
06:26Eu vou jogar para o Vilela,
06:28se der tempo.
06:29Dá tempo.
06:29Vilela, responde essa daí,
06:31mas eu já adianto que provavelmente
06:32tem uma diferença em relação à Carla Zambelli,
06:34é que ela não está trabalhando,
06:35e ela seria o salário de deputada.
06:38Eles, a maioria,
06:39se não me engano,
06:40até todos, na verdade,
06:41na totalidade,
06:41são da reserva,
06:43são aposentados,
06:43tem essa diferença.
06:44Talvez seja isso,
06:45Vilela,
06:46ou tem alguma outra questão?
06:48Exatamente,
06:49como é esse o ponto,
06:50quando se trata,
06:51no caso,
06:52seja de aposentadorias,
06:53ou seja,
06:54da remuneração dos servidores públicos de carreira.
06:57Os servidores públicos de carreira,
06:58eles fazem jus
06:59àquele recebimento,
07:01eventualmente,
07:02qualquer restrição ao recebimento,
07:05só pode ser a vida,
07:06depois de um processo administrativo,
07:09ou, nesse caso,
07:10é um processo que seja conduzido pela justiça militar.
07:13Então,
07:14o fato é que o direito em si,
07:16ele não pode ser,
07:18de alguma forma,
07:19flexibilizado
07:20por qualquer tipo de decisão interna,
07:25decisão que acabe se justificando em qualquer condenação,
07:28em qualquer outro elemento.
07:29é necessário que haja, sim,
07:31a abertura de um processo específico,
07:33para, aí sim,
07:34ao final,
07:35sendo procedente,
07:37eles percam,
07:38efetivamente,
07:39o recebimento dessa aposentadoria,
07:42ou, no caso,
07:42de servidor da ativa,
07:44da possibilidade de receber os seus vencimentos.
07:46.
07:46.
07:47.
07:48.
08:00.
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08:10.
08:10.
08:16.
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