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O Hora H do Agro desta semana aborda os impactos da possível aplicação da Lei da Reciprocidade contra os Estados Unidos com o especialista Leonardo Munhoz. O programa também analisa o crescimento expressivo do Seguro Pecuário, uma ferramenta vital para o produtor em meio às incertezas climáticas e comerciais. Fique por dentro de tudo o que aconteceu na Expointer, saiba as projeções das safras de milho, soja e algodão do Imea e confira a previsão do tempo para os próximos dias.

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00:00Hora H do Agro, oferecimento, consórcio Magi, Volkswagen, caminhões e ônibus.
00:17Hora H do Agro.
00:21Olá, bem-vindos a mais um Hora H do Agro.
00:25Eu sou a Mariana Grilli e nós estaremos juntos na próxima hora falando sobre as principais notícias do agronegócio.
00:31No programa de hoje nós vamos analisar como a possível aplicação da lei da reciprocidade aos Estados Unidos pode afetar o agro.
00:38E nós também vamos entender ainda o crescimento na contratação de seguro rural com foco na pecuária.
00:46Então fique por aí porque o Hora H do Agro está só começando.
00:48E para reagir ao tarifaço de Donald Trump, o governo brasileiro abriu o processo para aplicação da lei da reciprocidade.
00:59No momento a CAMEX, que é a Câmara de Comércio Exterior, está analisando se as tarifas quebram regras de comércio internacional.
01:08E a decisão final, então a possível aplicação da lei, só devem acontecer daqui a mais ou menos uns 200 dias.
01:16Para entender como isso pode impactar o agro na prática, quais cautelas são necessárias ao setor e o ponto de vista ambiental desse conflito, desse momento,
01:30nós vamos conversar com o Leonardo Munhoz, que é doutor em Direito Ambiental e pesquisador da FGV Agro.
01:36Muito obrigada de novo, Léo, por estar aqui no Hora H do Agro, ajudando a gente a desmistificar coisas complicadas do setor,
01:44que inclusive tem a ver política, comércio e meio ambiente.
01:49Então é importante a gente tentar cobrir um pouquinho de cada um desses assuntos,
01:52claro, entendendo principalmente o que a gente tem a ver com isso, né?
01:56A nossa participação enquanto sociedade.
01:59Então, obrigada de novo aí pela participação.
02:03E queria então começar contigo perguntando o básico, que você explicasse para a gente o que é essa lei da reciprocidade, então, na prática.
02:11Porque agora está se falando tanto, mas me parece que o Brasil nunca falou tanto em lei de reciprocidade.
02:16Então queria que você explicasse para a gente o básico dessa legislação
02:20e então o que pode acontecer nesse horizonte dos 200 dias.
02:26Obrigada de novo.
02:28Mariana, prazer estar aqui com vocês de novo, os telespectadores, o pessoal de casa.
02:33Bom, o que é a lei da reciprocidade?
02:35É uma lei que foi passada agora, recentemente, né?
02:38A iniciativa pelo Congresso Nacional, a iniciativa pelo presidente Lula,
02:41que lhe dá mais segurança jurídica, mais previsibilidade jurídica para o CAMEX,
02:45que é esse órgão responsável por implementar as tarifas brasileiras, né?
02:48De implementar essas tarifas, tá?
02:49Ele já tinha essa prerrogativa antes, mas agora tem um embasamento legal mais claro,
02:54principalmente na natureza de ter algo mais de retaliação com relação à regressão econômica
03:00de outros países, que é justamente o caso aqui do presidente americano.
03:04Vamos lembrar que a origem dessa lei da reciprocidade, o PL original que deu origem a ela,
03:09nem estava no contexto do Trump e dos Estados Unidos, tá?
03:11Ela já tinha sido começada a ser pensada aqui no ambiente do IUDAR da lei anti-desmatamento da europeia.
03:18Tanto é que a primeira versão do texto, ela colocava como necessidade o Brasil poder requerer
03:24dos seus parceiros comerciais as mesmas exigências ambientais que tem no Brasil,
03:28ou seja, o Código Florestal.
03:30Esse era o original da lei.
03:34Depois, se eu quero dizer, a senadora Tereza Cristina,
03:37ela apresentou um outro texto em cima desse, dando um caráter mais geral,
03:40não de se espelhar em países que têm uma alização igual a nossa,
03:44mesmo porque não tem, tá? Que nenhum país do mundo tem um Código Florestal como o nosso.
03:48São Angola que tem um código parecido com a PP Reserva Legal que a gente tem, tá?
03:52Então ela deu um caráter mais geral para que o CAMEC tivesse uma base jurídica
03:55de o país tivesse, não, uma capacidade de retalhar essas agressões econômicas.
03:59E nisso acabou caindo toda a situação do tarifássico Trump.
04:02E aí, bom, esse momento, como você colocou agora, então, calhou de ser esse momento.
04:09O que a gente pode esperar nesses próximos 200 dias do ponto de vista jurídico?
04:17Porque é isso, assim, a gente está olhando para uma lei da reciprocidade,
04:20então, dentro do Brasil, mas que está respondendo a leis e a medidas
04:26que estão sendo tomadas nos Estados Unidos.
04:28E essa semana, por exemplo, a gente teve aí uma audiência pública
04:31que, inclusive, a Confederação da Agricultura e Pecuária participou,
04:35uma audiência pública em Washington.
04:38Várias entidades do agro dos Estados Unidos criticaram o Brasil,
04:42acusando de desmatamento ilegal, acusando de coisas infundadas.
04:46Mas é isso, né?
04:47De novo, assim, essa parte que a gente está falando de comércio com política,
04:51com meio ambiente, o que a gente pode esperar, então,
04:54nesse horizonte de 200 dias do ponto de vista jurídico?
04:57Tanto aqui pelo Brasil, quanto pelos Estados Unidos, né?
05:01O que vai se decorrer desse período?
05:06Bom, vamos aqui organizar essas várias coisas que estão acontecendo aqui
05:09que você comentou.
05:10Aqui tem duas agendas, aqui, dois argumentos que estão acontecendo ao mesmo tempo.
05:15O primeiro aqui é o Brasil, agora, tipo o CAMEX, né?
05:19Orientar essa possível retaliação nesse prazo de 200 dias
05:21que pode demorar essa investigação, essa análise, tá?
05:24Outra coisa aqui que está acontecendo nos Estados Unidos
05:26é que o presidente Trump, para impor o tarifácio, né?
05:29Nisso, tudo que ele está fazendo, não só com o Brasil, mas com o resto do mundo,
05:32ele está se baseando numa lei da década de 70, de 74,
05:36que é o International Emergency Economic Powers Act, IEPA, tá?
05:40Essa lei foi criada por Nixon, né?
05:42Quando o dólar deixou de ser padrão ouro, né?
05:45E passou a ser a moeda transacionável.
05:47No início, eles queriam ter mais proteção econômica, caso os Estados Unidos precisasse.
05:50E aí, em casos de emergência, tá?
05:53Porque essa autoridade de tarifária do Congresso americano está na Constituição.
05:56Em casos de emergência, bem averiguada, né?
06:00Em casos específicos e temporários, o presidente americano poderia impor tarifas, tá?
06:04O Trump pegou essa lei, deu uma interpretação mais alargada,
06:09escancarou e aplicou uma base nessa lei para todo mundo.
06:12Nisso, o 50% do Brasil, que era o 10% do Liberation Day e mais 40% agora, né?
06:18Da retaliação dele aqui com relação ao Brasil, por causa do caso do Bolsonaro,
06:21por causa das big techs, tá?
06:23E, inclusive, numa das justificativas, por causa do desmatamento ilegal, tá?
06:27Só que nesse caso do Liberation Day, nos Estados Unidos,
06:29uma associação de plástico, equiparadores de plástico,
06:32entrou como ação judicial na Corte de Comércio Internacional Americana,
06:36que é a Corte of International Trade, tá? O CIT.
06:40Em início, eles alegavam a ilegalidade das tarifas do Liberation Day,
06:46porque alegando que o Trump não tem base jurídica para essa lei,
06:48porque, justamente, essa lei é muito específica
06:51e ele estaria escancarando essa interpretação dessa lei.
06:54Então, isso aqui não se aplicou tarifas, só aplicou os 50% no Brasil.
06:56E, na semana passada, né?
06:58No começo do mês, ele foi condenado no CIT.
07:01Ele apelou, ele subiu para a Corte de Apelação Federal.
07:03E, na semana passada, ele foi condenado na Corte de Apelação Federal.
07:06E a Corte, justificando justamente isso,
07:09que a prerrogativa de tarifar é do Congresso Nacional.
07:13Essas tarifas que ele está impondo dessa escala, sem justificativa,
07:17para a Constituição Americana seriam ilegais, tá?
07:20Então, assim, hoje, as tarifas do Trump são ilegais.
07:22O que está acontecendo agora?
07:24Devolveu para a Corte Inferior de Origem.
07:27E, agora, essa Corte de Origem tem que julgar
07:28se o escopo dessa decisão vale somente entre as partes do processo
07:33ou se é de escopo universal.
07:36E aí, pegaria todo mundo que está no tarifácio, inclusive o Brasil.
07:39Isso que nós estamos aguardando.
07:41Essa solução, essa decisão do CIT vai sair a partir de 14 de outubro.
07:47Então, vamos aqui colocar numa linha de tempo.
07:50Então, a partir de 14 de outubro,
07:51grande chance das tarifas aqui,
07:54a gente pode ser que já sejam aplicadas ilegais para todo mundo.
07:57Ele pode apelar para a Suprema Corte?
07:58Pode, sim.
07:59Mas a Suprema Corte também tem precedentes lá dentro
08:02de que essa interpretação alargada da lei,
08:06do poder aqui da autoridade do presidente americano,
08:09também seria limitada.
08:10Então, isso não está resolvido nem dentro dos Estados Unidos.
08:14Tudo tem os Estados Unidos.
08:15Ele está sendo condenado lá dentro.
08:17Então, a chance dele ser condenado lá dentro é muito grande, tá?
08:20Inclusive, dele não conseguir manter uma liminar na Suprema Corte
08:24para manter as tarifas.
08:26Porque, com casos passados do governo Biden,
08:28ele não conseguiu eliminar as semelhantes.
08:30Então, aqui a chance é que caiam as tarifas
08:32e ele responda o recurso na Suprema Corte,
08:34mas sem eliminar.
08:35Então, aqui a situação do Brasil estará resolvida.
08:38Está me entendendo aqui o raciocínio?
08:39Sim.
08:39Então, nisso que a gente coloca essa questão da lei da reciprocidade.
08:42E aí você colocou o dia 14 de outubro, é isso?
08:44Nessa linha do tempo.
08:45Então, é muito antes de 200 dias.
08:47Sim.
08:48Muito antes de 200 dias pode acontecer uma reviravolta, então.
08:52Pode.
08:52Então, o importante é assim.
08:53Vamos fazer a investigação, a análise da nossa lei de reciprocidade,
08:55mas pode ser que, se ele seja condenado em caráter aqui de um escopo
09:00de uma sentença universal, a gente nem precise aplicar a lei de reciprocidade.
09:05Interessante.
09:05Porque, de fato, ele abusou muito lá a interpretação da Constituição americana.
09:11Sim.
09:12Inclusive, nos falaram, ele é o presidente de conservador,
09:14de uma interpretação conservadora.
09:17O conceito de conservador no âmbito jurídico americano
09:20é uma leitura muito pura da Constituição americana.
09:22Ou seja, um respeito muito grande à Constituição.
09:25E essa argumentação que ele está dando
09:27não é conservadora do tribunal para a Suprema Corte.
09:30É algo muito mais, assim, alargado, não condizente com a Constituição de hoje.
09:34Não se sustenta dentro do próprio país.
09:36Não se sustenta.
09:37Muito difícil.
09:38Muito difícil.
09:38Muito interessante.
09:40E aí, bom, vamos...
09:41Acho que gosto muito de trazer esse contexto jurídico,
09:45as suas explicações para a gente entender bastidores mesmo, né?
09:47Do que se desenrola exatamente agora.
09:50E a gente está trazendo essa linha do tempo, como você coloca,
09:55mas o que o agro pode esperar disso?
09:58Eu queria também trazer um pouquinho da sua interpretação,
10:01olhando para mercado, então, né?
10:03É um momento de stand-by?
10:06Queria entender um pouco, até porque você está em sala de aula,
10:09conversa muito com seus alunos, né?
10:11Olhando ali para direito ambiental.
10:13Então, até para não estressar qualquer tipo de relacionamento
10:18em que coloca-se aí o argumento ambiental mesmo contra o Brasil,
10:23a gente já assiste, já está acostumado a ver isso em relação à Europa, né?
10:26Então, queria entender um pouco como que...
10:29Que momento que o agro pode esperar agora?
10:31Exportações caindo.
10:32Toda uma questão aí ainda em relação a segmentos de carne e café.
10:39O que você tem falado, inclusive com os seus alunos,
10:43com os seus pares, olhando para esse segmento, né?
10:46Dentro da porteira ali, segmento produtivo.
10:48Bom, aqui, eu acho que o mais prudente aqui
10:52seria ficar de stand-by até 14 de outubro
10:54e ver o que o tribunal vai jogar aqui, o escopo da decisão,
10:57se é interparte ou para todo mundo.
10:59E se for para todo mundo, o problema se resolve, tá?
11:01Mas o agro aqui, eu vi que o Brasil fechou agora esse mês com superávit.
11:05Aqui, a carne conseguiu se manter bem, o preço interno aqui caiu.
11:10Mas aqui, do ponto de vista ambiental, o que esperar para o agro?
11:13Essa argumentação aí que eu acho legal ver esse paralelo.
11:16que tanto aqui nos Estados Unidos, no tarifácio,
11:18quanto aqui com a União Europeia, que fechou o texto final do acordo do Mercosul,
11:23a importância do elemento de meio ambiente, tá?
11:26Aqui, tanto ele está sendo usado como uma preocupação ambiental,
11:32mas aqui, em ambos os casos, você consegue detectar
11:35elementos de desculpa para protecionismo, tá?
11:37Aqui nos casos dos Estados Unidos, mais ainda,
11:39que uma das justificativas para a implementação do tarifácio do Trump
11:42foi, teoricamente, concorrência desleal e matamento ilegal
11:46por parte dos produtores brasileiros, tá?
11:49Aqui, no estado do Mississippi, você também teve um senador
11:52do estado do Mississippi, com uma carta também argumentando
11:55que os produtores do estado do Mississippi estão sendo lesados
11:57do ponto de vista florestal, porque os produtores brasileiros
11:59têm práticas ilegais.
12:01E aqui, com a União Europeia também, né?
12:02Que o produtor desmata e tudo.
12:04Isso que é um ponto a gente começar a esclarecer,
12:07que é muito importante, tá?
12:09Principalmente a argumentação americana.
12:11Quando eles argumentam isso, tem um forte caráter protecionista.
12:14Por quê? Não tem sustentação fática.
12:17A gente sabe que o produtor brasileiro tem o Código Florestal,
12:20é o único que tem reserva legal, a APP a ser respeitada
12:23por nível legal.
12:24Nos Estados Unidos, por exemplo, não existe reserva legal
12:26e a APP é um PSA público.
12:28Lá o governo federal paga para quem quiser manter
12:30de forma voluntária.
12:32Entra no programa, preserva a APP lá,
12:34uma metragem bem menor que a nossa, o que ele quiser.
12:36Se ele quiser sair e sair, ele desmata legalmente,
12:38vida que segue.
12:39Aqui nem pensar de fazer isso.
12:40Então, essa argumentação...
12:42Eu só resumo assim, em linhas gerais,
12:45a gente é muito mais rigoroso ambientalmente
12:48e ainda é criticado por isso no mercado internacional, né?
12:51Exatamente, porque é uma desculpa protecionista.
12:55Outro ponto interessante que os Estados Unidos
12:56alega para o tarifácio é que entrou muita madeira ilegal lá.
13:00Também não tem base na realidade,
13:03porque aqui a madeira exportada,
13:06ela tem que documentar de origem florestal,
13:08ela entra no Sinaflor, que é um sistema nacional florestal,
13:11vai no SISCOMEX, que é um sistema de comércio para exportação, tá?
13:15A gente não exporta madeira ilegal.
13:17A madeira ilegal que entra nos Estados Unidos
13:18não faz parte da economia brasileira.
13:20Ela é um ato de um crime, tá?
13:21E quando chega no porto americano,
13:24tem uma lei lá que chama Lacey Act,
13:26que é uma lei que a autoridade americana
13:27tem a obrigação de verificar a legalidade daquele produto.
13:31E os importadores americanos têm que verificar essa legalidade,
13:34de acordo com as leis do país de origem.
13:36Ou seja, lá o importador americano dessa madeira
13:38tem que verificar se tem DOF ou não.
13:40Então quando ele fala que não tem um monte de madeira ilegal aqui,
13:43é culpa do produtor brasileiro.
13:44Ou seja, não é verdade.
13:46A madeira ilegal é crime, tem que ser punida no Brasil,
13:50com a de controle.
13:51E se ela chegar lá,
13:52ela tem que ser punida também pela autoridade americana.
13:54Ou seja, aqui quando eles falam que está entrando muita madeira ilegal,
13:56eles também não estão aplicando a própria lei deles.
13:59Exato, é, sim.
14:00Cada um tenta fazer a sua parte, né?
14:02Não dá para acusar sem também estar fazendo o dever deles.
14:06E aí, Léo, eu vou te perguntar também o seguinte,
14:09você trouxe essa análise também de o quanto que o próprio texto aí,
14:15de acordo, Mercosul, União Europeia, então está andando em paralelo, né?
14:19Até por reflexo de toda essa geopolítica, não só de Estados Unidos,
14:23mas a gente sabe que uma coisa está correlacionada à outra, né?
14:27Mas, ainda assim, quando a gente olha, então, para Estados Unidos especificamente,
14:32e aí você trouxe essa linha do tempo até,
14:36em relação a 14 de outubro, né?
14:38Como que você avalia a postura, então, até 14 de outubro,
14:45olhando para mercado?
14:47É um momento de cautela?
14:50Claro, eu sei que você não é analista de mercado,
14:52mas queria entender um pouco, para a gente trazer para o produtor,
14:55para o empresário rural que nos assiste,
14:58se é realmente um momento de observar mais o andamento, talvez,
15:03do julgamento do Trump dentro dos Estados Unidos,
15:06do que olhar necessariamente a lei da reciprocidade
15:08e o quanto isso avança aqui no Brasil.
15:10É mais ou menos por aí?
15:11Eu acho, eu acho.
15:12Aqui, porque a gente está sem essa condenação,
15:14a gente está no cenário de aguardar aqui a análise do CAMEC
15:16que vai aplicar a lei da reciprocidade daqui a 200 dias.
15:19Agora, com essa sistemática de condenações do Trump
15:24em corte de origem, em corte de apelação,
15:26se abre, assim, dá uma luz do fim no túnel
15:29com prazo bem antes, na minha opinião.
15:30Então, assim, aguardar até 14 de outubro,
15:33porque aqui, na melhor das hipóteses,
15:34a situação se resolve por si só.
15:36Outra coisa que pode acontecer é o seguinte,
15:38se a corte de origem julgar que essa ação tem efeito
15:40somente entre as partes do processo,
15:42todo mundo aqui fora do processo,
15:44mas que está no tarifácio,
15:45vai ter que entrar com uma ação
15:46própria.
15:47Mas já tem um precedente garantido.
15:49Então, aqui o Brasil,
15:50em vez de entrar com uma lei da reciprocidade,
15:52ele entra com uma ação no judiciário americano
15:54alegando que ele tem direito,
15:56também de acordo com o precedente que foi passado, entendeu?
15:58Então, assim, se abriu muito mais possibilidades
16:00do que meramente a lei da reciprocidade.
16:02E aí, só pra gente encerrar, então,
16:05trazendo também pra termos um pouco mais práticos.
16:08Se a partir do momento que dentro dos Estados Unidos,
16:11então, existe esse julgamento,
16:13de fato, o Trump não está de acordo com as próprias leis,
16:17então, é ilegal.
16:18Toda esse tarifácio, essas aplicações,
16:20acabam sendo consideradas ilegais ali, né?
16:22Contra as leis americanas.
16:25Como que isso também afeta, por exemplo,
16:27essas embarcações que ficaram represadas aqui no Brasil?
16:30Questão de contratos mesmo, de negócio, né?
16:34Porque a tarifa está sendo aplicada,
16:36deixa de ser.
16:37Não é da noite pro dia também, né?
16:38Então, embora a gente precise ficar de olho no dia 14 de outubro,
16:41não é que dia 15 vai dar pra sair exportando tudo de volta, né?
16:45Não, aí que tá.
16:46É uma bela de uma confusão.
16:48Por quê?
16:49Do ponto de vista jurídico,
16:51quando o tribunal julgou a tarifa ilegal,
16:53ela nasceu nula.
16:55Se ela nasceu nula,
16:55ela nunca pode ter provocado efeitos.
16:58Então, aqui, eles já estão falando que é em devolução de valores.
17:02Então, que o Trump tem que devolver
17:03por volta de 200 bilhões de dólares para os importadores.
17:07Então, assim, a logística de pagamento de retorno, né?
17:12De pagar de volta os importadores,
17:14de refazer o dano que ele fez,
17:15aí, realmente, eu não sei como o governo americano
17:17vai se programar pra isso.
17:19Aqui, eu acho, opinião minha,
17:20mesmo ele sendo condenado,
17:21ele vai tentar reaplicar essas tarifas
17:23com outras leis, outros mecanismos jurídicos.
17:26Ele vai tentar...
17:27Mas, assim, o ambiente de segurança jurídica pode aumentar, tá?
17:30Mas, com relação a...
17:31Esses valores têm que ser devolvidos para os importadores,
17:34tá?
17:34Essa seria a lógica.
17:35E, com relação aos contratos,
17:38tudo volta...
17:39O jeito é voltar antes das tarifas.
17:41Aqui, o Brasil até tem uma situação mais tranquila.
17:42Você pega países como Coreia do Sul,
17:44Japão e Reino Unido,
17:46eles assinaram tratados com os Estados Unidos
17:47nesse ambiente de tarifação ilegal.
17:49Aí, a situação deles é muito mais complexa que a gente,
17:51que a nossa.
17:52Certo.
17:53Bom, então é acompanhar os próximos capítulos, literalmente,
17:57e contamos com você para as suas explicações, análises.
18:01Obrigada.
18:01Te agradeço de novo, Léo,
18:02pela participação aqui no Hora H do Agro
18:04por ajudar a gente a entender esse mundo complexo aí do tarifácio.
18:08Obrigada.
18:08Superbrigado, gente.
18:09Abraço.
18:10Tchau, tchau.
18:10E dados preliminares do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil
18:16apontam que, após o tarifácio dos Estados Unidos,
18:20as exportações de café brasileiro para o país norte-americano
18:23devem despencar 55% aí em agosto, né?
18:28Os números ainda estão sendo consolidados,
18:30mas deve haver essa queda de 55% em relação a agosto,
18:35na comparação com agosto de 2024.
18:37Por outro lado, no mercado, os preços do café operam em direções opostas.
18:44O Arábica sobe, impulsionado pela incerteza climática no Brasil
18:48e estoques globais baixos,
18:50enquanto o Robusta, pressionado pela safra maior,
18:54apresenta queda nas bolsas internacionais.
18:57O presidente do Secafé, Márcio Ferreira,
19:00conversou conosco sobre esse momento enfrentado pelo setor.
19:03Vamos conferir.
19:04Os números de exportação para o mês de agosto irão mostrar uma queda
19:10da participação dos Estados Unidos nas exportações de Brasil substancial.
19:17Queda essa acima de 50% quanto comparada a agosto do ano passado
19:21e ainda acima de 25% quando comparada a julho de 2025.
19:26Isso se dá em função das tarifas aplicadas de 50% sobre os cafés brasileiros,
19:32enquanto somente 10% sobre os cafés de Colômbia e América Central,
19:36os arábicos,
19:37e também 20% para os cafés robustos do Vietnã, por exemplo.
19:42Então, o Brasil está mais incompetitivo na ordem de tarifa,
19:4630% acima de Vietnã
19:48e 40% acima de Colômbia e América Central.
19:54Em função dessa dificuldade de importação de cafés brasileiros,
19:59os importadores não fecharam novos contratos
20:02e têm, na medida do possível, postergado novos embarques,
20:07o que faz com que os nossos volumes para os Estados Unidos
20:10tenham caído bastante.
20:12O comportamento do mercado, a partir do dia 7 de agosto,
20:16mostrou uma volatilidade enorme e uma tendência de alta.
20:21Isso se deu em função, além da questão da tarifa,
20:24também pela quebra estimada no rendimento da safra brasileira
20:27da ordem de 10%
20:29ou algo próximo de 4 milhões de sacas a menos
20:32na safra diarábica, que já era uma safra apertada.
20:35Assim que, em 6 de agosto, último dia antes da aplicação da tarifa,
20:40a Bolsa de Nova Iorque, que reflete os arábicas,
20:43estava a 286 e fechou o mês em 386
20:47com uma alta de 34%, refletindo os arábicas.
20:51E o preço do arábica no Brasil saiu de R$ 1.800
20:55para R$ 2.400 no mesmo período,
20:58uma alta também na ordem de 33%.
21:00Olhando a Bolsa de Londres, que estava a R$ 3.340
21:04no dia 6 de agosto, ela fechou acima de R$ 4.800,
21:08mais precisamente R$ 4.815 no 31 de agosto,
21:12refletindo a alta no nosso Conilon,
21:14que subiu 50% de R$ 1.000 para R$ 1.500.
21:18Assim que o preço do café subiu para todos os importadores,
21:23uma vez que a Bolsa subiu bastante
21:25nas duas variedades, Londres Conilon,
21:29ou robusta, e Nova Iorque, arábica.
21:32Essa alta, quando adicionada da tarifa de 50%,
21:37torna proibitivo os preços para os importadores americanos.
21:40Recentemente, nós tivemos também um movimento
21:44por parte do governo brasileiro,
21:46falando em aplicação da lei de reciprocidade.
21:49O que o setor espera é que não ocorra,
21:51já que as negociações por parte do setor,
21:55junto ao governo americano,
21:58o setor público, tem se mostrado inviável no momento,
22:03e o setor privado segue trabalhando
22:05para tentar avançar numa pauta extremamente difícil,
22:10que é a aplicação das tarifas.
22:11Sabemos que o Brasil representa para os Estados Unidos
22:1533% de tudo o que eles importam,
22:17e os Estados Unidos representam para o Brasil
22:2016% do que nós exportamos.
22:22Como a produção mundial está muito alinhada,
22:25ou mesmo abaixo, do consumo,
22:28não existe a opção, em relação aos Estados Unidos
22:32ou outro país,
22:33de acesso fácil a outro fornecedor.
22:37Tanto é assim que os preços dispararam bastante.
22:41Se efetivamente alguma origem
22:43aumentar a sua participação para os Estados Unidos,
22:45obviamente que abrir-se algum espaço para o Brasil
22:48aumentar também para outros destinos,
22:51como Europa e também para a Ásia.
22:54O que nós seguimos trabalhando
22:57é no sentido de não abrirmos mão
23:00no mercado americano,
23:02que no momento está realmente mais difícil para o Brasil,
23:06mas esperamos que a médio prazo
23:07possamos reverter essa situação
23:09e ter os Estados Unidos como nosso maior parceiro.
23:13Lembrando que um momento não define uma história.
23:16E a história entre Brasil e Estados Unidos
23:19de relação comercial,
23:21e especificamente no caso do café,
23:24é uma história linda
23:25que não será apagada por um momento.
23:28Seguimos trabalhando
23:29para reverter toda essa situação.
23:33E o Brasil é uma potência também
23:36na produção de proteína animal.
23:37Estamos ouvindo do café agora,
23:39mas a gente já sabe que a proteína animal
23:41também é uma grande cadeia
23:44para o agronegócio brasileiro.
23:46Agora, num cenário de eventos climáticos extremos,
23:51de tensões comerciais,
23:53como estamos falando do tarifaço
23:55sobre a carne brasileira pelos Estados Unidos,
23:58proteger a produção se torna essencial.
24:01Sempre foi e tem se tornado cada vez mais.
24:03E aí é nesse contexto
24:04que o seguro pecuário
24:06está ganhando protagonismo no mercado brasileiro.
24:10Dados recentes da Confederação Nacional
24:12das Seguradoras, a CNSEG,
24:13mostram que essa modalidade de seguro para a pecuária
24:17cresceu mais de 650% no último ano
24:22e já se consolida como uma ferramenta estratégica
24:26para a segurança alimentar e econômica.
24:29Cada vez mais os produtores rurais,
24:30os pecuaristas,
24:31estão prestando atenção nisso.
24:34Então, para nos ajudar a analisar esse cenário,
24:36eu convido o Márcio Brito,
24:38que é especialista em seguros
24:40do Grupo Azul Empréstimo.
24:41Bem-vindo ao Hora H do Agro.
24:43Muito obrigada pela sua participação.
24:47Eu queria começar, então, pedindo para você
24:49avaliar quais que são os fatores
24:53que estão impulsionando a contratação desse serviço.
24:56A gente vê números aí da CNSEG, né?
24:59650% não é pouco.
25:01O que está fazendo os pecuaristas,
25:03os produtores rurais,
25:05despertarem para um produto
25:07que não é tão comum no mercado,
25:09mas a gente está vendo que o interesse está crescendo.
25:12Obrigada de novo pela participação.
25:15Realmente, esse cenário tem se transformado
25:17bastante nos últimos anos.
25:19E o valor da carne,
25:21que tem um aumento significativo,
25:23também faz parte desse cenário.
25:25Você veja que um rebanho
25:26avaliado em 500 mil reais
25:30anos atrás,
25:31hoje o mesmo rebanho,
25:33com a mesma quantidade de cabezas,
25:34é avaliado em 1 milhão de reais.
25:35Então, essa alavancagem patrimonial
25:38se faz necessária
25:39uma pós-seguro para garantir, né?
25:42E tem outros efeitos também
25:44que fazem parte desse cenário,
25:45que são os efeitos climáticos,
25:47seca, enchente.
25:52Você acredita que tem sido
25:54um grande fator, né?
25:56Claro, a gente está falando de seguro,
25:58quando a gente olha para seguro no agro,
26:01tem o seguro curar em geral,
26:02tem os seguros agrícolas,
26:04e tem algumas cadeias produtivas
26:07que demoram para alavancar o seguro.
26:09Você acredita, então,
26:11que o pecuarista,
26:12por conta dessa valorização
26:14que você contou,
26:15mais o ambiente clima,
26:17o fator clima,
26:18tornou-se um ambiente, assim,
26:20inquestionável de ter seguro?
26:23Exatamente.
26:24Esses eventos climáticos
26:25vêm secas, enchentes, incêndios, né?
26:28Isso traz muita vulnerabilidade
26:30ao produtor.
26:31E é claro que ele está
26:32com o seu patrimônio segurado,
26:33se tornou essencial.
26:36E junto a isso,
26:36também tem as questões comerciais,
26:38as tarifas dos Estados Unidos,
26:40também gera tensão
26:41no mercado financeiro,
26:43e na carne.
26:44E também tem a noção
26:46de prática de gestão comercial, né?
26:48Hoje, o agricultor
26:50vem se tornando um empresário,
26:51de fato,
26:52não mais um produtor
26:53como era antigamente.
26:54Então, esse planejamento,
26:55essa pós-seguro,
26:57traz ali um planejamento estratégico
26:59de mitigação de risco, né?
27:01E com isso também traz ali
27:03para o produtor
27:03uma facilidade
27:05na agregação de crédito
27:06junto aos mercados financeiros.
27:08Que vem um produtor
27:09que tem uma pós-seguro,
27:11um produtor com menos risco, né?
27:13Então, isso também facilita
27:15o crédito
27:15e atrai um crédito
27:17com melhores taxas.
27:18Tem feito bastante diferença também.
27:19Então, pelo que você está comentando, né?
27:24A sua linha de raciocínio
27:25é de que, de fato,
27:27se os produtores rurais, então,
27:29têm mais seguros, né?
27:31Mostram que estão contratando
27:33mais o seguro,
27:34isso tende a facilitar
27:35o acesso ao crédito,
27:38juros menores.
27:39Então, isso também é um fator
27:40que lá na frente
27:41o produtor pode se beneficiar.
27:43Então, ele já está fazendo
27:45a sua parte
27:46nesse crescimento
27:47dos 650%
27:48que a gente trouxe.
27:49Esse também é um dos fatores.
27:52Exatamente.
27:52Esse é um fator
27:54e um dos fatores mais fortes, tá?
27:56Porque quando você tem um risco
27:58e esse risco detém um seguro,
28:00o banco e as cooperativas de crédito
28:03enxergam isso de forma diferente, né?
28:04Então, você consegue apresentar
28:06ali o risco
28:08que você trabalha,
28:09que você opera
28:09e, ao mesmo tempo,
28:10você tem uma garantia
28:11de um apósito seguro, né?
28:12O que traz mais tranquilidade
28:14tanto para o pecuarista
28:15quanto para os órgãos financeiros
28:17que vão financiar
28:18essa operação.
28:20E aí, Márcio,
28:22também queria entender um pouco,
28:24você é especialista
28:25em seguros
28:26e queria entender um pouco, então,
28:28desse bastidor da área, né?
28:30O quão complexo
28:31que é criar um novo produto
28:33ou, pelo menos,
28:34emplacar esse novo seguro
28:36no mercado.
28:38Queria entender um pouco
28:39o que vocês, né?
28:41O que o mercado,
28:41de uma forma geral,
28:43olha para montar
28:44um produto novo.
28:45são os riscos,
28:47essa questão de juros,
28:48aptidão do produtor,
28:50nesse caso,
28:51do pecuarista, né?
28:53Queria entender um pouco
28:53desafios e complexidade
28:56de evoluir
28:57para um novo seguro
28:58rural, né?
28:59Assim, dentro de todos
29:01os que existem,
29:02falando de pecuária
29:03especificamente,
29:03porque também não é como
29:05um novo seguro
29:06para carro, né?
29:07A gente está falando
29:07de seguro para um animal, né?
29:10Um ativo vivo, literalmente.
29:11Então, acho que também
29:12tem algumas camadas
29:13de complexidade
29:14nesse sentido, né?
29:17Desenvolver um produto
29:19de seguro,
29:19uma pólice que abrange
29:20todos os riscos
29:21é muito complexo.
29:23O Brasil é um mercado
29:25complicado, né?
29:25No setor financeiro,
29:26diante de todas as frentes.
29:28O seguro não seria diferente.
29:30Uma das diversidades
29:31mais enfrentadas
29:32é doenças, né?
29:34Que pode ocorrer
29:34com os animais,
29:35acidentes,
29:36os incêndios,
29:37falha de maneiro,
29:38transporte.
29:40Aí tem os animais
29:40que tem a expulsão
29:41em feira.
29:42Então, desenhar
29:43um produto específico
29:45para cada região
29:46também é um desafio, né?
29:48Às vezes,
29:48tem uma região sul
29:49onde tem mais frio,
29:50uma região do norte
29:51mais calor,
29:52o Rio Grande do Sul,
29:53por exemplo,
29:53a última enchente que teve.
29:55Então, desenhar
29:56esse produto,
29:57precificar o valor
29:58de uma pólice ali
29:59para cobrir esses riscos
30:01é bastante complicado,
30:03é desafiador.
30:04E também tem a questão
30:05de fraude, né?
30:06Tem que ter um produto
30:07bem desenhado.
30:09Infelizmente,
30:09no Brasil,
30:10a gente tem essa
30:11parte de fraude
30:13que é bastante comum,
30:14embora não pareça,
30:15mas é.
30:16Esse também é um dos fatores, né?
30:18E tem também
30:18a variedade de animais, né?
30:20Tem vários tipos de...
30:21Mas bovinos,
30:22de corte, né?
30:23Pode ser de corte,
30:24pode ser de reprodução,
30:25suíno,
30:26aves,
30:26urbinos, né?
30:27Cada espécie
30:28tem um mercado diferente
30:29e um valor agregado
30:30diferente, né?
30:31Então, entender também
30:32esse mercado
30:33é mais um desafio.
30:35E também tem
30:36a sustentabilidade financeira
30:38da seguradora, né?
30:39Considerar o histórico sinistro,
30:41o risco climático, né?
30:43O risco que ela está exposta, né?
30:45Imagina-se que uma pólice
30:47de cobertura
30:48de um milhão de reais,
30:48a companhia vai cobrar
30:49entre 2% e 4%
30:51desse valor assegurado.
30:53Talvez são uma pólice
30:53em torno de 20 mil
30:55a 40 mil reais de emprego.
30:57Então, tem que ser um risco
30:57muito bem estudado
30:58e bem detalhado.
31:00Também tem a parte
31:01de rastreadibilidade
31:02para evitar aí
31:03a parte de fraude, né?
31:04Isso, infelizmente,
31:06é comum.
31:06Era isso que eu ia te perguntar
31:08para a gente encerrar.
31:09Você deu bastante ênfase
31:10nessa questão de fraude.
31:13Então, olhando
31:14para esse seguro pecuário
31:15que a gente está abordando aqui,
31:16mas para outros
31:17dentro do agro,
31:18que são vários, né?
31:19Tem vários produtos
31:20nesse sentido.
31:21O que fazer
31:22para se precaver
31:23dessa fraude, então?
31:24Para o produtor
31:25que está nos assistindo,
31:26empresário rural
31:26que está nos assistindo,
31:28que começa a despertar
31:29para essa necessidade
31:32de ter seguro
31:32na propriedade,
31:34seja em relação
31:34a equipamentos,
31:36o ativo animal.
31:38O que fazer
31:39para se proteger
31:40de fraude, então, Márcio?
31:43Essas companhias,
31:45elas têm adotado
31:46diferentes formas
31:47de se precaver
31:48contra isso, né?
31:49Uma das formas
31:50é exigir ali
31:50a vacinação desse gado,
31:52o controle através
31:53de planilha
31:54ou até mesmo ali
31:55a inscrição desse animal, né?
31:57Que a...
31:59Me fugiu o nome aqui.
32:01Mas é como se fosse
32:01uma certidão
32:02de nascimento, né?
32:03Que tem ali
32:03o nome do animal,
32:04o nascido e tudo,
32:06tem ali a parte
32:07de vacinação
32:07e toda a rastreabilidade
32:09desse animal, né?
32:10Inclusive, também,
32:11a seguradora
32:12pode designar um técnico
32:13para fazer uma visita
32:14a essa propriedade,
32:15para ver que se foi relatado
32:16de risco para a seguradora
32:17é realmente, de fato,
32:19que se encontra
32:19na propriedade.
32:20E se os animais
32:21também foram descritos
32:22para a bosta de seguro,
32:23que é o risco
32:24que a gente fala, né?
32:25Se está de acordo
32:26com o que foi detalhado
32:27para a companhia.
32:29Então, tem vários fatores aí
32:30que a companhia pode
32:31se obter
32:33para evitar
32:34essas fraudes, né?
32:35Inclusive, também,
32:36histórico sinistro, né?
32:38Clientes que têm
32:39a recorrência de sinistro.
32:41A companhia seguradora
32:42pode não aceitar
32:43fazer uma aposta
32:44de seguro
32:44para esse cliente.
32:45Mas é um mercado
32:46que vem crescendo bastante,
32:48faz parte do mercado,
32:49vai crescer muito,
32:50traz segurança,
32:52não só para a parte
32:53do produtor
32:53do patrimônio,
32:54mas traz uma segurança
32:55para o país,
32:56uma segurança de alimento,
32:57uma estabilidade
32:58financeira, comercial.
32:59Então, é muito importante
33:01que as companhias
33:02têm várias formas
33:03de se adentrar a isso
33:04e vêm fazendo
33:06um estudo sobre isso, né?
33:07Quanto mais livros
33:08para trás,
33:09mais ela entende o mercado.
33:11É isso, perfeito.
33:12Márcio,
33:12te agradeço muito
33:13a sua disponibilidade ali,
33:15as explicações
33:16sobre esse que é um segmento
33:17que é isso,
33:18tende a crescer.
33:19Se a gente lembrar
33:19que tem mais de 200 milhões
33:20de cabeças de gado
33:21no Brasil,
33:22se todo gado desse
33:23tiver seguro pecuário,
33:26imagina,
33:26o setor vai super bem, né?
33:28Então, a gente espera
33:30ver crescer,
33:31porque foi o que você falou,
33:32é uma proteção
33:32não só para o produtor rural,
33:34mas acaba sendo
33:34uma proteção
33:35para a economia do país, né?
33:37Te agradeço de novo
33:38a disponibilidade,
33:39fica aí o convite
33:40para você voltar
33:41outras vezes.
33:41Obrigada.
33:42Ok, obrigado, Mariana.
33:44Em um cenário
33:44de incertezas geopolíticas
33:47e com o mercado
33:48de fertilizantes
33:49em constante mudança,
33:51o agronegócio brasileiro
33:52busca novas parcerias
33:54para garantir
33:55a produtividade.
33:56E essa semana
33:57aconteceu aqui em São Paulo
33:58o Congresso da ANDA,
34:00Associação Nacional
34:01para a Difusão de Adubos.
34:03E na ocasião
34:04ocorreu a assinatura
34:06de uma cooperação técnica
34:08entre a Associação
34:09e o Ministério da Agricultura.
34:11Nós vamos saber mais
34:13na reportagem
34:13de Marcelo Matos.
34:15O Ministério da Agricultura,
34:17Pecuária e Abastecimento
34:18firmou uma cooperação técnica
34:20com a ANDA,
34:21a Associação Nacional
34:22para a Difusão de Adubos.
34:24Explica o assessor
34:26de assuntos estratégicos
34:28do Mapa,
34:29José Carlos Polidoro.
34:30Uma união
34:31que já deveria existir
34:32há algum tempo, né?
34:34E agora nós resolvemos
34:35fazer isso
34:36porque um dos primeiros
34:37resultados
34:37que nós já produzimos
34:39foi aí
34:40a projeção
34:41de qual será o impacto
34:42do programa
34:43Caminho Verde do Brasil,
34:44que é converter
34:4540 milhões de hectares
34:47de pastagens degradadas
34:48para a agricultura.
34:49Isso demanda muito fertilizantes
34:50e nós estamos entregando
34:52para o mercado
34:52dados para ele se preparar.
34:55E nós vamos buscar
34:55estatísticas oficiais
34:56para esse país
34:57porque o nosso Brasil
34:59é um price taker
35:00de fertilizantes.
35:01Ou seja,
35:01a gente consome
35:02para caramba
35:03fertilizantes,
35:03mas não influencia
35:04no mercado.
35:05Nós temos que ser
35:06price maker,
35:06nós vamos atrás disso.
35:08E também facilitar
35:09a troca
35:09de demanda e oferta,
35:12ou seja,
35:13o que o setor
35:14precisa do mapa,
35:15vamos organizar isso melhor,
35:16precisa do governo,
35:17para que a gente
35:18adeque o nosso regulatório,
35:21a nossa legislação
35:22de fertilizantes
35:23à evolução do mercado
35:24em tempo mais hábil,
35:26para que nós possamos
35:27deixar de ser reativos
35:28em relação,
35:29por exemplo,
35:29a esses problemas
35:30internacionais
35:31de geopolítica
35:32e passamos a ser proativos.
35:34O presidente da ANDA,
35:35Eduardo Monteiro,
35:36ressalta o planejamento
35:38da demanda brasileira.
35:40É aprimorar a nossa governança
35:42e gestão de informações
35:43estatísticas.
35:45Então o Ministério da Agricultura
35:46usando também
35:47os dados da Embrapa,
35:48tem muitas informações
35:50estatísticas interessantes
35:51e os setores
35:52de fertilizantes
35:53também dependem
35:54dessas informações.
35:56Num segmento
35:56que importa 80%,
35:58o planejamento
35:59é importante.
36:00Então dentro desse contexto,
36:02esse convênio
36:03que foi assinado
36:03foi muito positivo
36:05e vem melhorar
36:06a governança setorial
36:07nesse segmento
36:09que depende muito
36:11do mercado.
36:11O Brasil é altamente
36:14dependente
36:15da compra
36:15de fertilizantes
36:17pelo mundo,
36:18são mais de 80%.
36:19Uma nova política
36:21para o setor
36:21pretende incentivar
36:23e também
36:24aumentar a produção
36:25nacional,
36:26que ainda é muito
36:27minoritária.
36:28Claro que questões
36:29geopolíticas
36:30que permeiam o mundo
36:31hoje,
36:32essas questões
36:33preocupam
36:34a todos
36:35do setor.
36:36O senhor
36:37da Galvane,
36:38Marcelo Silvestre,
36:39irá ampliar
36:40os investimentos
36:41na Bahia.
36:42Estamos investindo,
36:44abrindo a nova
36:44mineração
36:45de fosfatados
36:47na Bahia
36:47e nós temos
36:49a duplicação
36:49da nossa planta
36:50no oeste da Bahia.
36:51Nós vamos chegar
36:52a 1 milhão e 300 mil toneladas.
36:54Investimento de mais
36:54de 1 bilhão de reais.
36:56Mas esse é um contexto
36:57que merece
36:59bastante atenção
37:00do governo também.
37:00Tem um plano nacional
37:01de fertilizantes
37:02em curso
37:03que tem metas
37:04para chegar
37:05a 50%
37:06da produção nacional
37:07até 2050,
37:08sair de 13%
37:09para 50%.
37:11Então é um setor
37:12que está com bastante
37:13atenção também
37:14do governo.
37:15O assessor
37:16do Ministério
37:16da Agricultura,
37:17José Carlos Polidoro,
37:19destaca a segurança
37:20da nossa produção
37:21no campo.
37:23A nossa grande sorte
37:24é que o Brasil,
37:25todo mundo quer vender
37:26fertilizantes para o Brasil,
37:27porque nós consumimos
37:28fertilizantes na época
37:29que no mundo
37:30temperado,
37:31onde tem os países
37:32grandes agricultores,
37:34não consomem.
37:35Então a indústria
37:36tem o melhor cliente,
37:37somos nós.
37:38Mas também,
37:39porque tem muitos países
37:41que estão aumentando
37:42a sua produção
37:42de fertilizantes,
37:43que o Brasil deveria
37:44estar fazendo há tempos.
37:45De forma que
37:46uma situação dessa
37:47ainda não teve
37:49impacto direto,
37:51nós esperamos
37:51que não tenha
37:52porque há uma possibilidade
37:54de nós diversificarmos,
37:55pelo menos temporariamente,
37:57os players
37:57que fornecem
37:58fertilizantes para nós.
37:59Isso aumenta
38:00com um ou com o outro,
38:01mas isso ainda
38:02é uma situação
38:03extremamente perigosa,
38:05porque o mesmo país
38:08que vende
38:08muitos fertilizantes
38:09para nós,
38:09como a China,
38:10por exemplo,
38:11outro como os Estados Unidos,
38:13outro como a Rússia,
38:16são países,
38:16primeiro,
38:17que são grandes consumidores
38:18de fertilizantes
38:19e, segundo,
38:20eles têm
38:20seus protagonismos
38:22internacionais.
38:23E o Brasil vai ficar
38:24à mercê
38:24de uma situação dessa?
38:26Não vai ter,
38:27como eu falei,
38:28nós não seremos
38:29o price taker
38:30nunca nesse setor?
38:31e teremos que ser,
38:32porque daqui a pouco
38:33nós seremos o terceiro
38:34maior consumidor
38:35caminhando para ser
38:36o segundo maior.
38:37Como assim?
38:37Nós vamos não ter
38:39uma indústria aqui
38:39que gera, principalmente,
38:42muitos empregos,
38:43muitos dividendos.
38:44É um setor
38:46que só de produto,
38:47comércio do fertilizante,
38:49gira em torno
38:49de 20 bilhões de dólares
38:50por ano.
38:51Você imagina quantos empregos.
38:52Uma fábrica de fertilizantes,
38:54quando ela é construída,
38:55ela vai um bilhão
38:56de dólares de investimento,
38:57como foi a última
38:58lá em Minas Gerais
39:00de fosfato,
39:00da Eurocane,
39:01ela traz
39:033 mil empregos direto,
39:04ela traz,
39:05como é um insumo,
39:06é a base,
39:07ela vai escalando
39:08empregos e renda
39:09na cadeia produtiva toda.
39:11Então, além da segurança
39:12nacional,
39:13da segurança alimentar,
39:14é prático,
39:15é o mercado,
39:15é emprego,
39:16é renda.
39:17Então,
39:18não havia por que
39:19não ter uma política
39:20dessa no país.
39:21Hoje,
39:21o agronegócio
39:22responde com
39:2349%
39:25das exportações
39:26brasileiras,
39:2824%
39:29do PIB,
39:30mas importa
39:3180%
39:33dos fertilizantes.
39:34O presidente
39:35da ANDA,
39:36Eduardo Monteiro,
39:36avaliou o impacto
39:37na geopolítica
39:39atual.
39:40Mesmo com
39:40um prognóstico
39:41positivo,
39:42quando a gente
39:42pensa no cenário
39:43de demanda,
39:45depois de uma
39:45safra recorde
39:46como essa,
39:47onde nós
39:48extraímos nutrientes
39:49do solo
39:50para produção
39:50de alimentos,
39:51de grãos,
39:52é absolutamente
39:53necessário que o
39:54agricultor reponha
39:55isso no solo
39:56para que o Brasil
39:56continue produzindo
39:57o que a gente
39:58vinha atingindo.
40:00Dentro desse
40:01contexto,
40:02o que pode
40:03eventualmente
40:05impactar,
40:06sem dúvida
40:06nenhuma,
40:07é uma retração
40:07em função
40:08de falta
40:08de crédito.
40:10A gente já
40:10vem observando
40:11ao longo
40:11dos últimos
40:11dois anos
40:12uma versão
40:13setorial
40:13em função
40:15do número
40:16grande
40:16de recuperações
40:17judiciais,
40:18mas isso
40:19eventualmente
40:20agora está
40:21crescido
40:21por uma mudança
40:22no sistema
40:24de liberação
40:25de crédito.
40:25a gente entende
40:26que os agentes
40:27financiadores
40:27estão sendo
40:28muito mais
40:28restritos
40:28e seletivos
40:29e nesse
40:31momento a gente
40:32no Brasil
40:33espera se comercializar
40:34ainda 20%
40:34da demanda
40:35do que a gente
40:36espera entregar
40:36durante o ano.
40:38Uma parte
40:38importante disso
40:39é soja,
40:40que neste momento
40:41o adubo para soja
40:42deveria estar
40:43praticamente
40:44integralmente
40:45comercializado
40:45e ainda falta
40:4710%,
40:47que é um número
40:48bastante relevante.
40:49Aliado a isso,
40:50isso também
40:51traz outros gargalos,
40:52gargalos logísticos
40:53importantes para a cadeia.
40:55Essa é uma atividade
40:55sazonal,
40:56plantio em algumas
40:57regiões do país
40:58começou ontem
40:59e ao longo
41:01de setembro
41:01a gente vai começar
41:02aqui nos grandes
41:03estados,
41:04Mato Grosso
41:04também começa
41:05e é fundamental
41:07que dentro
41:08do início
41:08do plantio
41:09o adubo
41:09esteja na fazenda.
41:12E a gente
41:12observou também
41:13que em função
41:14de uma política
41:15mais restritiva
41:16por parte
41:17das cadeias
41:18que comercializam
41:19o fertilizantes
41:20com o agricultor
41:20afinal,
41:22somente aceitando
41:23liberar
41:23os produtos
41:24que já foram
41:25adquiridos
41:26mediante
41:27formalização
41:27de garantias,
41:28a gente observou
41:29atrasos
41:30nas entregas
41:31de julho
41:31e agosto.
41:33E esses atrasos
41:34ficaram
41:34retrasados
41:35para setembro.
41:36Em setembro
41:37a indústria
41:37já trabalha
41:38com um conceito
41:39de capacidade
41:40máxima.
41:41Isso é difícil
41:42a indústria
41:42absorver
41:43todo o volume
41:44que ficou em julho
41:45e agosto.
41:46Então a gente
41:46aqui também
41:47vislumbra
41:47um mês de setembro
41:49bastante desafiador
41:51em função
41:51dos gargalos
41:52logísticos
41:53que a indústria
41:55irá enfrentar.
41:56Então você tem
41:57uma combinação
41:57aqui de logística
41:58e crédito
41:59como sendo
41:59pontos importantes
42:00de preocupação
42:00e é uma questão
42:03que a gente
42:03lamenta muito
42:05porque seria
42:05um ano
42:06fantástico
42:07pensando no cenário
42:08de demanda.
42:09Marcelo Silvestre
42:10considera que o futuro
42:11caminha em favor
42:12do Brasil.
42:13Nós temos
42:14possibilidades de crescer,
42:15temos tecnologia
42:16nacional,
42:18temos vontade
42:19de crescer,
42:20então acho
42:20que nesse contexto
42:22superando esses desafios
42:23nós temos condição
42:24de caminhar
42:24e aumentar
42:26a produção nacional
42:27de fertilizantes
42:27e ajudar
42:28a agricultura
42:29também no Brasil
42:30que é muito
42:30moderna,
42:32que é muito desenvolvida
42:33a continuar crescendo.
42:34Até agora
42:35os fertilizantes
42:36ficaram de fora
42:37das sanções
42:37contra a Rússia
42:38e o tarifaço
42:39de Donald Trump.
42:41Canadá, Rússia,
42:42Norte da África
42:43e Oriente Médio
42:44estão vendendo
42:45ao Brasil
42:46sem sobressaltos.
42:47Mas temas
42:48nacionais
42:49como o julgamento
42:50do ex-presidente
42:50Bolsonaro
42:51e possíveis
42:52repercussões
42:53internacionais
42:54pelos Estados Unidos
42:56cercam
42:57os receios
42:58dos impactos
42:59futuros
42:59ao setor.
43:01Nós vamos agora
43:02para um rápido
43:03intervalo
43:04e na volta
43:05teremos
43:05informações
43:06direto da Expo Inter,
43:08a feira que aconteceu
43:09lá em Esteio
43:10no Rio Grande do Sul
43:11essa semana.
43:12A gente volta
43:12daqui a pouquinho.
43:13Hora H do Agro
43:27Nunca foi tão fácil
43:30levar um Volvo
43:31para a garagem.
43:32Chegou o Volvo
43:33Car Consórcio.
43:34Com ele,
43:34você conquista
43:35seu zero quilômetro
43:36sem juros
43:37e sem entrada.
43:38Com créditos
43:38a partir de 300 mil
43:40em até 60 meses
43:41e a taxa administrativa
43:43de 10%
43:44a menor do mercado.
43:45Até 320 contemplações
43:47já nos primeiros
43:48dois anos.
43:49Volvo Car Consórcio.
43:50Um caminho seguro
43:51em direção
43:52ao carro
43:52dos seus sonhos.
43:53visite uma concessionária
43:54ou acesse
43:55vovocarconsórcio.com.br
43:57Você trabalha
44:00muitas horas
44:01por dia,
44:02paga as contas
44:03e não consegue
44:04aumentar seu patrimônio
44:06e ainda se sente
44:07perdido
44:08sem saber o que fazer
44:09para mudar
44:10essa realidade?
44:11Agora existe
44:12uma solução
44:13acessível
44:14para você
44:15blindar seu patrimônio
44:16das crises econômicas
44:18e das incertezas
44:19do futuro.
44:20E o melhor,
44:21fazendo seu dinheiro
44:22trabalhar para você.
44:24Estou falando
44:25de um passo a passo
44:26para você começar
44:27a investir do zero
44:29nas melhores ações
44:30da Bolsa.
44:31Você vai entender
44:32como proteger
44:33seu patrimônio
44:34e principalmente
44:35como começar
44:36a investir
44:37do zero
44:38na Bolsa
44:38e nunca mais
44:40ser refém
44:40da inflação
44:41ou das crises
44:42econômicas.
44:44Garanta sua vaga
44:45agora
44:45em
44:46niucursos.com.br
44:48niucursos.com.br
44:50e dê o primeiro passo
44:52para a sua
44:53liberdade
44:54financeira.
44:54E aí
44:57.
44:58.
45:00.
45:04.
45:05.
45:08.
45:08.
45:08.
45:10.
45:12.
45:13.
45:15.
45:16.
45:17Amém.
45:47Hora H do Agro
46:07Estamos de volta com o Hora H do Agro aqui na Jovem Pan News.
46:12No Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária, o EMEA, divulgou a projeção para a safra de soja, milho e algodão do Mato Grosso.
46:23O EMEA, que é uma instituição importante no estado, traz esses dados.
46:27E como a gente pode ver, a soja tem uma oferta prevista de 48,55 milhões de toneladas e demanda prevista de 47,6 milhões de toneladas.
46:39O que significa de oferta, uma queda de quase 0,8% em relação à safra passada e uma demanda prevista também de queda de 4%.
46:49Então, oferta e demanda previstas para a soja em 2025, 2026 no Mato Grosso, a EMEA apontando quedas.
46:58Quando a gente fala da safra de milho, que a gente também está colocando aí na tela, as projeções de oferta são de 55,54 milhões de toneladas, com queda de 14%.
47:10E demanda de 54 milhões de toneladas, com crescimento de 11,10%.
47:17Demanda prevista aí um pouco melhor.
47:21Vai ter mais demanda do que oferta no milho, no estado do Mato Grosso, de acordo com dados do EMEA.
47:28E trazendo, então, dados também da safra de algodão para 25,26, os números do EMEA apontam uma estimativa de produtividade aí de 308,08 arrobas de algodão por hectare,
47:44produção de 7,04 milhões de toneladas de algodão em caroço e 2,90 milhões de toneladas de pluma.
47:56Lembrando que caroço, pluma, são partes distintas que têm demanda e oferta distintas.
48:03Então, números aí para a gente acompanhar, porque são previsões para essa safra que começa em setembro.
48:09E depois, é claro, que a gente traz o EMEA aqui também para conversar sobre esses dados e ver se eles são reais e vão ser praticados.
48:18E a gente vai trazer agora também informações lá do Rio Grande do Sul, porque entre os dias 30 de agosto e 7 de setembro,
48:26acontece a oitava edição da Expo Inter, na cidade de Esteio.
48:31É uma feira que acontece todos os anos lá no Rio Grande do Sul.
48:35E o Alex Rufo nos conta mais sobre essa, que é uma das maiores feiras de agronegócio do Brasil.
48:46Nosso futuro tem raízes fortes.
48:50Com esse slogan, a 48ª edição da Expo Inter abraça a inovação tecnológica que impulsiona, além do agro,
48:58maquinários agrícolas e, claro, o segmento de caminhonetes.
49:01São mais de 2,5 mil expositores numa área de 140 hectares, proporcionando uma ampla vitina e proagro motor do Brasil.
49:11Os setores agrícola e pecuário representam 6 a 7% do PIB brasileiro.
49:16Mas quando a gente engloba toda a cadeia do agronegócio com abrangência na produção, indústria, logística, comércio e serviços,
49:24essa participação pode chegar ao final de 2025 na casa de 30% do PIB nacional,
49:31com impacto direto no crescimento das vendas de picapes médias e de grande porte.
49:37Esses números traduzem muito bem o grande crescimento do segmento de picapes no Brasil.
49:42Produtores rurais, fazendeiros, cooperativas e transportadoras precisam de veículos mais robustos,
49:50com alta capacidade de carga e entrega de boa performance em estradas rurais.
49:55E é exatamente aí que as picapes se encaixam como uma luva, ou melhor, como uma putina para o produtor rural.
50:03O Brasil foi um dos mercados que mais comprou picapes no mundo.
50:06As vendas do setor cresceram 18% em 2024, justamente acompanhando as altas safras do agro,
50:14colocando o nosso país entre os 10 maiores mercados do mundo.
50:18A sofisticação do agro com a chegada de inovações tecnológicas,
50:22motivar as montadoras a entregarem para o mercado picapes mais luxuosas, confortáveis e muito conectadas.
50:30Atualmente, há ofertas de modelos voltados ao trabalho pesado,
50:34como Ford Ranger, Toyota Hilux, Chevrolet S10 e do segmento premium,
50:39aquelas que o empresário do agro utiliza na cidade e estaciona à frente da sede da fazenda,
50:45como o Ram, Ford F-150 e a super híbrida BYD Shark.
50:51A expectativa da Expo Inter é superar a marca de 800 mil visitantes nos nove dias de evento.
50:58A maior exposição do agro da América Latina a céu aberto
51:01é um verdadeiro catalisador do futuro do campo e das máquinas.
51:05A Expo Inter sinaliza de forma muito clara que o agro é o fertilizante econômico
51:10que mantém o segmento de picapes em alta,
51:13tanto como instrumento de trabalho, como símbolo de poder no campo.
51:17Da Expo Inter, no Rio Grande do Sul, para a hora H do agro.
51:24E o Alex Rufo, ele é o apresentador, ele que comanda o Máquinas na Pan.
51:29Então ele está contribuindo aqui para a gente sobre esse universo das caminhonetes, das picapes.
51:34Mas fica o convite para vocês também conhecerem o Máquinas na Pan
51:37aqui na programação da Jovem Pan News.
51:40E agora nós vamos falar sobre a previsão do tempo para a próxima semana.
51:44Esse é mais um Por Dentro do Clima.
51:47O Dentro do Clima
51:51Para conversar com a gente, novamente, Ludmila Camparotto.
51:56Bem-vinda de volta ao Hora H do Agro.
51:59Fazendo a gente entender, ou pelo menos se preparar na medida do possível
52:05para os próximos dias, para início de safra.
52:08Na sua participação semana passada, a gente deu aí um bom panorama
52:12sobre o mês de setembro, a época de plantio.
52:14E agora eu queria entender sobre frente fria.
52:19Queria entender contigo se ela deve vir.
52:22Estamos falando aí de chuvas, de hadas no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina.
52:28Queria começar trazendo essa perspectiva do sul do país.
52:31Ludmila, obrigada de novo pela participação aqui.
52:35Eu que agradeço, Mariana.
52:36Olá, olá a todos.
52:37É, nós teremos um, ainda ao longo desses próximos 10, 15 dias,
52:42um tempo bem mais úmido, principalmente sobre o sul do Brasil.
52:46E falando principalmente do estado do Rio Grande do Sul,
52:50Santa Catarina e extremo sul do estado do Paraná.
52:53Ao longo dessa próxima semana, nós teremos dois sistemas avançando pela região
52:58e provocando chuvas.
53:00Mas acho que o grande destaque é o frio previsto para esse final de semana.
53:05Existe aí uma tendência de temperaturas baixas em todo o Rio Grande do Sul,
53:10principalmente, com mínimas que poderão ficar em torno de 3 graus.
53:14Na região mais extremo sul do Rio Grande do Sul,
53:18a expectativa de mínimas variando em torno de 1 a 3 graus.
53:22Ou seja, vai fazer bastante frio.
53:25Dificilmente não teremos nenhum registro ali de geadas,
53:28mas, caso ocorra, serão muito pontuais, muito localizadas.
53:32Não há uma expectativa de geadas amplas em áreas de lavouras,
53:37mas, é claro, deixe o produtor ali em estado de atenção,
53:41principalmente pensando no trigo.
53:43E esse frio também, que vai persistir ainda durante essa primeira quinzena
53:49do mês de setembro, faz com que os produtores fiquem atentos
53:53aos plantios da nova safra de verão,
53:56principalmente falando em Santa Catarina, áreas, claro, do Rio Grande do Sul
54:00e também algumas áreas do sul do Paraná, sul do Mato Grosso do Sul,
54:04até mesmo Paraguai, todo mundo de olho ainda nesse frio
54:08que ele ainda não foi embora de vez.
54:09A gente tem uma primeira quinzena ainda de setembro
54:12que pode ser marcada por essa queda de temperaturas.
54:15Como eu disse, nada extremo.
54:17As temperaturas mais baixas ficam realmente para o Rio Grande do Sul,
54:20mas é um ponto de atenção.
54:22E essas frentes frias que irão avançar ao longo dessa próxima semana,
54:26elas ficam mais restritas realmente ao Rio Grande do Sul,
54:30Santa Catarina, avançando em algum momento ali
54:33pela região mais central do Paraná.
54:35Essa frente fria dificilmente vai avançar pela região central do Brasil.
54:40Nós temos uma condição de oceano Atlântico fria no momento.
54:44Isso impede essas frentes frias de avançarem com abrangência,
54:50com qualidade pela região central do Brasil.
54:53Então, ela realmente vai ficar um pouquinho mais para o sul do Brasil.
54:56Ela cria, sim, um corredor de umidade que vem lá da Amazônia.
55:01Então, nós já vimos ao longo dessa última semana chuvas em áreas de Rondônia,
55:06região oeste, noroeste do Mato Grosso,
55:09e até um ponto de atenção para quem ainda está finalizando as colheitas do algodão.
55:14E a gente pode ter esse corredor de umidade se formando na faixa mais oeste do Brasil
55:20ainda ao longo dessa próxima semana com esse avanço das frentes frias ali pelo sul do Brasil.
55:25Então, cria-se esse corredor de umidade.
55:27Mas na região central do país, falando principalmente em áreas do sudeste,
55:32grande parte aí do centro-oeste e norte, claro,
55:35a tendência ainda é de tempo mais firme e temperaturas elevadas.
55:40Apenas na região litorânea do nordeste que a gente vai aí observar uma condição de chuvas também.
55:46Além, claro, da região norte que continua chovendo em áreas ali de Roraima.
55:51Mas chuvas mais frequentes e abrangentes na região central do país só devem chegar mesmo,
55:59falo ali no último decêndio de setembro, sabe, essa última semana de setembro,
56:03para o início de outubro é que a gente vai ver chuvas um pouco mais abrangentes, né,
56:08e molhando realmente grande parte aí das áreas produtoras.
56:11Perfeito.
56:12E aí a gente está falando muito dessa questão, né, com você, para você aí,
56:16regiões centrais, prestando bastante atenção em como que vão ser aí os primeiros dias de plantio mesmo, né,
56:24algumas regiões inclusive já estão fora do vazio sanitário.
56:28Mas como que fica para quem está colhendo algodão?
56:32Porque a gente está falando tanto de plantio e plantio de grãos.
56:35Eu queria entender um pouco se também essas chuvas que estão previstas,
56:39que você falou aí, esse tempo um pouco mais úmido,
56:41pode prejudicar quem está colhendo algodão agora?
56:44Não é tanto assim? Vai de região para região?
56:47Explica um pouquinho para a gente também, Lúdia, por favor.
56:51Como nós tivemos aí o plantio, né, o desenvolvimento da safra um pouquinho mais prolongado,
56:57ele atrasou um pouquinho.
56:58Então, realmente, nós temos algumas regiões ainda no oeste do Mato Grosso,
57:02região sul do Mato Grosso, com colheitas ainda em andamento.
57:07E se a gente tiver qualquer volume de chuvas, 10 milímetros que seja,
57:11claro, né, a gente tem uma perda de qualidade dessa pluma.
57:14E realmente existe esse risco a partir de agora, né.
57:18Nós já tivemos algumas chuvas, já pegou,
57:20essas chuvas da semana passada já pegou algumas áreas de algodão.
57:23Eu acho que esse é realmente um ponto de atenção.
57:26E mesmo milhos, né, expostos, muitas vezes a céu aberto,
57:29é um ponto de atenção, porque principalmente nessa região mais noroeste do Mato Grosso,
57:35a gente já pode começar a ter chuvas um pouquinho mais frequentes,
57:39porque essa umidade que vem da Amazônia começa a descer um pouco mais.
57:44Até mesmo para o final dessa próxima semana,
57:46eu descarto algumas áreas do Tocantins, norte do Mato Grosso,
57:50receberem algumas chuvas, mesmo que de maneira localizada.
57:54Claro, não são aquelas chuvas abrangentes, em bons volumes, em todas as regiões.
57:59Mas se a gente tiver, né, em alguns pontos essas chuvas,
58:02ela pode, sim, atrapalhar essa colheita ou prejudicar, na verdade, a qualidade da pluma, né.
58:08Mas, pensando em plantio, é essa condição que a gente vê, assim,
58:12as chuvas ainda demoram um pouquinho mais para chegar a ponto de trazer uma boa umidade, né, para o solo.
58:18Perfeito. Perfeito, Lud, te agradeço muito aí as explicações,
58:24porque é isso, a gente precisa sempre fazer esse exercício
58:26de trazer um amplo aspecto aí do mapa do Brasil,
58:30mas cada cultura traz uma realidade, cada região traz uma realidade.
58:33A gente vai fazendo, a cada programa, algumas perguntas pontuais
58:37e te agradeço de novo aí por fazer a gente ajudar esse mapa no Brasil
58:41dos próximos dias aí na meteorologia. Obrigada, viu?
58:45Eu que agradeço, Mariana. Até a próxima.
58:47Até a próxima.
58:47E agora, o nosso programa fica por aqui,
58:50mas você continua conectado nas nossas redes sociais
58:53e ligado na programação da Jovem Pan News.
58:56Muito obrigada pela sua companhia,
58:58eu agradeço a todo mundo da equipe que faz esse programa acontecer
59:01e eu te espero na próxima semana. Um abraço. Até lá.
59:04A opinião dos nossos comentaristas não reflete necessariamente a opinião do Grupo Jovem Pan de Comunicação.
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