- há 7 semanas
- #jovempan
Nesta entrevista, discutimos as perspectivas para o agronegócio brasileiro após a imposição de novas tarifas pelos EUA. Com a análise do consultor Carlos Cogo, mergulhamos nas estratégias de curto e médio prazo para setores como carne, café e frutas, que são os mais impactados.
Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/
Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews
Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp:
https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S
Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/
Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews
Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews
Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/
TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews
Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews
#JovemPan
Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/
Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews
Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp:
https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S
Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/
Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews
Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews
Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/
TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews
Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews
#JovemPan
Categoria
🗞
NotíciasTranscrição
00:00Enquanto isso, os setores que não entraram na lista de exceções do tarifaço
00:05defendem negociações mais intensas por parte da diplomacia e também a adoção de auxílios.
00:12Além disso, eles também solicitam ajuda para buscar esses novos mercados.
00:17Para falar conosco sobre as perspectivas para os setores afetados,
00:20nós vamos conversar novamente com Carlos Kogo, consultor de agronegócio,
00:24que acompanha o tema, está afiadíssimo.
00:28Carlos Kogo, obrigada pela participação novamente aqui no Hora H do Agro.
00:31Kogo, já aproveito para te perguntar, em relação aos setores que continuam sendo taxados,
00:39quais as perspectivas imediatas?
00:41A gente queria tentar propor aqui um serviço para quem está nos assistindo.
00:45O que imediatamente se espera, pelo menos do setor de carnes, de frutas,
00:50que a gente tem certeza, ou pelo menos no curto período, que a taxação vai se manter para esses.
00:58Perfeito, eu que agradeço, Mariana, o espaço.
01:01Dentro desses setores que continuam taxados, os principais, em termos de grandeza econômica,
01:08também em termos de importância para os dois lados,
01:11a gente pode destacar o café, as frutas, principalmente as frutas tropicais,
01:17no nosso caso do Brasil seria especificamente manga e abacaxi,
01:21as carnes, obviamente, também estão aí ainda todas taxadas,
01:26especialmente a gente está falando de carne bovina,
01:29no qual os Estados Unidos hoje é o segundo maior mercado para o Brasil,
01:33e o café, todo mundo sabe, mas os Estados Unidos é o maior mercado do Brasil.
01:37Mas as expectativas são diferentes entre esses segmentos.
01:42Esse segmento de café está praticamente, a gente pode dizer,
01:45que prestes a entrar na lista de exceções,
01:49porque a reação foi muito grande do lado brasileiro
01:51e foi maior ainda do lado americano,
01:54tanto de empresários, indústrias, varejo.
01:58Houve realmente uma, até mesmo no início,
02:00houve uma certa surpresa do lado de lá,
02:03por exemplo, eles tinham quase que certeza
02:04que o café estaria incluído na lista de exceções.
02:07Então, a gente está aí na iminência de que café seja brindado,
02:13vamos dizer assim, com a inclusão na lista de exceções,
02:17e vai ser aí realmente um grande trunfo para o Brasil.
02:20Outro setor que está também bastante próximo de uma exceção,
02:24de entrar na lista de exceções,
02:25são os setores de frutas frescas, tropicais.
02:28No caso, especificamente, como eu comentei,
02:30a manga e o abacaxi,
02:32foram as mais citadas lá mesmo nos Estados Unidos,
02:35e isso poderia ser de uma outra forma.
02:37Eles abririam para todos os países,
02:39inclusive o Brasil,
02:41pois são frutas que não tem,
02:43não existe a suficiência nos Estados Unidos.
02:45Já do lado de carnes, a expectativa não é boa.
02:48A gente tem uma reação do lado de lá,
02:51do lado americano,
02:52os pecuaristas estão pressionando o Trump
02:55no sentido contrário,
02:57para que não reveja uma posição da carne,
03:01não inclua ela na lista de exceções,
03:04mantenha com a tarifa de 50%,
03:07que, na verdade, para a carne bovina,
03:09vamos deixar bem claro,
03:10iria para 76,4%.
03:13Nós já tínhamos uma líquida de 26,4%.
03:15Então, chegaria a um nível quase absurdo.
03:17Você quase que dobraria o preço da carne bovina,
03:19ela simplesmente perderia espaço no mercado americano.
03:23Os cenários, então, são distintos, realmente,
03:24e eles parecem mais promissores nesse momento para café
03:27e, em segundo plano, para frutas.
03:29E você traz essa análise,
03:33acompanhando aí na ponta,
03:34essa questão do café.
03:37Por que isso?
03:38A gente viu, assistiu essa pressão,
03:41principalmente nesses últimos dias,
03:43conforme foi chegando o mês de agosto,
03:46conforme, inclusive, a própria comitiva dos senadores
03:49foi para os Estados Unidos.
03:50A gente viu que o café realmente entrou ali
03:54num ponto muito crucial.
03:56Claro, todos os setores têm os seus pesos,
03:58mas café, algo muito específico pelos volumes.
04:04Você, que também tem um trânsito
04:07entre membros do Ministério da Agricultura,
04:10queria entender um pouco, Kogo,
04:12como que você avalia essa volatilidade,
04:16essa incerteza para o comportamento do preço,
04:20do café?
04:21Porque, assim, te pergunto isso
04:22porque a gente está olhando para uma situação
04:24de que, se for taxado,
04:26não é uma taxa pequena, né?
04:27São grandes taxações.
04:28Isso mexe com contratos,
04:30isso já mexe com os embarques, né?
04:33A gente já vê cargas ficando no Brasil.
04:36Como que você avalia esse momento
04:38para o cafeicultor,
04:40num momento de pós-colheita, inclusive, né?
04:43Como que existe...
04:45Como que é a sua análise
04:46para esse segmento específico?
04:47É, lembrando, né,
04:49que o café é uma comodidade
04:51que já vinha com as cotações domésticas em baixa, né?
04:55Tanto os preços do Robusta, do Conilon,
04:57quanto o do Arábio.
04:58Estamos aí, realmente,
04:59num período de praticamente finalização
05:01de colheita da safra 25, 26,
05:04e o mercado interno já vinha reagindo
05:06com baixas bastante acentuadas.
05:08No caso do Robusta,
05:09caiu o preço, caiu 48%
05:12nesses últimos 40, 45 dias.
05:15E o Arábio, que é 23%.
05:17Então, são quedas importantes, né?
05:19Só que o mercado tomou duas direções distintas.
05:23Alta dos futuros em Nova Iorque
05:25e baixa do físico,
05:27gerando um descolamento das cotações externas
05:30e da cotação interna.
05:32Aliás, muitas pessoas ficam confusas um pouco com isso, né?
05:35Eu acho que vale a pena a gente até explicar um pouco
05:38como é que funciona isso.
05:39Lembrando, né?
05:40A Bolsa de Nova Iorque,
05:42ela tem aquela questão dos estoques certificados,
05:44do HED, da proteção dos fundos de investimento,
05:47dos fundos HED Funds, etc.
05:49Então, a sinalização de menor oferta
05:52da parte do Brasil,
05:53risco de não haver como honrar negócios futuros.
05:58Risco de alta de preço por escassez
06:00no mercado americano,
06:01reflete-se em alta nos futuros.
06:03E no Brasil, ao contrário,
06:04em movimento ao contrário.
06:05O produtor não teria mais mercado
06:07com uma fatia importante da sua produção,
06:09que é exportada,
06:11geraria uma sobre-oferta no mercado interno
06:13e os preços recuam,
06:14associados já à baixa,
06:15vinculada à colheita da safra atual.
06:18Então, são dois movimentos bastante distintos.
06:21E isso também assusta os americanos,
06:24tanto do lado daqueles dos consumidores,
06:26como dos varejos, da indústria,
06:28até o governo.
06:29Porque haveria também uma pressão inflacionária
06:32e até mesmo risco de desabastecimento.
06:35porque nós estamos falando de 8 milhões de sacas,
06:39teríamos mais em torno de 4 milhões de sacas
06:41para enviar daqui até o final do ano.
06:44Isso, você não realoca isso
06:47no mercado global da noite para o dia.
06:49Você não,
06:50porque você teve um avião de Uetnã,
06:52Indonésia,
06:52realmente Itiópia vem crescendo
06:54como fornecedor de arábica,
06:55mas você não realoca isso no mercado,
06:57que está super ajustado,
06:59com os estoques no menor nível da história,
07:01da história,
07:02da estatística de história do café.
07:04Então, não é uma situação simples para eles mesmos.
07:06É tão complexa quanto para nós aqui.
07:10Temos que acompanhar com lupa,
07:12porque isso mexe no comércio global
07:15e, inclusive, no Brasil,
07:18no consumidor brasileiro,
07:19dependendo do rearranjo que for sendo seguido.
07:23Agora, queria trazer um pouco também
07:26da sua análise em relação a alternativas,
07:30porque para esses setores
07:31que continuam sendo taxados,
07:34pelo menos até a segunda ordem,
07:37porque a gente sabe que o Trump também
07:39tem um pouco desse comportamento
07:40de, às vezes, voltar atrás,
07:42essa lista pode aumentar,
07:43mas, com tudo como está agora,
07:46além de buscar novos mercados,
07:49que tipo de auxílio,
07:50que tipo de política pública
07:52que o governo brasileiro poderia adotar
07:54para ajudar esses produtores,
07:56por exemplo, como a manga
07:58no Vale do São Francisco,
07:59que você também trouxe aí.
08:01É um setor muito importante,
08:03inclusive, para essa região do país.
08:06É uma atividade econômica muito relevante
08:09para essa região do país também.
08:10E a gente está falando
08:11que, muitas vezes,
08:12são produtores de pequeno porte,
08:14médio porte.
08:16Que alternativas que você enxerga
08:18que poderiam ser melhor articuladas
08:20com o governo federal
08:21para além da abertura
08:23de novos mercados?
08:25Porque essa parte diplomática
08:27demora também, né?
08:29Ok, mas demora.
08:31Mas a parte diplomática ainda
08:32é a via mais correta
08:34e mais viável.
08:35O governo brasileiro tem que esgotar
08:37todas as negociações
08:39de caráter diplomático,
08:40negociações comerciais.
08:42Elas estão ocorrendo,
08:43mas ainda não no nível
08:44que se esperava, né?
08:46Governo, governo,
08:47o presidente falando diretamente
08:48com o presidente,
08:49uma coisa bastante realmente
08:50mais agressiva,
08:51mais forte,
08:53mais presente
08:54para que houvesse realmente
08:55uma clareza
08:56de que está havendo
08:57essa negociação
08:58em caráter diplomático
09:01e que está se dando
09:02a devida importância
09:03para o problema, né?
09:04E muitos têm falado
09:05nessa questão
09:06de realocar destinos,
09:08buscar outros compradores
09:09internacionais.
09:10Isso não é nada fácil.
09:13Isso é um problema
09:14muito grande.
09:15Nós estamos falando
09:16de volumes elevados,
09:18nós estamos falando
09:18de grandes volumes,
09:20nós estamos falando
09:20de 8 milhões
09:21de sacas de café,
09:23nós estamos falando
09:24de 150 mil toneladas
09:25de carne bovina.
09:27Você não realoca isso
09:28com facilidade.
09:29Isso é um grande dogma,
09:31um grande mito que existe.
09:32Muito se fala sobre isso,
09:34mas as pessoas não investigam
09:35como é que é esse processo.
09:36Você tem que habilitar
09:37novos frigoríficos,
09:38fazer protocolos
09:39fitossanitários,
09:40fazer acordos comerciais
09:41novos.
09:42é um processo lento,
09:44demorado,
09:45burocrático,
09:46oneroso
09:47e não é fácil.
09:49Claro, você pode buscar,
09:51como está se mencionando
09:51na mídia,
09:52coisas pontuais,
09:53realocar talvez
09:54para a merenda escolar,
09:56uma parte das frutas,
09:57etc.
09:57Ok, muitas,
09:58todas as ideias
09:58são bem-vindas.
10:00Agora, dos volumes
10:00que nós estamos falando,
10:01da importância que tem
10:02o mercado americano
10:04como comprador
10:04de commodities
10:05agrícolas brasileiras,
10:07não é nada fácil.
10:08Você não consegue
10:09redirecionar isso
10:10a ponto de neutralizar
10:13o problema.
10:14E muito menos
10:15ainda de mitigar.
10:16Não chegamos nem
10:16nesse ponto ainda,
10:17nem mitigação
10:18de efeitos danosos.
10:21Realmente,
10:21a meu ver,
10:22a melhor saída
10:23é a negociação.
10:25Negociação,
10:26negociação e negociação.
10:27Agora,
10:28para produtores
10:29que já têm falado,
10:30por exemplo,
10:31de receios
10:33de não conseguirem
10:34pagar com seus compromissos,
10:36não pagarem o custeio,
10:37por exemplo,
10:37do próprio café
10:38que está sendo colhido,
10:39das mangas,
10:40você acredita
10:41que de alguma forma
10:42simultaneamente
10:44a abertura de mercado,
10:45a diplomacia,
10:46também já precise
10:47haver algo
10:48para contingenciar
10:49questões de crédito,
10:52RJs,
10:54você já olha
10:54que também é preciso
10:56não esperar
10:57nada de mais grave
10:59ainda acontecer
11:00e já ir fazendo
11:01algum tipo de socorro
11:02para esse produtor rural
11:03que está instável
11:05no campo?
11:06Eu diria
11:07que já deveria
11:07ter sido feito.
11:08não nem coloco
11:09isso como
11:10primeiro plano
11:11porque a meu ver
11:12não é um tipo
11:12ponto pacificamente
11:14já entendido.
11:16O governo
11:17tem que fazer
11:17a sua parte.
11:18Então,
11:19naquele segmento
11:20você precisa
11:20prorrogar custeios,
11:22liberar linhas
11:22de crédito específicas,
11:24se for o caso
11:24de colheitas
11:25em andamento,
11:25etc.,
11:26para a estocagem,
11:27para a retenção
11:28desse produto,
11:28tanto possível,
11:29que não é perecível,
11:30falando de café
11:31e outras comodidades,
11:32açúcar, etc.,
11:33etanol,
11:34biocombustível,
11:35que também estão
11:35envolvidos nisso,
11:36não tiveram também
11:37inclusão na lista
11:38de exceções.
11:40Então,
11:40claro que sim,
11:41todas essas medidas
11:42são muito bem-vindas,
11:43negociar,
11:44buscar mercados
11:45lá fora também.
11:46Agora,
11:46essa última semana
11:48mesmo,
11:49o secretário Ruas,
11:50do Ministério,
11:52ele acabou
11:52dizendo na mídia
11:53aquilo que a gente
11:54está falando aqui,
11:55que o governo
11:56tem tentado fazer
11:57investigação
11:58de novos destinos,
11:59não tem tido sucesso,
12:00ele mesmo falou isso,
12:01ou seja,
12:02o que a gente já sabe,
12:03é muito difícil.
12:04agora essas medidas
12:04que você está falando,
12:05ligadas a crédito,
12:07prorrogações de crédito,
12:08recursos para estocagem
12:09e demais,
12:10são bem-vindas,
12:11não relacionando nada
12:12com a RJ,
12:12apenas uma relação
12:13direta com isso.
12:14Certo,
12:15e você está trazendo
12:17muito essa análise
12:19também nesse sentido
12:20de alternativas
12:21de mercado,
12:22que não é fácil,
12:24que não é da noite
12:25para o dia.
12:27Explica um pouquinho
12:28melhor para a gente
12:29o que seria
12:30o mundo ideal,
12:33pelo menos,
12:33fazendo um exercício
12:34de futurologia,
12:35mas uma solução
12:37de curto prazo,
12:38então,
12:39para esses mercados.
12:40Eu sei que é difícil,
12:42a grande tarefa
12:43é conseguir essa resposta,
12:45mas,
12:46diante de um desafio
12:47de abertura
12:48de novos mercados,
12:50mas ao mesmo tempo
12:51também uma questão
12:52muitas vezes
12:52até de dificuldade
12:54de estocagem,
12:54dependendo do produto
12:55aqui dentro do Brasil,
12:57o que você vê
12:58de curto prazo
12:59para pelo menos
13:02minimizar o impacto
13:03para os exportadores
13:04e também minimizar
13:06o impacto
13:06para o produtor,
13:08porque às vezes
13:08não é o produtor
13:09que exporta direto,
13:10ele está passando por,
13:11ele fornece
13:12para todo um outro processo.
13:15O primeiro ponto,
13:16a gente tem falado
13:17isso para os clientes
13:17também,
13:18é não entrar em pânico.
13:20Produtos passíveis
13:21de estocagem,
13:22vamos falar aí,
13:23então,
13:23café,
13:24etanol,
13:26carnes de forma
13:26mais limitada,
13:27açúcar,
13:28etc.,
13:29você deve sim
13:30estocar dentro do possível
13:32e não ofertar
13:33no mercado agora,
13:34não só levar
13:34aquele nível
13:36de pânico
13:36e começar
13:37desesperadamente
13:38buscar a venda
13:40a qualquer preço
13:41e não dar mais
13:42o mercado ainda,
13:43não fazer isso,
13:45sempre falando,
13:46dentro do possível,
13:47às vezes há compromissos
13:48financeiros,
13:49etc.,
13:49a qual o governo
13:49também pode auxiliar
13:50prorrogando.
13:52Então,
13:52essa é a primeira estratégia,
13:53já em frutas frescas,
13:55a situação é muito complexa,
13:56realmente muito complexa
13:57e em alguns casos,
13:59como o pescado,
13:59por exemplo,
14:00você tem uma criação
14:00de tilápia de Brasil,
14:01o principal peixe é pescado,
14:03é tilápia que é o principal
14:04pescado exportado,
14:06o lote está pronto,
14:07ele já terminou em borda,
14:09você não consegue
14:10redirecionar isso facilmente,
14:11não há estocagem disso,
14:12não há capacidade,
14:14câmaras frias
14:14são limitadas,
14:16você não tem capacidade
14:17de estocagem
14:17para levar isso
14:18para o longo tempo,
14:19então,
14:19esses setores realmente
14:21são mais sensíveis,
14:22todo esse setor
14:23que envolve
14:23perecibilidade
14:24ou dificuldade
14:26de espaço
14:26de estocagem,
14:28realmente o problema
14:29é maior,
14:30então,
14:30às vezes,
14:32a situação se torna
14:33mais complexa ainda
14:35quando o comprador
14:37lá fora
14:37tem um share
14:38tão grande,
14:39mas tão grande
14:40que você não consegue
14:41nem pensar
14:42em realocar
14:43parte daquele volume
14:45que não foi exportado,
14:46aí vamos ler,
14:46ler esse café
14:48e até mesmo
14:48carne bovina,
14:49os sugaríficos
14:50e os carnes bovina
14:50estão indo mais adiante,
14:52já unidades paralisando,
14:53não fazendo abates
14:54daqueles lotes
14:55que estão direcionados
14:56ao mercado americano,
14:57aquele tipo de corte
14:58e parando a produção,
15:00o que já implica
15:00numa queda
15:01do preço do boi gordo
15:02para aqueles fornecedores,
15:03então,
15:04os reflexos
15:04já estão acontecendo,
15:05eles já provocaram
15:06baixa,
15:07ou em alguns segmentos
15:08mais,
15:08em outros menos,
15:09mas eles já estão
15:10ocorrendo até mesmo
15:11antes da data
15:12de início
15:13que já ocorreu.
15:14Sim,
15:14a gente já vem
15:15observando esses reflexos
15:17dentro do mês
15:18de julho mesmo,
15:19você traz
15:21essa questão
15:22sobre carne bovina
15:23e reflexos,
15:25então,
15:25um dos reflexos
15:26é, por exemplo,
15:27já a diminuição
15:28das operações em si,
15:30eu queria entender
15:31se a gente já consegue
15:32estabelecer
15:33algum tipo de reflexo
15:34de correlação
15:35em relação
15:36à precificação
15:38de como que vai ficar
15:39os grãos
15:41em relação a isso,
15:42porque,
15:43de alguma forma,
15:44a gente fala
15:44muitas vezes
15:45de grãos
15:46para o mercado
15:46de ração,
15:47e se a gente
15:48está vendo
15:48lá na ponta
15:49frigoríficos
15:50mochendo
15:51nas suas operações,
15:53isso já está
15:54fazendo algum
15:55efeito cascata
15:56para cotações
15:57de grãos,
15:58para soja,
15:59milho,
15:59olhando 25,
16:0026,
16:01ainda é muito cedo
16:02para falar,
16:03queria que você ajudasse
16:03a gente a mapear
16:04isso para soja
16:06e milho,
16:06porque temos falado
16:07muito de café,
16:09carne bovina
16:09por conta de taxação,
16:10mas a soja
16:11e o milho
16:12não param nunca
16:13e devem estar
16:13sentindo esse reflexo,
16:14né,
16:15Cogo?
16:15Ah,
16:16sem dúvida,
16:17né,
16:17então,
16:18no caso da soja
16:19e dos grãos,
16:20especificamente a soja,
16:21que é uma comode
16:22mais exportada
16:23para o Brasil
16:23em volume,
16:24em dólares,
16:25aqui está havendo
16:26benefícios para o Brasil,
16:27os Estados Unidos
16:29ainda não conseguiram
16:30selar um acordo
16:31que envolva grãos
16:32com a China,
16:34a China então
16:35segue impondo
16:37uma tarifa
16:37para importar
16:38grãos americanos,
16:39não tem interesse
16:40nenhum na soja americana,
16:41não está comprando
16:42soja americana,
16:43não está nem comprando
16:44no mercado disponível,
16:46nem programando
16:46compras para o ano
16:47que vem,
16:48a China está fora
16:48do mercado americano,
16:50isso está pressionando
16:51para baixo os futuros
16:52da soja em Chicago
16:54e elevando os prêmios
16:56pagos nos portos brasileiros,
16:57o prêmio para embarque
16:58em setembro
16:59desse ano
17:00em Paranaguá
17:01está cotado
17:01a 1 dólar
17:02e 85 centos
17:03positivo,
17:04para esse mês
17:07de setembro
17:07e agosto
17:08a mesma coisa,
17:081 dólar
17:09e 80 centos
17:10positivo,
17:11ou seja,
17:11há um ágio
17:12para o produtor brasileiro,
17:14ele está se beneficiando
17:16diretamente disso,
17:17pode continuar ocorrendo
17:18isso ano que vem,
17:19mas o risco aí
17:20que a gente tem alertado
17:21a todos
17:22é que esse cenário
17:22pode ser completamente
17:23alterado
17:24e desmanchado
17:26do dia para a noite,
17:27basta que
17:28americanos
17:29que tem para oferecer
17:30para chineses
17:30agrícolas
17:31coloquem grãos,
17:33fibras,
17:33carnes
17:34num acordo comercial
17:35que está sendo costurado,
17:37o movimento seria ao contrário,
17:38a bolsa de carro
17:39ganharia força,
17:40os preços futuros
17:41subiriam,
17:41uma leitura
17:42que haverá mais demanda
17:43por produto americano
17:44e os prêmios
17:45do Brasil
17:45poderiam derreter
17:47e simplesmente
17:48enxugar
17:49o lucro da soja
17:50para o ano que vem,
17:51então há um risco
17:52bastante grande
17:53no mercado,
17:53mas uma oportunidade
17:54nesse momento.
17:55o lucro da soja
Recomendado
28:09
Seja a primeira pessoa a comentar