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O presidente Lula (PT) assinou a recondução de Paulo Gonet ao cargo de Procurador-Geral da República (PGR) por mais um mandato de dois anos. A decisão ocorre a menos de uma semana do julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal. Reportagem: André Anelli.

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Transcrição
00:00O presidente Lula assinou hoje a recondução de Paulo Gonê ao comando da Procuradoria-Geral da República.
00:05Anneli, quantos anos então agora Gonê permanecerá à frente desse cargo? Conte pra gente.
00:14Sim, Evandro, mais dois anos Paulo Gonê permanece como chefe do Ministério Público Federal à Procuradoria-Geral da República.
00:22Ele esteve aqui no Palácio do Planalto mais cedo, conversou com o presidente Lula e já ficou acordado então essa permanência de mais dois anos.
00:30O presidente Lula inclusive já assinou o documento que institui um aumento então desse tempo de permanência de Paulo Gonê no cargo e essa publicação deve sair nas próximas horas no Diário Oficial da União.
00:43A gente destaca que tudo isso acontece em um contexto em que a Procuradoria-Geral da República vem ganhando protagonismo no cenário político aqui na capital federal.
00:54A gente destaca que uma das últimas movimentações do Procurador-Geral da República foi no sentido de ainda ontem se manifestar ao Supremo Tribunal Federal pedindo o aumento do policiamento do ex-presidente Jair Bolsonaro lá na casa dele.
01:09Ele cumprindo prisão domiciliar nesse momento e esse então essa determinação acontecendo dias antes do início do julgamento então da etapa final do julgamento do ex-presidente da República.
01:23Julgamento esse que começa no dia 2 de setembro e deve ter a duração de pelo menos mais cinco sessões, mais cinco dias até a proximidade do final da primeira quinzena de setembro.
01:34Portanto, Paulo Gonê, diante desse trabalho que vem sendo desempenhado junto à Procuradoria-Geral da República, ele que também foi alvo das sanções americanas, acabou tendo o visto cassado para os Estados Unidos, assim como outras autoridades aqui no país, como ministros do Supremo Tribunal Federal, também o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski,
01:54agora então recebe esse reconhecimento, pelo menos é interpretado dessa forma aqui por parte do Palácio do Planalto, para que então permaneça pelos próximos dois anos no cargo.
02:05Evandro.
02:06Agora eu quero falar de uma outra figura que normalmente está atrelada às determinações ou decisões do ministro Alexandre de Moraes, que é o Procurador-Geral da República, Paulo Gonê.
02:15E há uma tentativa bastante grande de trazer impessoalidade para as determinações do ministro Moraes a partir do momento em que ele sempre coloca o envio da Procuradoria-Geral da República para que se tenha um parecer,
02:29e só depois do parecer é que o ministro dá a decisão final, faz a definição daquilo que acontecerá.
02:36Isso, inclusive, ocorreu agora nas últimas decisões relacionadas a Jair Bolsonaro e, inclusive, ao aumento da manutenção policial ao redor da casa de Jair Bolsonaro.
02:48Pois bem, o ministro, o Procurador-Geral da República, é reconduzido ao cargo por mais dois anos.
02:54Eu quero saber de vocês a avaliação sobre a atuação de Paulo Gonê e o quanto a entrada dele ficou diretamente ligada a mais esse processo que se torna histórico e que tem a ver com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
03:08Fábio Piperno.
03:10O nome do Paulo Gonê, quando foi indicado pelo presidente Lula, ele despertou algumas controvérsias dentro do PT,
03:19porque o Gonê era visto como alguém, um personagem conservador, principalmente na questão de costumes.
03:27Eu me lembro que houve gente, quadros como, por exemplo, Bia Kicis, elogiando a figura do Gonê.
03:33Eu vi aqui mesmo pessoas de perfil mais conservador destacando as várias credenciais dele, a capacidade dele.
03:44E confesso para você que naquele momento eu achei isso um pouco estranho.
03:50Falei, puxa, mas como é que alguém tão criticado por quadros do PT e elogiado por conservadores vai ser indicado justamente pelo presidente Lula?
04:01E Lula faz uma série dessas indicações que, por vezes, causam alguma estranheza em relação ao perfil dos indicados.
04:09O tempo passou e eu acho que o Gonê não mudou a forma de pensar, mas talvez todas essas avaliações em relação ao perfil dele, ao caráter dele,
04:23tenham destacado aquilo que cada um queria de fato enxergar e não necessariamente o que é.
04:29Ou seja, um personagem, um operador do direito que ele não fica restrito a algumas teses.
04:40É alguém, eu diria que vai avaliando conforme a necessidade de cada caso.
04:47José Maria Trindade, você entende que a atuação de Paulo Gonê até aqui é equilibrada?
04:51Olha, é natural que seja uma indicação política, né?
04:57O ex-presidente Jair Bolsonaro indicou, o Temer indicou e agora o presidente Lula tem o direito de indicar.
05:06Mas veja bem o quadro.
05:09Essa indicação deveria acontecer lá em dezembro, quando acaba o mandato.
05:14Depois da indicação, é preciso a aprovação do Senado aí, depois da aprovação do Senado, o nomeado se transforma em mandato.
05:22O presidente não pode destituir o procurador-geral, mas pode não reconduzi-lo.
05:27Agora, o que todos estão estranhando, e foi a conversa hoje, que surpreendeu essa nomeação.
05:33Exatamente por ser, nas vésperas, nós estamos ali a quase o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal.
05:44Então, assim, e do grupo, né?
05:46Então, a recondução apareceu ali extemporânea e provocou surpresas, né?
05:55Mas é difícil você dizer se é ou não é político, a decisão política do Gonê fazer exatamente essas representações.
06:07Esse processo existe porque o Ministério Público representou, o Supremo aceitou e tornaram réus e serão julgados, né?
06:16É muito complexo fazer esse julgamento porque eu tenho a minha ideia.
06:20Eu acho que não mereceria criar um processo desse tamanho diante de provas tão frágeis, de indicações tão frágeis.
06:30Então, assim, parece mais um agradecimento ao que aconteceu, essa antecipação da recondução, do que exatamente um processo normal, um processo corriqueiro.
06:42Então, o tempo dessa recondução é que surpreendeu a todos e a mim.
06:48Fala, Bruno Moza.
06:49A mim também.
06:50O que mais me chamou a atenção foi justamente o momento.
06:54Claro que se torna claro pra mim, como muito bem colocou o Zé Maria, que é uma indicação política como de fato acontece.
07:00Estou dizendo que isso é uma ilegalidade, ele mesmo citou, que acontece em todos os outros mandatos e é assim que funciona.
07:07Mas, de qualquer maneira, às vésperas desse julgamento, justamente a figura do Paulo Gonê, que tanto o Piperno como o Zé Maria explicaram tão bem aqui,
07:16é isso que me chama mais atenção.
07:18Então, nesse ponto, concordo 100% com eles.
07:21Agora, eu quero ouvir a avaliação de vocês de por quê.
07:24Mesmo com a tentativa de atrelar as decisões da Procuradoria-Geral da República a tudo aquilo que está sendo definido pelo ministro Alexandre de Moraes,
07:33isso não cola.
07:34Normalmente, as pessoas falam, ministro Moraes está determinando, ministro Moraes está mandando.
07:39Mesmo com os pareceres favoráveis da Procuradoria-Geral da República, aquilo que é definido por Moraes.
07:45O que acontece, Piperno, no teu ponto de vista?
07:48Eu acho que tudo isso passou a ser uma espécie assim, pelo menos na percepção de parte da opinião pública,
07:55passou a ser um processo do ministro Alexandre Moraes contra o ex-presidente da República,
08:01e é óbvio que isso não é simplista demais.
08:06E tudo isso que a gente está testemunhando, assistindo, é alguma coisa muito mais complexa, que engloba muito mais personagens.
08:15E muitas vezes, Alexandre Moraes, ele é, sobretudo, personagem que ratifica decisões que, obviamente, não foram tomadas pelo STF.
08:26Então, por exemplo, boa parte do andamento do processo acontece após investigações do Ministério Público,
08:38investigações da PGR.
08:41Mas é claro que, como a palavra final cabe a ele, ao ministro, é como se todo o processo acabasse ganhando esse ar personalista.
08:52Bruno Musa, você acha que isso tem a ver também com a descrença da população de que as instituições agem de maneira independente?
08:58Não tenho dúvida. E essa também é mais uma das pesquisas que foram realizadas.
09:01Eu, como sabe, eu questiono todas as pesquisas, não por nada, mas pela forma como elas são conduzidas.
09:07Mas, de qualquer maneira, você consegue traçar uma linha de tendência muito clara, e me parece que isso é óbvio.
09:11Você não precisa sequer de institutos de pesquisa, basta sair às ruas, furar um pouco a bolha,
09:16entender que há uma percepção de desconfiança por parte das instituições.
09:20Eu nunca mais me esqueço, Evandro, numa pesquisa, você lembra quando foi feita aquela...
09:24Que o Lula queria que os entregadores de aplicativos se tornassem CLT.
09:28Uma das empresas envolvidas, a iFood e o Uber, fizeram uma pesquisa interna com eles.
09:34E, dentre as pesquisas, era você quer ser CLT? Era não, 91%.
09:40E, depois, também, quais instituições o brasileiro confia.
09:43Ou seja, grande parte daqueles entregadores que são pessoas de classes mais baixas brasileiras.
09:48E surpreendeu quando grande parte deles teve a polícia, a igreja e a família, como as três maiores instituições.
09:57E, lá embaixo, estavam as instituições políticas.
10:00Então, eu acho que já se tornou normal, da vida do brasileiro, desconfiar e, muitas vezes, um sentimento de resignação.
10:07É isso.
10:08Eles roubam, um rouba mais, o outro rouba menos e eu vou tocando a minha vida.
10:12Essa é a pior sensação.
10:13Porque é um pouco do que eu expliquei que eu vivi lá na Venezuela.
10:16Ou seja, as pessoas simplesmente abrem mão de conhecer e interferir na política que nos afeta a todos.
10:23Porque é como se, basicamente, não tivéssemos mais nada para fazer.
10:26Uma vez que é como se todos roubam, melhor optar por seguir a minha própria vida.
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