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O assessor especial da Presidência, Celso Amorim, afirmou que os "EUA não querem conversar" para resolver a crise do tarifaço de Trump. Ele classificou a postura americana como "intromissão" e "desrespeitosa", e disse que a soberania do país é "inegociável", apesar das tentativas de diálogo de Lula e Alckmin. Reportagem: André Anelli.

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Transcrição
00:00O assessor especial da presidência, Celso Amorim, falou mais cedo sobre o tarifácio em audiência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
00:07O André Anelli está de volta e vai trazer os destaques pra gente agora. Conta aí, Anelli.
00:13Sim, Evandro, o assessor para assuntos internacionais aqui da presidência da República, Celso Amorim,
00:20classificou esse tarifácio promovido pelo presidente americano Donald Trump como uma intromissão e também como algo desrespeitoso.
00:28Ele também voltou a falar aquilo que o Palácio do Planalto, o próprio presidente Lula, já disse várias vezes,
00:34que a soberania do país é inegociável e que não vai ceder às pressões do americano
00:41para que justamente haja uma interferência no judiciário brasileiro em benefício do ex-presidente Jair Bolsonaro.
00:48A gente separou um trecho do que disse Celso Amorim aos parlamentares nessa quarta-feira.
00:53Eu acho que o problema é esse. Se fosse uma questão de negociar, se é, digamos assim, dar uma...
01:00Sei lá, não vou entrar num produto específico, senão alguém vai reclamar.
01:03Mas se é para negociar uma tarifa nossa, de algum lugar que ele queira...
01:08É diferente.
01:09Agora, eu não vou negociar, não tem como negociar, não deve negociar,
01:13independentemente do que eu acho a posição do ministro do Supremo Tribunal.
01:18No dia que o país permitir que uma autoridade estrangeira nomeie ou demita um ministro da sua Corte Suprema,
01:27pode esquecer. Não é mais país.
01:28É inegociável. A soberania do país é inegociável.
01:35Celso Amorim ainda destacou que houve tentativas por parte da presidência da República,
01:40não só por meio do presidente Lula, mas principalmente por meio do vice-presidente Geraldo Alckmin,
01:45ele que é ministro do Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços.
01:49Tentativas também a respeito por meio do Ministério da Fazenda, em nome do ministro Fernando Haddad,
01:55mas que, na avaliação de Celso Amorim, os Estados Unidos não querem conversar,
02:00não querem negociar e, portanto, então, fica difícil estabelecer um diálogo
02:05para possivelmente acabar com esse tarifaço que vem dos Estados Unidos
02:09e que afeta não só o Brasil, mas grande parte do mundo, ainda que em menor proporção.
02:15Evandro.
02:16Obrigado pelas informações, viu, André Anelli? Um abraço para você.
02:19Ô, Bruno Musa, como é que você avalia, digamos assim,
02:24que palavra que eu vou usar para definir o que estão vivendo os diplomatas do Brasil
02:31nessa história do tarifaço de Donald Trump?
02:33Porque virou uma briga política e há uma estratégia no bastidor
02:38que está bem distante da questão ideológica, mas que não consegue chegar lá
02:42ou chegar às pessoas necessárias exatamente porque não consegue ultrapassar
02:49essa borda da ideologia, da briga política, da discussão por vitória.
02:54Qual que é, digamos assim, a furada em que está a diplomacia brasileira hoje?
03:00Ou não seria uma furada?
03:01Veja, bom, os fatos mostram por si que é claramente, na minha opinião, uma furada também.
03:06Bom, esse é um dos grandes problemas pelos quais a gente tem
03:12ao colocar pessoas que não são técnicas em cargos que deveriam ser.
03:18Essa foi uma mudança radical que nós tivemos quando começamos com o Lula 3.
03:22de retirar pessoas de quadro técnico de determinados ministérios,
03:27determinados bancos, para colocar pessoas alinhadas a uma ideologia.
03:31Veja, uma empresa, por exemplo, de capital aberto, a Tupi,
03:34uma metalurgia, teve a irmã da Marielle Franco como conselheira.
03:40Ela é uma empresa de capital aberto privada e ela entrou como conselheira de uma metalurgia.
03:45Qual é o sentido disso?
03:46Ela não é da área de metalurgia.
03:48Ou o próprio presidente da Previ, João Fucunaga,
03:51em que nunca trabalhou com gestão de patrimônio e faz gestão de 270 bilhões de reais de aposentados.
03:56Ou seja, não são pessoas técnicas.
03:59E quando não são pessoas técnicas, a gente esbarra sempre na parte ideológica.
04:03Só que, agora, do outro lado, a gente encontrou com um inimigo muito mais forte.
04:08Inimigo para eles, eu quero dizer, para essa parte do governo.
04:11Um teto onde esbarra, como você muito bem falou, com essa parte ideológica.
04:15E a comunicação, como eles continuam achando ou tentando lutar como se fosse apenas um tarifácio econômico
04:23e não visualizando tudo nas entrelinhas que o governo já tem dito de forma indireta e direta,
04:28a mesma comunicação não surte efeito algum.
04:31Então, ou a gente passa, ou eles passam a entender o que verdadeiramente está sendo negociado
04:37e o discurso para trazer para o próximo, ou não vai dar a menor chance de comunicação.
04:42O Piper, no assessor especial da presidência, diz que a soberania é inegociável.
04:46E essa é uma fala reproduzida também por boa parte deste atual governo.
04:50Você entende que há uma estratégia aí de esperar o bicho pegar,
04:55esperar também aquilo que vai ser prejudicial para os norte-americanos com esse tarifácio,
04:59para ver se Donald Trump muda o discurso de um dia para o outro,
05:03o que pode acontecer, porque ele é completamente imprevisível,
05:05usando algum motivo para isso que não vai fazer sentido algum,
05:10mas que atenda às necessidades do governo brasileiro
05:14sem que haja uma negociação, uma articulação?
05:18Você acha que isso pode acontecer?
05:20Eu acho que é perfeito o exemplo que ele dá quando ele diz o seguinte,
05:24bom, se nós resolvermos amanhã e depois mudar um ministro
05:28por conta de pressões externas de um governo estrangeiro,
05:31aí realmente a gente fecha enquanto país.
05:34Outra coisa, é preciso que as pessoas digam abertamente do que se trata.
05:41Eu vejo, por exemplo, hoje, ontem, ontem, ali, um analista importante
05:45falando sobre a questão da soja.
05:48Ora, é preciso que essas pessoas digam o seguinte,
05:53eu defendo negociar a anistia do presidente Bolsonaro em troca de tarifas.
05:58Porque também isso está na mesa, também isso foi comunicado, informado
06:04por todos os informes e por todas as publicações do governo americano,
06:10do Departamento de Estado, da Embaixada dos Estados Unidos aqui no Brasil.
06:15Então, eles colocam isso, os Estados Unidos, isso é uma coisa interessante,
06:21eles estão sendo muito mais transparentes nessa discussão do que o lado brasileiro
06:28que é defensor do presidente Trump.
06:31Agora, vejam, outro dado importante, hoje o Portal UOL divulga lá uma notícia de que
06:37por conta do tarifácio, o Brasil aumentou os embarques de soja para a China,
06:43em 13,9%.
06:46E vejam só, na semana passada, não foram poucos, os analistas, eu li vários,
06:52dizendo, não, porque Trump está agora querendo quadruplicar as vendas de soja para a China
06:58e o Brasil vai ter prejuízo para isso.
07:00Foram categóricos e afirmaram que o Brasil teria prejuízo nisso.
07:04E o que a gente vê hoje é que estão aumentando os embarques de soja para a China.
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