VIVA BEM -  16/08/25 - Vídeo Dailymotion

Jovem Pan News

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Transcript

00:00Cerca de 100 milhões de neurônios estão nesse órgão.

00:04Ele regula nosso humor e até a nossa saúde mental.

00:06Se você achou que eu estava falando do cérebro, se enganou.

00:10O nosso intestino é o assunto do Viva Bem de hoje.

00:19Jovem Pan Viva Bem, com Márcio Atala.

00:23E para contar como o nosso segundo cérebro funciona,

00:26eu tenho o prazer de receber o craque, o doutor Nelson Liboni.

00:31Obrigado.

00:32Obrigado pelo convite.

00:34História essa de segundo cérebro?

00:36É, o segundo cérebro é verdade,

00:38porque existe uma relação muito grande entre o cérebro e o intestino.

00:41Existe uma comunicação nervosa, que é feita pelo próprio vago,

00:46e as respostas hormonais que eles trocam entre eles.

00:49Então existe isso mesmo.

00:50Então se eu estou estressado, vai refletir no meu intestino.

00:53Se eu como errado, eu tenho uma alteração,

00:56vai refletir também na produção de algumas respostas que o cérebro vai ter.

01:01Então isso fica uma coisa confusa.

01:03Uma mão de via dupla?

01:04Uma mão de via dupla, exatamente.

01:07E aí, vamos lá, falando do intestino.

01:10O que eu posso fazer para melhorar a qualidade das bactérias,

01:16enfim, da minha microbiota?

01:18O que está ao meu alcance,

01:20que eu melhore a saúde do meu intestino em relação à alimentação?

01:23É, e você falou tudo, né?

01:24Então, primeiro a gente tem que melhorar o que é o microbioma, né?

01:28O que é o habitat em que elas vivem, né?

01:30Para que essa microbiota, onde essas bactérias, vírus e outros convivam ali,

01:36tenham uma convivência saudável e nos ajudem, né?

01:40Porque eles são seres que nos ajudam na digestão,

01:42na produção, por exemplo, de serotonina, que dá bem-estar, dá dopamina,

01:4750% da dopamina é produzida no intestino.

01:51Então, para que a gente tenha isso, primeiro, é o que você mais gosta, exercício físico.

01:56É mesmo?

01:57Então, exercício físico, ele melhora não só o esvaziamento do intestino

02:01e faz com que os alimentos não fiquem tão estagnados

02:04e ali ele tenha a digestão correta, como também melhora na multiplicação dessas bactérias boas.

02:13Então, o exercício físico, ele tem muito a ver com isso.

02:16Atividade física, então, melhora a quantidade das bactérias boas.

02:19Sim, melhora.

02:20E aí você tem algumas informações que os músculos mandam, né?

02:24Para que haja uma melhor movimentação desse intestino

02:29e melhor produção de determinados hormônios que fazem bem para essas bactérias.

02:34Então, essa é a primeira parte.

02:35A segunda parte é a alimentação.

02:37Eu acho que a alimentação, acho que todo mundo que vem aqui fala isso,

02:40mas é aquela alimentação caseira, né?

02:42Então, procurar evitar alimentos industrializados em excesso.

02:47Então, comer bastante salada, verduras, legumes, beber bastante água,

02:51que é uma coisa importante, né?

02:53E essa produção de fibras, elas não só ajudam a movimentação do intestino,

03:00mas também servem para a comida, para essas bactérias se multiplicarem.

03:04As fibras, né?

03:05Você falou frutas, legumes, verduras.

03:07Você falou da hidratação.

03:08As fibras são os alimentos das boas bactérias, é isso?

03:12Das boas, de quase todas.

03:13Mas as boas bactérias, elas precisam dessas fibras.

03:16A gente chama isso de prebióticos.

03:18Prebióticos.

03:18Prebióticos, exatamente.

03:19Você falou prebiótico, está muito na moda probiótico, né?

03:22Então, o pessoal gosta de terceirizar a saúde, vai lá na farmácia,

03:27tem uma alimentação toda errada e compra ali um pacotinho de probiótico.

03:33O que acontece se eu tenho um ambiente, você falou muito do ambiente, né?

03:37Deixa eu tornar o meu ambiente favorável.

03:40Se eu sou sedentário, se eu não tenho uma boa alimentação.

03:45Se eu fumo, se eu bebo.

03:46Isso.

03:47Aí eu vou lá e compro probiótico e jogo aqui dentro.

03:50Qual a diferença?

03:52Primeiro, eu quero saber se o probiótico, esse que a gente compra na farmácia, tem um efeito positivo.

03:56Segundo, e qual a diferença?

03:59Eu tenho um estilo de vida ruim, um estilo de vida bom e joguei o probiótico.

04:05Qual a diferença de resposta?

04:06Ah, sim.

04:07Quem tem um estilo de vida adequado, dorme bem, se alimenta bem, se hidrata bem,

04:12tenta ter uma situação, status quo mental dentro dessa correria, principalmente das grandes capitais de bem-estar.

04:20Eu acho que quando ela faz uso do probiótico ou do prebiótico, sem dúvida nenhuma, a resposta vai ser ótima, né?

04:27Principalmente para as mulheres, né?

04:28Ah, é? Por quê?

04:29É, porque aí você...

04:31A gente sabe que esses probióticos, eles atuam na multiplicação dessas bactérias boas

04:37e a gente tem que lembrar algumas coisas importantes.

04:40Então, a atuação não é só ali.

04:42Então, às vezes, obesidade, às vezes, alteração de flora vaginal, né?

04:47Essas alterações hormonais que as mulheres têm, então, mexe com a motilidade.

04:51Então, isso é fundamental, tá?

04:53Então, é fundamental fazer...

04:54A mulher tem uma dificuldade um pouco maior de ir ao banheiro, verdade ou mentira?

04:59Verdade.

05:00É verdade, assim, uma pelo ciclo menstrual dela.

05:02Então, se ela está, por exemplo, ovulando, ela vai ficar mais obcipada.

05:05Se ela menstrua, libera por causa das alterações hormonais do próprio ciclo.

05:10Menopausa, que influencia muito com essas alterações hormonais, aí,

05:13realmente a mulher entra num ciclo complicado do pré-climatério, do climatério e do pós-climatério,

05:19que muitas vezes precisa ser feita algumas reposições para se ajudar.

05:23E eu acho que isso é fundamental.

05:26Então, a mulher, além de tudo, ela tem dificuldade, às vezes, de ir ao banheiro,

05:29ela está num lugar estranho, ela não se sente à vontade,

05:32então, ela acaba não indo ao banheiro, tá?

05:35Então, isso, sem dúvida nenhuma, é uma das coisas que afeta.

05:38Mas se a mulher fizer exercício, beber água, aquilo que nós falamos,

05:41e tiver uma flora intestinal, com certeza, ela vai ter uma melhora disso.

05:45Muito bacana.

05:45Já que você falou de exercício,

05:47Joana, então, eu deixo com você no Saia do Sofá,

05:51para quem tem aquele intestino preguiçoso, qual a sua dica?

05:55E o Saia do Sofá de hoje vai falar para você que tem problemas intestinais,

06:05de esvaziamento intestinal, aquela conhecida prisão de ventre.

06:10Já que o assunto hoje é sobre o trato gastrointestinal,

06:14então, acho que vale a pena a gente falar para essa pequena,

06:18não é pequena, é grande, parcela da população que sofre com esse tipo de problema.

06:22E o que é importante você pensar?

06:24Que você precisa de exercícios físicos que estimulem os movimentos peristálticos.

06:29E o que são os movimentos peristálticos?

06:31São as contrações musculares onduladas que acontecem aqui dentro da gente

06:36e que vão empurrando líquidos e também sólidos no movimento de saída,

06:44no movimento digestivo já rumo ao caminho de saída,

06:49que é o que a gente quer, né?

06:50Se livrar disso daí, ninguém quer ficar com a barriga estufada porque não vai ao banheiro.

06:54E que exercícios são esses?

06:56Muito simples, exercícios que você pode fazer sem nem pensar.

06:59Bota um tênis e vai dar uma caminhada.

07:01Pega uma corda de pular, você pode fazer dança,

07:03você pode dançar em casa até se você quiser.

07:06Ou você pode fazer uma aula de yoga,

07:07que é excelente para estimular os movimentos peristálticos.

07:10Então fica a dica, só vai ficar de prisão de ventre agora quem quiser.

07:14Tá, Marçatara? É contigo.

07:15Bom, se depender do exercício, do saia do sofá,

07:19o pessoal aqui se inspirou ali na Joana, vai colocar o corpo em movimento.

07:24Agora você falou uma questão bem no início, é o seguinte,

07:27quando eu estou estressado, tal, isso reflete no meu intestino,

07:30às vezes eu fico em diarreia, enfim.

07:33O estresse, como você falou que é uma mão de via dupla,

07:39ele prejudica a qualidade desse ambiente do nosso intestino?

07:47Sim, porque, obviamente, se eu estou estressado,

07:52eu vou ter essa alteração das respostas.

07:56E aí o que acontece?

07:57Se eu como alguma coisa que tenha um pouquinho mais de açúcar,

08:00que tenha um pouquinho mais de gordura,

08:01a resposta que o meu cérebro vai entender

08:04é que eu estou comendo alguma coisa muito grande

08:07e eu vou precisar trabalhar muito.

08:09Então, às vezes, eu posso ter uma diarreia.

08:10Então, eu vou fazer uma prova, estou preocupado,

08:12vou fazer uma viagem, tenho medo de andar de avião,

08:14de repente, vou no banheiro.

08:16Então, ou eu como alguma coisa,

08:19que é um volume maior,

08:21e essa mensagem não chega no meu cérebro.

08:23Então, ele tem algo muito importante para fazer digestão

08:26e não consegue...

08:27A mensagem não chega.

08:28Então, essas mensagens hormonais que existem,

08:33enzimáticas, elas são todas alteradas pelo fator estresse.

08:37Então, a gente tem que lembrar que 75% da serotonina,

08:41que é importante para o bem-estar da gente,

08:44o humor e a dopamina,

08:46e 50% dela são produzidas no intestino.

08:48Então, quando eu começo a ter essas alterações,

08:51ele acaba ficando um ciclo vicioso.

08:55Então, aí começa a ter síndrome de intestino irritável,

08:58começa a ter outras alterações,

09:01predispõe às doenças inflamatórias intestinais,

09:03como o retocolite, como o Crohn,

09:06começa a ter uma má formação intestinal.

09:09Então, normalmente, quem tem essas desbioses,

09:11que é a alteração da flora,

09:12fala assim,

09:12nossa, hoje eu estou com cólica,

09:14hoje eu estou com a barriga distendida,

09:16nossa, eu estou começando a ficar obstipado,

09:19ou estou começando a ter diarreia,

09:20o formato das fezes também fica diferente.

09:24Então, eu estou me sentindo mais cansado,

09:27eu não estou com uma energia legal.

09:29Então, isso realmente tem a ver com a ação

09:32do funcionamento intestinal.

09:33Você falou de ciclo vicioso e entrar no ciclo virtuoso.

09:37A saúde é integral.

09:39Então, você estava falando assim,

09:41a atividade física vai ajudar,

09:43o estresse pode piorar,

09:45tem a questão do sono.

09:47Então, você vê que a saúde é muito integral.

09:50Quando eu durmo,

09:51quando eu durmo bem,

09:53eu tenho mais vontade de me exercitar.

09:55Quando eu durmo mal,

09:56eu tenho mais preguiça,

09:57eu me movimento menos.

09:59Quando eu durmo bem,

10:00eu sou menos estressado,

10:03eu sou menos irritado,

10:04minha memória é melhor.

10:06Qual a importância

10:07e se tem alguma ligação do sono com o intestino?

10:11Tem, tem, sem dúvida nenhuma.

10:12Então, por exemplo,

10:14é uma coisa,

10:15um exemplo fácil

10:16que não tem muito a ver com a flora,

10:18mas se eu faço um jantar muito complicado,

10:22vou jantar tarde,

10:23vou numa festa,

10:24eu durmo mal.

10:25E eu vou acordar mal.

10:27Então, eu me sinto estufado,

10:28com vermação de gases.

10:30Então, para vocês terem uma ideia

10:31de como é que funciona a coisa.

10:32Então, essa relação

10:34de sono

10:36e do que eu me alimento

10:38e o que eu tenho na minha flora intestinal

10:40é, assim, fundamental.

10:42Então, obviamente,

10:43se eu estou dormindo pouco

10:44e é o que você falou,

10:45vai afetar,

10:46eu vou engordar,

10:47eu vou aumentar a minha pressão,

10:49minha memória vai embora,

10:50meus hormônios do estresse

10:51vão aumentar,

10:52adrenalina,

10:53corticoide e tudo mais.

10:54Isso vai afetar

10:55o funcionamento intestinal

10:56e, sem dúvida nenhuma,

10:57vai começar a ter

10:59as alterações

11:00que aí são a distensão,

11:01a pessoa começa a ter

11:02ductações,

11:03a rotar,

11:04começa a ter flatulência

11:05e aí acaba

11:06todo o estresse

11:08que a gente já conhece.

11:09O consumo de álcool

11:10tem um impacto

11:13na saúde do nosso intestino?

11:15Não só no intestino,

11:16mas em tudo.

11:18Mas, basicamente,

11:20no intestino,

11:21principalmente na parte gástrica,

11:24a gente tem

11:25que sempre quando for beber

11:27alguma coisa,

11:29estar hidratado,

11:30beber e comer.

11:31Porque o álcool

11:32é absorvido muito

11:33num tubo digestivo.

11:34Então, quando eu como,

11:35meio que empurra

11:37essa comida

11:38para a segunda porção

11:39do odenal.

11:40E aí,

11:41evita de eu ter gastritis,

11:43de eu ter refluxo

11:44e tudo mais.

11:44Então, esse é um ponto.

11:46Segundo é a quantidade

11:47de álcool que eu vou beber.

11:49Então, as cervejas,

11:50elas têm menos álcool,

11:52mas têm mais gás.

11:54Tem, por exemplo,

11:55tem 7.5 GL,

11:56que chama Gay Lussac,

11:57a cada 100 ml

11:58tem 7 de álcool

12:00na latinha, por exemplo.

12:02E se você for tomar vinho,

12:03chega a 14.

12:04Se você tomar uma vodka,

12:06chega a 15.

12:07Então, obviamente,

12:08este álcool

12:10não só vai irritar o intestino,

12:12mas vai alterar

12:13as permeabilidades

12:14desse intestino.

12:15Vão fazer que haja

12:16uma reação

12:18inflamatória

12:19nesse local

12:20que vai causar,

12:21talvez,

12:22um crescimento

12:23de algumas bactérias

12:24não muito interessantes.

12:26A gente sabe,

12:27pelo que você está falando

12:29e que a gente conhece,

12:30que é a atividade física,

12:32a alimentação,

12:34o sono,

12:35consumo de álcool moderado

12:36ou não beber,

12:37tudo isso vai impactar

12:39na saúde do nosso intestino.

12:42Mas acho que nunca teve

12:43tanto caso

12:45de câncer de intestino

12:47em pessoas com menos

12:48de 50 anos.

12:49Existiu uma recomendação

12:51de fazer colonoscopia

12:52a partir dos 50,

12:54agora abaixando

12:54para 45.

12:56Qual é a recomendação

12:58de fazer esse exame

13:00de rastreamento

13:01no nosso intestino?

13:03A gente fazia antes

13:04acima dos 50,

13:05nós fomos abaixando

13:06porque realmente

13:06aumentou a incidência.

13:08O que é que aumentou?

13:11Principalmente

13:12nas grandes capitais.

13:13Quando você compara,

13:14por exemplo,

13:15lugares fora

13:16das grandes capitais,

13:17ela é três vezes menor

13:18do que em relação

13:19às capitais.

13:20Nós não estamos falando

13:21de estresse de vida,

13:21nós estamos falando

13:22de qualidade de vida.

13:23Então, o que nós falamos,

13:24de novo, dormir,

13:26comer, beber,

13:28sedentarismo e tudo mais.

13:30Então, a qualidade do ar

13:31pode influenciar?

13:32Pouco.

13:33É mais para doenças

13:34pulmonares e cardíacas.

13:37Mas, assim,

13:38nessa parte de câncer,

13:40a gente viu que

13:42essa geração

13:44de 35 até 55

13:46é uma geração

13:47que bebeu mais,

13:49que fumou mais,

13:50que comeu errado,

13:52que dormiu pouco

13:53por causa de noites,

13:55de baladas e afins,

13:57e aí no dia seguinte

13:58tem que continuar trabalhando,

13:59então você vai colocando

14:00como se não tivesse o amanhã.

14:03Coisa que a gente

14:03não está vendo

14:04nessa geração

14:04de 15 a 25 anos,

14:06que está parando de fumar,

14:08bebe menos,

14:10estão fazendo esporte,

14:11que é uma coisa

14:12muito legal isso.

14:14Então, a gente viu isso.

14:14O câncer sempre surge

14:17de um pólipo intestinal.

14:20Então, aí o que acontece?

14:23Se eu tiver esse pólipo,

14:26pode acontecer

14:26de uma maneira incidental,

14:28porque eu bebi demais,

14:29fumei demais,

14:30comi muita carne vermelha,

14:31não que a carne vermelha cause,

14:33mas o excesso dela,

14:34embutidos, enlatados,

14:35eu não como fruta,

14:37eu não como fibras,

14:38então, obviamente,

14:39vai aparecer mais

14:41esse tipo de situação.

14:42Então, são cânceres incidentais.

14:46Existem os familiares,

14:47se eu tenho alguém

14:47na família que tem,

14:48eu aumento duas, três vezes.

14:49Então, por exemplo,

14:50pai, mãe, irmãos,

14:51próximos aumentam.

14:52Então, eu tenho que rastrear antes.

14:54Então, se antes

14:55foi uma coisa incidental,

14:56mas se eu tenho alguém

14:57na família,

14:58e antes eu fazia com 45,

15:00eu tenho que fazer com 35.

15:01Nossa, 35.

15:02E tem o...

15:03Aí a gente vai acompanhando.

15:04E o genético, tá?

15:06Que são doenças polipóides

15:08ou outros tipos de alterações genéticas

15:11que dão mais câncer.

15:11Aí você tem que fazer

15:13um acompanhamento

15:13desde a adolescência.

15:15Todo pólipo evolui para câncer?

15:18Os hiperplásticos, não.

15:19Quando são reacionais.

15:20Mas os adenomatosos

15:22vão virar câncer.

15:24Então...

15:24E aí você só vai saber

15:25fazendo a biópsia

15:25quando você tira o pólipo,

15:27é isso?

15:27É.

15:27Por isso que é importante

15:28fazer a colonoscopia,

15:29porque você chega antes.

15:30Então,

15:31quando você chegar antes no câncer,

15:32você ganha a briga.

15:34Então, é uma doença percussora.

15:35Então, você tira esse pólipo,

15:37você cura o doente.

15:38E aí deu pólipo no ano seguinte,

15:41você faz a colonoscopia de novo.

15:42Se não tiver,

15:43você faz a cada três.

15:44E se não tiver depois,

15:46a cada cinco anos.

15:48Existem outras coisas

15:49fora a colonoscopia

15:50para quem não pode fazer.

15:51Existe agora

15:52teste genético nas fezes.

15:54Você faz o rastreamento

15:56de genes no intestino.

15:59Então, por exemplo,

15:59para pacientes que não têm condições

16:01por causa de problemas cardíacos

16:02ou do preparo,

16:04já existem esses exames

16:05aqui no Brasil.

16:06Chegaram já faz

16:07em dois, três anos.

16:08E a gente consegue

16:09controlar bem esses pacientes

16:11na investigação.

16:12E aí funciona até

16:12para uma população mais idosa,

16:14que aí fazer a colonoscopia

16:15aumenta o risco.

16:16Aumenta o risco.

16:17Então, a gente faz

16:18até uma certa idade

16:19e depois surgem

16:20as comorbidades

16:21e a gente pode partir para isso.

16:23E junto com outras coisas,

16:24como exames de imagem,

16:26alguns exames de sangue,

16:27a gente consegue acompanhar.

16:28Eu vou te fazer

16:29uma pergunta aqui.

16:30que eu já vi muita gente

16:33colocando a...

16:35responsabilizando

16:36a nossa microbiota

16:37por uma série de coisas.

16:40E há um tempo atrás,

16:41foi até mais moda,

16:42existia o transplante de fezes.

16:44Tá.

16:46Isso é eficiente?

16:47Tem evidência científica?

16:49Então,

16:49a gente usa o transplante

16:51para pacientes

16:52que têm algumas diarreias intratáveis.

16:55No começo foi uma coisa

16:56muito complicada.

16:57Tiveram alguns pacientes

16:59que tiveram alguns quadros

17:00infecciosos graves,

17:02tá?

17:03Mas hoje,

17:05basicamente,

17:06a gente usa

17:06para pacientes

17:08que têm quadros diarreicos

17:10que a gente já investigou,

17:11já fez todo o tratamento.

17:13É feito uma pesquisa

17:14dessa microbiota intestinal.

17:16Todo o código genético

17:18da flora intestinal

17:19que você tem.

17:20E aí,

17:21em cima disso,

17:21a gente pega alguém

17:22que é saudável

17:23e faz esse transplante

17:25com melhora.

17:26A gente tem alguns casos

17:27que realmente o paciente

17:28estava de uma forma

17:29debilitante,

17:30não melhorava com absolutamente nada,

17:32afastando todos os outros casos

17:33de alteração pancreática,

17:36de alergias,

17:36intolerâncias,

17:38doenças inflamatórias intestinais.

17:40Uma vez que você rastreou

17:42e não achou absolutamente nada

17:43e esse paciente

17:44tem esse tipo de problema,

17:46aí eu acho que está

17:46super bem indicado.

17:47Agora,

17:48a microbiota,

17:49é verdade que ela é igual

17:50a nossa impressão digital?

17:51Cada um tem o seu?

17:52Isso você constrói ali

17:54nos primeiros momentos de vida?

17:57Sim.

17:57Quando você nasce,

17:59então existe uma diferença,

18:00por exemplo,

18:00de parto normal de cesárea.

18:02Então,

18:02quando o neném nasce,

18:04ele vai passar pelo

18:05conduto vaginal da mãe

18:07e ali ele já tem

18:09o primeiro contato

18:10com lactobacillus

18:11da flora vaginal.

18:13Então,

18:13ali já serve como proteção.

18:15O aleitamento materno também.

18:17Então,

18:17isso ajuda,

18:18que são os lactobacillus

18:20que eu terei.

18:21E aí,

18:22a gente vai vendo

18:23essa melhora.

18:24Aí,

18:24a criança tem,

18:25por exemplo,

18:26bichinhos,

18:27brinca na terra,

18:28essas coisas,

18:29ele vai ganhando o quê?

18:30Imunidade

18:31e adquirindo

18:32algumas bactérias

18:34que são interessantes.

18:36Então,

18:36as crianças hoje

18:37aqui em São Paulo,

18:38elas andam como astronautas,

18:40com muito pouco,

18:41né?

18:42Então,

18:43bons tempos que você brincava,

18:44você fazia essas coisas,

18:45você conseguia as coisas.

18:46Então,

18:47normalmente você acaba

18:47não tendo esse contato

18:49e isso vai acabar

18:50refletindo no futuro

18:52alguma doença

18:53inflamatória intestinal,

18:54alguma outra encrenca

18:55por causa disso.

18:57Então,

18:57quando o teu sistema imune

18:58tenta se defender,

19:00ele exagera na resposta

19:02de uma coisa

19:02que era pra ser sempre

19:03ele dá um tiro de canhão

19:04e por isso que surge

19:06às vezes o Crohn,

19:07a retocolite

19:07e outras,

19:08é uma das causas,

19:09às vezes tem outras causas,

19:10claro.

19:10Bom,

19:11então falando de alimentação,

19:13a gente sempre sabe

19:14que dá pra melhorar

19:15um pouquinho.

19:16Por isso,

19:17eu quero saber

19:17o que a gente tem hoje

19:18no Isso Por Aquilo.

19:20O Isso Por Aquilo

19:26quer ajudar você

19:27a aliviar aquela sensação

19:29de queimação da gastrite.

19:31Sabe aquele prato bonito

19:32que tem salada de alface,

19:33tomate, cebola,

19:34com arroz branco e feijão

19:36que acompanha bife

19:37e tem uma bela fatia

19:38de abacaxi de sobremesa?

19:40Vamos reorganizar.

19:41E o que sai?

19:42O tomate e a cebola

19:43que vão ser substituídos

19:45por uma abobrinha cozida.

19:46A carne vermelha

19:47vai dar lugar

19:48para uma carne branca

19:49de frango

19:50ou peru

19:51e o abacaxi

19:52vai virar banana

19:53ou melancia.

19:54E o que fica?

19:55Alface

19:55e o bom e velho

19:56arroz com feijão.

19:58Pronto.

19:58Mexeu, mexeu,

19:59mas o prato

20:00continua saboroso,

20:01saudável

20:02e certamente bem menos ácido.

20:05Bom, a alimentação

20:06ela tem um certo poder.

20:08E quando a gente fala,

20:09por exemplo,

20:10você falou ali do álcool

20:11com gastrite.

20:13Café pode provocar gastrite,

20:16por exemplo?

20:17Pode.

20:17Todo alimento rico em cafeína,

20:21seja as colas,

20:23de uma maneira geral

20:23que são os refrigerantes,

20:25o café que a gente faz uso

20:26no dia a dia,

20:28ou balas, né?

20:30Principalmente esses energéticos,

20:31a pessoa vai para a academia

20:32e vai tomar energético

20:33para emagrecer.

20:34Obviamente vão causar

20:36mais processo

20:38de irritação gástrica,

20:39mais produção de ácido

20:40e vai surgir mais problemas

20:42não só de estômago

20:43como também

20:44de doença do refluxo.

20:46Que coisa.

20:47E hoje você estava falando, né?

20:49Do comportamento

20:51das gerações.

20:52Essa é uma geração

20:53que acho que nunca

20:54consumiu tanto café.

20:56Sim.

20:56Impressionante

20:57como se consome café.

20:59Você falou dos energéticos.

21:00uma febre, né?

21:02Seja para se manter acordado,

21:04para balada,

21:05para atividade física.

21:07Você consegue imaginar

21:10que um comportamento, assim,

21:12de hábitos de uma geração

21:14pode encontrar daqui a pouco

21:16uma maior incidência,

21:19por exemplo,

21:19de problemas no estômago

21:21por conta desse tipo

21:22de comportamento?

21:23Sim.

21:23É assim,

21:24uma coisa é clássica.

21:26Então, por exemplo,

21:27nós somos câncer de colo,

21:28você já matou a charada.

21:29Então, disso que você está falando

21:31é uma coisa importante.

21:32Então, por exemplo,

21:32antigamente,

21:34quando eu era mais jovem,

21:36eu pegava muito câncer de esôfago

21:38em pacientes

21:38do esôfago médio.

21:40Então, eram pacientes

21:41que fumavam,

21:42pacientes que

21:43tinham outra característica,

21:45bebiam muito.

21:46E aí, a gente está pegando

21:47agora câncer

21:48na parte distal do esôfago,

21:50porque eles estão tendo

21:51mais refluxo.

21:52Então, por que eles têm

21:53mais refluxo?

21:54Porque eu bebo,

21:55eu relaxo mais a cárdia,

21:57que é a válvula

21:58que separa o estômago do esôfago,

21:59eu tenho mais irritação,

22:01mais predisposição a ter BART,

22:03que é uma lesão no esôfago.

22:05E aí, todo o tecido atípico

22:07que sofre uma agressão ácida

22:09dá mais câncer.

22:10Então, a população

22:11também engordou mais,

22:13porque estava mais sedentária.

22:15Então, o excesso de peso

22:17com alimentação inadequada,

22:19rico em gorduras

22:20e rico em cafeína

22:21e bebida alcoólica,

22:23deu mais câncer,

22:24principalmente,

22:24de esôfago,

22:26que não era uma coisa

22:26tão comum.

22:28E os cânceres de estômago

22:29diminuíram,

22:30por incrível que pareça,

22:30que nós estamos tratando

22:31o helicobacter,

22:32que é o pilórico,

22:34que é o grande responsável

22:35pelos cânceres.

22:36O cigarro,

22:37ele é fator de risco?

22:38Muito.

22:39Para tudo?

22:39Para a intestina?

22:40Para tudo.

22:41Para tudo.

22:43Piora as doenças

22:44inflamadoras intestinais,

22:45principalmente o Crohn,

22:46ele piora

22:47a própria oxigenação

22:51das células

22:53de uma maneira geral.

22:55Lembrando que a nicotina

22:56é uma coisa que dá

22:56um relaxamento,

22:57é isso que a pessoa fuma.

22:58Então, ela relaxa,

22:59ela fica bem.

23:00Mas tem 4 mil compostos

23:01cancerígenos,

23:02então aumenta

23:03câncer de bexiga,

23:04câncer de pulmão,

23:05câncer de laringe,

23:07então todos os tipos

23:09de cânceres estão

23:10relacionados diretamente

23:11ao cigarro.

23:12Se eu paro de fumar,

23:13eu saio do grupo de risco

23:14em 2, 3 anos

23:15para as doenças

23:17cardíacas,

23:19mas eu ainda fico 5 anos

23:22meio que em risco

23:24de ter algum câncer.

23:26Então, a gente sabe

23:27que quando os pacientes

23:27estão começando

23:28a ter mutações

23:29no intestino,

23:30estão começando

23:30a ter pólipo

23:31e eu tiro o cigarro,

23:33existe uma regressão

23:34dessas mutações.

23:36Então, o cigarro,

23:37sem dúvida nenhuma,

23:38não é uma coisa legal.

23:40Tá bom.

23:41E aí, enfim,

23:42para encerrar

23:42esse nosso bate-papo,

23:44você estava falando

23:44muito que a atividade física

23:46tem um papel aí,

23:47vamos dizer,

23:48até protetor,

23:49né?

23:50Então, inserir

23:51essa atividade física

23:52no nosso dia a dia.

23:53Qual a dica?

23:54É com regularidade,

23:56é mais a atividade aeróbica?

23:58Que dica que você poderia

23:59dar em relação

24:00à atividade física

24:01para a saúde

24:02do nosso intestino?

24:03É você o mestre, né?

24:04Mas eu vou passar vergonha aqui.

24:06Mas vamos lá.

24:07Eu acho que assim,

24:09de acordo com cada faixa etária,

24:11eu acho que a gente

24:11tem que respeitar

24:12o tipo de exercício.

24:14Então,

24:14se a pessoa fizer

24:16exercícios aeróbicos,

24:17seja uma natação,

24:19que eu acho que é um exercício

24:20excelente,

24:21seja a bicicleta,

24:22que também é ótimo

24:23sem impacto,

24:25ou corridas, né?

24:26Não estou falando

24:26ultra-maratonas,

24:27mas corridas leves,

24:28vai super bem.

24:30E uma musculação,

24:31eu acho que é fundamental

24:33para evitar a sarcopenia,

24:34então,

24:35isso é uma coisa fundamental.

24:37Para as pessoas

24:38que têm um pouco

24:38mais de dificuldade,

24:39eu acho que

24:40o pilates

24:41é uma coisa que ajuda

24:42muito,

24:42alonga,

24:43reforça,

24:44vai super bem.

24:45E se possível,

24:47eu acho que a gente,

24:49eu sou de uma geração

24:50que a gente faz esporte,

24:51você como esportista

24:52pesado,

24:54então você jogava bola,

24:55fazia as coisas,

24:56então era gostoso

24:57que você competia.

24:58Hoje você está dentro

24:58de uma academia

24:59que acaba com fone de ouvido,

25:01você não interage,

25:02fica mais uma coisa mecânica.

25:04Se puder fazer

25:05um esporte coletivo,

25:06seja um futebol,

25:07socializar,

25:09ou jogar um tênis,

25:10olha,

25:10qualquer coisa está bom.

25:12Saindo do sedentarismo

25:13já está ótimo.

25:14faça o que você gosta,

25:15não uma coisa forçada.

25:17E fazer esporte,

25:18quando a gente fala,

25:19é para ficar o quê?

25:21Saudável e não bonito.

25:23A beleza vem

25:24secundariamente a isso.

25:26É consequência.

25:27Você estando

25:27com um rosto tranquilo,

25:29sereno,

25:30você dormiu bem

25:30porque você fez um esporte,

25:32e aí você vai comer,

25:33você fala,

25:33eu não vou comer isso

25:34porque eu já fiz esporte,

25:36eu não vou sacanear

25:37a minha atividade física,

25:39eu não vou beber

25:39porque no dia seguinte

25:40eu não sinto bem

25:41para fazer esporte.

25:41você acaba mudando

25:43o seu estilo de vida.

25:45É isso que você falou,

25:45uma coisa que eu costumo

25:46falar muito,

25:47que a atividade física

25:48ela tem esse poder

25:49de contaminar para o bem

25:51os outros hábitos,

25:52e você exemplificou muito bem,

25:53eu vou jogar,

25:54então eu vou beber,

25:56eu treinei tão bem,

25:57por que eu vou agora

25:59comer isso tudo,

26:00então uma coisa vai

26:01contaminando a outra.

26:03Bom,

26:03doutor Nelson,

26:03quero agradecer

26:05demais a sua participação,

26:07hoje a gente sabe

26:08o quanto as pessoas

26:09estão preocupadas

26:10com a saúde do intestino

26:11e ter um craque

26:12como o senhor aqui

26:13foi um privilégio.

26:14Obrigado.

26:15Viva Bem de hoje

26:16vai ficando por aqui,

26:18você já pode começar

26:19a compartilhar

26:20esse programa

26:20com aquela pessoa

26:21que você quer bem,

26:22que você quer

26:23que viva bem.

26:25E isso tudo muito fácil,

26:27com tudo ali

26:28nas plataformas

26:29da Jovem Pan

26:29e claro,

26:30no YouTube

26:31da Jovem Pan News

26:32e você quando for

26:33dar a sua corridinha,

26:34for malhar na academia,

26:35já pode ouvir também

26:36no Spotify.

26:38Semana que vem

26:38o Viva Bem

26:39está de volta.

26:40Jovem Pan

26:46Viva Bem

26:47com Márcio Atala

26:49A opinião

26:50dos nossos comentaristas

26:52não reflete

26:53necessariamente

26:54a opinião

26:54do Grupo Jovem Pan

26:56de Comunicação.

27:01Realização

27:01Jovem Pan

27:02Jovem Pan

27:04Jovem Pan

VIVA BEM - 16/08/25

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