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Em julho, a inflação do Brasil ficou em 0,26%, com pressão da conta de luz e alívio nos preços da alimentação. Alberto Ajzental analisa os dados do IBGE, explica o impacto das bandeiras tarifárias na energia elétrica e o comportamento dos alimentos no mês. Entenda o que esperar para os próximos meses.

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Transcrição
00:00Estamos de volta ao vivo com o Money Times e a gente volta a falar da inflação do Brasil,
00:05que em julho ficou em 0,26% de acordo com dados divulgados pelo IBGE.
00:10A conta de luz pressionou o índice por um lado, a alimentação do outro lado deu uma aliviada,
00:16mas o acumulado em 12 meses continua acima do teto da meta.
00:20A gente vai falar sobre isso agora com Alberto Azental para saber os destaques dele,
00:24o olhar dele, a análise que ele vai trazer sobre esse resultado da inflação.
00:29Boa tarde, Azental, bem-vindo.
00:31Boa tarde, Nati. Boa tarde a todos que nos acompanham.
00:35Azental, eu me surpreendi com energia elétrica, que chamou bastante atenção esse mês.
00:41Para você foi uma surpresa, já estava esperando e tem alguma outra coisa que te chamou atenção?
00:48Energia elétrica, com certeza. Vamos chamar já a primeira arte,
00:51porque a gente dá uma geral sobre os números e depois a gente vai direto sem artes.
00:59Esse julho veio a 0,26, ele tinha uma queda durante quatro meses seguidos,
01:07então agora houve uma inflexão, porque o mês anterior tinha sido 0,24.
01:13Agora veio abaixo de julho do ano passado, que tinha sido 0,38.
01:18Como acumulado 12 meses no mês passado estava em 5,35, e você sabe que em 12 meses você descarta,
01:27você pega um julho e você descarta o julho do ano anterior.
01:32Na medida que a gente incorporou esse 0,26 desse julho e a gente descartou o 0,38,
01:38que era o julho do ano passado, o que aconteceu com o acumulado em 12 meses?
01:43Ele cai, por isso que ele caiu de 5,35 para 5,23.
01:49Então, a gente já falou dos dados principais e aí eu te falo, sim, respondendo a tua pergunta,
01:55Nath, energia elétrica, a gente está na época de seca e os reservatórios diminuem de volume.
02:03Então, necessariamente, eles acabam utilizando as termoelétricas, que é uma energia mais cara.
02:12E lá atrás eles acionaram a bandeira 1, que adiciona R$ 4,46 para cada 100 kWh consumido.
02:22Lembrando que o consumo médio do brasileiro fica entre 120 e 150 kWh por mês.
02:30Então, a gente já sabia que ia ter algum impacto, veio em 3,04% e desses 0,26, 0,12 foi o aumento de energia elétrica,
02:44porque energia elétrica pesa 4% no IPCA.
02:48Só para você ter uma ideia, a gasolina pesa 5%.
02:52Então, o peso de energia elétrica é muito alto.
02:55Muito alto.
02:57E essa pressão de energia elétrica deve continuar ao longo dos próximos meses?
03:03Porque a gente tem essa questão tarifária da bandeira, né?
03:06Da bandeira.
03:07Exato, Nath.
03:08Olha, dia 27 de julho, em cima da bandeira 1, veio a bandeira 2.
03:15Então, se a bandeira 1 era R$ 4,46 por 100 kWh, a bandeira 2 soma mais R$ 7,87 por 100 kWh.
03:26Então, sim, deve vir de novo pressão inflacionária.
03:30Talvez, se não for 0,12, deve vir algo como 0,13 ou 0,14, só de inflação a mais.
03:41Mas deve vir lá para, provavelmente, lá mais para setembro, outubro,
03:48porque esses preços de bandeira 2 estão sendo cobrados agora em agosto.
03:54Então, quando as residências começarem a receber as contas,
03:58aí que os pesquisadores de inflação vão ver esse aumento de conta.
04:02Então, eu não acredito que eles vão reportar na inflação de agosto,
04:07que sai lá perto de 10 de setembro, provavelmente vai aparecer mais para frente,
04:12mais para 10 de outubro.
04:15Fora que vai ter um benefício aí de um bônus Itaipu,
04:18que pode compensar esse aumento da bandeira 2 no primeiro mês.
04:23Mas vem, vem conta mais cara e vai aparecer na inflação lá na frente, sim, Nath.
04:29É bom a gente já ficar preparado.
04:31Agora, ainda bem que nesse mês, nesse último dado,
04:35teve um alívio ali da alimentação.
04:37Então, vamos falar aí alguma coisa positiva?
04:39Porque é a alimentação em casa que vem caindo?
04:43É a feira que está mais barata?
04:45A feira está mais barata, sim.
04:47Se você pegar julho, alimentação no domicílio,
04:51caiu 0,69%.
04:54É uma deflação importante.
04:56Caiu bastante.
04:58Você tem batata inglesa, menos 20%.
05:00Cebola, menos 13%.
05:02Arroz, quase menos 3%.
05:04Carnes, menos 0,3%.
05:07Tubérculos, menos 7%.
05:08Hortaliça, menos 2%.
05:10Aves e ovos, menos 0,6%.
05:13Então, sim, a feira em julho,
05:16ela estava mais barata do que a feira em junho.
05:20Então, esses produtos, esses naturais,
05:25eles diminuíram o preço, sim, de junho para julho.
05:29Isso é uma boa notícia.
05:32Isso veio bem.
05:33É engraçado que a gente tem esse dado,
05:35mas não é muito a nossa sensação,
05:37quando vai fazer compra no supermercado ou na feira.
05:39A sensação é de que está tudo caro.
05:42Puts, Dati, com certeza.
05:43Tem dois fatores importantes.
05:45Tem um fator psicológico
05:47que a gente sempre lembra a pior situação.
05:51A gente lembra que ficou mais caro,
05:53a gente não lembra que barateou.
05:55Mas tem uma questão matemática importantíssima,
05:58que é o seguinte.
06:00É que a inflação acumulada de carnes,
06:02por exemplo, em 12 meses, é 23%.
06:05Aves e ovos, 11%.
06:08Café, 70%.
06:09Óleo de soja, 20%.
06:10O que eu quero dizer com isso?
06:11O que eu quero dizer é que se você for pensar
06:15quanto os preços aumentaram nos últimos 12 meses,
06:20a alimentação no domicílio acumulado, 7%,
06:23acima do IPCA.
06:25Então, assim, nos últimos 12 meses, subiu muito.
06:29Então, hoje, tudo está mais caro do que um ano atrás.
06:33Então, o salário não está comprando aquilo que comprava um ano atrás.
06:38Essa é a verdade.
06:39Agora, você tem uma pequena deflação,
06:42ou mesmo que seja uma boa deflação de um mês para outro,
06:45você pega o teu dinheiro e vai comprar,
06:47o dinheiro continua não rendendo.
06:49A verdade é essa.
06:50As coisas estão caras e estão em um patamar caro.
06:53É isso.
06:53É, exatamente.
06:54Por mais que dê um alívio,
06:56a gente está vindo de uma sequência de aumentos ali.
06:58Então, de fato, não dá para sentir aqui ainda essa vantagem.
07:02Agora, para a gente fechar,
07:04qual é a previsão do Boletim Focus para o fim desse ano?
07:07E o tarifácio, como é que ele pode impactar a inflação e quando?
07:11Olha, o último Boletim Focus foi divulgado na segunda-feira.
07:14Ele prevê o IPCA para o final do ano de 5,05.
07:18Então, a tendência é cair de hoje até o final do ano.
07:24O que não quer dizer que ele vai cair de forma linear.
07:27Pode ser que a gente ainda tenha uns sustos no meio do caminho.
07:32É muito provável que a inflação acumulada nos últimos 12 meses,
07:37no mês que vem, vai subir em relação a julho.
07:41É muito provável.
07:42Por uma questão matemática.
07:44Porque, lembra que eu falei que a gente descartou um 0,38 e vem o 0,26?
07:49O agosto do ano passado tinha sido menos 0,02.
07:54O agosto do ano passado foi uma inflação praticamente zero.
07:57E a gente não deve ter inflação zero em agosto desse ano.
08:01Deve vir 0,02, 0,25, alguma coisa assim.
08:04Então, acumulado 12 meses, vai voltar a subir.
08:07Aí, quem sabe, ele desce até ou cai até 5,05 no final do ano.
08:13Basicamente, é isso, Nati.
08:14Tá certo.
08:15Muitíssimo obrigada, Alberto Azental.
08:17Até a próxima.
08:18Boa tarde para você.
08:19Até a próxima.
08:20Boa tarde.
08:21Boa tarde.
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