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O Porto de Santos registrou, em julho de 2025, a maior movimentação mensal de cargas da sua história: 17 milhões de toneladas. O resultado foi impulsionado por uma alta nas exportações, especialmente para os Estados Unidos, após o anúncio das novas tarifas de importação. Em entrevista, o presidente da Associação Portuária de Santos, Anderson Pomini, detalha o impacto do tarifaço, os produtos mais exportados e como a infraestrutura do porto respondeu à demanda.

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Transcrição
00:00O Porto de Santos, no litoral de São Paulo, registrou em julho de 2025 a maior movimentação mensal de cargas da sua história.
00:09Foram mais de 17 milhões de toneladas em um único mês.
00:14A gente falou desse resultado ontem aqui no Radar.
00:17Segundo a Autoridade Portuária de Santos, o dado reflete a aceleração das exportações.
00:23Para falar desse assunto, eu converso agora com o presidente da Associação Portuária de Santos, Anderson Pomini.
00:31Anderson, boa tarde para você. Obrigado pela sua disponibilidade em conversar com a gente.
00:35Anderson, foi o tarifácio responsável por esse recorde?
00:40Também. Boa tarde, Fábio. Prazer em falar com vocês.
00:43Veja, assim que o tarifácio do Trump foi anunciado, nós tivemos, no primeiro momento,
00:50a chamada Corrida das Cargas.
00:54Um aumento de mais de 96% para, por exemplo, as exportações de carne bovina, carne de frango, café, suco de laranja.
01:04Levando em consideração que o navio demanda 14 dias que sai do Porto de Santos para chegar ao Porto de Miami,
01:11que é o porto de entrada ao consumidor americano.
01:14Nós tivemos esse aumento que, obviamente, reflete nesse resultado recorde.
01:19Mas não foi só.
01:21O nosso agro também cresce, em média, 20% ao ano.
01:26Então, a força do agro, aliada ao tarifácio, fez com que o Porto de Santos movimentasse
01:32a maior recorde da sua história, que representa exatamente essas 17 milhões de toneladas
01:41para o mês de julho.
01:43Então, foi o mês mais importante em termos de movimentação de carga aqui no Porto de Santos.
01:48Anderson, e você conseguiria dizer para a gente quais foram os produtos mais exportados nesse período?
01:55Você citou carnes aí, por exemplo.
01:57Carnes estão entre os mais exportados em julho?
02:00Perfeito. O Porto de Santos é um hub multipropósito, onde nós movimentamos todas as cargas.
02:08Celulose, carnes em geral, principalmente para os Estados Unidos.
02:13Quais são os principais produtos que são exportados, que passam pelo Porto de Santos para os Estados Unidos?
02:19Então, carne bovina, carne de frango, miúdos, café e suco de laranja.
02:25Esses são os principais. Mas, tendo em vista o anúncio do tarifácio, os produtores que já tinham essas cargas prontas,
02:33eles correram para entregar, para aproveitarem o preço atual, levando em consideração que a tarifa leva em consideração
02:41a data da entrada do produto no país.
02:43Mas, todas as cargas, por exemplo, nós exportamos também os derivados da nossa cana de açúcar.
02:52Então, com destaque para óleos, para combustível, que é utilizado para misturar na gasolina dos americanos.
03:03Para todos os produtos, em geral, nós tivemos esse aumento que é muito significativo para o Porto de Santos.
03:09Com destaque para esses que estão escoados, para os americanos.
03:13E é bom lembrarmos também, Fábio, que os americanos representam pouco mais de 20% de tudo o que nós exportamos pelo Porto de Santos.
03:23O principal cliente do Brasil e do Porto de Santos é a China, que representa perto de 60%.
03:29Anderson, e como é que o Porto fez para operar esse mês tão movimentado?
03:34Foi preciso fazer algum ajuste, algum remanejamento para dar conta dessa operação com um volume maior?
03:41Essa configuração do Porto, já de infraestrutura de múltiplo propósito,
03:48ela, de certa forma, vem sendo preparada ao longo dos anos,
03:52justamente para esse tipo de movimentação de alta e queda de todas as cargas.
03:58Então, por exemplo, nós tivemos uma alta muito grande também para exportação da celulose.
04:03Então, o Porto já preparou nos últimos 10 anos o chamado cluster de celulose.
04:08São áreas dedicadas para essa movimentação, mas essas áreas são adaptáveis.
04:15No mesmo local que a gente movimenta a celulose, o Porto está preparado para receber o aumento de outras cargas.
04:22Por exemplo, essas, carnes bovinas, suco de laranja e café, sempre que a gente tem essa oscilação do mercado.
04:29Isso acontece não só com o anúncio do tarifácio, mas levando em consideração que o Porto tem conexão com 200 países e 600 locais de destino,
04:40essa sorte da oscilação do mercado acontece o tempo todo para outras cargas.
04:46Então, é um Porto modular que se adapta justamente a essas oscilações,
04:51porque ele precisa se apresentar com eficiência para exportar os produtos e importar os industrializados em especial.
05:00O Anderson, e agora que os 50% de tarifa nos Estados Unidos começaram a valer hoje,
05:06se espera um período de baixa na movimentação do Porto?
05:11Sim, da mesma forma que a gente teve a corrida para a entrega das cargas para aqueles produtos que já estavam em condições de entrega,
05:21é natural que agora, nesse mês, o Porto se prepare para uma queda, principalmente para essas cargas,
05:30cujo destino era os americanos.
05:33Agora, novamente, 20% disso passa pelo Porto de Santos e é direcionado para o Porto de Miami e para os americanos.
05:43A gente vai ter uma percentagem de redução em razão do tarifácio, mas isso não impacta no todo,
05:50levando em consideração que perto de 70%, um pouco mais de 60%, é destinado para esses outros 200 países,
05:57em especial para a Ásia, para a China e para parte da Europa.
06:03Anderson, e aconteceu de cargas não conseguirem embarcar a tempo, de forma antecipada ao tarifácio,
06:12e ficarem paradas no Porto? Você tem essa situação aí hoje?
06:18Geralmente, o que chega no cais do Porto é a carga vendida.
06:23Então, não fica carga parada no cais.
06:27O cais do Porto de Santos é tão concorrido por todas as cargas,
06:30e até por se apresentar com essa configuração de um porto multipropósito,
06:35que não autoriza carga parada, seja para exportação ou para importação.
06:42Geralmente, o produtor, ele segura esse produto na fazenda, na cooperativa ou na chamada retroária.
06:50Então, por exemplo, o produtor que conseguiu escoar a sua carne,
06:54ele correu e já entregou, aquele que não conseguiu, ele armazena essa carne congelada
07:01na chamada retroária do Porto, mas não no cais.
07:05Então, o Porto, e a gente não tem essas informações, porque essa é a relação do privado com o privado.
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