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  • há 7 semanas

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Transcrição
00:00Um telefonema misterioso para um jornalista italiano.
00:04Onde obteve essa informação?
00:07Ele disse, não acredite no que dirão.
00:10Lança uma investigação de acidente aéreo no caos.
00:13Precisamos de mais destroços.
00:15Correm boatos de um acobertamento.
00:17Ninguém do lado jurídico acreditou em nós.
00:20Os investigadores suspeitam de jogo sujo.
00:22Acho que foi uma bomba.
00:2381 pessoas são mortas na hora.
00:26De repente, o avião estava em pedaços.
00:30Foi derrubado por um míssil.
00:34O que derrubou o avião de passageiros?
00:37Uma bomba ou um míssil?
00:39Disseram que a minha teoria era ridícula.
00:42A meta era descobrir a verdade.
01:00Esta é uma história real.
01:05Baseada em relatórios oficiais e relatos de testemunhas.
01:08No brilho do pôr do sol, o voo 870 das linhas aéreas de Itávia viaja a 9.000 metros acima do Mediterrâneo.
01:25Boa noite, 870.
01:27Mantendo 290 sobre Puma.
01:29Entendido.
01:30Prossiga, Latina Ponza.
01:31Roma, 870.
01:33O capitão Domenico Gatti e o primeiro oficial, Enzo Fontana, estão nos controles do DC-9.
01:41A tripulação tinha a experiência que você gostaria no voo em que vai embarcar.
01:50E o voo em si era bem curto e fácil.
01:52Entre os 77 passageiros está Alberto Bonfietti, um jornalista a caminho de se encontrar com a família em Palermo.
02:04Obrigado.
02:07Naquela sexta tarde, o meu irmão Alberto pegou aquele avião para ir a Palermo encontrar a esposa e a filha, que já estavam de férias.
02:15O voo de Bolonha a Palermo leva cerca de uma hora e meia.
02:24Mas a meio caminho de seu destino, o primeiro oficial, Fontana, encontra um problema.
02:30Olha isso, não tem nada.
02:34Tente Ponza, então.
02:37Nada.
02:38Não há resposta dos muitos sinalizadores de navegação que normalmente guiam os pilotos até Palermo.
02:48870, Roma.
02:50Está como um cemitério hoje.
02:52Não tem nenhum sinalizador funcionando direito.
02:55Tudo está meio fora.
02:57Qual a sua direção?
02:58Estamos em 195.
03:01Sem os sinalizadores, os pilotos precisam de orientações do controle de tráfego aéreo.
03:05Não sei se quer manter essa direção.
03:07Se não, pode ir para a direita a 15 ou 20 graus.
03:12Tudo bem, vamos para 210.
03:19O avião vira...
03:22e entra num bolsão de turbulência.
03:29A turbulência é como estar numa estrada com buracos enormes.
03:35Em qualquer voo que qualquer um pega,
03:43em algum momento, haverá algum grau de turbulência.
03:46Algum grau de turbulência.
03:53Os pilotos esperam que uma altitude menor ofereça uma viagem mais tranquila aos passageiros.
04:00Vamos tentar baixar.
04:01Aqui é 870.
04:05É possível ir a 250?
04:08Afirmativo.
04:09Pode iniciar a descida agora.
04:12É frequente pilotos pedirem para mudar de nível
04:15se tem turbulência e os passageiros estão incomodados ou nervosos.
04:21Aí eles tentam outro nível.
04:24E achamos que é o que tentavam fazer.
04:26E há mais boas notícias.
04:40O Palermo também está respondendo.
04:42Os sinalizadores agora estão funcionando.
04:45Temos o sinalizador de Ponza.
04:49Ótimo.
04:49Retornem para a descida.
04:51Obrigado por tudo.
04:52Retornaremos para a descida.
04:54Os controladores não terão mais contato com os pilotos até iniciarem o pouso.
04:59Mas segundos depois...
05:11O voo 870 da Itávia se desfaz e desaparece do radar.
05:24Itávia 870, Roma.
05:26Itávia 870, Roma.
05:47Um voo sumiu.
05:49O Itávia 870...
05:51sumiu.
05:53O voo 870 caiu no mar Mediterrâneo.
05:58É muito surreal para um controlador passar por uma coisa dessas.
06:04Você não acredita no que está vendo.
06:06Acidentes são realmente muito raros.
06:09Então, quando faz parte de um e vê um acontecer, você não acredita.
06:14Pela manhã, equipes de busca e resgate italianas vasculham as águas perto da última posição conhecida do avião.
06:28Dizem aos familiares esperando no aeroporto que o avião está desaparecido.
06:32O seu destino, desconhecido.
06:35As primeiras palavras foram...
06:36Presume-se que esteja perdido.
06:38O resgate confirma o pior.
06:43Não há sinais de sobreviventes.
06:48Todos os 81 passageiros e tripulação estão mortos, incluindo Alberto Bonfietti.
06:54Eu comprei a passagem do meu irmão para aquele maldito voo e nunca mais o vi.
07:04A queda do voo 870 chega aos noticiários mundiais.
07:09Parece não haver como explicar por que uma aeronave moderna caiu do céu tão de repente.
07:18Andrea Purgatori é um conhecido repórter de um dos maiores jornais diários da Itália.
07:24Em 1980, eu era repórter investigativo do Corriere della Sera, que ainda é o jornal mais importante da Itália.
07:39Na noite da queda, ele recebe um telefonema surpreendente.
07:43Recebi um telefonema de um controlador de tráfego aéreo em Roma.
07:49Onde obteve essa informação?
07:50E ele disse, não posso falar por muito tempo neste telefone, mas não acredite no que dirão,
08:00porque ele foi derrubado por um míssil.
08:03A fonte o direciona para uma teoria controversa,
08:11que o voo 870 foi apanhado numa luta de caças entre jatos da OTAN e da Líbia.
08:17Havia uma situação tensa no Mediterrâneo, bem próxima à tensão que existe antes de uma guerra.
08:24Em 1980, o Mediterrâneo era uma zona de atividade militar.
08:30O mar separa a Itália da Líbia.
08:33É uma nação fora da lei, governada pelo coronel Muammar Gaddafi, um párea internacional.
08:38Na época, Gaddafi era como Saddam Hussein ou Osama Bin Laden para os Estados Unidos e para a maioria do mundo ocidental.
08:49A tensão política entre a Líbia e o Ocidente clamou as vidas dos 81 inocentes?
08:58Sim, a sua identidade está segura comigo.
09:01André está convencido de estar à beira de um grande furo internacional.
09:06Era o tipo de história que, como repórter, você encontra uma vez na vida, na carreira.
09:16Vamos nos encontrar.
09:19Mas se passarão mais de 30 anos para desvendar o que realmente houve naquela noite no céu sobre a Itália.
09:31Dois dias depois da tragédia da Itália, Andréa Purgatori escreve uma história de primeira página que choca a Itália e o mundo.
09:41Saiu.
09:43Fui o primeiro a dizer.
09:46O DC-9 pode ter sido atingido por um míssel.
09:51Andréa investiga e elabora uma teoria surpreendente.
09:54Caças ocidentais, provavelmente franceses, combatiam aviões líbios.
10:04E os aviões líbios deviam estar escondidos atrás do DC-9.
10:12E o DC-9 estava no lugar errado na hora errada e foi atingido por um dos mísseis.
10:24O governo italiano desmente os relatos iniciais da mídia de que um míssel derrubou o voo 870 e lança uma investigação oficial.
10:35A Força Aérea Italiana decidiu dar uma coletiva em que disseram que a minha teoria era ridícula.
10:4438 corpos foram recuperados do local da queda.
10:53Mas a maior parte dos destroços do voo 870 foi para o fundo do Mediterrâneo.
11:00Os investigadores não tinham muito com o que trabalhar.
11:07É só o que temos?
11:08Os primeiros investigadores do acidente não tinham muita coisa.
11:14Não existiam muitos destroços.
11:16Eles esperam que os controladores de tráfego aéreo de plantão na hora tenham mais informações.
11:22Houve um problema com os sinalizadores naquela noite.
11:25De outro modo, tudo parecia bem.
11:29Mas os controladores não têm ideia do que deu errado.
11:33Palermo está entrando bem.
11:36Ótimo. Retorne para a descida.
11:38Eles não ouviram sinais de problemas da tripulação.
11:41Obrigado por tudo.
11:42Retornaremos para a descida.
11:44870.
11:45Se é uma emergência lenta em que as coisas dão errado pouco a pouco,
11:49até a aeronave ficar incontrolável,
11:51os pilotos vão contar alguém.
11:54Não contaram.
11:55Não houve tempo.
11:58Fosse o que fosse, foi repentino.
12:02Uma colisão em pleno ar poderia explicar o acidente.
12:08Os controladores não podem dizer ao certo se havia outras aeronaves nas proximidades.
12:14O radar deles é sintonizado para detectar aviões comerciais e não captaram aviões menores.
12:19Foi só isso que eu vi.
12:20Os investigadores precisam de uma boa pista.
12:29Eles não têm provas de que um míssil derrubou o avião.
12:32Mas também não há provas de qualquer outra causa.
12:35Precisamos analisar todas as explicações possíveis.
12:38O investigador, é claro.
12:41Se, por exemplo, a imprensa está especulando sobre a aeronave ter sido derrubada,
12:48verá isso como as outras pessoas veem.
12:51Mas manterá a mente aberta.
12:54Eles estudam outros incidentes envolvendo o mesmo tipo de avião.
12:58Eles estavam procurando evidências históricas que poderiam dizer o que houve.
13:07Eles descobrem que na última década, quatro outros DC-9s sofreram falhas estruturais.
13:13Se o avião da Itávia se desfez por fadiga de metal ou falha de projeto,
13:18milhares de vidas podem estar em risco.
13:23Mas a pesquisa não lança nenhuma nova luz sobre a queda.
13:27Este pousou em segurança.
13:30Em cada emergência anterior, os pilotos tiveram um alerta a tempo de tomar uma atitude.
13:34Este também.
13:36E pousaram seus aviões em segurança.
13:40Não temos nada aqui.
13:44Com a maior parte dos destroços no fundo do mar,
13:47os investigadores têm apenas destroços flutuantes com o que trabalhar.
13:52Os assentos das poltronas, eles flutuam.
13:55Equipamento das galleys, das cozinhas, a porto dos aviões, eles flutuam.
14:01Componentes plásticos dos compartimentos de bagagem no interior,
14:05todas essas coisas flutuam.
14:08E foi o que encontraram.
14:11Eles mapeiam cuidadosamente o local de cada pedaço recuperado.
14:14Se o DC-9 atingiu a água quando estava inteiro,
14:19deveria ter desintegrado no impacto,
14:21deixando os destroços numa área pequena e concentrada.
14:26Mas, se se desmanchou em voo,
14:28a inércia teria espalhado detritos por uma grande área.
14:33Pedaços do avião foram encontrados espalhados em mais de 200 quilômetros quadrados de oceano.
14:37É uma descoberta reveladora.
14:45Espalhados demais para ter sido no impacto.
14:49A tripulação foi pega de surpresa.
14:53O controle de tráfico aéreo também.
14:55De repente, o avião estava em pedaços.
14:58Investigadores examinam os destroços em busca de evidências
15:05de que outro avião colidiu com o voo 870.
15:10Eles não encontram nada.
15:12A especulação sobre um míssil apenas cresce.
15:20Houve muitos relatos, os jornais, a televisão, a mídia falou muito nisso.
15:24Bom, vamos ver o que dá para ver.
15:44O que dá para ver?
15:45John é perfeito para o trabalho.
15:47Ele é um ex-piloto da marinha e especialista em radares.
15:50Os Estados Unidos têm a obrigação de ajudar outros países
15:56com suas investigações de acidentes aéreos em seu país
16:00se foi uma aeronave fabricada nos Estados Unidos.
16:04Nesse caso, foi um Douglas DC-9.
16:08Ele estuda uma versão incrementada do registro do radar do voo 870,
16:12um que mostra mais detalhes do que o controlador de tráfego aéreo podia ver.
16:16Eu recebi uma versão impressa que incluía o caminho que esse DC-9 seguiu.
16:23Parece que foi aqui que se partiu.
16:25Isto são os pedaços.
16:30Um radar funciona refletindo ondas de rádio em objetos.
16:34Quando um avião se bate, cada peça cria o seu próprio sinal ou retorno.
16:38Controladores de tráfego aéreo sintonizam o seu radar para detectar aviões comerciais,
16:46mas o radar pode ser ajustado para mostrar outros objetos.
16:49Quero dar uma olhada de perto nisso.
16:52Você acaba obtendo mais de um retorno de radar.
16:56Há muita coisa para ver.
16:59John não vê senão algum de colisão em pleno ar.
17:02O que temos aqui?
17:03Contudo, ele nota algo em comum.
17:08Houve três bips de radar não identificados ao oeste do voo 870.
17:14John chega a uma conclusão surpreendente.
17:16A essa altitude e velocidade,
17:20acho que foi um jato de alta velocidade.
17:23Ele viu traços de outro avião,
17:25que não era um avião sigilo.
17:29Vindo do oeste,
17:32naquela hora do dia,
17:33eles nunca o veriam chegar.
17:37Esse objeto não identificado saiu do sol,
17:39o que é uma técnica padrão de piloto de caça.
17:42Cegos pelo sol,
17:43os pilotos do D-19 teriam pouca chance de ver um jato chegando.
17:49Eu disse a eles que era possível
17:51que algo tivesse sido disparado de outra aeronave.
17:58Ficou claro que eram caça disparando um míssil.
18:03A análise de John faz com que seja ainda mais provável
18:07que um caça estivesse voando perto do D-19.
18:12Três semanas após a queda,
18:14novas evidências vêm à luz.
18:16Os destroços de um caça líbio
18:18são encontrados nas montanhas do sul da Itália.
18:21A descoberta levanta mais suspeitas
18:23e alimenta a teoria dos mísseis.
18:25Na minha opinião,
18:30havia caças franceses decolando da base de Solenzara,
18:34na ilha de Córsica,
18:36interceptando aviões líbios.
18:38E o que houve foi um ato de guerra.
18:43Para o repórter Andréa Purgatori,
18:46o caça caído confirma a crença
18:48de que o voo 870
18:49foi uma fatalidade não intencional
18:51de uma escaramuça entre jatos da OTAN e da Líbia.
18:55Os franceses estavam disparando nos líbios
18:58ou os líbios estavam disparando nos franceses.
19:04É difícil dizer,
19:05mas os caças franceses
19:07perseguiram o caça líbio
19:08até ele bater nas montanhas da Calábria,
19:11no sul da Itália.
19:13A aeronave desapareceu.
19:19Houve uma explosão.
19:20Foi um míssil?
19:21Eu achei que sim.
19:23Que era
19:24uma grande possibilidade.
19:28Até agora,
19:29a evidência de um ataque de míssil
19:30é circunstancial.
19:33E então os investigadores dão sorte.
19:37Eles encontram uma pista intrigante,
19:40um pedaço de estilhaço
19:41no corpo de um passageiro.
19:43Se puderem identificar a sua origem,
19:46isso pode dizer a eles
19:47o que causou a explosão.
19:49Há algo que quero que veja.
19:55Investigadores italianos
19:56viajam a Washington
19:57com um pedaço de metal.
19:59Bem-vindo a Washington.
20:00Obrigado.
20:01É isso?
20:02Sim.
20:03Eles pedem a John McAdoole
20:05do NTSB
20:06que ajude a identificá-lo.
20:07Vamos dar uma olhada.
20:08Era do tamanho de uma caneta,
20:12meio curvo,
20:13chato de um lado.
20:16De onde você veio?
20:21Foi encontrado na perna
20:23de um dos passageiros.
20:24Na NTSB,
20:28tínhamos o projeto estrutural
20:29do DC-9.
20:33E, baseado no que eu sabia
20:35sobre mísseis,
20:37comecei a olhar o meio
20:39da aeronave.
20:40O tipo de metal
20:44parece ser
20:44de fora da cabine.
20:48Precisaremos olhar
20:49os poços das rodas.
20:54Olhamos os poços das rodas
20:56e casamos a peça
20:57com a borda curva,
20:59a borda singular
21:00desse painel.
21:02Próximo.
21:03Sob a roda direita.
21:05Bem, não a roda esquerda.
21:06Não casava com a roda esquerda.
21:10Bingo!
21:16Se o jato
21:17disparou o míssel daqui,
21:20explodiria assim
21:21que se aproximasse por aqui.
21:23Isso levaria o estilhaço,
21:24incluindo o nosso pedaço
21:25do poço da roda,
21:26para a cabine.
21:32Para mim,
21:33foi uma informação conclusiva.
21:34A minha reação
21:40após as conclusões
21:41de John
21:42foi que eu estava certo.
21:47Investigadores enviam
21:48pedaços de destroços
21:49para o laboratório
21:50para testar a presença
21:51de explosivos.
21:52A análise confirma
21:53uma explosão.
21:55Os detritos
21:55estão revestidos
21:56de traços de TNT.
21:59Mas o resultado
22:00não prova
22:00que um míssil
22:01derrubou o avião.
22:02É igualmente possível
22:04que os explosivos
22:04tenham vindo
22:05de uma bomba.
22:09TNT não é usado
22:10só para militares.
22:11Eu não diria
22:11que é a coisa mais fácil
22:12para se obter,
22:13mas se estiver determinada,
22:14a pessoa pode conseguir.
22:18Cinco semanas
22:19depois do desastre
22:20do Itávia,
22:21os italianos
22:22são atingidos
22:22por mais uma tragédia.
22:24O atentado
22:25à estação ferroviária
22:26de Bolonha
22:27mata 85 pessoas.
22:29Terroristas neofascistas
22:31são culpados
22:31pelo ataque,
22:32alimentando o medo
22:33de que o mesmo grupo
22:34poderia ter posto
22:35uma bomba
22:35a bordo
22:36do voo 870.
22:39As novas evidências
22:40deixam os investigadores
22:42com um dilema.
22:43Eles têm evidências
22:44circunstanciais
22:45para a teoria
22:45da bomba
22:46e dos mísseis.
22:47Mas não há
22:48provas tangíveis
22:49para determinar
22:50qual causou
22:51a explosão.
22:53Teremos de dizer
22:54que não sabemos.
22:57A comissão
22:58do Ministério
22:59dos Transportes
23:00trabalhou por dois anos
23:01e acabou dizendo
23:03que o acidente
23:04foi causado
23:05por uma explosão.
23:08Mas não foram capazes
23:10de dizer
23:10se a explosão
23:12foi fora
23:12ou dentro do avião,
23:14uma bomba
23:15ou um míssil.
23:17Sob grande pressão
23:18do público
23:18para dar uma resposta,
23:20o governo italiano
23:21emitiu um relatório
23:22que diz apenas
23:22que uma explosão
23:23de origem desconhecida
23:24causou a queda.
23:25isso não é satisfatório,
23:30é desesperador.
23:32Você não pode dizer isso
23:33para nenhum de nós,
23:35como eu,
23:35que se importam
23:36com coisas assim
23:37ou as famílias.
23:40Não é correto.
23:43Daria Bonfietti
23:44continua a exigir
23:45respostas
23:46sobre o que houve
23:46com o irmão dela
23:47e não estar sozinha
23:48em sua luta.
23:50Sob a nossa orientação,
23:52um grupo de intelectuais
23:53escreveu uma carta
23:54ao presidente da Itália,
23:56perguntando
23:56por que não soubemos
23:58a verdade
23:58sobre esse acidente
23:59e pedindo
24:00que os obstáculos
24:01fossem removidos
24:02para que a verdade
24:03pudesse ser dita.
24:07A pressão vale a pena.
24:10Cinco anos depois
24:11da primeira investigação
24:12inconclusiva,
24:13o governo italiano
24:13concorda em lançar
24:14um novo inquérito.
24:18Em maio de 1987,
24:20uma operação
24:20de resgate multimilionária
24:22recupera o gravador
24:23de voz da cabine.
24:24pode ser o que os
24:26investigadores precisam
24:27para descobrir
24:28o que realmente
24:29derrubou o voo
24:30870 da Itália.
24:34O gravador de voz
24:35da cabine
24:36permite aos investigadores
24:37ouvir o que os pilotos
24:38disseram nos últimos
24:39momentos do voo.
24:41Itália 870,
24:43retorne para a descida.
24:45Obrigado por tudo.
24:46Retornaremos para a descida,
24:47870.
24:48O capitão começa a dizer
24:50guarda,
24:51italiano para
24:51olhe,
24:52guarda.
24:54E então,
24:55a gravação é
24:55abruptamente cortada.
24:58Investigadores imaginam
24:59se ele viu o míssil
25:01vindo na direção do avião.
25:02É o que se esperaria
25:11que alguém dissesse
25:12que visse algo estranho
25:13vindo na sua direção.
25:16A conjectura
25:18que ele começou a dizer
25:19olhe,
25:20mas poderia ser
25:21olhe o horizonte artificial.
25:24Pode ter sido isso.
25:25O resgate
25:27recuperou centenas
25:28de pedaços
25:29de destroços
25:29do leito do mar.
25:31Eles agora
25:32estão sendo remontados
25:33num hangar
25:34perto de Roma.
25:36Mais de 50%
25:37da aeronave
25:38continuam faltando,
25:40mas o contorno
25:40do avião
25:41começa a se formar.
25:43É um quebra-cabeça.
25:44Se você tinha
25:45uma teoria
25:46de como o avião
25:47se desfez,
25:48quanto mais puder
25:48construir essa imagem,
25:50mais clara
25:50ela se torna.
25:51Um pedaço essencial
25:54dos destroços
25:55dá fundamento
25:56à teoria
25:56de que um míssil
25:57atingiu o avião.
25:59Ele tem dois
26:00pequenos buracos
26:01com bordas
26:01voltadas para dentro
26:02e não para fora.
26:05Investigadores
26:06também descobriram
26:07destroços
26:07num assento
26:08da cabine.
26:10É de uma cozinha
26:11na dianteira
26:12do avião.
26:19Se um míssil
26:20explodiu perto
26:21da dianteira
26:22do avião,
26:23pode ter enviado
26:24o pedaço
26:24para a traseira.
26:28Mas faltam
26:29destroços demais
26:30para uma conclusão
26:31definitiva.
26:34Não é muita coisa
26:35para continuar.
26:36Temos alguns destroços,
26:38algumas evidências
26:39de radar,
26:39mas não são
26:40evidências primárias.
26:42As verdadeiras evidências
26:43estão nos pedaços
26:45do avião.
26:50Os investigadores
26:51italianos
26:52são pressionados
26:53para anunciar
26:53a causa
26:54da explosão
26:55do avião.
26:57As pessoas
26:58começaram a dizer
26:59contem-nos
27:00exatamente
27:01o que houve
27:01com esse avião.
27:03Tudo se encaixa
27:04com a teoria
27:05do míssil.
27:07Eles decidem
27:07se arriscar.
27:10Em 1989,
27:11eles emitem
27:12um relatório
27:12de acidente
27:13que conclui
27:13que a explosão
27:14provavelmente
27:15foi causada
27:15por um míssil
27:16disparado
27:17por uma aeronave
27:17não identificada.
27:25Como primeira pessoa
27:26a levantar
27:27essa teoria,
27:28o repórter
27:28Andrea Purgatori
27:29sente-se vingado.
27:31Eu estava certo.
27:34Estava certo
27:35em investigar
27:36o caso,
27:37em pegar
27:38a possível
27:40verdade
27:40pedaço
27:42por pedaço
27:43e unir.
27:45Por causa
27:46disso
27:48e somente
27:48a partir
27:49desse momento
27:50os parentes
27:50das vítimas
27:51começaram a dizer
27:52que o DC-9
27:53foi atingido
27:54por um míssil.
27:58Mas apenas
27:59um ano depois,
28:01a investigação
28:01toda desmorona
28:02quando acontece
28:03o impensável.
28:05Citando falta
28:06de evidências,
28:07dois investigadores
28:07italianos
28:08reformulam
28:09a sua opinião
28:10de que um míssil
28:10derrubou o avião.
28:13Voltamos ao início.
28:15É raro
28:16ter
28:17tão pouca
28:19certeza
28:19sobre um acidente.
28:22A esse respeito,
28:24esse é um acidente
28:25extraordinário.
28:29O governo italiano
28:31ordena uma terceira
28:32investigação
28:33para responder
28:33a pergunta
28:34de uma vez por todas.
28:36Foi um míssil
28:37que derrubou
28:37o voo 870
28:38ou foi uma bomba?
28:40Eles reúnem
28:43um grupo internacional
28:44de especialistas
28:45que inclui
28:48o investigador
28:48veterano
28:49de acidentes
28:49aéreos britânico
28:50Frank Taylor.
28:52Vamos montar
28:53isso ali.
28:55A meta
28:56que nos deram
28:56era a verdade,
28:58descobrir o que houve
28:59e fazer um relatório.
29:00E isso era justo,
29:01era esplêndido.
29:02É o que se faz
29:03numa investigação.
29:04Você olha
29:05para as evidências
29:06e tenta descobrir
29:07o seu significado.
29:10Frank é qualificado
29:12para identificar
29:12evidências
29:13de uma bomba.
29:15Ele já investigou
29:16mais de 20
29:16desastres aéreos,
29:18incluindo a explosão
29:19do voo Pan Am 103
29:20sobre Lockerbie,
29:21na Escócia.
29:23Em 1988,
29:25terroristas líbios
29:26plantaram uma bomba
29:27no compartimento
29:27de carga
29:28do voo 103.
29:30Quando explodiu,
29:30destruiu o avião,
29:31matando 270 pessoas.
29:34O engenheiro
29:40Joran Lillia,
29:42da Suécia,
29:42também está
29:43na equipe de Frank.
29:45Ele me disse
29:46que era um acidente
29:47aéreo controverso
29:48que aconteceu
29:49no passado
29:50e que havia suspeitas
29:51de envolvimento militar
29:53e acobertamento.
29:59Frank imediatamente
30:00fica preocupado
30:01com a pouca quantidade
30:02de destroços
30:03recuperada
30:03do voo 870.
30:05Só tem isso
30:06de destroços?
30:07Ficamos surpresos
30:08por alguém
30:09ter chegado
30:09a uma conclusão
30:10com as evidências disponíveis,
30:12fora ter sido
30:13algum tipo de explosão
30:14em algum lugar.
30:19A primeira coisa
30:20é encontrar
30:20o resto do avião.
30:21A primeira tarefa
30:27de Frank
30:27é convencer o governo
30:28a custear
30:29uma nova busca.
30:30Pode passar
30:31para ele,
30:32por favor?
30:33Custará milhões
30:34e não há garantia
30:35de que solucionará
30:36o caso.
30:36Não,
30:37nós precisamos
30:38de mais partes
30:39do avião.
30:40Uma conclusão
30:41do que herdamos
30:42foi a necessidade
30:43de recuperar
30:44mais destroços
30:45e fomos bem claros
30:46sobre isso.
30:46não há como
30:48concluir nada
30:49sem mais destroços.
30:50se existe alguém
30:59que pode encontrar
31:00os destroços
31:00é Frank.
31:02Durante a investigação
31:03em Lockerbie,
31:04ele ajudou a criar
31:05um programa de software
31:06para localizar
31:06destroços espalhados.
31:08Você tem dois efeitos.
31:10A distância
31:11que um pedaço
31:12viajará
31:12na direção
31:13que a aeronave
31:14seguia
31:14e a distância
31:15que será carregada
31:17por qualquer vento
31:18que esteja soprando.
31:20O computador
31:21faz isso facilmente.
31:24Frank convence
31:25o governo italiano
31:26de que o programa dele
31:27pode encontrar
31:28mais destroços.
31:30Tudo bem.
31:31Altitude,
31:32cerca de 7 mil metros.
31:35Eles aprovam
31:35o pedido dele
31:36para uma nova
31:37operação de resgate.
31:38Lento oeste
31:39de um 100 knots.
31:42Mas há muita pressão
31:44por resultados.
31:50é aqui que devemos
31:51procurar.
31:54A estratégia funciona.
31:56Eles logo
31:56recuperam 40%
31:58do avião.
31:59Nós encontramos.
32:02Estava a alguns metros
32:04de onde
32:04havíamos previsto.
32:07A disposição
32:08dos destroços
32:08do leito do mar
32:09revela a Frank
32:10quais pedaços
32:11saíram do avião
32:12primeiro.
32:13Os investigadores
32:14agora têm uma teoria
32:15sobre como o avião
32:16caiu.
32:16Está vendo
32:17os primeiros pedaços?
32:19A explosão
32:20foi atrás do avião
32:21e não na frente.
32:23Aí,
32:24caiu de nariz.
32:26Desse jeito.
32:32A reconstrução
32:33parece casar
32:34com a teoria dele.
32:35Os destroços
32:36na frente
32:36estão em pedaços
32:37menores
32:38do que o resto
32:38do avião.
32:39Se uma aeronave
32:41cai num ângulo
32:43bem agudo,
32:45se bate
32:45na superfície
32:46da água.
32:49Isso é quase
32:50tão desastroso
32:51para a estrutura
32:53quanto se
32:53batesse
32:54em uma montanha
32:55de granito.
33:02A teoria
33:03também explica
33:04como destroços
33:05da dianteira
33:06do avião
33:06podem ter ido
33:07parar atrás
33:07ou incrustados
33:09no corpo
33:09de um passageiro.
33:11E por que
33:12a porta de carga
33:13tinha buracos
33:13voltados para dentro?
33:15Quando laterais
33:18da fuselagem
33:19amassassem,
33:20janelas
33:21se quebrariam.
33:22Os rebites
33:23do lado de fora
33:24viriam para dentro
33:25em todas as direções.
33:29E isso
33:29explicou
33:30por que
33:30todos esses fragmentos
33:32penetraram
33:32assentos
33:33e corpos
33:34encontrados
33:34inicialmente.
33:38Mas nem todas
33:39as provas
33:40sustentam
33:40a teoria de Frank
33:41de que houve
33:42uma explosão
33:42na parte
33:43de trás do avião.
33:44ele não tem
33:45explicação
33:45para um buraco
33:46óbvio
33:47perto da parte
33:47da frente
33:48da fuselagem.
33:50Não entendo.
33:52Precisamos
33:53de mais evidências.
33:56Não se pode
33:58pegar uma informação
34:00de que faltam
34:01alguns pedaços
34:02na frente
34:03e dizer
34:03isso significa
34:05tal coisa.
34:07Não é tão óbvio.
34:09Investigadores
34:10voltam ao radar
34:11para mais uma olhada.
34:12este é o voo
34:14870.
34:17Eles queriam
34:18ver por si mesmos
34:19se havia evidências
34:20de um caça
34:21na vizinhança
34:22do avião.
34:24Agora
34:25elimine aqueles
34:26que consideramos
34:26ruídos.
34:29Eles descobrem
34:30que existem
34:31muitos retornos
34:32não identificados.
34:33Não só os três
34:34antes identificados
34:35como um caça.
34:38Imagens aleatórias
34:39aparecendo em radares
34:40não são incomuns.
34:43Existem muitos
34:44outros retornos
34:45inexplicados
34:46na área.
34:48Mas esses
34:49eram os únicos
34:49ligados uns aos outros
34:51fazendo as pessoas
34:52pensarem
34:53que eram
34:53outras aeronaves.
34:56Frank conclui
34:57que o que John
34:58pensava ser
34:59outra aeronave
35:00na verdade
35:00são destroços
35:01do voo
35:02870
35:02se desmanchando.
35:03Eu vou lhe dizer
35:06o que é.
35:07É o nosso avião
35:08e isto
35:09é um pedaço
35:11dos destroços.
35:14A investigação
35:15chegou a um impasse.
35:17Evidências de radar
35:18de outro jato
35:19foram eliminadas.
35:21Mas ainda não há
35:22prova de bomba
35:23a bordo.
35:23então Frank Taylor
35:31percebe uma coisa
35:32estranha
35:32perto da traseira
35:33do avião.
35:35Há uma série
35:35de pequenos
35:36destroços amassados
35:37misturados com áreas
35:38praticamente intocadas.
35:40Algo não está
35:41certo.
35:43Para Frank Taylor
35:44é um sinal
35:44de que os destroços
35:45foram posicionados
35:46no lugar errado.
35:47parecia mesmo
35:50errado
35:51a progressão
35:52de danos
35:52intensos
35:53de pedaços
35:54bem pequenos
35:55a bem grandes
35:56e depois
35:57a volta
35:58a pedaços
35:58pequenos
35:59não fazia sentido.
36:02Um pedaço
36:03dos destroços
36:04se destaca.
36:09Esses números
36:10eu já os vi
36:11em outro lugar.
36:15Encontrei
36:15um pedaço
36:16grande
36:16do revestimento
36:17com números
36:18escritos dentro
36:19perto das longarinas
36:20aquelas peças
36:22horizontais
36:23de enrijecimento
36:24na fuselagem.
36:26Eu nunca tinha visto
36:28aquela peça antes
36:29mas lembrei
36:30que vi
36:31em algum lugar
36:31antes
36:32uma peça
36:33com números
36:34escritos
36:34a lápis.
36:37Só não me lembrava
36:38onde
36:38eu sabia
36:39mais ou menos
36:40e continuei
36:42procurando.
36:47achei.
36:52Pode pegar
36:53aquele pedaço
36:53por favor?
36:55Encontrei
36:55na parte
36:56dianteira
36:56da fuselagem
36:57e os números
36:58eram consecutivos
36:59do pedaço
37:00da frente
37:00da fuselagem
37:01ao pedaço
37:02de trás.
37:02um pouco
37:05mais
37:05para baixo
37:06um pouco
37:06mais
37:07mais
37:08e isso
37:09é o seu lugar
37:10ótimo
37:12poderia prendê-los?
37:13E era a primeira
37:16parte
37:16e aí ficamos
37:17confiantes
37:18de que ia dar
37:19certo.
37:21Depois dos destroços
37:23serem checados
37:24e colocados
37:24na posição correta
37:25as evidências
37:26de que um míssil
37:27atingiu a parte
37:28da frente
37:28da aeronave
37:29desapareceram.
37:31Dava para ver
37:33claramente
37:33que não houve
37:34uma explosão
37:35de míssil
37:36do lado de fora
37:37nas áreas
37:38que as primeiras
37:39investigações
37:40bem no início
37:40previram.
37:41trouxemos
37:43a maior parte
37:44do revestimento
37:45da fuselagem
37:46então teria dado
37:47para ver
37:48um padrão
37:49de destroços
37:49de míssil
37:50mas não havia
37:52sinal disso.
37:53A fuselagem
37:54remontada
37:54revela um novo
37:55buraco na traseira
37:56do avião
37:56e parece que foi
37:58causado por uma bomba.
38:00Vamos ver
38:01o que temos.
38:04Sabemos
38:05o que é isto?
38:06Investigadores
38:07estudam mais
38:08destroços
38:08daquela parte
38:09do avião.
38:10O que temos aqui?
38:11Olha só
38:14para você.
38:16A pia de ar
38:16Sinox
38:17se envergou
38:18para cima
38:18por uma explosão
38:19exatamente
38:20o que os investigadores
38:21esperariam ver
38:22se uma bomba
38:23explodisse
38:23no lavatório
38:24da traseira.
38:25Quanto mais descobrimos
38:27mais tudo apontava
38:28para uma explosão
38:29na área
38:29do lavatório
38:30traseiro.
38:31Frank e sua equipe
38:32finalmente
38:33tem evidências
38:34suficientes
38:34para revelar
38:35o que derrubou
38:36o voo 870
38:37da Itávia.
38:38acho que foi
38:45uma bomba.
38:45Não houve
38:46nenhum momento
38:47Eurek.
38:48Foi um processo
38:49gradual
38:50de encontrar
38:51mais evidências
38:52e nenhuma
38:52delas
38:53contraditória.
38:55Só há mais
38:56um teste
38:56a fazer
38:57para ter certeza.
39:00Vamos explodir
39:01e ver o que acontece.
39:02Tudo bem?
39:07Vamos lá.
39:08Investigadores
39:09colocam
39:09explosivos
39:10no lavatório
39:11de um DC-9
39:11para testar
39:12a sua teoria
39:13de que uma bomba
39:14derrubou
39:14o voo 870.
39:153, 2, 1.
39:21Se os pedaços
39:22destroçados
39:23combinarem
39:23com os destroços
39:24do 870
39:25fornecerão
39:27evidências
39:28fortes
39:28de que eles
39:29estão certos.
39:32A explosão
39:33gera danos
39:34típicos.
39:36São quase
39:36idênticos
39:37ao que se viu
39:37nos destroços
39:38do lavatório
39:39do voo 870.
39:42Pode medir
39:43aqui?
39:44Isso.
39:45Tivemos certeza
39:46absoluta,
39:47sem dúvida
39:47alguma.
39:48A evidência
39:49não revela
39:49quem plantou
39:50a bomba,
39:51mas os investigadores
39:52têm uma boa
39:53ideia de onde
39:53ela foi plantada.
39:54A bomba
40:02provavelmente
40:03era pequena
40:03o bastante
40:04para caber
40:04dentro do
40:05suporte de papel
40:06ou atrás
40:06da pia.
40:08Dá para
40:08por uma coisa
40:08ali,
40:09dá para
40:09acessar ali
40:10atrás
40:10e chegar
40:10mais perto
40:11do revestimento
40:12da fuselagem.
40:13Com base
40:13em evidências
40:14físicas,
40:15o último retorno
40:16do radar
40:16e a localização
40:17dos destroços,
40:18os investigadores
40:19agora têm
40:19uma imagem
40:20clara
40:20dos últimos
40:21momentos
40:21do voo
40:22870.
40:24Itavia 870
40:27retorne
40:27para a descida.
40:28Obrigado por tudo,
40:29retornaremos
40:30para a descida
40:31870.
40:33Guarda!
40:35Foi uma explosão
40:37perto do pilone
40:38do motor direito
40:40que fez
40:43o motor direito
40:44se soltar.
40:47Em menos
40:48de 10 segundos
40:49o avião
40:50se despedaça
40:51e cai no mar.
40:54em 1994
40:58após 4 anos
40:59de trabalho
41:00a equipe
41:01de Frank Taylor
41:01apresenta
41:02o seu relatório.
41:04Pela primeira vez
41:05desde o desastre
41:05investigadores
41:06afirmam
41:07que tem
41:07provas
41:07irrefutáveis
41:08de que uma bomba
41:09explodiu
41:09a bordo
41:10do voo
41:10870.
41:12A equipe
41:14de Frank Taylor
41:14não chegou
41:16a nenhuma
41:17conclusão
41:18exceto
41:18aquelas
41:22baseadas
41:22em evidências
41:23físicas.
41:25Não havia
41:25nenhuma teoria.
41:28O relatório
41:29de Taylor
41:29é a última
41:30palavra
41:30na investigação
41:31técnica
41:32da tragédia
41:32da Itália.
41:34Mas na Itália
41:35as descobertas
41:36dele
41:36são ofuscadas
41:37por um inquérito
41:38judicial
41:38que tem se
41:39consumido
41:39com a teoria
41:40do míssil
41:41desde o início.
41:41na Itália
41:44o sistema
41:45judiciário
41:45parece que
41:46é capaz
41:46de passar
41:47por cima
41:47de qualquer
41:48coisa
41:48que esteja
41:48acontecendo.
41:51Nos disseram
41:52que o nosso
41:52relatório
41:53foi inútil.
41:55O sistema
41:57judiciário
41:58da Itália
41:58considerou
41:59as descobertas
42:00de Frank Taylor
42:01inconvenientes.
42:05Não acho
42:06que mandaram
42:07que não fossem
42:08publicadas
42:08só tomar
42:09uma decisão
42:10de não publicá-las.
42:11A maioria
42:13dos italianos
42:13acredita
42:14na teoria
42:14do míssil
42:15apesar
42:16das evidências
42:17científicas
42:18do contrário.
42:19A opinião
42:20pública
42:20ficou
42:21muito mais
42:21intrigada
42:22pela possibilidade
42:23de um
42:24acobertamento
42:24militar
42:25ou político.
42:28Em 2013
42:30numa audiência
42:31para designar
42:31responsabilidade
42:32financeira
42:33pelo acidente
42:33a Suprema Corte
42:35italiana
42:35decide que
42:36um míssil
42:36de origem
42:37desconhecida
42:37derrubou
42:38o voo
42:39870
42:39e ordena
42:41que o governo
42:41pague
42:41100 bilhões
42:42de euros
42:43às famílias
42:43das vítimas.
42:46A decisão
42:48é um alívio
42:48para elas
42:49mas deixa
42:50alguns pensando
42:51se evidências
42:51importantes
42:52foram ignoradas.
42:54Desculpe
42:55mas a Itália
42:56é um lugar
42:56pavoroso
42:57para um acidente
42:58aéreo.
43:01Se você
43:02quer a verdade
43:02é menos provável
43:04que encontre lá
43:05do que em qualquer
43:05outro lugar
43:06do mundo.
43:08Para o investigador
43:09de acidentes
43:10aéreos
43:10Frank Taylor
43:11as evidências
43:12falam por si.
43:14Descobrimos
43:15claramente
43:15que alguém
43:16havia plantado
43:17uma bomba
43:18mas ninguém
43:19do lado jurídico
43:21aparentemente
43:22acreditou em nós
43:23e portanto
43:24até onde sabemos
43:25não houve
43:26uma busca
43:27pelo responsável
43:28pelo motivo
43:29nem nada.
43:32Como engenheiro
43:33e investigador
43:34não consigo imaginar
43:35porque alguém
43:36pensaria em considerar
43:37outra coisa
43:38se não a verdade.
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