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O IPCA de junho subiu 0,24%, com destaque para energia elétrica e gás encanado. Mesmo com a desaceleração, o índice acumulado em 12 meses chegou a 5,35% e estourou a meta do CMN. O economista Alberto Ajzental avalia os impactos sobre juros, consumo e as projeções do Banco Central.

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Transcrição
00:00De volta com o Jornal Times Brasil para falar de inflação.
00:03Em junho, o IPCA, considerado o indicador oficial da inflação do país,
00:08desacelerou pelo terceiro mês seguido.
00:10Vamos dar uma olhada nos números que foram divulgados pelo IBGE?
00:14No mês passado, o indicador ficou em 0,24%,
00:19como a gente vê aqui no fim do nosso gráfico,
00:22levemente abaixo da taxa registrada em maio, que foi de 0,26%.
00:27Entre os nove grupos pesquisados, a maior variação foi registrada em habitação.
00:34O grupo teve alta de 0,99%.
00:37Energia elétrica residencial subiu 2,96%,
00:43sendo responsável pelo principal impacto individual no índice de junho.
00:48Ainda no grupo habitação, a taxa de água e esgoto subiu 0,59%.
00:54Só tenho uma dúvida, se é água e esgoto ou gás encarado.
00:59A produção vai ver para mim e já já eu confirmo para vocês.
01:03Na sequência das altas, o grupo vestuário subiu 0,75%,
01:07puxado pelas roupas masculinas, que tiveram elevação de 1,03%.
01:14Aqui, roupas masculinas 1,03%.
01:17Em seguida, calçados e acessórios e depois as roupas femininas.
01:21O grupo transportes avançou 0,27%.
01:27O principal peso partiu do sub-item transporte por aplicativo,
01:32que subiu, veja só, 13,77%.
01:35Já os preços dos combustíveis tiveram deflação no mês,
01:39como a gente vê aqui, menos 0,42%.
01:44Falando em baixa, o grupo alimentação e bebidas que possui o maior peso no IPCA
01:49foi o único a recuar no mês, uma variação negativa de 0,18%.
01:56Principais quedas observadas sobre os preços do ovo de galinha, arroz e frutas.
02:02Apesar do recuo mensal do IPCA em junho, no resultado acumulado em 12 meses,
02:08o índice subiu de 5,32% aqui no final do nosso gráfico para 5,35% no último mês.
02:18Com esse resultado, o Brasil descumpriu a meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional,
02:24que é de 3% ao ano, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
02:32Lembrando que a nova regra da meta contínua em vigor desde janeiro
02:36estabelece que há descumprimento quando a inflação oficial
02:40fica fora da tolerância por seis meses consecutivos.
02:45Eu vou conversar agora com Alberto Azental.
02:47Alberto, apesar da redução da inflação que a gente viu em junho,
02:51o Brasil estourou a meta, não teve jeito.
02:54Quais são os seus destaques?
02:56Cris, eu adoro esse gráfico, porque lembra que a gente falava dessas quedas
03:02e a gente comentava, pô, será que agora vai, agora começa a descer?
03:07O que deu? Não deu outra, subiu.
03:10São quatro meses de queda mensal consecutivas, isso é verdade.
03:15De 0,26 caiu para 0,24.
03:18Mas no acumulado de 12 meses, você incorpora esse junho 0,24,
03:24e você descarta o junho do ano passado de 0,21.
03:29Se eu coloco 0,24 e descarto 0,21, o que acontece no acumulado?
03:35Subiu.
03:36E o que você comentou dos seis meses, porque eles mudaram a regra,
03:40aqui a gente muda a regra até a regra atender os nossos interesses.
03:44A verdade é essa. Mudaram a regra e não deu certo.
03:48Porque se o teto da meta está nessa linha aqui, que eu estou indicando, 4,5,
03:53você percebe que ele está acima de 4,5 desde quando lá?
03:57Desde setembro, é isso?
03:59Aqui quase bateu no 4,5, mas de lá para cá só subiu.
04:03Então, basicamente, era esse o comentário, eu vou chamar uma arte.
04:08E eu anotei tanta coisa, Cris, eu vou pegar o que é principal.
04:12Você comentou o aumento em habitação quase 1% esse mês.
04:16Isso.
04:17Mas ele vem de aumento de 1,20 do mês anterior, quer dizer, 1% em cima de 1,20.
04:23Sabe o que acontece com o item em habitação em 12 meses?
04:26Já está em 7%.
04:29E o que você comentou de energia elétrica, 3% de aumento, 2,96, é metade do 0,24.
04:38Metade do aumento de 0,24, 0,12, é devido a esse aumento de energia elétrica.
04:46E aqui, se o índice está em 5,35 acumulado em 12 meses, alimentos e bebidas caiu finalmente para baixo de 7, 6,66.
04:57Alimento no domicílio que estava acumulado em 12 meses, o mês passado em 7,20, está em 6,20.
05:04A feira está mais barata, ela está em deflação.
05:08Mas, Cris, só para encerrar, carnes caiu 0,35.
05:13Se você perguntar para alguém se a comida está mais barata, todo mundo vai falar, não, esses índices não refletem a realidade.
05:20Sabe por quê?
05:21Porque a carne em um ano subiu 24%.
05:25Ela pode ter caído um pouquinho, mas, na verdade, ela está cara e ela pesa no bolso, Cris.
05:31Sem dúvida nenhuma.
05:32E a minha produção acabou de falar aqui no Ponto Eletrônico que era gás encanado mesmo.
05:37Será que a gente consegue botar aí?
05:38Maravilha.
05:39Então, a gente vai ver a inflação de junho, a habitação subiu 0,99%.
05:44E aí, a energia elétrica teve o peso maior de 2,96 e foi gás encanado que subiu 0,59%.
05:52Está aí o resultado para vocês.
05:54Obrigada, Alberto.
05:55O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, encaminhou uma carta aberta ao Ministério da Fazenda
06:01depois de estourar o teto da meta de inflação do mês de junho.
06:05Essa é a segunda carta em seis meses que Galípolo precisa escrever para justificar o descumprimento da meta.
06:12Eu vou conversar com o repórter Eduardo Gair em Brasília.
06:15Gair, o que diz a carta dessa vez?
06:20Oi, Cris.
06:21Então, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, atribuiu esse estouro da meta de inflação a quatro razões.
06:28Olha só, atividade econômica aquecida, expectativas econômicas desancoradas, inércia inflacionária e dólar alto.
06:37Essas foram as razões apresentadas para a inflação romper o teto da meta, ou seja, estourar em mais de 1,5% a meta de inflação.
06:45Ainda assim, Gabriel Galípolo garantiu que o Copom segue comprometido em levar a inflação à meta
06:51e que nas projeções do Banco Central, o IPCA há 12 meses deve chegar dentro da margem de tolerância da meta de inflação no primeiro trimestre de 2026.
07:02Só para equalizar, então, o conhecimento, a meta de inflação hoje no Brasil é de 3%, com 1,5% de tolerância para mais ou para menos.
07:11E quando o Banco Central não consegue chegar a esse objetivo, considerando, inclusive, essa banda de tolerância,
07:18a cada seis meses o chefe da autarquia, que é o presidente, precisa escrever uma carta aberta,
07:24endereçada ao presidente do Conselho Monetário Nacional, o CMN, que no caso é sempre o ministro da Fazenda, agora Fernando Haddad,
07:34explicando as razões para a meta de inflação não ter sido cumprida e também traçando caminhos para convergir a inflação à meta.
07:43E quais são os caminhos que o Banco Central pretende adotar daqui para frente?
07:46É seguir com a política monetária restritiva, ou seja, a Selic em 15 pontos porcentuais pelo tempo que for necessário.
07:54Na carta aberta, o próprio Galípolo diz que o Copom segue vigilante e que não hesitará em tomar medidas adicionais
08:00de restrição na política monetária, se necessário for. Portanto, estão aí as razões para o estouro na meta de inflação
08:07e também o que o Banco Central deve fazer daqui para frente. É esse remédio amargo do juro.
08:12Cris, volto contigo.
08:13Obrigada, Gair, pelas suas informações.
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