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No evento do Banco do Brics, Dilma Rousseff e Lula defenderam financiamento climático concreto, inclusão digital e novos mecanismos de crédito. O chefe de Estado criticou a austeridade, cobrou a ONU e propôs uma nova arquitetura financeira.

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00:00E agora vamos ao vivo ao Rio de Janeiro com imagens do evento do Banco do BRICS.
00:05Quem fala agora é a presidente do banco, a ex-presidente brasileira Dilma Rousseff.
00:09Para os países BRICS e para o sul global.
00:12Devemos enfrentar a emergência climática com determinação e solidariedade.
00:17O financiamento climático, mais do que uma mera promessa, deve ser um mecanismo concreto em prol da adaptação,
00:23transição energética e resiliência.
00:25Principalmente nos países mais afetados por eventos climáticos extremos.
00:30O NDB precisa estar na vanguarda desse esforço, ampliando os investimentos em infraestrutura verde,
00:37energia limpa, transição energética e tecnologias inteligentes para o clima.
00:43Também devemos abraçar a revolução digital, não de maneira passiva, mas sim ativa e estratégica.
00:49Conectividade inteligente e artificial e dados estão mudando a nova economia.
00:57Entretanto, sem uma política de inclusão, só aprofundaremos a exclusão.
01:02E aí, a exclusão digital.
01:05Devemos garantir que a transformação digital se torne uma ferramenta de empoderamento,
01:11não de marginalização.
01:12Que aumente a produtividade, promova a inovação e amplie o acesso à educação, à saúde e aos serviços públicos.
01:20E, ao mesmo tempo, devemos permanecer comprometidos com a infraestrutura física e social.
01:26Estradas, portos, sistemas de água, moradia, transporte público e saúde
01:30continuam sendo essenciais para a construção de sociedades inclusivas e resilientes.
01:36Não há desenvolvimento sustentável sem essas boas e sólidas.
01:40Para enfrentar esses desafios, é preciso inovar.
01:44Devemos fortalecer o financiamento em moeda local, explorar swaps bilaterais,
01:49ajudar nossos países-membros a reduzir a exposição à volatilidade externa
01:55e aprofundar os mercados de capitais domésticos.
02:00Devemos expandir nossa área e nossa rede de parcerias,
02:04com bancos nacionais de desenvolvimento que são tão importantes,
02:07com outros bancos multilaterais, fazer cofinanciamento e com o setor privado e a academia.
02:16Além de trabalharmos de forma bastante respeitosa e soberana com os países-membros,
02:26os governos dos países-membros.
02:27Precisamos tornar o conhecimento, a tecnologia e as ferramentas financeiras
02:32acessíveis aos nossos países-membros, especialmente aqueles com capacidade institucional limitada.
02:38E, acima de tudo, precisamos continuar sendo uma plataforma de confiança.
02:43Em um mercado e um mundo marcado por confrontos e desconfiança,
02:48o NDB deve se posicionar como um espaço de diálogo, cooperação e objetivos comuns.
02:53Nossa força reside não apenas no tamanho do nosso balanço patrimonial,
02:58mas, acima de tudo, na legitimidade de nossa missão e na união dos nossos países-membros.
03:04Vou ser clara, nós estamos apenas começando.
03:07Em nossa primeira década, o NDB lançou as bases.
03:11Na próxima década, devemos consolidar nosso papel de liderança
03:14para o desenvolvimento equitativo, sustentável e autônomo em um mundo multipolar.
03:20O que significa desenvolver ainda mais uma instituição que não seja apenas financeiramente sólida,
03:26mas que também seja politicamente relevante e transformadora.
03:30Que essa seja a década de ouro da instituição,
03:33uma década em que atuemos com ousadia, pensemos a longo prazo
03:38e permaneçamos fiéis ao espírito que deu origem a essa instituição.
03:42Juntos, com visão, coragem e determinação,
03:47continuaremos a construir um futuro melhor para os nossos países,
03:50os nossos povos e as gerações futuras.
03:53Muito obrigada.
03:54Bom, terminou então agora o pronunciamento da ex-presidente brasileira
04:03e atual presidente do novo Banco de Desenvolvimento, a Dilma Rousseff.
04:08E a próxima pessoa a falar nesse encontro anual do banco é o presidente Lula.
04:14A gente sabe que o banco que foi criado pelo BRICS,
04:17que é o novo Banco de Desenvolvimento,
04:19ele tem aportes muito grandes, principalmente da China.
04:24E esse dinheiro tem sido usado para melhorar a infraestrutura
04:27dos países que fazem parte do BRICS.
04:30O Brasil tem muitos projetos aí que já são financiados pelo NDB.
04:34Vamos ouvir então agora o que tem a dizer o presidente Lula
04:37nesse encontro anual do Banco do BRICS.
04:39Eu confesso a vocês que eu estou um pouco nervoso.
04:48Eu nunca falei diante de tanta gente de banco de uma só vez.
04:54Como o novo Banco de Desenvolvimento é uma coisa nova,
04:58possivelmente a gente possa dizer alguma coisa nova
05:06sobre o que acontece no mundo de hoje.
05:11Eu queria começar cumprimentando a minha querida companheira,
05:18ex-presidente do Brasil e atual presidente do novo Banco de Desenvolvimento,
05:24a nossa querida Cumprida Dilma Rousseff.
05:26Quero cumprimentar o companheiro Fernanda Dada,
05:31ministro da Fazenda e governador do novo Banco de Desenvolvimento pelo Brasil.
05:35Quero cumprimentar o Antônio Leonovi,
05:38ministro das Finanças e governador pela Federação Russa.
05:43Anir Mala Sitaraman,
05:45ministro das Finanças e governadora pela República da Índia.
05:49O Lan Fuang, ministro das Finanças e governador da República Popular da China.
05:54David Massondo, vice-ministro de Finanças e governador suplente pela República da África do Sul.
06:03Shariah Kader, secretário de Divisão das Relações Econômicas do Ministério de Finanças
06:08e governador suplente pela República Popular de Bangladesh.
06:11O Ali Sharaf, secretário assistente interino do Setor de Relações Financeiras Internacionais do Ministério das Finanças
06:18e governador suplente pelos Emirados Árabas.
06:22E o Ater Hanoura, diretor da Unidade Central de Parceria Público-Privada do Ministério das Finanças do Egito.
06:30Quero cumprimentar os ministros brasileiros aqui presentes.
06:35Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores.
06:38Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos.
06:41Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia.
06:44Esther Dueck, ministro da Gestão e Inovação.
06:48Márcio Macedo, da Secretaria-Geral da Presidência da República.
06:52Marco Antônio Amar, do Gabinete de Segurança Institucional.
06:55O nosso companheiro Nelson Barbosa, diretor de Planejamento e Relações Institucionais do Banco de Desenvolvimento do Brasil.
07:03Quero cumprimentar os demais companheiros presentes, convidados e convidadas aqui presentes.
07:14É com grande satisfação que participo da abertura da décima reunião do novo Banco de Desenvolvimento
07:22ao lado da minha querida companheira Dilma Rousseff.
07:27Quero saudar a recente entrada da Argélia como membro pleno do NB
07:32e o processo de adesão da Colômbia, do Bequistão e do Uruguai.
07:39Outros grandes países, como a Indonésia e a Turquia,
07:43vêm demonstrando interesse em se somar.
07:46Isso comprova o potencial do NB em atrair parceiros
07:51e como fórum de cooperação financeira multilateral inclusivo, eficaz e representativo.
08:01O NB nasceu aqui no Brasil na Cúpula de Fortaleza de 2014.
08:08A decisão de criá-lo foi um marco na atuação conjunta dos países emergentes.
08:15É fruto do desejo compartilhado de superar o profundo déficit de financiamento
08:21para o desenvolvimento sustentável.
08:25A falta de reformas efetivas nas instituições financeiras tradicionais
08:30limita, há décadas, o volume e os tipos de crédito oferecido pelos bancos multilaterais.
08:37A Conferência de Servilha, encerrada há poucos dias,
08:42deixou claro que os recursos para a implementação dos objetivos do desenvolvimento sustentável
08:49ainda não estão disponíveis na velocidade e na quantidade necessárias.
08:55Em vez de aprofundar disparidades, o novo Banco de Desenvolvimento
09:01assenta sua governança na igualdade de voz e voto.
09:07No lugar de oferecer programas que impõem condicionalidades,
09:12o NB financia projetos alinhados a prioridades nacionais.
09:17O fortalecimento do uso de moedas locais tornou-se sua característica marcante.
09:24Atualmente, 31% dos projetos do NB são realizados nas moedas dos países membros.
09:31A implementação do novo mecanismo de garantias multilaterais dos BRICS, resultado da presidência
09:38brasileira, terá impacto positivo na capacidade de mitigação de risco e mobilização de capital
09:45privado.
09:47Esse é um esforço essencial da institucionalidade financeira do Banco e expande sua área de atuação.
09:55Hoje, o NB contribui de forma crescente na promoção de uma tradição justa e soberana.
10:06Desde sua criação, mais de 120 projetos de investimento no valor de 40 bilhões de dólares
10:13foram aprovados para várias de energia limpa, eficiência, energética, transporte, proteção
10:19ambiental, abastecimento de água e saneamento.
10:22No Brasil, os recursos do novo banco já financiaram mais de 20 projetos em diferentes setores e
10:30regiões do país, totalizando mais de 3 bilhões e meio de dólares.
10:35Sua rápida ação, diante da catástrofe causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, confirma
10:43a sua agilidade frente às situações de crise.
10:47O compromisso do NB de direcionar 40% do seu financiamento para projetos em desenvolvimento
10:54sustentável está alinhado com a declaração sobre financiamento climático que adotaremos
11:01na cúpula dos BRICS.
11:03Essa é uma iniciativa que serve de estímulo e mobilização de recursos na reta final que
11:13nos levará à COP30 em Belém, no coração da Amazônia.
11:18Diante da acelerada transição digital em curso, o NB vem destinando investimentos para
11:24a integração de novas tecnologias em setores como saúde, educação, transporte e infraestrutura.
11:31O Brasil espera que o Banco financie estudo de viabilidade para um cabo submarino ligado,
11:39ligando os países dos BRICS, que contribuirá para a nossa soberania e aumento da velocidade
11:46na troca de dados.
11:48O NB foi parceiro de primeira hora da Aliança contra a Fome e a Pobreza lançada pelo G20 no
11:54ano passado e da Rede de Pesquisa de Tuberculose dos BRICS.
11:58Em um cenário global cada vez mais instável, marcado pelo ressurgimento do protecionismo e
12:09do unilateralismo e impactado pela crise climática, o papel do NB na redução de nossas vulnerabilidades
12:18será crescente.
12:19nosso banco é mais do que um grande banco para país emergente.
12:25Ele é a comprovação de que uma arquitetura financeira reformada é viável e que um novo
12:34modelo de desenvolvimento mais justo é possível.
12:38Eu queria, meus amigos e minhas amigas, dizer que existe uma tarefa que possivelmente todos
12:48vocês tenham consciência de que é importante cumpri-la, que é a de criar novos mecanismos
12:56de financiamento, sobretudo para novas situações, como a questão da transição climática.
13:03Todo mundo sabe que desde 2009, na COP15 em Copenhague, foi decidido que os países ricos iriam compensar
13:16a ajuda aos países pobres, doando 100 bilhões de dólares por ano para enfrentar a situação
13:24climática.
13:24Já estamos em 2025 e esse dinheiro até agora não apareceu.
13:31Aquilo que era 100 bilhões de dólares por ano, este ano já é necessário 1 trilhão e 600 bilhões de dólares
13:42para que a gente possa cumprir com os compromissos climáticos de não permitir que o planeta se aqueça
13:49a mais de um grau e meio.
13:51Esse é um desafio de todo mundo e não há como fugir dele, porque não existe outro planeta
13:59habitável até agora.
14:01Tem gente tentando, tem gente gastando dinheiro, fazendo investimento para ver se tem outro planeta.
14:07Até agora não tem.
14:08Então, nós somos obrigados a começar a pensar um modelo de desenvolvimento que primeiro seja
14:16um modelo capaz de a gente ter garantido a diminuição de efeito, de emissão de efeito de gás e estufa.
14:23Segundo, é preciso cuidar dos países que ainda têm floresta em pé.
14:28Não é possível que a gente queira que o Congo, que a Indonévia, que os oito países da América do Sul
14:33que têm Amazônia, cuide das suas florestas, sem lembrar que embaixo de cada copa de árvores
14:39tem um pescador, tem um seringueiro, tem um extrativista, tem um indígena, que precisam de ajuda financeira
14:47até para que a gente possa mantê-los como guardiã de proteção da floresta.
14:53Uma outra coisa que está desafiada, companheira Dilma, e aí o NB tem o papel preponderante,
15:01é na criação de novos formatos de financiamento.
15:05Ou seja, é preciso que a gente reeduque as instituições de Brad Wood
15:10de que não é possível continuar no século XXI com a mudança que aconteceu na geopolítica,
15:17com a mudança que aconteceu na questão do clima, tratando a questão de financiamento
15:22do mesmo jeito.
15:24Ou seja, não é possível que o continente africano deva 900 bilhões de dólares e o
15:31pagamento de juros, muitas vezes, é muito maior do que qualquer dinheiro que eles tenham
15:37para fazer investimento.
15:38Ou nós discutiremos uma nova forma de financiamento para ajudar os países em via de desenvolvimento.
15:46e, sobretudo, os países mais pobres da África, da África e da América Latina,
15:51ou esses países vão continuar pobres por mais um século, ou mais do que um século.
15:56Não é possível que um país como o Haiti continue sendo um país semidestruído
16:05em que você não pode nem eleger um presidente da República porque as gangues tomaram conta do
16:13país.
16:14E eu descobri, Dilma, esses dias, falei com o presidente Macron, é que o Haiti pagou
16:21pela sua independência.
16:23E se levar o que o Haiti pagou pela independência no dinheiro de hoje, eu falei para o Macron
16:29que era preciso devolver 28 bilhões de dólares para o Haiti, porque não é possível que
16:36a gente não consiga, sabe, num mundo que tem trilhões e trilhões de dólares sobrevoando
16:43os oceanos, num mundo em que três ou quatro pessoas ganham mais do que o PIB de muito país
16:51desenvolvido, a gente não consiga resolver o problema de financiamento.
16:56não é doação de dinheiro, não é doação de dinheiro, é empréstimo para que as pessoas
17:03possam ter uma chance de sair da miséria que estão e dar um salto de qualidade.
17:10Não é possível a gente viver num mundo em que o ano passado se gastou 2 trilhões e
17:15700 bilhões de armas e ainda tenha 733 milhões de pessoas passando fome.
17:22Eu sei que esse assunto não era para discutir aqui, mas se eu não discutir com as pessoas
17:27do dinheiro do mundo, eu vou discutir com quem?
17:30Eu vou discutir com quem não tem dinheiro?
17:32Então, está dado o recado.
17:34Eu acho que vocês podem, podem e devem mostrar ao mundo que é possível criar um novo modelo
17:44de financiamento. Sem condicionalidades. O modelo da austeridade não é certo em nenhum país
17:54do mundo. A chamada austeridade exigida pelas instituições financeiras levaram os países
18:02a ficarem mais pobres. Porque toda vez que se falha a austeridade, o pobre fica mais pobre
18:09e o rico fica mais rico. É isso que acontece no mundo de hoje. E é isso que nós temos
18:14que mudar. Lamentavelmente, eu quero terminar dizendo para vocês, eu tenho o prazer de possivelmente
18:27ser a pessoa mais idosa aqui nesse plenário. Eu vou completar 80 anos no dia 27 de outubro.
18:36E tenho o prazer de ter sido presidente em outro momento da história do Brasil.
18:41E eu queria dizer para vocês, o problema nosso não é nem econômico, o problema nosso é político.
18:49Porque há muito tempo eu não via o mundo carente de lideranças políticas como nós temos hoje.
19:00Há muito tempo eu não via a nossa ONU tão insignificante como ela se apresenta hoje.
19:11Uma ONU que foi capaz de criar o Estado de Israel não é capaz de criar o Estado palestino.
19:19Há mais, não é capaz de fazer um acordo de paz para que o genocídio do exército israelense
19:27continue matando mulheres e crianças inocentes em casa.
19:31Ou seja, essas lideranças políticas é que tem que tomar a decisão sobre as questões econômicas.
19:39E é por isso que a discussão de vocês sobre a necessidade, sabe, de uma nova moeda de comércio
19:45é extremamente importante.
19:47É complicado, eu sei.
19:50Tem problemas políticos, eu sei.
19:52Mas se a gente não encontrar uma nova fórmula, a gente vai terminar o século XXI
19:57igual a gente começou o século XX.
20:01E isso não será benéfico para a humanidade.
20:05Portanto, companheira Dilma Rousseff, pesa sobre os seus ombros a tarefa de, como presidenta do NB,
20:15tentar contribuir com os outros bancos, Banco Africano, Banco da ASEAN, Banco ASEAN,
20:20ou seja, criar uma nova forma para a gente apontar ao mundo de que um outro mundo é possível.
20:27Uma outra realidade de vida é possível.
20:31Uma outra política de financiamento é possível.
20:35Porque, senão, a gente vai fazer com que a democracia seja destruída, desacreditada.
20:42O multilateralismo chega ao seu pior momento, desde que ele foi criado, depois da Segunda Guerra Mundial.
20:50E o que nós percebemos é que, fora do multilateralismo e fora da democracia, a gente não tem saída.
20:56Portanto, boa sorte a vocês.
20:59Que Deus ilumine a cabeça de cada um de vocês.
21:02Eu sei que daqui não vai sair o dinheiro, mas que saiam as decisões importantes
21:06para que a gente tenha um novo jeito de financiamento do desenvolvimento sustentável.
21:12Um abraço e bom encontro para vocês.
21:15Bom, a gente ouviu, então, o presidente Lula aí falando nesse evento do novo Banco de Desenvolvimento,
21:20que é o nome oficial do Banco do BRICS.
21:22Só ressaltar aqui alguns pontos que ele destacou.
21:24Ele disse que o Banco financia projetos que são ligados a prioridades nacionais.
21:32Citou também que o Banco deve financiar um cabo submarino que vai ligar os países do BRICS
21:38e melhorar a qualidade da internet.
21:40A gente sabe que esses cabos, muitas vezes, vêm dos Estados Unidos ou da Europa.
21:44Então, aparentemente, vai haver também uma ligação direta de internet entre Brasil e China, por exemplo, Brasil e Rússia.
21:50A gente não tem detalhes ainda sobre quais seriam as ligações feitas por esse cabo submarino,
21:56mas ele vai ser financiado pelo NDB.
22:00Lula também falou que o modelo de financiamento para os países mais pobres deve mudar.
22:06Os empréstimos devem ter juros mais baixos.
22:09Citou o exemplo de vários países que pagam uma fortuna de dívida, países da África, o Haiti,
22:14e que isso não pode continuar.
22:17Falou assim que o banco também deve promover um novo modelo de desenvolvimento.
22:22Deu um recado que pode ser lido pelos mercados aqui no Brasil, como um recado até para a política nacional aqui,
22:28que toda vez que se fala em austeridade, o rico fica mais rico e o pobre fica mais pobre.
22:34E disse que o problema do mundo não é econômico, mas é um problema político.
22:38Ele citou a ONU para dizer que a ONU está muito fraca.
22:41A mesma ONU que foi capaz de criar o Estado de Israel, segundo o presidente Lula,
22:45não é capaz de criar o Estado palestino.
22:48E voltou a chamar de genocídio o que, nas palavras dele, o exército israelense está promovendo na faixa de Gaza.
22:55Esses são os destaques, então.
22:57Daqui a pouco o ministro Fernando Haddad também deve falar.
23:00E a gente traz para você aqui o que foi mais importante, o que pode mudar as suas decisões aqui no dia de hoje.
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