O Brasil movimentou 1,32 bilhão de toneladas em 2024, um novo recorde. Destaque para o Porto do Açú, que atraiu R$ 20 bilhões em investimentos e mira mais R$ 22 bilhões até 2034. O CEO Eugenio Figueiredo revela planos para energia verde, agronegócio e expansão logística.
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00:00Agora a gente fala dos portos brasileiros que bateram recorde em 2024 com 1,32 bilhão de toneladas movimentadas.
00:09Um aumento de 1,18% em relação a 2023.
00:13Entre os destaques do setor está o Porto do Açú, no Rio de Janeiro, maior complexo porto indústria privado da América Latina.
00:21Com 20 bilhões de reais já investidos e mais 22 bilhões previstos para os próximos 10 anos,
00:27o porto é hoje um dos pilares da infraestrutura logística nacional.
00:31E para falar sobre esse projeto estratégico, eu recebo aqui no estúdio o CEO do Porto do Açú, Eugênio Figueiredo.
00:37Tudo bem, Eugênio? Boa tarde.
00:39Tudo bem, boa tarde, Tuasso. Obrigado.
00:41A gente que agradece pela sua presença aqui.
00:43Eugênio, o que é que explica esse recorde de 2024 em movimentação?
00:48Então, o Porto do Açú fez 10 anos no final de 2024, ou seja, é um porto muito jovem ainda,
00:53mas fechou o ano com 80 milhões de toneladas praticamente, que é um recorde de movimentação para um porto tão jovem.
01:00Esses 80 milhões de toneladas, só para colocar aqui em perspectiva,
01:04isso é mais ou menos metade do que o Porto de Santos movimenta.
01:07Mas a gente já tem número de acessos ao porto, número de navios, portanto, entrando no porto,
01:12número maior do que o próprio Porto de Santos, porque tem uma atividade muito grande de navios offshore, por exemplo,
01:17de transbordo de petróleo.
01:19Então, tem uma movimentação em número de acessos bastante grande, apesar de ser um porto ainda muito jovem, como eu falei.
01:25E a gente falou aí que já foi feito um investimento, tem mais um investimento para os próximos anos.
01:30E para o que vem pela frente, quais são as prioridades?
01:33Prioridades é trazer lá um corredor logístico para conseguir escoar a produção.
01:39A gente está falando muito de agro nesse momento, impactos que pode ter nessa discussão tarifária no agro.
01:45Então, o Porto do Açú está se preparando para fazer efetivamente uma adição de capacidade para escoar essa produção,
01:52que ano após ano vem crescendo com a fortaleza e a robustez desse setor no Brasil.
01:56O Açú abriga a maior base de apoio a plataformas de óleo e gás do país.
02:01Como é que isso se conecta com o futuro do setor?
02:04Perfeito. Tem uma base com 16 posições lá no Porto do Açú, é a maior base de apoio offshore do mundo.
02:10O Porto do Açú está em uma localização estratégica muito diferenciada para atender toda essa produção offshore.
02:16Isso traz muita eficiência para toda essa produção que é feita ali, bacia de Campos, norte da bacia de Santos e sul da bacia, por exemplo, do Espírito Santo também.
02:27E qual o papel do Açú na transição energética, Eugênio?
02:30Então, a primeira onda de ocupação do Porto do Açú foi muito calcada no óleo e gás.
02:35A gente começa a ver agora uma segunda onda de ocupação exatamente com esse foco de transição energética.
02:41Então, a gente consegue ver já a empresa se instalando lá no Porto, os primeiros contratos sendo assinados,
02:46para, por exemplo, ter produção de hidrogênio verde e, a partir desse hidrogênio, fazer produção de combustíveis verdes.
02:52Eu estou falando do emetanol, estou falando de SAF, por exemplo, que é o combustível de aviação,
02:56e outros produtos que podem ser feitos a partir do hidrogênio, como a amônia verde,
03:01e aí sim, fazendo a substituição de combustíveis fósseis.
03:04Mas são coisas que vão coexistir por muito tempo ainda.
03:07Então, a gente tem essas duas grandes vertentes de ocupação no Porto,
03:10tanto do óleo e gás quanto de projetos de descarbonização.
03:14E o Açú já gera mais de 7 mil empregos, né?
03:17Com uma forte presença ali dos trabalhadores locais.
03:20Na sua leitura, como é que a operação tem ajudado a transformar o norte fluminense?
03:24Exato. A gente trouxe para o norte fluminense, em que se recebiam muitos royalties,
03:30mas não tinha ali uma operação perene para que essa população fosse ocupada ainda.
03:36Hoje, como você mencionou, 7 mil trabalhadores só nas operações,
03:39independente de qualquer tipo de construção que é feita ali.
03:42A gente tem construção acontecendo há muito tempo e vai perdurar por muito tempo ainda.
03:46Mas que a tendência é que, conforme essas instalações forem iniciando as suas operações,
03:51esse montante vai crescendo e hoje a gente tem em torno de 40% de mão de obra local
03:56quando a gente olha para a contratação geral dessa mão de obra que trabalha todo dia lá no Porto.
04:01E o Porto é uma alternativa logística para o Sudeste e para o agronegócio, né?
04:06Quais são os próximos passos para consolidar essa posição?
04:09Então, a gente vem fazendo um estreitamento de relacionamento com as áreas de produção,
04:13principalmente Minas Gerais e Goiás.
04:15Goiás, a gente está ficando bastante próximo para mostrar que o Porto do Açú
04:18é efetivamente uma opção muito eficiente para trazer essa produção de soja, de milho,
04:24de outros do Centro-Oeste para escoar pelo Porto e criar esse novo corredor de exportação
04:29que o Brasil precisa ter mais a capacidade adicionada nesse tipo de movimentação.
04:34Eu não posso deixar de aproveitar a sua presença aqui para perguntar do Tarifácio,
04:38já que estamos falando de comércio internacional.
04:41Como é que você vê a possibilidade de impacto para o comércio brasileiro lá fora
04:47com essa tarifa de 50% que Trump anunciou ontem?
04:50Perfeito. Desde os primeiros anúncios, a gente já começou a sentir,
04:53quando começou a guerra contra a China,
04:56isso teve um impulso positivo naquele momento, por exemplo, para a soja brasileira,
04:59que os Estados Unidos é um grande competidor.
05:01Agora, com a discussão direta com produtos que vão para os Estados Unidos,
05:05alguns estão isentos.
05:06Então, a gente tem, por exemplo, uma grande presença da movimentação de petróleo no Porto do Açú,
05:11hoje 40% da exportação do petróleo nacional já passa pelo Porto do Açú,
05:16mas a tendência é que isso continue e não tenha um impacto direto
05:20em termos de redução de volume, por exemplo.
05:23Você calcula que mesmo com 50% não vai se ver essa redução de volume?
05:27Ou a gente vai ter uma isenção, como é o caso que está sendo discutido,
05:31de alguns produtos ficarem de fora desse percentual de 50%,
05:34mas que nesse caso a gente não teria a tendência de ver esses volumes sendo reduzidos.
05:40Eugênio Figueiredo, CEO do Porto do Açú, obrigado, Eugênio, pela sua presença aqui
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