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A exposição “Frans Krajcberg: Reencontrar a Árvore”, no Masp, em São Paulo, homenageia a trajetória do artista polonês naturalizado brasileiro, pioneiro na junção de arte e meio ambiente, para denunciar a devastação no país. 
Transcrição
00:00Música
00:00Franz Krasberg foi um artista pioneiro na integração entre arte e ecologia.
00:23Para além do seu trabalho como artista, ele também desenvolveu forte atuação como ativista ambiental,
00:30especialmente após o seu contato com regiões devastadas por queimadas no território brasileiro.
00:35A exposição no MASP apresenta mais de 50 obras do artista,
00:38cobrindo desde a sua produção da metade dos anos 50 até as suas últimas obras dos anos 2010.
00:47O subtítulo da exposição, Reencontrar a Árvore, é retirado de uma fala do artista
00:51durante uma conversa com o crítico de arte Pierre Restany e o pintor Sepp Bandereck
00:56quando eles estavam numa viagem pela Amazônia, subindo o Rio Negro.
01:01Essa experiência foi muito marcante, tanto para o Krasberg como para os seus companheiros de viagem,
01:06uma experiência que eles descreveram como o choque amazônico.
01:10O Krasberg dizia que se o Mondrian partiu da árvore para encontrar o quadrado,
01:15ele apenas aproveitou uma das possibilidades da árvore.
01:17E agora a arte precisa sair do quadrado para reencontrar a árvore.
01:24E ao longo da sua extensa produção, inicialmente em pinturas figurativas
01:29em que os motivos vegetais eram protagonistas,
01:32o Krasberg explorou cada vez mais, para além da pintura,
01:36para além da figuração, os diferentes materiais
01:39e usando mesmo troncos de árvores e madeira residual
01:44como matéria-prima e como corpo para a sua obra.
01:53Também se destacam na exposição as esculturas que ficaram conhecidas como bailarinas e gordinhos.
01:59Para produzir essas obras, o Krasberg recolhia troncos inteiros
02:03dessas regiões de queimadas para onde ele viajava
02:06e levava para o seu ateliê na Bahia, onde ele fazia essas esculturas monumentais.
02:11Aqui, cada vez mais, o Krasberg já não está mais usando a escultura apenas como matéria-prima.
02:17De certa forma, a escultura também é árvore.
02:24Após essa viagem para a Amazônia, a partir de 1984,
02:28o Krasberg fez uma série de viagens ao norte do Mato Grosso
02:32e se deparou por regiões devastadas pelo fogo.
02:35Testemunhar essa destruição ambiental foi uma experiência marcante para a obra do Krasberg
02:39e ele passou a utilizar as suas obras como uma ferramenta
02:43para sensibilizar o público para essa destruição que estava acontecendo.
02:48Nessas viagens ao Mato Grosso, o Krasberg também passou a coletar
02:51troncos de árvores queimadas e madeira residual
02:54que ele levava para o seu ateliê em Nova Viçosa
02:57e usava para produzir as suas esculturas
03:00com obras monumentais que nos impactam diretamente.
03:04Ainda nos anos 60, ele fala muito sobre a ideia de natureza
03:08e de criar com a natureza,
03:11como se a própria natureza fosse participadora,
03:14coautora da sua obra.
03:17E à medida que ele vai tendo contato direto com a destruição ambiental,
03:21ele articula cada vez mais o uso da sua arte
03:24como revolta, como protesto, em defesa da causa ambiental.
03:28Em Nova Viçosa, no litoral sul da Bahia,
03:35ele produziu algumas das suas obras mais conhecidas,
03:37como a Flor do Mangue, uma obra de destaque aqui na exposição do MASF.
03:41O Krasberg ficou muito interessado pela paisagem local,
03:45pela vegetação dos manguezais e pelas raízes aéreas que elas projetavam.
03:50A Flor do Mangue traz essas raízes aéreas como pernas
03:55numa escala monumental.
03:56Uma escultura que tem uma forma bastante orgânica,
03:59que fica entre o vegetal e o animal.
04:02Uma escultura que tem uma forma bastante orgânica,
04:07que fica entre as raízes e pelas raízes e pelas raízes e pelas raízes e pelas raízes e pelas raízes e pelas raízes e pelas raízes.
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04:19Música

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