Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • 04/07/2025
O Congresso Nacional segue aprovando projetos que aumentam os gastos públicos, mesmo após criticar as despesas do governo federal. A bancada do 3 em 1 debate a postura do Legislativo e o impacto para o orçamento e a economia brasileira.

Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/

Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews

Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp:
https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S

Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/

Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews

Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews

Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/

TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews

Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews

#JovemPan

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Vamos seguir porque ainda falando do Congresso Nacional, Diogo Mota, da presidência da Câmara dos Deputados,
00:06em uma semana marcada por cobranças do Congresso para que o governo corte gastos,
00:11deputados e senadores agiram na direção contrária ao seu próprio discurso.
00:16Quem vai nos explicar é justamente o André Anelli, que continua conosco aqui no 3 em 1,
00:19vai trazer exatamente quais projetos são esses que elevam as despesas e renúncias fiscais da União.
00:26Hein, Anelli? Conta pra gente. Bem-vindo novamente.
00:30Obrigado, Kobayashi. São vários exemplos. O primeiro deles vem do Senado.
00:35Os senadores acabaram aprovando um projeto de lei que equipara a deficiência à fibromialgia.
00:42A fibromialgia agora, por essa medida, passa a ser equiparada como uma deficiência
00:48e com isso, aqueles que têm essa doença, que gera uma infecção generalizada, dor generalizada e que ainda não tem cura,
00:57essa doença agora passa a ser tratada como deficiência e os doentes com esse diagnóstico, então, de fibromialgia,
01:06eles acabam tendo os mesmos direitos de quem tem deficiência, a exemplo do BPC,
01:11que é o benefício de prestação continuada, geralmente de um salário mínimo.
01:15E, além do mais, acabam tendo também os mesmos benefícios fiscais das pessoas com deficiência.
01:23Um dos exemplos é justamente a isenção do IPI, o imposto sobre produtos industrializados em carros,
01:32na compra de automóveis zero quilômetro.
01:34Por isso, até, que os carros comprados, então, por pessoas com deficiência são muito mais baratos
01:40do que os carros comprados pelos demais públicos, benefício que será transferido também a pessoas com fibromialgia.
01:48Esse projeto de lei já vai à sanção presidencial, porque já havia sido aprovado também na Câmara dos Deputados.
01:54E aí, outras medidas que vão tramitando também no Congresso Nacional,
01:58na Comissão de Finanças e Tributação, a CFT, existe um debate a respeito de um piso salarial
02:06para aqueles funcionários da limpeza pública, os chamados garis, para que eles recebam R$ 3.036,00.
02:15Esse seria o piso equivalente a cerca de dois salários mínimos e que iria impactar diretamente nas contas públicas.
02:22E uma outra questão, essa outra tramitando na Comissão de Assuntos Econômicos,
02:26na CAE, é um piso salarial mínimo de R$ 13.600,00, para médicos e também cirurgiões dentistas.
02:35E mais, essa medida que tramita na Comissão de Assuntos Econômicos,
02:40ainda prevê que o governo federal faça um pagamento de equiparação a estados e municípios
02:45para garantir que esses profissionais vão receber esse piso mínimo de R$ 13.600,00,
02:51em qualquer localidade do Brasil, caso as prefeituras ou os governos dos estados não tenham condições de pagar.
02:59Aí, então, o governo federal iria, de certa forma, interar esse restante para garantir o cumprimento do piso mínimo.
03:07E, além desses exemplos, né, Kobayashi, a gente destaca aquele que é muito controverso
03:11e que ganhou muita popularidade ao longo dos últimos dias, justamente o fato do aumento do número de deputados federais
03:19de 513 para 531, aumento de 18 deputados federais, que, de acordo com a própria mesa diretora da Câmara dos Deputados,
03:28vai custar quase R$ 65 milhões aos cofres públicos.
03:32Então, são diversas medidas de aumento de gastos no mesmo momento em que o próprio Congresso Nacional
03:40faz pressão para que o governo federal diminua os gastos, mas, em contrapartida, não apresenta soluções
03:47ou aprova medidas que vão, na verdade, aumentar os gastos para o poder público.
03:53Kobayashi.
03:54Muito obrigado, André Anelli, diretamente de Brasília.
03:57Deixa eu chamar o Zé Maria Trindade.
03:58Zé, o André trouxe aqui vários projetos que estão andando, passando por comissões, sendo aprovados
04:04e a maioria desses projetos ligados a algumas corporações interessantes, né?
04:09Isso aí é trabalho, fruto do trabalho do lobby também, que corre aí em Brasília, hein, Zé Maria?
04:14Como é que você vê?
04:16Sim, o lobby está muito forte em cima do Congresso Nacional.
04:20Houve uma mudança, né?
04:21Os lobbies, antigamente, eram no Executivo.
04:25Cada ministério, o grupo de lobista e tal.
04:28Com o empoderamento do Congresso Nacional, as empresas, elas têm especialistas e analisam muito bem.
04:36Foram levadas para o Congresso.
04:38E lá as frentes parlamentares funcionam como esse lobby.
04:41E é um lobby positivo até, né?
04:43Porque leva aos deputados e senadores conhecimento sobre cada ação, sobre cada momento.
04:49Mas é claro que os setores estão defendendo o seu lado, né?
04:54Cada um tem a sua defesa.
04:56E é isso que está aumentando.
04:57Esse debate aí, que o Anneli trouxe muito bem, nos leva a uma compreensão do quadro político brasileiro como contraditório.
05:08É o Congresso Nacional evitando o aumento de impostos, porque os lobbies, e volto a dizer lobbies positivos, impedem.
05:15Cinco frentes parlamentares fecharam contra a possibilidade de aumento de arrecadação.
05:19Então, não há possibilidade de aumento.
05:22Será derrotado.
05:23Eu venho falando.
05:23Eu falei isso aqui no mês passado.
05:25Que o IOF ia ser derrotado e tal, porque essas frentes fecharam.
05:29Cinco frentes.
05:30Então, assim, não tem arrecadação.
05:32Mas, ao mesmo tempo, os lobbies corporativos conseguem empurrar projetos para aumentar gastos,
05:38para criar uma nova fila de gastos, uns gastos até orgânicos,
05:43que vão continuar independente do governo, né?
05:46E aí leva a esse raciocínio geral.
05:49Mas e aí?
05:51Que regime nós estamos vivendo?
05:53Esquisito é esse.
05:54Que o Congresso gasta 59 bilhões de reais em emendas parlamentares, só em emendas parlamentares.
06:02O governo não tem isso para gastar discricionariamente, né?
06:05Porque os gastos são engessados.
06:07Então, o presidente Lula, como presidente, não pode usar 59 bilhões para distribuir por aí.
06:13O Congresso pode.
06:14Mas o Congresso, que faz o orçamento e executa o orçamento em 59 bilhões,
06:21não tem responsabilidade absolutamente nenhuma.
06:24Não é responsabilidade legal dos contratos e também não tem responsabilidade de equalizar.
06:30Então, a ideia, já que é assim, é atualizar e adequar o governo brasileiro.
06:36Estão dizendo por aqui que existe o parlamentarismo, existe o presidencialismo, existe o semipresidencialismo,
06:46existe o brasileirismo, porque ninguém sabe o que está acontecendo aqui.
06:51Então, é a hora de sentar e colocar logo uma possibilidade do semipresidencialismo, né?
07:00Que é a tendência.
07:02E aí o Congresso ganharia responsabilidades.
07:05É preciso dar responsabilidades quando se adquire poder.
07:10Fala aí, Gani.
07:11Olha só, o Zé toca aí em alguns pontos bastante importantes.
07:15E, Koba, o grande problema é que o Brasil virou moda falar em corte de gás como solução.
07:20E eu concordo com esse discurso.
07:22O problema é que todo mundo adora falar em corte de gás, só que para os outros.
07:26Então, o Congresso não quer fazer a sua parte.
07:29Então, exige corte de gás e eu vou concordar muito com as críticas que o Piperno traz aqui.
07:34Mas também é o primeiro a aumentar lá o número de deputados, número de senadores, pedir mais emendas, pedir mais privilégios.
07:42Poder Judiciário também fala em corte de gastos, mas consome 1,6% do PIB.
07:49Poder Executivo fala em corte de gás, mas não quer reduzir o próprio gasto da máquina pública.
07:56Pelo contrário, aumenta cargos comissionados.
08:00Os empresários também falam em corte de gás, falam que o Estado brasileiro é muito grande, mas também pedem subsídios.
08:06Ou seja, a gente tem um problema que é crônico e estrutural.
08:09E é claro que corte de gastos é algo impopular.
08:14Exige sacrifício.
08:15Vou pegar um exemplo aqui para tangibilizar.
08:17Na sua casa, quando você fala o seguinte, vamos cortar gastos.
08:20Significa cortar despesa com restaurante, significa cortar a viagem.
08:25Ninguém gosta de corte de gastos.
08:27Legal é gastar.
08:28Mas é necessário, e só tem um jeito do Brasil sair dessa.
08:34Quer dizer, é ter um pacto na sociedade brasileira, onde todo mundo, toda a sociedade, vai acabar pagando pelo corte de gastos.
08:42Uma espécie de plano real fiscal.
08:46Caso contrário, a gente não vai sair disso, a dívida pública vai continuar subindo e uma hora a gente vai pagar essa conta.
08:52Só que quando essa conta chegar, ela vai chegar muito mais cara e vai onerar todo mundo.
08:57Fala, Segre.
08:58Eu tenho a sensação de que o Congresso está querendo fritar o governo.
09:02Porque todos esses aumentos, muito provavelmente o governo vai ir de novo ao STF dizendo, não tem a complementação de onde vai vir o dinheiro.
09:11E aí o STF vai parar rapidamente isso, como já aconteceu com a remuneração da folha de pagamento.
09:18Mas vejam só, se o Congresso fizer isso e decretar uma lei, o Poder Executivo certamente vai vetar a lei.
09:26Quando vetar a lei, o Congresso terá, a partir da oposição, claro, e alguns partidos do centro, uma chance de contar para a sociedade.
09:35Está vendo?
09:36Está vendo? Eu, meu partido, queria aumentar o seu salário e o governo não quis.
09:41O presidente vetou.
09:43Mas também tem a outra coisa.
09:45Pensa que desses sete ou oito partidos que entraram agora com o STF para brecar a alternativa do governo de parar a PDL,
09:54o projeto legislativo, o decreto legislativo, três desses sete ou oito são da base aliada.
10:03Ou seja, tem partidos da base aliada que estão indo contra o governo.
10:07E agora vem a outra.
10:09O governo está criticando com lógica que o Congresso está aumentando as despesas.
10:14Mas olha o que aconteceu com essa situação dos pescadores.
10:18Tem cidade em que toda a população ativa, acima de 18 anos, é pescador.
10:23Então tem um monte de fraudes que poderiam ser evitadas, que são responsabilidade do Poder Executivo,
10:29nesse caso, através do INSS, que continua gastando.
10:33Então, agora virou, todo mundo gasta, pega um pouquinho daqui e gasta.
10:37Isso vai ser uma bomba que vai explodir em algum momento fiscalmente para esse governo ou para o próximo.
10:43Dá na mesma.
10:44Quem vai pagar a conta somos todos nós.
10:46Para fechar, o Fábio Piper.
10:47Eu vou concordar com o meu amigo liberal, Alan Gani, em relação ao comentário que ele fez.
10:54É óbvio, está mais do que escancarado, que todo mundo gasta.
10:59Agora, a questão é que há um discurso cínico.
11:03O discurso cínico leva alguns setores a apontar o dedo para o outro.
11:08Tem uma hipocrisia no Congresso aí?
11:10Há muita hipocrisia, porque é o seguinte, se você juntar PT, PSOL, enfim, o PCdoB, os aliados,
11:17isso não dá 25% do total, por exemplo, lá da Câmara.
11:21São partidos, PT tem 65 deputados, o PSOL tem lá uns pingadinhos, o PSOL mais rede, 14.
11:28Aí o PCdoB um pouquinho, então, mal chega a uns 110 e tal.
11:32Não dá.
11:33Então, é evidente que sozinhos eles não vão aprovar nada.
11:37Eles vão precisar, qualquer coisa que eles queiram aprovar, precisam de apoio, por exemplo, lá do Centrão.
11:43Muito bem.
11:44Agora, quando o mesmo Centrão mais a direita e aponta o dedo e fala, o governo é gastador,
11:52estão mentindo.
11:53O correto seria dizer, nós somos gastadores, talvez.
11:56Até porque, tudo isso aí que o Anneli falou, e mais um monte de coisas que a gente aponta todo dia,
12:03são gastos que, muitas vezes, nascem do desejo e da iniciativa de, por exemplo, parlamentares que fazem parte dessas frentes amplas.
12:14Às vezes, de mais de 300 parlamentares que ficam em todos os microfones apontando para o fato de que o governo tem que cortar gastos.
12:22Mas corta os gastos deles.
12:24Os nossos podem aumentar à vontade.
12:25Fala, Gani.
12:27Não, não, só complementando o que o Piper falou, o Paulo Guedes, uma vez num podcast, ele falou o seguinte,
12:32ó, chegou lá, é de esquerda, é de direita, todo mundo adora uma boquinha.
12:38Ninguém quer ouvir falar em corte de gastos.
12:39E no pânico essa semana, teve o deputado estadual, o Siqueirinha, né, o Leonardo Siqueira.
12:44O Léo Siqueira.
12:45Léo Siqueira, o Siqueirinha.
12:46E ele falou o seguinte, muita gente vai lá na tribuna e fala, olha, não, tem que cortar gastos.
12:50Na hora do vamos ver, da votação, ele falou, eu mais uns dois ou três que optamos pelo corte de gastos.
12:58Na hora do vamos ver, ninguém quer cortar.
13:00Ótimo exemplo.
13:01O Siqueirinha conhece bem o tema.
13:03O que aconteceu em relação aos cargos, os novos cargos aprovados para o TJ aqui em São Paulo?
13:091.300 cargos aprovados pelos deputados estaduais de São Paulo numa votação que durou 53 segundos.
13:17Coisa de Guinness Book.
13:18Só que aí, eles vão pegar os microfones aqui da Jovem Poça, temos que cortar gastos.
13:24Bando de mentirosos.
13:25Teve até um movimento de liberais aí que votou pelo aumento da taxa judiciária, praticamente dobrando em alguns casos e criando outras em outras também, viu?
13:35Nós vamos seguir agora intervalo comercial.
13:38Daqui a pouco a gente volta com muito mais informações.
13:40Direto de Brasília, informações quentes e muitos debates aqui no 3 em 1.
13:43A gente já volta.

Recomendado