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O governo federal se prepara para anunciar, na próxima semana, o Plano Safra 2025/2026, com expectativa de que o volume total de crédito supere R$ 600 bilhões.

O montante bilionário visa impulsionar o agronegócio, setor vital para a economia brasileira. O comentarista Diego Tavares analisou a medida, destacando a importância do acesso ao crédito para a produtividade e competitividade do produtor rural.

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Transcrição
00:00O Governo Federal deve anunciar o Plano Safra 2025-2026 na semana que vem.
00:06Reportagem de Marília Ribeiro.
00:08Com a proximidade da temporada agrícola, o Governo Federal se prepara para anunciar o Plano Safra 2025 e 2026.
00:18A ideia é que para a agricultura empresarial a divulgação aconteça na próxima segunda-feira.
00:24Já para a agricultura familiar, no dia 1º de julho.
00:27A medida ainda passa por ajustes, tanto que o presidente Lula convocou uma reunião para discutir o tema.
00:35Participaram do encontro os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira,
00:43da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro e da Casa Civil, Rui Costa.
00:49Além deles, também estiveram no Palácio do Planalto o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigam,
00:55e o subsecretário de Política Agrícola e Negócios Agroambientais, o Gilson Alceu Bittencourt.
01:03A expectativa do setor é que o volume total de crédito possa ultrapassar o valor de 600 bilhões de reais
01:09com recursos vindos de diferentes fontes, como, por exemplo, depósitos à vista, poupança rural
01:15e também com letras de crédito do agronegócio.
01:18O executivo pretende disponibilizar os valores e, assim, manter os juros no nível de um dígito
01:25para as principais linhas do programa, como já explicou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
01:30No começo deste mês, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
01:35esteve reunida com representantes do Ministério da Agricultura para apresentar as propostas do setor.
01:42Eles pediram ao governo a liberação de 594 bilhões de reais em recursos financeiros.
01:51Deste valor, 390 bilhões para o custeio e comercialização,
01:57101 bi para investimentos e 103 bilhões de reais para a agricultura familiar e empreendedores familiares.
02:06De Brasília, Marília Ribeiro.
02:09Diego Tavares continua com a gente neste final de semana, agora meio-dia e 20.
02:14Eu quero repercutir sobre esse assunto do lançamento do Plano Safra,
02:17porque com quem eu chego a conversar, tanto na região do estado de Mato Grosso,
02:22que é referência ali no setor do agronegócio,
02:24tem uma reclamação sobre a dificuldade em manter uma conexão, um diálogo com o governo federal.
02:30E esses anúncios são realizados, esses recursos são divulgados,
02:35mas o setor ainda continua reclamando.
02:38Onde está o erro em relação a essa falta de comunicação,
02:42um diálogo entre o governo e o setor do agronegócio?
02:45Diego?
02:47Bruno Pinheiro, eu acho que isso se dá em razão de muita necessidade de propaganda do governo federal
02:53em relação ao atendimento que faz o agronegócio
02:55e a situação de fato do produtor do campo.
03:00Um Plano Safra de R$ 600 bilhões, como se estima,
03:03é superior aos R$ 476 bilhões do ano anterior,
03:07que já foi o recorde do Plano Safra.
03:09O ano passado tivemos o maior Plano Safra da história.
03:11Se vier os R$ 600 bilhões em 2025, esse recorde será quebrado.
03:15Mas quando a gente coloca o valor de crédito subsidiado pelo estado
03:20em relação à receita bruta do produtor,
03:22no Brasil nós temos de 1% a 2% dessa receita representada pelo crédito.
03:27Em outros países, como os Estados Unidos, por exemplo, isso chega a 12%.
03:30Na China, 20%.
03:31Então, de certa forma, é uma falácia dizer, afirmar categoricamente,
03:35que o agronegócio brasileiro depende umbilicalmente do crédito estadual.
03:40Muito pelo contrário.
03:41O agronegócio brasileiro é uma grande joia da coroa na nossa economia
03:45que mantém ainda o Brasil em um ritmo de crescimento.
03:49Um ritmo de crescimento pequeno, mas ainda assim, um ritmo de crescimento.
03:53Então, essa desconexão entre a realidade do homem do campo
03:56e o atendimento que o governo acha que presta ao agronegócio,
03:59ou, de repente, até sabe que não presta ao agronegócio,
04:03mas precisa fazer isso a título de propaganda,
04:06cria essa relação conflituosa entre o produtor do campo e o governo federal.
04:12Não é novidade para ninguém que os produtores rurais,
04:16as vozes do agronegócio, os próprios parlamentares ligados à FPA,
04:21que é uma das frentes parlamentares mais organizadas do Congresso Nacional,
04:24em geral prestam o seu apoio à centro-direita e à direita brasileira.
04:29De modo que, de outro lado, nós tivemos várias declarações,
04:33no mínimo duvidosas, tanto do presidente da República,
04:35quanto de pessoas ligadas a ele em relação ao agronegócio.
04:39O presidente, inclusive, chegou a taxar o agronegócio brasileiro
04:43como um agrofascista, depois teve que consertar as suas afirmações,
04:47dizendo que, na verdade, não estava falando de todo o agronegócio,
04:51mas de apenas alguns produtores.
04:52Enfim, fato é, nós temos uma relação espinhosa
04:55quando falamos no governo federal e no agronegócio brasileiro,
04:59que deveria, sim, receber muito mais apoio do que recebe do governo.
05:02E ainda reclama também, só com esse assunto ainda, Diego,
05:06sobre a insegurança jurídica no campo.
05:08Tem uma reclamação ainda em relação a isso com o setor do agronegócio?
05:13Claro, sem dúvida nenhuma.
05:15A relação de algumas bases desse atual governo,
05:19bases eleitorais, eu me refiro,
05:21como, por exemplo, o movimento dos trabalhadores sem terra,
05:23evidentemente gera conflitos no campo.
05:26Nós tivemos, logo no início do governo Lula,
05:28o anúncio de um abril vermelho,
05:30algo que se repetiu de forma um pouco mais latente nos anos seguintes,
05:34e que, de fato, tira, sim, a segurança do produtor rural
05:38de que vai ter ali a segurança da sua lavoura,
05:41da sua criação de gado.
05:43Em estados que não são governados por correligionários do governo federal,
05:48em geral, também nós temos um tratamento muito diferenciado.
05:51Tem um episódio muito emblemático do estado de Goiás,
05:53no qual o movimento sem terra foi recebido pela tropa de choque,
05:57pela tropa de choque do governador Caiado.
05:59Na Bahia, que é um estado governado pelo PT,
06:01muito pelo contrário.
06:02Quando ocorreram algumas invasões do abril vermelho,
06:04o próprio governador foi até lá dialogar com um movimento
06:08que estava ali praticando crimes.
06:10É sempre bom lembrar, o esbulho possessório é um crime tipificado
06:14no Código Penal.
06:15Fora isso, diversos outros crimes são praticados
06:17durante essas invasões.
06:19Enfim, nós temos uma visão muito distinta
06:22em relação ao movimento dos trabalhadores sem terra.
06:24Fato é que ele se apresenta em todo o Brasil
06:27como um grande adversário do agronegócio.
06:29Mas, em geral, não é o agronegócio
06:31que é chamado para a mesa de negociações
06:33quando o tema é o agro.
06:34Quem é chamado é o movimento dos trabalhadores sem terra.

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