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Em entrevista ao Fast News, o diretor da Fecontesp, Maurício de Luca, avalia o futuro do PL e o impacto nas finanças do país. A expectativa é que o texto seja aprovado sem alterações significativas.

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Transcrição
00:00Mas virando a página então do metanol, a gente fala um pouco agora da semana no Congresso,
00:05aprovado pela Câmara dos Deputados, o projeto de isenção do imposto de renda
00:09para quem recebe até 5 mil reais, precisa ser votado ainda pelo Senado
00:13e depois sancionado pelo governo federal.
00:16Nós vamos saber o que muda depois de todo esse trâmite com o empresário contábil
00:21e diretor da FECONTESP, Federação Contabilistas dos Estados de São Paulo,
00:27Maurício de Luca.
00:28Boa tarde, Maurício, bem-vindo, obrigada por participar aqui do Fast News.
00:33Boa tarde, boa tarde a todos.
00:36Maurício, eu queria que a gente começasse falando um pouco então sobre os impactos dessa aprovação.
00:43A gente deve ter aí uma continuidade de aprovação no Senado, pelo menos é o que está sendo previsto.
00:49Então o que a gente pode falar de impacto assim que isso realmente entrar em vigor,
00:53se entrar nos moldes em que o texto está agora?
00:56Bom, primeiro tem que passar pelo Senado e pelo governo federal.
01:03A probabilidade disso passar é muito grande.
01:07Pode haver alguns ajustes no texto que foi enviado essa semana do Congresso.
01:14Para quem ganha até 5 mil reais alíquota isento, isso era uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
01:25foi aprovada agora pelo Congresso.
01:28E para quem ganha de 5 mil e 1 centavo até 7.350, conforme o projeto de lei 1087,
01:39haverá isenções progressivas ao decorrer do tempo.
01:46É como se houvesse uma correção do decorrer do tempo.
01:50Acho uma ótima novidade para o contribuinte, mas não sei se essa cláusula, esse artigo da lei,
01:59ele vai passar no Senado e também no Poder Executivo.
02:06E para compensar, vai ter um impacto em 26 milhões de contribuintes,
02:14vai haver também uma perda significativa e relevante na arrecadação.
02:21E para compensar, o governo criou a taxação, que eles falam de taxação dos super ricos,
02:29que é 10% dos dividendos, o que exceder a 600 mil reais por ano.
02:40Então, não é 10% logo de cara.
02:45Então, se você, por exemplo, tira 750 mil,
02:49então tem toda uma fórmula ali para você chegar na alíquota.
02:55Então, no caso ali, a alíquota é 2,5% de 150 mil, aquilo que excedeu.
03:01Então, é uma tabela progressiva para que haja uma justiça tributária
03:07e que todos paguem, imposto de uma forma mais igualitária.
03:15Contudo, precisamos lembrar que haverá um aumento da carga tributária
03:24para as empresas, para os empresários,
03:27porque lá em 1995 foi feito um acordo de que os dividendos seriam isentos
03:36em contrapartida do adicional de imposto de renda de 10%.
03:40Então, isso por enquanto não tem nada previsto de ser extinto.
03:48Maurício, uma dúvida que muita gente, a gente recebeu aqui da audiência,
03:52inclusive, é sobre essa isenção, né, do até 5 mil,
03:56se isso realmente tem relação com o que a pessoa recebe,
03:59bruto ou de forma líquida?
04:01Como que a pessoa vai saber, então, se ela terá essa isenção ou não?
04:06É pelo valor bruto que ela recebe.
04:09Então, ela recebe o seu salário, os aluguéis, o prolabore,
04:15e aí é sobre esse valor bruto que vai fazer, vai ser base de cálculo do imposto de renda.
04:24Contudo, tem também a dedução do INSS, né?
04:28Então, você deduz o INSS e aí você já faz o cálculo do imposto de renda
04:34para determinar qual vai ser a isenção.
04:38Na verdade, não é que é isento, né, é alíquota zero, né?
04:42É muito propagado a isenção, mas é alíquota zero.
04:48Então, por exemplo, uma pessoa que ganha, sei lá, 6 mil reais,
04:51mas tem desconto do INSS e lá na base de cálculo,
04:56ela é inferior a 5 mil, aplicando alíquota zero, é zero.
05:01Então, pode ser que, em alguns casos, até ultrapasse um pouquinho mais
05:06da faixa ali dos 5 mil reais.
05:09Maurício, eu vou colocar na conversa o nosso comentarista,
05:12Rodolfo Maris, que também vai fazer uma pergunta para você.
05:15Maris, por favor.
05:16Muito boa tarde, Maurício.
05:17Obrigado por participar do Fashion News conosco.
05:20Olha só, essa isenção do imposto de renda,
05:23ela se deu lá em 2022, quando começou esse borburinho todo.
05:27A minha pergunta é justamente sobre isso,
05:29por que só agora, no final, praticamente de 2025,
05:32o governo conseguiu fazer com que o texto fosse ao Senado?
05:38Olha, é uma resposta aí de milhões, né?
05:43Porque, na verdade, foi uma grande conjectura do governo
05:47que agiu aí politicamente para poder aprovar,
05:52tanto na situação quanto na oposição, essa questão.
05:58Na verdade, a tabela do imposto de renda, ela estava defasada,
06:03se olharmos aí, a correção deveria ter sido,
06:08ela deve ser feita anualmente,
06:10porque no Brasil tem uma inflação bem significativa.
06:14É só a gente olhar a nossa taxa de juros,
06:17então, nossa inflação real, ela é significativa,
06:20e a tabela do imposto de renda, ela deveria ser reajustada
06:24de acordo com essa inflação real.
06:27Então, foi uma vitória aí do governo, né?
06:33Mas a gente também precisa lembrar que o governo também precisa fazer a parte dele
06:38de reduzir o custo do Estado
06:41para que, obviamente, a carga tributária,
06:45ela possa ser cada vez menor, né?
06:49E a gente possa consumir produtos cada vez mais baratos.
06:54Porque, por exemplo, agora que vai tributar os dividendos,
06:58pode ser que o produto, ele fique um pouco mais caro,
07:01os produtos fiquem mais caros.
07:03E aí, a gente abre aí condições, como, por exemplo, está acontecendo no Brasil,
07:08de você ter produtos piratas e isso daí cria uma insegurança jurídica muito grande.
07:17Então, essa questão da carga tributária, ela precisa ser rediscutida.
07:22Não adianta a gente tratar um único ponto e deixar os outros soltos, né?
07:28Na verdade, o governo precisa rever todo o seu orçamento.
07:35Maurício, para a gente fechar a nossa entrevista,
07:37tinham alguns pleitos dentro da isenção do imposto de renda
07:43e que agora, então, foram colocados, então, nesse texto da Câmara dos Deputados.
07:47Você imagina que alguma alteração significativa
07:50para o que as pessoas estão esperando vá ser feita no Senado Federal?
07:54Olha, o Congresso colocou algumas cláusulas que beneficiaram,
08:03alguns artigos, perdão, que beneficiaram os empresários, né?
08:06Como, por exemplo, para quem paga 34% de carga tributária na empresa,
08:12não tem os dividendos, a tributação dos dividendos.
08:17Muito provável que isso caia, tá?
08:19Tem outras situações lá também que foram incluídas
08:26e que são benéficas, muitas vezes, por contribuinte,
08:29como, por exemplo, a isenção crescente
08:34para quem recebe de R$ 5.001 até R$ 7.350.
08:39Isso daí também pode ser que caia.
08:42Mas são previsões ali que fica muito difícil
08:46da gente poder cravar se vai acontecer de fato ou não.
08:52Precisamos agora esperar as cenas dos próximos capítulos.
08:56O que é certo é, essa lei de isenção até R$ 5.000 já está aprovada, ok?
09:02E os dividendos, a tributação dos dividendos já está aprovada.
09:08Essas regras que foram acrescidas ao projeto de lei,
09:14então nós vamos ter que verificar se vão permanecer ou se irão cair.
09:21Perfeito.
09:21Nós conversamos, então, com o Maurício de Luca,
09:24que é diretor da Federação Contabilistas do Estado aqui de São Paulo,
09:28sobre a isenção do imposto de renda.
09:30Maurício, muito obrigada pela sua participação.
09:32Eu que agradeço. Um grande abraço.
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