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00:00Essa pauta toda está no Congresso.
00:02O senhor estava me dizendo, logo que a gente iniciou a entrevista,
00:05que há uma disposição muito grande para se avançar em algumas dessas pautas.
00:09Outras, o próprio presidente Bolsonaro disse que era para puxar um pouco o freio de mão
00:14em função desses conflitos de rua que estão acontecendo na região aqui,
00:20no mundo inteiro, em vários países.
00:21Há uma... quando você deixa de forçar a mão nessas pautas, dessas reformas,
00:33tributária, administrativa e tal, em função das ruas,
00:38você está admitindo que essas são pautas impopulares?
00:41Olha, eu acho que tem dois aspectos aí.
00:44Tem a dimensão econômica e tem a dimensão política.
00:46Do ponto de vista econômico, eu não tenho dúvida que quanto mais rápido você implementar as políticas,
00:54mais rápido o país retoma o crescimento e mais vigoroso será esse ritmo de crescimento.
01:01Isso do ponto de vista técnico, eu não tenho dúvida nenhuma.
01:03Em tese com dinheiro no bolso, ninguém vai para a rua, né?
01:06Eu não tenho dúvida nenhuma.
01:07Vai trabalhar.
01:07Esse é um mapa de trabalho.
01:09Só que existe o outro, que é o mapa político, que diz o seguinte,
01:11olha, em vez de você querer, de repente, fazer tudo de uma vez,
01:17e já nesse ano agora tem eleição, e aí você acaba perdendo eleições em cidades importantes, isso, aquilo.
01:24E aí é a classe política como um todo, não é só o presidente, não,
01:26porque ele conversa com todo mundo, todo mundo conversa com ele.
01:31A pauta política...
01:32Eu diria o seguinte, que a pauta econômica é apoiada, não só por ele, como pelo Congresso,
01:37porque ela não é impopular no sentido de povo brasileiro, entendeu?
01:44Ela é, por exemplo, nós estamos fazendo uma reforma administrativa.
01:47Ela é impopular no sentido dos interesses corporativos que influenciam o Congresso.
01:51Exatamente, eu acho que a população brasileira está até esperando essas reformas.
01:54Então não é o caso de você falar, deixar o presidente falar para o povo,
01:58para o povo pressionar o Congresso, porque ele sabe que ano que vem vai ter eleição,
02:01e que se o político não aprovar essa agenda, ele não vai ser reeleito?
02:06Não deveria ser essa a lógica?
02:08Em vez de ceder esses lobbies setoriais?
02:12Eu acho que o presidente não cederia pelo lobby em si,
02:16eu acho que é mais por uma avaliação política,
02:19que aí pode ser dele, de quem está em volta dele, por exemplo, tem sempre...
02:26Talvez alguém do pessoal esteja aconselhando ele mal.
02:29Entendeu?
02:31Tem sempre gente que aconselha, olha, porque são dois extremos, né?
02:35Tem duas visões, né?
02:36Uma visão é a seguinte, olha, faça as reformas rápido, que o país vai crescer bem,
02:40vai dar tudo certo, você quer ver?
02:42Aí tem um pego que fala assim, não, olha,
02:44não adianta querer consertar o país para 40 anos e perder a próxima eleição.
02:49O melhor, conserta pelo menos por 4 ou 8 anos,
02:52que já está bom, 4 anos já está bom e ganha a próxima eleição,
02:54aí você conserta mais 4.
02:55Então, tem todo tipo de conceito em volta de um presidente.
03:00Eu acho que o presidente tem muita determinação,
03:04ele sabe para onde nós estamos indo, ele tem apoiado sempre,
03:09e esse timing político é que é sempre foco de disputas.
03:15Então, tem gente que é do governo e tem gente que apoia o governo,
03:19que vai a ele e aconselha e fala, olha, dá uma pisada no freio aí,
03:22não joga muita coisa, não.
03:25Agora, esse equilíbrio é difícil, porque se você andar muito depressa,
03:29pode ter risco político, mas se você andar muito devagar,
03:31pode acontecer o que aconteceu com o Macri.
03:32Foi bem devagar, devagar, foi tão devagar que ele perdeu a próxima.
03:36Entendeu?
03:36Nesse ano, o senhor conseguiu convencer,
03:39sofreu um pouco, mas conseguiu convencer esses mesmos parlamentares
03:43a aprovar a reforma da Previdência.
03:45Teve várias vezes no Congresso,
03:47enfrentou o Congresso.
03:49Não é o caso de voltar?
03:50Eu tive muita ajuda e eu estou tendo mais ajuda ainda agora.
03:56É o clima do Pacto Federativo,
03:59que para mim era realmente a segunda mais importante,
04:02porque a primeira mais importante era o buraco da Previdência,
04:04porque aquilo engoliu o Brasil inteiro.
04:06O juro já estaria lá em cima, o câmbio estaria explodindo também,
04:09estaria uma confusão danada.
04:10Então, foi extraordinário o trabalho aí da Câmara e do Senado
04:14de apoiarem e aprovarem a reforma da Previdência.
04:18A segunda mais importante para mim era o Pacto Federativo,
04:22porque são 5 mil municípios, mais 26 estados e o Distrito Federal,
04:27todo mundo sem capacidade de gestão.
04:29Enquanto isso, recursos empossados para toda a área
04:32e fundos com dinheiro vinculado,
04:36ao mesmo tempo dinheiro carimbado, indexado,
04:39que você não tem como travar.
04:40Então, os governadores em desespero,
04:42eu conversei com vários governadores e prefeitos,
04:43falando, olha, não tem o que fazer, não tem o que gerir,
04:45não tem nada, está tudo carimbado,
04:47eu não tenho o que fazer, não tenho capacidade de gestão.
04:49Então, nós precisamos dispor essas ferramentas para ele
04:51e, ao mesmo tempo, acenar com um futuro melhor,
04:55redistribuindo os recursos.
04:56Nós realmente...
04:57Eu, quando olho para Minas Gerais, eu vejo a França.
05:00Quando eu olho para o Rio Grande do Sul,
05:02eu vejo a Itália.
05:03Quando eu olho para São Paulo, eu vejo a Alemanha.
05:08O Brasil é uma dimensão continental,
05:10são países aí dentro.
05:12Eles precisam ter esses recursos para atacar os problemas
05:15de saúde, educação, saneamento, segurança pública.
05:19No Brasil, 60 mil pessoas são assassinadas.
05:22Agora caiu 20%, graças ao Moro aí, ao presidente,
05:25a coisa está caindo.
05:26Mas nós precisamos atacar esse problema.
05:28O dinheiro tem que ir onde o povo está.
05:30O dinheiro tem que descer,
05:31não pode ficar empossado aqui em Brasília, feito o tar.
05:33Foi o sentido inverso que aconteceu nos governos anteriores.
05:36Exatamente.
05:37Que o pessoal vinha aqui toda vez,
05:38vinha com pires na mão para pedir dinheiro.
05:40Exatamente.
05:40E isso é uma das formas em que eu disse que leva à corrupção.
05:44Quer dizer, o dinheiro aqui em cima...
05:45Claro, você vira um grande balcão de...
05:46Um grande balcão de negócio.
05:48Então, eu acho que nós estamos...
05:49Eu acho que a democracia brasileira,
05:51eu acho que o Congresso abraçou essas reformas,
05:53porque ele também já tinha esse diagnóstico.
05:55O Congresso sabe que estava com um problema
05:58e que ele tem que resolver esse problema.
06:00E muita gente foi eleita,
06:02não foi só o presidente,
06:03mas o povo todo que foi eleito também quer mudar a situação.
06:06Uma pergunta técnica.
06:07Reforma da Previdência, ok,
06:09e agora se fala em desoneração da Folha.
06:12Não é contraditório?
06:13Não.
06:14Aí é que está.
06:15A desoneração da Folha,
06:17da forma como nós pensávamos,
06:20ela estava embutida numa reforma tributária.
06:22Então, a reforma da Previdência está lá.
06:26Aí eu ia fazer o seguinte,
06:28uma reforma tributária,
06:30onde você não ganha nem perde impostos.
06:33Eu só ia substituir a desoneração da Folha,
06:35quer dizer, aqueles impostos,
06:38cobrados sobre a Folha,
06:39eles iam ser cobrados sobre as transações.
06:42Você cobra sobre outra coisa,
06:44para abastecer a Previdência,
06:47que foi reformada.
06:48Você só ia trocar o funding,
06:49você ia trocar a forma como você financia.
06:51porque hoje isso é financiado
06:54da forma mais cruel possível.
06:56É como você falou,
06:57são 12 milhões de desempregados,
06:59mas na verdade são 40 milhões
07:00sem carteira de trabalho.
07:02Porque tem o que está desalentado,
07:05que não está nem na força,
07:06nem se considera mais desempregado,
07:08porque ele já nem procura mais emprego.
07:09Está desalentado.
07:11Tem o autoempregado,
07:12porque ele não tem alternativa,
07:14ele vai ser vendedor de coisa na praia,
07:16vai tomar conta de carro,
07:17de flanelinha.
07:18Então, é gente que podia estar empregada
07:21perfeitamente se não fosse o absurdo,
07:24o cruel,
07:26o inaceitável
07:28imposto sobre folha de pagamento.
07:32Então, nós temos um problema sério,
07:34nós temos que atacar esse problema.
07:36Nós estávamos pensando
07:37em uma solução possível,
07:39não foi possível,
07:40nós continuamos pensando em outras soluções.
07:43Mas nós não podemos aceitar
07:44um imposto que gera 40.
07:45isso é um buraco atrás de outro.
07:48Quer dizer,
07:48é uma arma de...
07:49Os encargos,
07:51os impostos sobre folha de pagamento
07:53são armas de destruição
07:55em massa de empregos.
07:57São milhões de desempregados.
07:59Se nós conseguirmos exonerar a folha,
08:01nós criaríamos milhões de empregos.
08:03Mas isso tem que ser feito
08:04com uma compensação.
08:06Com uma compensação qualquer,
08:07exatamente para responder a sua pergunta.
08:09Você fez a reforma da Previdência,
08:11mas será que agora você vai abrir mão disso,
08:12não vai atrapalhar?
08:13Não, porque tira um e bota outro.
08:14Essa compensação tem que vir
08:15através de um imposto de movimentação.
08:17Essa compensação tem que vir
08:17através de um imposto qualquer
08:18que nós não conseguimos ainda.
08:19Um CPMF que não pode chamar de CPMF.
08:21Não, ele não era efetivamente a CPMF.
08:24Ele era diferente.
08:25Ele não é sobre movimentação bancária.
08:27Ele é sobre pagamento.
08:27Vou te dar um exemplo.
08:28Problema de comunicação de novo.
08:29Problema de comunicação.
08:30Vou te dar um exemplo.
08:32Se o traficante de droga,
08:34traficante de armas,
08:35viesse com um caminhão cheio de nota
08:37e comprasse alguma coisa,
08:38um dos primeiros artigos,
08:40o primeiro artigo dessa medida
08:42que estava sendo elaborada,
08:43lá pelo Sintra,
08:44o primeiro artigo era o seguinte.
08:46A transação só tem valor
08:48se tivesse sido recolhido.
08:50Só tem valor jurídico.
08:51Era uma cláusula do Ives Gandra.
08:53Uma cláusula muito inteligente.
08:54Quer dizer, o traficante de droga
08:55comprou um apartamento em Ipanema
08:57e não recolheu imposto,
08:59ele não tem a propriedade.
09:00Aquilo pode ser tomado dele.
09:02Então, ele tem que recolher imposto.
09:04E não houve transação bancária nenhuma.
09:06Ele pegou o dinheiro
09:06que ele vendeu a droga toda em espécie,
09:08foi lá, comprou.
09:09Não houve transação bancária.
09:11Então, não era um CPMF.
09:13Era um pouco, bastante diferente,
09:14mas um pouco maldito.
09:18É isso que a minha pergunta sempre foi essa.
09:21Quem é mais maldito?
09:22Um que joga 40 milhões de brasileiros
09:24sem carteira assinada na rua
09:25ou um outro que incomoda os bancos?
09:29E o que fazer?
09:30Porque a cumulatividade desse imposto,
09:34nós fizemos estudos,
09:36a cumulatividade dos 20% de encargo trabalhista
09:39sobre a folha,
09:40se você tiver uma cadeia produtiva
09:45que tem 10 elos,
09:48se você pegasse aquele imposto sobre transações,
09:51o efeito acumulado,
09:52depois dessas 10 elos,
09:53desses 10 elos da cadeia,
09:55o efeito acumulado seria 4%.
09:56Já o efeito acumulado dos 20% de encargo trabalhista
10:00é 14%,
10:02é quase três vezes maior.
10:03Ou seja,
10:04é muito pior o encargo trabalhista
10:07do ponto de vista técnico
10:08do que o próprio imposto sobre transação
10:10que é tão xingado por todos os economistas.
10:12E qual a estratégia agora?
10:14A estratégia é cuidar de outras reformas
10:17enquanto a gente pensa.
10:19De repente passar outras e...
10:21Vamos andando, vamos andando.
10:22O senhor tem vontade de entrar para a política efetivamente?
10:27Não, zero.
10:28Zero?
10:29Jamais, zero.
10:30Já teve?
10:31Zero.
10:32Nunca tive e nunca terei.
10:34Ou a sua experiência no Congresso te assustou mais ainda?
10:36Não, nada não.
10:36Ao contrário.
10:37Não, não, não.
10:38A experiência tem sido gratificante.
10:41O senhor pensou em sair em algum momento deste ano?
10:44O senhor teve algum limite?
10:45Algum momento de limite?
10:46Não.
10:47Teve coisa que me aborreceu, certamente, mas a confiança do presidente...
10:52Eu sempre disse o seguinte, eu precisava de três coisas para poder ter um desempenho
10:57aceitável.
10:59A primeira coisa que eu precisava era a confiança do presidente no meu trabalho.
11:03Ela sempre esteve presente.
11:06Nenhum momento o presidente conversando comigo mostrou qualquer dúvida a respeito.
11:11Ele até questiona coisas, é natural, ele fala, isso aqui não está, pensa nisso,
11:16é natural, mas nunca demonstrando qualquer desconfiança ou insatisfação, compreensão.
11:28E essa era uma aposta minha.
11:29Eu dizia, eu acho que o presidente não gosta da reforma, ele votou contra a previdência,
11:33o presidente é isso, o presidente é corporativista, o presidente é contra a privatização, o presidente
11:37é isso.
11:37Eu brincava e falava o seguinte, eu acho que ele vai evoluir muito mais rapidamente do
11:44que os economistas brasileiros que levaram 10, 15, 20 anos para chegar finalmente na defesa
11:51de uma economia de mercado, que é a grande ferramenta de enriquecimento dos povos.
11:56Hoje, China, Rússia, todo mundo mergulhou nos mercados globais, estão saindo da miséria,
12:023,7 bilhões de seres humanos sendo removidos da miséria, mergulhando justamente nos mercados
12:07globais.
12:08Então, presidente, a primeira condição nunca foi abalada.
12:13A segunda que eu falava era o seguinte, eu preciso, eu acredito, eu preciso e acredito
12:18que ocorrerá a cooperação do Congresso, porque o Congresso é que aprova essas medidas,
12:25você não aprova nada sozinho.
12:26E estão confirmadas as minhas expectativas.
12:31Durante a Previdência, acabou saindo num desenho final, essa reconfiguração final, ainda não
12:37foi aprovada a incorporação de estados e municípios, mas se sair, em vez de 1,2 trilhão
12:43para o governo federal, foi a proposta inicial.
12:46Você acabar com 800, mas com os outros 400 de estados e municípios, é muito melhor
12:52para o Brasil, esse equilíbrio entre estados e municípios, do que eu estar com aquele
12:571,2 trilhão e os outros entes federativos quebrados.
13:00É muito ruim.
13:00E o terceiro ponto?
13:02E o terceiro ponto era justamente o que andou mais devagar, mas finalmente está andando.
13:09que era a mídia convencional que ajudou a construir todo esse regime democrático nosso
13:20por 30 anos e ela, durante a eleição, perdeu o olfato.
13:29E foi justamente uma ruptura que eles sofreram quando não só pela queda na credibilidade,
13:36pela perda de credibilidade que eles tiveram, como também pelas novas tecnologias digitais,
13:42houve uma ruptura na mídia convencional e as redes sociais entraram a pleno vapor.
13:47Tanto que o presidente ganhou a eleição gastando menos de 3 milhões de reais.
13:51É um negócio absolutamente inédito.
13:53Eu acho que nunca aconteceu antes e nunca mais vai acontecer de novo do jeito que aconteceu.
13:59As mídias sociais tiveram um papel decisivo, decisivo.
14:02E eu dizia o seguinte, eu tenho certeza também, então eu dizia, primeiro o presidente vai apoiar.
14:09Segundo, eu acho que o Congresso está maduro para fazer as transformações.
14:13Porque não são só econômicas, tem a pauta também política.
14:17Nós vamos desembocar numa reforma política.
14:20Quando nós acabarmos a descentralização dos recursos, vai ter uma nova configuração,
14:25possivelmente em direção ao sistema distrital misto.
14:27porque os prefeitos, governadores e também os deputados serão base de poder local forte,
14:37porque eles terão recursos, que hoje eles não têm.
14:39Tem que vir todo mundo de pires na mão para Brasília.
14:42E a terceira condição é justamente esse amadurecimento,
14:46essa compreensão desse novo mundo que está chegando,
14:50que as mídias sociais captaram mais rápido.
14:53Então, eu dizia o seguinte, eu tenho certeza que não só as mídias sociais,
14:58mas também a mídia convencional, lá na frente,
15:01convergiram todos para a construção desse novo mundo político nosso.
15:07E eu acho que isso vai acontecer.
15:09Eu acho que isso vai acontecer.
15:10Já há essa percepção na pauta econômica.
15:13A mídia convencional toda entrou em apoio à pauta econômica,
15:16que é essa transformação que está acontecendo no Brasil.
15:19E, brevemente, eu espero que haja justamente essa maior tolerância,
15:28que foi justamente o objeto do comentário que eu tinha feito.
15:31Não adianta ficar apostando agora em jogar TACAP para um lado e para o outro.
15:35Esse terceiro ponto parece que vai demorar um pouco mais.
15:38Esse é o que demorou mais.
15:40Bom, para encerrar, eu só lhe pergunto o seguinte.
15:42O senhor tem vontade de ficar, caso o presidente Bolsonaro venha para uma reeleição,
15:50o senhor tem vontade de permanecer no governo?
15:51Olha, isso é tão distante.
15:54Nós estamos vivendo cada dia aqui no Brasil.
15:56Hoje tem o saneamento.
15:58E quando o senhor disse que não tem...
15:59Semana que vem tem Banco Central.
16:01E quando o senhor disse que não tem vontade de ir para a política, por quê?
16:04É vocação.
16:05Vocação.
16:05Bom, eu sou um economista.
16:07Quando eu estava em um banco, quando eu tive um banco, as pessoas,
16:10você é banqueiro? Não, eu sou um economista.
16:12Você hoje está aqui, você é...
16:14Hoje eu sou um servidor público.
16:17Ah, você é político?
16:19Não sou, não serei jamais.
16:22Não serei jamais.
16:23Eu ajudo mais o Brasil fazendo o que eu fazia antes.
16:27Eu escrevi em artigos, em jornal, eu fundei escolas,
16:30eu fundei a Abril Educação, o IBMEC, o Ensino...
16:33Fundei escolas de ensino superior, escolas de ensino básico,
16:37ajudei a investir em hospitais, em sistemas educacionais.
16:41Para encerrar, uma mensagem...
16:43Eu prefiro isso.
16:44...de fim de ano aí para o pessoal que ia para Miami
16:46e que agora está com o dólar a 4,20...
16:494,26...
16:51Brasil!
16:53E vai ficar...
16:53E o João fica no Brasil, que estavam planejando fazer um churrasco no fim do ano.
16:58Isso, isso.
16:58Faz o quê?
16:59Vai ser o melhor Natal.
17:00Mas o pessoal que estava querendo fazer um churrasco no fim do ano.
17:02Vai ser o melhor Natal dos últimos anos.
17:06E nós vamos dar um jeito de fazer esse churrasco.
17:09Eu não sei ainda.
17:09Troca pelo quê?
17:10Eu não sei ainda.
17:10O pessoal do táxi lá me disse que eu estou com esse problema para resolver.
17:14Eu tenho que pensar.
17:14Agora, eu tenho que pensar sempre o seguinte.
17:18Quando tem a Petrobras, o problema do preço do petróleo,
17:21eu falo que é do governo, porque tem a Petrobras que é estatal.
17:24Quando tem o problema do...
17:25Agora, quando tem o problema da carne, graças a Deus não existe a Carnobrasse,
17:29porque senão o problema era meu mesmo.
17:30O problema da carne hoje é um problema sério que tem aí.
17:33A carne ficou cara.
17:35Agora, tem o frango, tem outras coisas.
17:38Vamos segurar um pouquinho aí.
17:39Tem o gato.
17:40Agora, não, não.
17:41O gato, não.
17:42Deixa o gato, deixa o gato, deixa o gato.
17:43Eu acho o seguinte.
17:44Você agora me pegou, porque eu não tenho a solução para o problema da carne.
17:48Então, pessoal aí, desculpa.
17:51Eu levei o susto da carne hoje de manhã, tem que pensar nisso.
17:54Mas, realmente, é muito difícil pensar o que o governo vai fazer para a carne.
17:58Nós temos que ter uma mentalidade também.
18:00E isso é importante no Brasil.
18:02Tudo aqui é o governo.
18:05Tudo que acontece é o governo.
18:07Se chover amanhã, como é que não vamos fazer com a chuva?
18:10Se a carne subiu, como é que não vamos fazer com a carne?
18:12Ora, nós temos um problema.
18:17A carne subiu, nós temos um problema.
18:18Vamos resolver esse problema.
18:19Não compre, né?
18:20Eu acho que, por exemplo, eu não vou falar, mas se a gente realmente não comer um tempinho,
18:25o preço vai cair de novo.
18:26Mas eu acho até o seguinte, a beleza das economias de mercado é o seguinte, quando o preço da carne sobe,
18:33você manda um sinal automaticamente para o mundo inteiro dizendo o seguinte, olha, está valendo muito.
18:39O que vai acontecer no mundo inteiro?
18:41Em vez de abaterem rapidamente, ou em vez de criarem por mais tempo, etc., as pessoas vão acelerar um pouco o abate para poder antecipar a chegada da carne.
18:54Então, você vai deflagrar, no Brasil mesmo, como o Brasil é um grande país de agropecuária, você vai deflagrar forças.
19:02Isso ali na frente desce.
19:04De repente, a gente importa do Uruguai.
19:05Não, ali na frente desce.
19:07Ali na frente desce.
19:08Primeiro, sendo uma economia de mercado e aberta, você traz do Uruguai, você traz da Argentina, você traz uma opção de lugar.
19:13Segundo, se persistir um pouco essa alta, ela dispara.
19:17Mas aí não pode sair do Mercosul, hein?
19:19Você está colocando problemas demais ao mesmo tempo.
19:23Obrigado, ministro.
19:24Abraço, Cláudio.
19:25Abraço a todos vocês.
19:26Obrigado pela atenção.
19:27Valeu.
19:27Pô, o cara me quebrou a perna no finalzinho.
19:32O cara me arrebentou.
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