- há 4 meses
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NotíciasTranscrição
00:00Muito boa noite e bem-vindos ao Papo Antagonista.
00:04Hoje estou aqui com o Luciano Bivar, pré-candidato da União Brasil à Presidência da República.
00:09Boa noite, Bivar. Obrigado por vir aqui, por atender o nosso convite.
00:14É um prazer, Claudio. É um prazer enorme estar aqui e estou à tua disposição para nós conversarmos sobre a candidatura, as eleições, essa coisa toda.
00:23Deixa eu te pedir uma coisa que eu faço sempre com os nossos espectadores aqui.
00:26Todo pré-candidato que vem, eu peço para que se apresente a esses espectadores que muitos não conhecem, não conhecem como figura pública que é.
00:34Então, por favor, fique à vontade.
00:35Verdade. Primeiro, eu sou o presidente da União Brasil, sou o legítimo candidato à Presidência da República otorgada pelo meu partido, União Brasil, em votação unânime.
00:48Nós temos uma executiva que nós chamamos a comissão instituidora, que ela é temporária até o ano que vem.
00:57São 17 membros e os 17 membros, por unanimidade, escolheram a gente ter uma candidatura própria.
01:04Então, eu sou um bacharel em Direito, mas só fui advogado um ano na minha vida, Claudio.
01:11E depois entrei numa companhia de seguros como advogado e fiquei até me empurraram para um conselho da companhia.
01:20Depois, você fica velho, aí é o depositário de quem não é mais interessante para o executivo.
01:27Fizeram lá uma conspiração, a empresa, e só, você saiu da presidência, agora vai para o conselho.
01:33E fiquei no conselho da companhia até hoje.
01:36Além disso, você também é cartola de futebol, né?
01:40Ah, fui seis anos, seis vezes presidente do esporte do Clube do Recife.
01:46Porque meu pai foi presidente do clube, eu fui, depois eu fui diretor de tênis, eu jogava muito tênis.
01:52Depois, diretor de tênis foi um amigo meu, assumiu a presidência, me chamou para ser diretor de futebol.
01:59Depois fui vice-presidente de futebol, vice-presidente de tal, e depois presidente do clube.
02:04De cartola de futebol para cartola de partido político.
02:08Cartola de partido político, entendeu?
02:10Muito bem, deixa eu te perguntar, você lançou a sua pré-candidatura agora recentemente,
02:15e eu queria que a nossa produção soltasse dois trechinhos que separamos do seu discurso.
02:20Por favor.
02:20Mas confesso que deixa triste quando percebo que algumas vezes os interesses de planetas individuais se sobrepõem ao nosso amado planeta Brasil.
02:34Eu não acho justo que os brasileiros vivam exprimidos em uma ameaça autoritária e outra populista.
02:42Não admito.
02:43Certamente, se eu não fosse presidente desse partido, eu não aceitaria esse desafio, caro Fernando.
02:53Mas tenho a consciência da responsabilidade e das obrigações que esse cargo me impõe.
03:00A candidatura não é minha, é de todos que pensam como nós do União Brasil.
03:09Nós decidimos entrar em campo, conscientes da responsabilidade do União Brasil,
03:17diante do quadro caótico e sem alternativa que vive a sociedade brasileira.
03:23Nós queremos ter torcida, uma torcida que nos ajude a melhorar a vida dos brasileiros,
03:32vivendo sobre o medo, a falta de oportunidade e da ameaça de um golpe ou de um retrocesso.
03:40Deixar de apresentar um candidato seria um choque duro demais.
03:46Seria interromper a esperança da união das duas grandes legendas.
03:57Que se uniram, cheia de esperança e disposição para mudar nosso país.
04:06Nossa reforma tributária, tributária, trará em seu bojo a simplificação,
04:14a substituição de 11 impostos federais por um único imposto.
04:21Exceto o ano imposto de renda, que tem características específicas.
04:25Todos os 11 tributos federais vão se transformar em apenas um único imposto.
04:30E preste atenção, não será a soma do valor de todos os impostos.
04:35O imposto único vem para diminuir a mordida, para não aumentar.
04:41Para não aumentar essa mordida do leão.
04:43Será um imposto só, menor.
04:46E todo mundo vai sair ganhando.
04:51Muito bem.
04:53Algumas coisas, né?
04:54Essa história do imposto único, uma bandeira antiga sua,
04:56a gente vai tratar dela aqui, até porque nós estamos vivendo uma discussão
05:01tributária, de redução do ICMS e tal.
05:04Então, vem a calhar a pauta nacional com a sua bandeira de campanha.
05:09Eu queria voltar um pouquinho, justamente, ali você justificou o lançamento da tua pré-candidatura.
05:18E acontece, junto com, assim, aí na esteira de várias outras pré-candidaturas da terceira via,
05:23que naufragaram também, por quê?
05:26Por não contar com apoio popular.
05:28Você não vê, nas pesquisas de opinião, votação suficiente para sustentar essas candidaturas.
05:34Aconteceu com o Dória, né?
05:35Isso está acontecendo aí com a Simone, que também não consegue sair disso.
05:39O próprio Ciro Gomes esteve aqui, na sexta-feira, conosco aqui no Papo.
05:42O Ciro Gomes permanece naquele 7%, não consegue avançar.
05:47E, assim, tem vários outros pré-candidatos que já colocaram os seus nomes.
05:52A gente vai falar do Moro já, já.
05:54Mas, assim, vários outros pré-candidatos colocaram os seus nomes aí,
05:57que também nem aparecem nem com 1%.
05:59Teve aqui também o Pablo Marçal e ficou brigando comigo com 1%.
06:03Falou, não, estou aparecendo com 1%.
06:04Falou, 1% está dentro da margem de erro, que é no mínimo 2, né, dessas pesquisas todas.
06:08Mas não tem problema, não.
06:09É a perspectiva do candidato.
06:11O que me traz o questionamento é o seguinte.
06:16Eu lembro de uma conversa que eu tive até aqui no Papo Antagonista,
06:21lá atrás, no ano passado, quando começaram as conversas da terceira via.
06:26Por quê?
06:26Essas conversas, elas aconteciam, o senhor pode aqui corroborar essa versão,
06:31elas aconteciam entre os caciques dos partidos, entre os presidentes desses partidos.
06:37E eu me pergunto, uma candidatura presidencial,
06:40ela não tem que ser decidida de baixo para cima?
06:43Não são as ruas que têm que dizer quem devem ser esses candidatos?
06:48Porque o que a gente percebe é que essas decisões, elas acontecem muito dentro desse sistema partidário,
06:54que está muito distante do resto do Brasil, né?
06:56Quer dizer, são decisões que acontecem em Brasília e que estão distantes do resto do Brasil.
07:01O senhor não acha que essas candidaturas deveriam vir de baixo para cima e não de cima para baixo?
07:04Não é natural que virem de baixo para cima, é muito mais interessante.
07:09Mas no momento, Cláudio, que você não tem opção, tá certo?
07:13Que os que estão estão viciados, as propostas são absolutamente já ultrapassadas,
07:19é natural que você tem que dar valor, tá certo?
07:24A novo contexto, a novas propostas.
07:27E isso só acontece no momento que você se propõe como candidato.
07:31Quando você não se propõe como candidato, isso não vai acontecer.
07:36Então, estamos agora em campanha, exatamente em campanha,
07:40que é uma pré-campanha, há sete dias.
07:45Eu já visitei dois estados continentais, Pará e Minas, tá certo?
07:53Então, eu acho que nós temos conteúdo, coisa que os que estão presentes aí,
08:00você sabe que os conteúdos que eles têm não levaram a lugar algum na sociedade brasileira,
08:06então é natural.
08:06E como você falou, estão todos numa margem de erro.
08:10É natural que os dois que estão postos lá na frente,
08:13tem um recall, um que passou 13 anos no poder, e outro que está com poder.
08:17É natural, todos, e o cara está na televisão, subscrevendo, falando e tal.
08:22E tem estratégia para estar na televisão.
08:24E tem estratégia para estar na televisão.
08:26Todo dia inaugura lá um busto, uma ponte.
08:28Fala uma bobagem.
08:29Fala uma besteira.
08:30Isso.
08:30Entendeu?
08:31Então, eu acho que isso agora, começou agora.
08:34Agora que estamos no grid de largada.
08:36Como é que o senhor espera alcançar essa sociedade?
08:40Justamente, a gente vive na era dessa economia da informação.
08:44Há uma disputa acirrada para você aparecer nas mídias sociais, na imprensa, na TV.
08:52Porque isso normalmente acontece, infelizmente, isso acontece, isso é trazido por esses atores políticos,
09:05mas infelizmente o debate acaba ficando muito superficial.
09:09Então, assim, a gente é tragado por essas declarações absurdas do Bolsonaro, e aí que depois são respondidas pelo Lula,
09:18e a gente não consegue aprofundar o debate em relação a políticas públicas, a projetos de poder, de governo, na verdade,
09:27que nenhum apresenta, nenhum deles tem projeto nenhum.
09:30Como é que o senhor pretende entrar nessa disputa, conseguir a visibilidade necessária, conseguir que a imprensa lhe dê espaço,
09:42provocar esse debate?
09:45Qual é a sua estratégia para isso?
09:46Bom, eu fico feliz com você levantar pela primeira vez e se preocupar em conteúdo.
09:52Porque, na verdade, a imprensa quer mesmo uma coisa para vender o jornal.
09:57Então, nós temos o conteúdo.
10:00Isso a gente acredita que tem.
10:02Nós, contrapondo um pouco o que você falou, você tem que estar seguro com o teu sistema partidário.
10:09Você não pode ser candidato sem o partido estar de acordo.
10:12Por isso a razão de que outras candidaturas naufraugaram, porque não tinha essa sustentação partidária.
10:22Então, nós temos a sustentação partidária.
10:24Estamos saindo de uma base bem firme do que é necessário para você ter uma candidatura definitiva e sólida.
10:32Então, primeiro, o sistema partidário te apoiar.
10:36Então, é o nosso partido que está apoiando.
10:38Segundo, o conteúdo.
10:40Temos que ter um conteúdo para ter a credibilidade da imprensa.
10:45Eu, como realmente não sou uma celebridade, eu sofro um preconceito.
10:51Então, tenho que vencer, quer dizer, todo o meu processo de marketing também é vencer também esse preconceito.
10:57É dizer quem nós somos, o que queremos e para onde queremos ir e para onde e qual é o objetivo que a gente quer.
11:04Então, eu estou muito consciente de que a gente vai trazer uma alternativa.
11:10Vamos ser exatamente aquilo.
11:12Mais de 50% da população, Cláudio, não estão confortáveis com essas opções que estão postas aí.
11:21Então, a gente acredita nessa esteira.
11:23Então, é em cima disso que eu vejo isso.
11:25Hoje, eu vi um jornalista do teu grupo de amigo dizendo assim, não precisa você votar num para derrubar o outro.
11:34Você tem outra opção, qualquer que seja, mas você precisa procurar e ter discernimento como brasileiro, como jornalista,
11:43de mostrar que existem opções reais com conteúdos reais que não é de hoje, não é eleitoreiro.
11:49São coisas que há 20 anos, 30 anos, que a gente briga nesse mesmo contexto.
11:54E hoje, com a força musculatura do União Brasil, é o momento de nossa voz chegar lá.
12:01Falando de força e musculatura, a gente está falando de um fundo eleitoral bastante potente e de articulações regionais.
12:10Como é que estão essas articulações?
12:11A gente sabe também que a viabilidade de uma candidatura presidencial depende de você ter palanques nos estados que sustentem essa candidatura.
12:18O senhor possa subir junto com o candidato ao governo, junto com deputados, até com candidatos a Senado e tudo.
12:24A gente sabe que os deputados da base é que arregimentam o apoio de prefeitos, vereadores em torno dessa candidatura.
12:32Como é que está isso hoje no país?
12:36Como é que está a União Brasil, a sua candidatura?
12:37Que palanques o senhor tem hoje já consolidados ou há consolidado?
12:43Olha, podemos dizer que em todos os estados da federação nós teremos palanque.
12:47Não importa se seja o governador, ou o deputado, ou o presidente da Assembleia, nós teremos um palanque.
12:54E eu irei em todas as unidades da federação.
12:57Porque eu sou candidato à União Brasil à presidência do país.
13:00Então é natural que todos os estados são importantes e que a gente leve a nossa mensagem.
13:07A União Brasil tem diretórios em todos os estados da federação.
13:11Tem representatividade.
13:13Temos 56 deputados federais.
13:15Temos 13 candidatos a governador.
13:18Temos 10 senadores.
13:21Então a gente tem uma força muscular importante.
13:24Se todos vão ostensivamente e dar seu suor de maneira...
13:29Porque, claro, você mesmo em candidatura de governador, de prefeito, primeiro o cara de vereador,
13:35o senhor quer primeiro se eleger vereador para depois ele estar pensando no prefeito.
13:40Está certo?
13:41Então eu entendo isso.
13:43Agora é preciso que realmente, no momento que eu vença esse preconceito
13:47de dar imprensa de não ser uma celebridade,
13:50a gente começar a apresentar nosso conteúdo.
13:53Aí eu tenho certeza que chegará ouvido lá na rua.
13:58O ACM Neto, por exemplo, na Bahia, vai abrir o palanque para o senhor?
14:02Ele vai subir no seu palanque, ou no do Lula, ou no do Bolsonaro?
14:05Olha, o ACM disse outro dia que o voto dele é meu.
14:10Eu disse?
14:11Ele disse.
14:11Ah, ele disse.
14:12Ele disse.
14:13Meu voto é do presidente do meu partido, do Sérgio Bivar,
14:17lá numa cadeia de televisão na Bahia.
14:19Está certo?
14:19Agora, ele está empenhado, é muito importante o estado da Bahia,
14:24está certo?
14:24Uma campanha de governador, não é fácil um estado continental com aquele,
14:29e a tomada de tempo dele é imensa.
14:32Agora, nem por isso, dentro desse tempo, nós temos nossas articulações dentro da Bahia.
14:36Eu sou nordestino, certamente irei à Bahia, está certo?
14:41No momento oportuno, irei à Bahia, e tenho certeza que na Bahia a gente tem uma grande representatividade.
14:47Eu pergunto do ACM, porque ACM e Ronaldo Caiado foram figuras que resistiram muito à candidatura do Sérgio Moro na União Brasil.
14:56A candidatura à presidência, e isso, enfim, isso não é segredo para ninguém.
15:03O Sérgio Moro veio para o partido, ele disse isso aqui, já ciente de que não teria a legenda,
15:09mas com alguma esperança de que pudesse, enfim, tentar evoluir ali nas conversas e conseguir essa abertura.
15:17Não conseguiu.
15:18Por que a figura do Sérgio Moro incomoda tanto esses outros dirigentes da União Brasil?
15:27Ô Claudio, no primeiro momento que o Sérgio Moro ainda não estava filiado ao Podemos,
15:34eu conversei tanto com o governador de Goiás, como o governador da Bahia, o ACM Neto,
15:43para a vinda do Sérgio Moro, e todos concordaram.
15:46Está certo?
15:47Com a filiação.
15:48Não, com a filiação dele não, como ele vindo sendo o nosso legítimo candidato.
15:52Isso no ano passado.
15:53Isso no ano passado.
15:55Então, o Sérgio Moro, por decisão dele, fez a opção de ir para o Podemos.
16:00Quando ele fez essa opção para ir para o Podemos, ambos disseram,
16:04olha, eu acho que o tempo dele agora, tanto é que ele vinha falar comigo,
16:07e até o próprio Caiado, disse, Luciano, deixa eu falar primeiro com ele em Brasília,
16:11porque você é a última instância, se realmente ele está convicto de ser candidato,
16:15que a gente não pode expor o nosso partido, alguém que venha ser candidato,
16:19e depois isso envolve todo o contexto do nosso União Brasil.
16:26Eu disse, não, perfeitamente.
16:28Aí, Caiado, ele não vem mais conversar comigo, ele vai,
16:30e ele já anunciou que vai se filiar ao Podemos.
16:32Eu fiquei surpreso, e Sérgio filiou o seu Podemos, está certo?
16:37Então, isso foi, talvez, para eles, eles não perdoaram,
16:44ou talvez fizeram um processo dentro de seus estados,
16:49diferente do que o Sérgio Moro está lá dentro.
16:51Aí fizeram as articulações com outros partidos.
16:54O senhor está me dizendo que se o Sérgio Moro tivesse ido para a União Brasil
16:57no ano passado, antes de se filiar ao Podemos,
16:59se ele tivesse filiado à União Brasil, ele seria o pré-candidato?
17:02Seria o pré-candidato, foi.
17:04E isso já acertado.
17:06Tivemos uma reunião na casa do vice-presidente do partido,
17:10Antônio de Rueda, e ficamos acertados nisso.
17:12Você acha que falta ainda habilidade política para o Moro?
17:16Não, a vida é feita de bifurcações, né, Sérgio?
17:19Todo dia a gente acorda, vou por esse caminho, por aquele e tal.
17:23E ele fez uma bifurcação, talvez até ele esteja certo, eu não sei, tá, entendeu?
17:29A gente, eu não tenho uma bola de cristal, eu tenho intuição, entende?
17:34Mas eu, a minha intuição era para que ele viesse logo para o nosso partido,
17:39mas isso é, não estamos aqui chorar leite derramado,
17:43Sérgio está dentro do partido, está muito bom.
17:45Ele será candidato ao Senado mesmo ou não?
17:48Isso é uma decisão muito pessoal.
17:50Dele?
17:50Dele, eu estive com ele e tal, você decide sua vida, ele tem várias opções na vida dele,
18:00privada ou política, ele é jovem, né, ele é um homem íntegro, está certo?
18:06Então, eu acho que nunca falta espaço quando a gente está em busca da verdade.
18:11Mas o Milton Leite também quer, né, lá em São Paulo, o Milton Leite também quer via ao Senado, né,
18:16como é que seria, como é que será tomada essa decisão, caso o Sérgio queira, caso o Milton queira, caso algum outro terceiro queira?
18:24Olha, o caso de São Paulo é um caso pontual, nós estamos com uma aproximação muito grande com o PSDB.
18:31E o presidente do PSDB lá, coincidentemente, é o candidato a governador, que é o Rodrigo, é o Rodrigo Garcia, está certo?
18:42O Rodrigo Garcia é o cabeça da chapa.
18:44Então, o Rodrigo Garcia quer ganhar a eleição e vai ganhar a eleição, porque ele é um jeito muito competente.
18:50Agora, ele é que vai realmente dizer, olha, para eu chegar lá, meu sentimento é esse, eu quero que minha chapa seja formada dessa ou daquela forma.
18:59Está certo? Então, nós dependemos efetivamente, dentro dessa coligação, dessa aglutinação de dois grandes partidos, PSDB e União Brasil,
19:10no caso de São Paulo, o candidato a governador é que realmente vai fazer suas escolhas.
19:16Então, temos que esperar, né?
19:19Porque isso envolve justamente essas articulações, essa base de apoio no interior do Estado, tudo isso que a gente estava começando aqui anteriormente.
19:28Bom, a gente teve, e aí eu vou voltar nessa questão de União Brasil, mas não vou falar do Moro mais não,
19:36mas eu queria já pegar como gancho o que está acontecendo hoje aqui.
19:41Nós tivemos ontem uma manifestação, uma coletiva, um pronunciamento, melhor dizendo,
19:46do Bolsonaro, o Paulo Guedes também, convocaram a imprensa para anunciar ali algumas estratégias
19:53para tentar reduzir o impacto aí do aumento dos combustíveis na bomba, no bolso do eleitor.
20:00Freitas, por favor, solta o VT ali daquele trechinho da coletiva para a gente introduzir o assunto.
20:06E estamos propondo aos senhores governadores, o 17% que fica para eles, em uma vez aprovado o projeto de lei complementar,
20:19nós, o governo federal, zerarmos o ICMS do diesel e nós pagaríamos aos senhores governadores isso que eles deixariam de arrecadar.
20:31Também, o gás de cozinha, nós zeramos o imposto federal Piscofins desde o ano passado,
20:40e desde que os senhores governadores entendam que possam também zerar o ICMS,
20:45nós, o governo federal, ressarceremos aos senhores governadores o que eles deixarão de arrecadar.
20:51também, na gasolina e no etanol, lá no projeto de lei complementar, cai para 17% o ICMS,
21:00e o governo federal se dispõe a zerar o seu tributo federal, PIS, Cofins e CID.
21:09Ou seja, a gasolina também deixaria de ter imposto federal.
21:14Então, essas propostas, que foram colocadas à mesa hoje para os dois presidentes das casas,
21:21eles levarão para os senhores deputados e senadores, mais senadores que na Câmara já foi aprovado o projeto,
21:28em havendo entendimento por parte dos senhores senadores, em se aprovando o projeto de lei complementar,
21:35e em se promulgando, de forma bastante rápida,
21:38uma emenda à Constituição, isso se faria valer imediatamente, na ponta da linha,
21:45para os consumidores, então, essa diminuição de carga tributária,
21:49para enfrentarmos esse problema fora do Brasil, que tem reflexo para todos nós aqui dentro.
21:55A ideia é justamente que uma parte que venha por esse teto, 17%,
22:05seja a colaboração dos estados e municípios,
22:11e o governo federal, por outro lado, transferindo recursos
22:15para qualquer redução de impostos que vá além disso.
22:20Então, se vai haver uma redução de diesel, se vai haver uma redução dos impostos federais também,
22:28como a CID e PIS-COFINS, nessa PEC dos combustíveis e da energia,
22:37o governo federal se dispõe a transferir recursos,
22:41que é uma forma de fazer o repasse para estados e municípios,
22:45ressarcindo, transferindo receitas, para que eles, então, possam reduzir.
22:55Bom, a gente sabe que a gente chega a esse ponto justamente porque até agora
23:00não conseguimos proceder uma reforma tributária decente.
23:04Muitas propostas, o texto que está lá.
23:08Eu queria, antes de a gente entrar no debate em si da reforma,
23:11do imposto único e a sua bandeira,
23:12eu queria saber qual a sua opinião sobre essa solução,
23:16considerando a emergência e considerando todo o debate envolvendo
23:19aprovação de PEC para compensar, transferência de recursos,
23:24queda de arrecadação, queda de superávit,
23:27teto de gasto para os governadores, enfim.
23:30Como é que o senhor enxerga essa discussão?
23:32O senhor acha que é preciso dar uma solução?
23:35Você acha que o encaminhamento que essa solução está sendo,
23:38o encaminhamento dessa solução, como o governo está endereçando, está correto?
23:42Ô Sérgio, como você falou aqui, Cláudio, como você falou aqui...
23:47Desculpa, é que você está com o Sérgio Moro na cabeça.
23:48Todo mundo só te pergunta o Sérgio Moro.
23:51Mas fica à vontade.
23:52Quando ele está aqui no papo formal, vou falar uma coisa bem chula.
23:55Isso é o samba do crioulo doido.
23:57Está certo?
23:58Porque é o seguinte, o governo, eu acho que é um abuso.
24:01Está certo?
24:02Você mantém três anos de aperto ao funcionalismo,
24:05a uma inflação galopante,
24:07e a cada três anos você dá uma esmola eleitoral.
24:11Precisamos acabar com isso.
24:14Isso é uma esmola eleitoral.
24:15Agora, por outro lado,
24:16num sentimento macro,
24:18quando você retém recursos que irão para o Estado,
24:22o Estado também tem seus projetos sociais,
24:25tem seus comprometimentos sociais.
24:27É um cobertor só.
24:30Se você puxar, fica os pés de fora.
24:32Puxa os pés, fica a cabeça de fora.
24:34Não tem.
24:36O Paulo Guedes,
24:38se ele tem um mínimo de pensamento macroeconômico dentro da economia,
24:45sabe que o dinheiro é só um.
24:48Tanto faz, ou por outro faz.
24:50Está certo?
24:51Então, esses projetos sociais, tudo,
24:54podem ser também levados a postos.
24:55Não é só a gasolina que está causando a inflação.
24:59E a gasolina não é problema apenas dos governadores,
25:04de Estado, não.
25:06A gasolina é problema.
25:08E obras estruturantes que não foi feita nenhuma, Sérgio.
25:11Nós temos 13 refinarias no Brasil,
25:14está certo?
25:15E não houve nenhum investimento.
25:17Muito pelo contrário,
25:18a principal refinaria nossa,
25:20que era de Maracaípe, na Bahia,
25:24foi vendida a um fundo árabe.
25:26E a gente continua importando 30% de gasolina.
25:32Exportamos petróleo cru e importamos o petróleo refinado.
25:38E não se faz nada.
25:39Agora, dizer que isso é problema de governo de Estado?
25:42Não.
25:42Isso é problema de planejamento.
25:45Você tem ideia, Sérgio?
25:47Desculpa, Cláudio.
25:49Você tem uma ideia, Cláudio?
25:50A gente está num país que não tem um ministro do planejamento.
25:55Como é que você pode funcionar sem um planejamento?
25:58Mas se o senhor fosse presidente hoje,
26:00se tivesse no lugar do Bolsonaro,
26:02com toda essa emergência,
26:03o problema inflacionário é um problema mundial,
26:05a gente está vivendo a guerra na Ucrânia,
26:07a Rússia, que são fornecedores,
26:09inclusive até de fertilizantes,
26:10de uma série de matérias-primas importantíssimas,
26:13como a Otis,
26:14você tem esse impacto global,
26:16porque a economia hoje planetária é toda interligada,
26:18e a gente está sofrendo também aqui.
26:20Não somos os únicos, né?
26:21Todo esse problema de impacto nos combustíveis,
26:24a gente vê, inclusive, nos Estados Unidos,
26:27algumas medidas muito parecidas com essas
26:29que estão sendo tomadas aqui.
26:30Nova Iorque, por exemplo,
26:31tirou lá um imposto que estava sobre o combustível,
26:34lá 16 centavos na bomba,
26:36para poder baixar.
26:38Se o senhor não concorda com essa solução,
26:40se o senhor fosse presidente hoje,
26:41qual seria a sua solução
26:43para esse problema emergencial,
26:45apesar de todo o senhor ter aí mencionado
26:49uma série de questões estruturantes, estruturais,
26:51a gente tem um problema emergencial, conjuntural,
26:54que a sociedade espera que o poder público
26:58dê algum tipo de resposta.
27:00Se o senhor fosse o presidente?
27:02Não, a gente está de guerra.
27:04É claro que as coisas emergenciais são necessárias.
27:08Para isso, até há poderes constitucionais
27:10que você pode, em estado de emergência,
27:13fazer algumas medidas excepcionais.
27:15Então, é natural.
27:16Se a gente está em estado de guerra, é isso.
27:18Mas esse estado de guerra foi causado
27:20pelos próprios governos que antecederam.
27:24Está certo?
27:25Isso é que a gente não pode.
27:26Por isso, desde o começo desse governo,
27:29que o diretor-geral da Receita Federal
27:33tinha o nosso projeto,
27:35e foi defenestrado por conta do nosso projeto.
27:38Se ter implantado o nosso projeto,
27:40se ele tivesse força e ter implantado o projeto,
27:43ele foi defenestrado,
27:44hoje a gente não estava com esse problema.
27:46Porque a gente tinha uma alíquota simples
27:48e que não ia causar esse tipo de coisa.
27:50Eu tenho 26%, está certo?
27:53Absolutamente que diminui o valor da gasolina
27:56dentro da simplificação tributária.
27:58Estudo feito por técnicos e economistas
28:02insuspeitos de qualquer capacidade científica e técnica.
28:09Então, eu acho que não pode colocar isso no colo.
28:13Eu acho que a responsabilidade é do governo federal
28:16que ele tome as medidas emergenciais.
28:18Agora, vamos levar o país à bancarrota?
28:20Vamos.
28:21Agora, preciso saber também se essas medidas
28:23vão atingir lá na ponta, no bombeiro.
28:27Vai sair lá quando você botar teu combustível.
28:29Eu não sei.
28:32Você estava falando do Marcos Sintra, né?
28:34Que ele...
28:35Isso é bom para a gente voltar um pouquinho
28:37na configuração do primeiro governo,
28:41ali do primeiro ano, primeiro, segundo ano.
28:43Aquele governo de transição, né?
28:45A formação do governo Bolsonaro na transição.
28:48Praticamente, quase todo mundo já caiu, já foi embora.
28:51O Marcos Sintra era o secretário especial da Receita na ocasião.
28:55E uma pessoa da sua confiança que compartilha
28:59da simplificação tributária.
29:02Sou um defensor, ele também, do imposto único.
29:04Isso.
29:05Pode explicar um pouquinho melhor como isso funcionaria?
29:08Qual é a proposta exatamente que estava na mesa do Marcos Sintra,
29:11que levou à queda dele?
29:13Não.
29:13Primeiro, a simplificação tributária.
29:15Eu sempre dizia a Sintra.
29:16Sintra, eu acho que a força da União Brasil,
29:20de você estar lá, tudo,
29:21eu acho que também tem muito a ver teu relacionamento com o Guedes.
29:24Na ocasião era o PSL ainda.
29:25Era o PSL, entendeu?
29:27Agora, eu acho que é importante a gente fazer
29:30essa reforma tributária.
29:32E essa reforma tributária passa por um imposto único.
29:36Um imposto único federal.
29:39Você substitui 11 impostos federais
29:42por um único imposto.
29:44Ou seja, não é a soma dos 11 impostos federais.
29:47Está certo?
29:48É um imposto muito menor do que a soma desses 11 impostos.
29:53onde todos vão pagar.
29:55Aí você diz, como é que pode ser um imposto
29:57ser menos do que a soma dos 11 impostos?
30:00Porque a gente aumenta a base tributária.
30:04A gente sai de uma base tributária
30:06que é impostos declaratórios
30:09para um imposto digital.
30:12Então, isso faz com que
30:13toda essa base tributária,
30:15todos vão pagar.
30:16E todos pagando, todos pagam menos.
30:19E está de tal ordem,
30:21vou te contar uma coisa, Cláudio,
30:22que foi uma briga que eu levarei noite
30:24quase com o Sintra e outros economistas,
30:28eu dizendo, eu quero dar ainda uma isenção
30:30para quem ganha até 5 salários mínimos,
30:33não ter qualquer desconto na folha,
30:35a desoneração total,
30:37nem recolhe nem INSS
30:38e nem imposto sobre rendas.
30:41Quem ganha 6 mil reais,
30:42a valor de hoje,
30:44não vai ter nenhum desconto.
30:45Se o salário é 4 mil reais,
30:47vai receber 4 mil reais,
30:49sem nenhum desconto na sua folha.
30:52Isso está dentro do nosso projeto.
30:53Não estou vendendo aqui ilusão, Cláudio.
30:56E é uma coisa que eu tenho
30:56absoluta certeza e convicção científica
30:59e histórica da nossa economia
31:01que isso é viável, é factível.
31:05Eu me lembro dessa discussão
31:06do Marco Sintra,
31:08porque veio a ideia desse imposto digital
31:12e ele foi batizado,
31:14inclusive pela imprensa,
31:16o próprio ministro Guedes falou em algum momento
31:18que seria uma coisa similar à CPMF,
31:20e aí pronto,
31:21aí já colaram como se fosse a CPMF digital.
31:24O que não tem nada a ver.
31:25E que aí todo mundo já entrou em pânico,
31:28porque assim,
31:28pô, mais um imposto,
31:29acabou de dizer que ia chegar e tal,
31:31e isso evoluiu,
31:33eu acho que o presidente aproveitou e...
31:36Foi, demonizaram ele com isso.
31:37Bom, eu vejo que essa discussão
31:43da reforma tributária
31:44está meio que se...
31:47Está meio que travada lá no Congresso.
31:52E agora essas urgências
31:53acabam mostrando como ela é necessária.
31:56Como ela é necessária.
31:57Como ela é necessária.
31:58Mas ninguém está ligando para isso.
32:00Só agora na hora da esmola eleitoreira
32:03é que os caras lembram.
32:04Quando a gente fala de economia,
32:06a gente fala de responsabilidade fiscal,
32:09a gente fala de teto de gastos,
32:10a gente tem vários desses candidatos
32:12que estão na frente,
32:13tanto o Bolsonaro como o Lula,
32:14de alguma maneira relativizam o teto.
32:16O Lula quer acabar com o teto de uma vez,
32:18e o Bolsonaro quer criar ali um teto solar.
32:22Qual é a sua opinião
32:23sobre o teto de gastos
32:25e a própria lei de responsabilidade fiscal?
32:28Precisa ser atualizada?
32:29Precisa incorporar novos protocolos,
32:34novos padrões,
32:35de acordo com as necessidades
32:36que estão impostas,
32:37que estão aí,
32:39em função dessas emergências todas?
32:41Como é que você enxerga isso?
32:43Olha, o teto fiscal
32:44é uma necessidade de qualquer economia.
32:47Até a sua economia doméstica.
32:50Claudio, você chega em casa,
32:51minha mulher,
32:52hoje, nesse mês,
32:53a gente só pode gastar tanto.
32:54Se gastar mais do que aquilo ali,
32:56você vai tomar dinheiro emprestado,
32:58está certo?
32:59E depois vai rolar uma dívida ali
33:01que é impagável
33:02e não sei o que vai acontecer
33:04na tua vida doméstica.
33:05Porque resolveu,
33:06teve problema econômico,
33:07reflete em tudo na vida da gente.
33:10Então, eu acho que você tem que ter
33:11um teto fiscal estabelecido,
33:13como foi discutido em lei.
33:15O relator, naquela época,
33:16eu me lembro,
33:16foi o Ricardo Fiúza,
33:17eu era parlamentar,
33:19e brigamos muito
33:20por esse teto fiscal,
33:22está certo?
33:22Essa responsabilidade fiscal.
33:25E isso foi feito na época.
33:26Então, hoje,
33:29como é que você vai romper
33:30esse teto fiscal e dizer,
33:31não, seja o que Deus quiser.
33:33Então, o presidente vai lá,
33:34emite o RTM,
33:35emite não sei o que,
33:36já estou falando coisa do passado.
33:38Emite letras do Tesouro Nacional,
33:40vende lá na Bolsa dos Estados Unidos,
33:43está certo?
33:44Títulos da dívida pública,
33:46e amanhã?
33:48Como é que é isso aí?
33:49Qual é a responsabilidade fiscal
33:50que tem o país?
33:51Então, precisa ter.
33:54Eu não sei.
33:55Eu não sei se eu sou mais empresário
33:58do que político,
34:00está certo?
34:01Porque eu não entendo,
34:02eu fico perplexo
34:04com essas atitudes
34:05absolutamente malucas.
34:07Não tem teto fiscal.
34:09Não tem...
34:11Temos que estatizar tudo
34:15como se o Estado fosse o grande...
34:18o grande provedor,
34:20do desequilíbrio social,
34:24que não é...
34:25Você tem que produzir riquezas,
34:27você tem que prestigiar
34:29quem produz riquezas,
34:31está certo?
34:31Porque daí vem realmente
34:33a força econômica de um país
34:36e minora seu desequilíbrio social,
34:39sua desigualdade social.
34:41Então, é esse sentimento que eu tenho,
34:43que nós temos isso
34:44em propostas estabelecidas.
34:46Reduzir o tamanho do Estado,
34:47privatizar...
34:48Não é reduzir o tamanho do Estado,
34:50é o Estado ser exatamente aquilo,
34:52é ser um Estado
34:53que deixe realmente
34:55que a economia flua,
34:56está certo?
34:57dentro da produção
35:00de que cada um
35:01possa realizar seus objetivos
35:03de acordo com seus ideais.
35:05Agora, não é um Estado
35:06leis-se-fair.
35:07Não é, meu quer dizer?
35:08Pode até ser.
35:10Etnologicamente,
35:12valeria hoje
35:13é uma palavra ruim,
35:14mas não.
35:15Mas é um Estado
35:16que não seja aquele Estado
35:19mercantilista,
35:20que foi o Brasil
35:22do governo
35:24dos militares.
35:26Não é um Estado
35:28que você privilegie
35:29apenas a que poucos empresários,
35:32está certo?
35:32Em detrimento
35:33da grande massa
35:34que produz nesse país.
35:35Não.
35:36É um Estado
35:36onde você
35:37privilegie
35:38o consumidor.
35:40Esse é que é importante.
35:41Esse é que tem que ter opção.
35:43Dizer,
35:43ah, não,
35:44você tem que
35:46privatizar a Petrobras.
35:47Não.
35:48Por que privatizar a Petrobras?
35:49Deixa a Petrobras.
35:51Ela tem um know-how
35:52muito grande,
35:53muito bom.
35:54Os técnicos estão lá,
35:56fizeram curso no exterior.
35:58É uma empresa
35:58perfeita,
36:00está certo?
36:01Agora,
36:01é preciso que tenha também
36:03um contraponto.
36:04Tenha outras empresas
36:05que ela possa competir
36:06no mercado.
36:08O monopólio é que é ruim.
36:09Tanto privado
36:10quanto público.
36:13O liberalismo,
36:14por si só,
36:15ele não tem a ação
36:16e a vontade
36:17de tomar conta,
36:19está certo?
36:19dos bens públicos.
36:21Esses têm que existir.
36:22Você acha que tem que
36:23mudar essa
36:24regra de paridade
36:26do preço do combustível
36:28com lá fora,
36:29com o dólar?
36:31Isso você muda
36:34no momento
36:35que existir
36:35uma empresa aqui
36:36que também seja
36:37de prospecção
36:38similar à Petrobras,
36:40que seja de distribuição,
36:43que seja de refino,
36:44está certo?
36:45Você tem que ter
36:45empresas aqui
36:46que façam competição
36:47com a Petrobras.
36:49porque o grande
36:50juiz
36:54dessas contendas
36:56de preço
36:56vai ser o consumidor.
36:58O consumidor vai dizer
36:59não,
36:59eu vou
37:00usar combustível
37:02do posto
37:02X.
37:03Você acha que ainda
37:04dá tempo
37:04considerando aí
37:06todos os
37:06novos protocolos,
37:08mudança de matriz
37:08energética
37:09para menos poluente?
37:10Você acha que
37:11ainda há tempo
37:13para atrair
37:14investidor privado
37:16para explorar
37:16o resto do pré-sal
37:18e ainda
37:18extrair essa riqueza
37:20como propulsor
37:23da economia?
37:23Cláudio,
37:24nunca é tarde
37:25para a gente
37:26aprender e para a gente
37:27amar.
37:28Então,
37:29para você construir,
37:30você tem que partir,
37:32tem que sair,
37:33tem que estar
37:34dentro desse processo
37:36para mudar.
37:38Se você não sair disso,
37:39vai continuar sempre,
37:41mas tem que ter um start,
37:42tem que ter um V0,
37:43está aqui para frente,
37:45tem que ter coragem.
37:46ainda no seu programa,
37:49no programa que o senhor
37:50está elaborando aí,
37:51o senhor chamou,
37:52o senhor convidou
37:53Mendonça Filho,
37:55o próprio Sérgio Moro
37:56para contribuir,
37:58o Mandetta,
37:59eles vão contribuir
38:00na elaboração
38:01desse programa
38:01de governo.
38:03Tem mais alguma
38:04outra proposta
38:05que o senhor
38:05vale a pena
38:07trazer
38:07para expor
38:09para os nossos
38:09espectadores
38:09dessas suas,
38:11do que está sendo
38:12elaborado?
38:13Olha,
38:14Cláudio,
38:14deixa eu te contar,
38:15eu conversei longamente,
38:18o Mandetta já mandou
38:19um projeto,
38:20o Moro também
38:21sobre segurança pública,
38:23o Mendonça também,
38:25o Fernando Filho
38:26que foi ministro
38:27de Minas e Energia
38:28também,
38:30eu sou muito,
38:32eu falo tudo,
38:33você me traz aqui
38:34que você perguntar
38:34e eu falo.
38:35Hoje, por exemplo,
38:36tem uma conversa
38:37nossa do meu
38:38vice-presidente,
38:39está certo,
38:40com o Meirelles
38:40que também está
38:41vindo para o projeto,
38:43hoje conversei
38:43também com o Sintra,
38:44está certo?
38:45Então,
38:46estamos com
38:46um processo
38:48de pessoas
38:49que conhecem,
38:51que foram
38:52exitosos
38:53nas suas gestões,
38:55então,
38:55ele não está chegando
38:56aqui com
38:56fazer um
38:58paralelo ao passado
39:00com a República
39:01das Alagoas,
39:01não,
39:02estamos chegando aqui
39:02com uma República
39:03brasileira,
39:05de gente que foi testada,
39:06teve êxito,
39:07vamos fazer um projeto
39:08Brasil
39:09do tamanho
39:10que merece
39:11a sociedade brasileira.
39:12esse projeto,
39:12a sua candidatura,
39:13ela abriga,
39:16ela está aberta
39:17a alianças
39:18com outros nomes,
39:19eu sei que o senhor
39:19tentou
39:20em vão
39:22fazer uma
39:23aliança
39:24com a própria Simone,
39:25com os outros nomes
39:26da terceira via,
39:27agora a Simone
39:28está aí com a candidatura
39:29dela,
39:31e ainda não sabe,
39:32a gente não sabe ainda
39:33se vai ter um vice,
39:34que vice que vai ser,
39:35efetivamente,
39:36se vai ter viabilidade
39:36ou não,
39:37mas temos também
39:39o Ciro,
39:40o senhor está aberto
39:42a trazer,
39:43a conversar,
39:44a se aliar
39:45a um projeto
39:46que finalmente
39:47tenha mais musculatura
39:49para chegar
39:50a um segundo turno,
39:52por exemplo,
39:52para enfrentar,
39:53para tentar romper
39:54essa radicalização?
39:55Claro,
39:55o aspecto político
39:57é importante,
39:57a aglutinação de força.
39:59Agora,
39:59eu vejo o PSDB,
40:00o partido,
40:02similar ao nosso,
40:03como era o DEM,
40:05entendeu?
40:05Nós temos,
40:06nós bebemos
40:07da mesma fonte
40:08os três partidos.
40:10A qualidade
40:10de inteligência,
40:12de intelectuais
40:13que tem dentro
40:14intelectuais políticos
40:15do PSDB
40:16é muito grande.
40:18Então,
40:18oxalá,
40:19nós pudéssemos
40:20estar junto
40:21nesse processo
40:22de reformulação
40:24desse pensamento
40:26arcaico
40:26do Estado brasileiro
40:27que chega a ser
40:28quase mercantilista.
40:30Então,
40:31eu acho que o PSDB
40:32é um partido
40:33que tem muita,
40:34e por outro lado,
40:35é um partido
40:36onde eu tenho
40:37a impressão
40:38que é feito
40:38o União Brasil.
40:40Não estou aqui
40:40para eu falar
40:40de outros partidos.
40:42Eles podem juntarem-se
40:43de repente,
40:44sua executiva,
40:47e definir
40:47o seu projeto
40:49majoritário,
40:50diferente
40:51de outros partidos
40:52que estão muito,
40:54são partidos
40:55que são mais
40:55para a confederação
40:56do que partidos políticos.
40:58Então,
40:59eu tenho a impressão
41:00que o PSDB
41:01é o que mais
41:01se aproxima
41:03para a gente
41:04ter realmente
41:04essa homogeneidade
41:06de pensamento
41:07e indefesa,
41:08não só de hoje,
41:09mas também de amanhã
41:10do nosso país.
41:11Então,
41:11eu estou ouvindo aqui
41:12uma possibilidade
41:14do PSDB vir
41:14para dentro
41:15da sua candidatura
41:15como vice,
41:17ou substituir,
41:18o senhor virar vice
41:19de alguém.
41:19O senhor gostava
41:20muito do nome
41:21do Eduardo Leite,
41:22lá quando estava
41:23naquelas primeiras conversas.
41:25ontem eu conversei
41:27com o Eduardo Leite,
41:28uma conversa amena,
41:29mas conversei com ele,
41:31está certo?
41:31Não para,
41:32porque a União Brasil
41:34já passou
41:35por uma convenção,
41:37melhor dizendo,
41:38uma pré-convenção,
41:39porque a convenção
41:40legal
41:41é só em agosto,
41:43mas já fizemos,
41:44todos subscreveram,
41:45somos 17 membros,
41:46como eu te falei,
41:47todos subscreveram,
41:49não foi 99%,
41:50não,
41:50foram 100%,
41:51então já apresentaram
41:53o candidato a presidente.
41:54Então,
41:55para você tirar isso,
41:56tem que fazer
41:57nova reunião
42:00desse conselho instituidor,
42:01que não é fácil,
42:02está certo?
42:03Então,
42:04isso já foi feito.
42:05Agora,
42:06nada impede,
42:07está certo,
42:07de que a gente abra conversas.
42:09Agora,
42:10é preciso que,
42:11nós avançamos muito,
42:12nós temos nosso projeto econômico,
42:14nós temos nossos ideais,
42:16então é preciso
42:17que estejam alinhados
42:18nesse nosso projeto,
42:19porque nós estamos
42:20muito convictos,
42:22sabe,
42:22Claudio,
42:22que a gente pode mudar
42:23esse país.
42:24eu tenho certeza
42:25que a gente vai mudar.
42:26Essa desoneração
42:27que a gente vai fazer
42:28da Folha,
42:29de quem ganha
42:30até 6 mil reais,
42:31isso é uma realidade,
42:32está certo?
42:33São mais de 20 milhões
42:37de pessoas declarantes
42:39e 38%
42:41da população brasileira
42:43que ganha
42:43menos de 6 mil reais.
42:46Muito bem.
42:46quando o senhor fala
42:47dessa aliança,
42:49dessa simpatia,
42:51né,
42:51que existe
42:52de um certo alinhamento,
42:53uma certa aproximação
42:54com o PSDB,
42:56da União Brasil
42:57com o PSDB,
42:58eu gostaria de perguntar o seguinte,
43:00qual o PSDB?
43:00O PSDB do Dória,
43:02do Aécio,
43:03do Eduardo Leite,
43:04do Tasso,
43:05qual o PSDB?
43:05Olha,
43:06eu acho que todos
43:07nós estamos conscientes,
43:08acho que todos
43:09temos o mesmo pensamento.
43:11O Dória,
43:12o Tasso,
43:13o Aécio,
43:15o Leite,
43:16temos todos
43:16o mesmo pensamento.
43:18As questões internas dele,
43:19eu desconheço
43:19que eu não sou do PSDB,
43:21mas eles pensam
43:22iguais a nós.
43:24Eu acho que
43:25não tem nenhum problema.
43:26Quando eu vejo
43:27esse cenário,
43:28eu fico assim,
43:30o senhor mesmo
43:30mencionou no lançamento
43:32da sua pré-candidatura
43:33essa necessidade
43:36que o senhor viu
43:37de se colocar
43:38como candidato.
43:40E quando a gente olha
43:41esse cenário
43:42de pré-candidatos,
43:44de pré-candidaturas,
43:44a gente vê que
43:47a política brasileira
43:54e a política partidária
43:56especialmente,
43:58ela não produziu
43:59novas lideranças.
44:01Então, assim,
44:01são os mesmos nomes
44:03de várias outras eleições.
44:06Alguns até eram opositores,
44:07agora estão juntos,
44:08como no caso
44:09do Alckmin e do Lula.
44:10Então, assim,
44:12parece que aquele jogo
44:13aí muda um jogador
44:14daqui,
44:15mas você não tem
44:15jogador novo,
44:17você não tem nenhum craque
44:18surgindo,
44:19você não tem
44:20nenhum camisadé,
44:23você não tem, sabe,
44:24nomes realmente novos
44:26eu sou como presidente
44:27de um partido,
44:28eu fico me perguntando
44:29aqui,
44:29o que está acontecendo
44:31com os partidos?
44:32Eles deixaram de se dedicar
44:34a formar gestores
44:37e lideranças políticas?
44:39não, não,
44:41eu acho o seguinte,
44:42veja bem,
44:42primeiro é como você falou,
44:44há um preconceito,
44:46ninguém deixa
44:47que apareça
44:48uma nova,
44:49uma novidade,
44:50há um preconceito
44:50normal.
44:51Isso é da natureza
44:52humana,
44:53nós somos reacionários,
44:54eu não sei o que
44:55aquela pessoa pensa,
44:57porque antes
44:58do discurso
44:59vem o homem,
45:00por mais discurso
45:01bonitinho
45:01que nós tenhamos,
45:02o que eu estou te falando
45:03aqui,
45:03eu tenho minhas convicções
45:05morais,
45:06intelectuais
45:07que são verdadeiras,
45:08mas eu preciso
45:09que ele acredite em mim,
45:11e isso
45:12a uma distância
45:13razoável,
45:16eu preciso vencer
45:17essa distância razoável
45:18para informar
45:20que isso que eu estou falando
45:20é verdadeiro,
45:22e eu só posso comprovar isso
45:24pela minha vida,
45:26pela minha gestão de vida,
45:27desde 1985
45:30que eu escrevo
45:32sobre tudo isso
45:32que eu estou falando agora,
45:34ainda há pouco
45:35lá no partido,
45:37eu estava falando
45:37sobre,
45:38com relação a subsídios
45:40e incentivos,
45:41que eu tinha escrito
45:42isso no passado,
45:43está certo?
45:44Há uma diferença,
45:45você pode cortar
45:46os subsídios,
45:47mas os incentivos fiscais
45:48eu não posso deixar
45:49de cortar,
45:50eu não posso deixar
45:51de cortar também
45:52de ter
45:53um
45:54teto fiscal,
45:56isso eu escrevi
45:58em 1985,
45:59Cláudio,
46:00eu não sou aqui
46:00um velho
46:01de Matusalém não,
46:03mas foram
46:03já os meus
46:04primeiros sentimentos
46:06econômicos
46:06dentro de uma faculdade,
46:07embora uma faculdade
46:08de direito,
46:09mas eu fiz depois
46:10cursos sobre economia,
46:12e eu vejo
46:13que isso
46:13é uma realidade,
46:15e isso ainda
46:16hoje está aqui,
46:18mandamos reeditar
46:19esse livro meu
46:20de 1985,
46:21que foi reeditado
46:22até agora,
46:23está certo?
46:24E vamos
46:24republicá-lo,
46:26um livro
46:26de trinta e tantos
46:28anos atrás,
46:29e que está
46:29absolutamente atualizado,
46:31outro dia
46:32varei a noite
46:33lendo o livro,
46:33disse,
46:33rapaz,
46:34parece que eu escrevi
46:35esse livro ontem.
46:37Isso só mostra
46:37que as nossas
46:38mazelas permanecem
46:40presentes do dia a dia.
46:42Exatamente.
46:42O senhor,
46:43como presidente
46:43de um partido
46:44que hoje tem aí,
46:45me corrija se eu estiver
46:46errado,
46:46tem acesso a uma fatia
46:47do fundo eleitoral
46:48de um bilhão,
46:49é isso?
46:50O senhor concorda
46:51com esses valores?
46:52O senhor acha
46:52que é necessário
46:53um bilhão de reais
46:54para um partido
46:54tocar uma campanha,
46:56várias campanhas,
46:58ainda que a gente
47:00considere o Brasil
47:01um país de dimensões
47:02continentais,
47:04houve mudanças
47:04na legislação eleitoral
47:05justamente para reduzir
47:06o tamanho da campanha,
47:08para se gastar menos,
47:09e hoje,
47:09com tanta tecnologia,
47:11a gente está fazendo
47:11aqui a nossa entrevista
47:12a uma plataforma
47:13digital,
47:15tudo se torna
47:16também um pouco
47:17mais barato.
47:18Precisa desse valor?
47:19O senhor é a favor?
47:20O senhor é contra?
47:21Como é que o senhor
47:22pensa disso?
47:23Deixa eu te falar
47:24uma coisa,
47:24Cláudio,
47:24eu falo tudo,
47:25eu não tenho aqui
47:26nenhuma campanha
47:27eleitoreira.
47:28Deixa eu te contar.
47:30Se você não tem
47:31um fundo especial,
47:34você só ia ter
47:34dois candidatos,
47:36o candidato
47:37do presidente
47:37da república
47:38e o candidato
47:38dos governadores,
47:41porque a tendência
47:42do político
47:42é estar
47:43até o mínimo
47:45de poder
47:45para poder fazer eleição.
47:46Usar a máquina
47:47para fazer.
47:49Quando você vem
47:49com fundo especial
47:50de campanha,
47:52aí é um contraponto
47:53a isso.
47:54Você observa
47:55que agora
47:55na janela partidária,
47:57como a gente chama,
47:58a mudança
47:58de um candidato
48:00de um partido
48:00para o outro,
48:01nós mantivemos
48:0256 deputados federais.
48:05Mantemos
48:0610 senadores,
48:10mantivemos
48:1113 pré-candidatos
48:12a governador
48:13do estado.
48:14Por conta disso,
48:15o que é que nós
48:16estamos contrapondo
48:17a governos estaduais
48:19e ao governo
48:21do Planalto?
48:22Por causa
48:23do fundo especial
48:23de campanha.
48:24Porque se não houvesse,
48:26pode ficar certo
48:27que hoje
48:28o União Brasil
48:28não tinha
48:29nenhum candidato.
48:30E dá para gastar
48:31isso tudo,
48:32dinheiro,
48:32numa campanha?
48:34Ou em várias campanhas?
48:36Olha,
48:37se você
48:38dividir isso
48:39pelo número
48:39de candidatos
48:40de acordo com o TSE,
48:41dá 10.500 reais
48:43para cada candidato.
48:44É,
48:45mas a gente
48:45não tem
48:46ainda uma regulamentação
48:48que garante
48:49essa divisão
48:49de forma democrática.
48:50Isso fica muito
48:51nas mãos
48:52do próprio cacique.
48:53E aí,
48:53a gente também percebe
48:54reclamações,
48:55queixas de outros candidatos,
48:56de quem está querendo
48:57entrar na política,
48:58de que normalmente
48:59esses caciques partidários
49:00acabam privilegiando
49:01os candidatos
49:02que já têm mandato.
49:03Olha,
49:04Claudio,
49:05um problema
49:06que nós temos,
49:07todos os partidos
49:07enfrentam,
49:08é o seguinte,
49:10a gente tem que ter
49:11muito cuidado.
49:12Você veja,
49:12embora eu nunca fui
49:13nem indiciado,
49:14nem nada,
49:14sobre o negócio
49:15de laranja,
49:15mas a narrativa
49:17da imprensa
49:17que prevalece...
49:18Só lembrando aqui,
49:19está citando o caso
49:20das candidaturas
49:21laranjas,
49:21que surgiram
49:22em função
49:23das cotas
49:25para candidaturas
49:25femininas
49:26na campanha de 2018,
49:28foram abertas
49:28algumas investigações,
49:30mas nenhuma...
49:32O senhor não foi
49:32investigado sobre isso?
49:33Nenhuma.
49:34Foi citado em algumas
49:35reportagens,
49:35foi investigado?
49:36Foi.
49:36E as que foram
49:37investigadas,
49:37os quatro que foram
49:38investigadas,
49:39foram arquivadas.
49:40O Ministério Público
49:41pediu o arquivamento.
49:42Mas o que é?
49:43Não tinha o crime?
49:44Foi uma interpretação
49:45equivocada?
49:46Não, não tinha o crime,
49:47não tinha.
49:47Elas fizeram
49:48a própria
49:49campanha delas.
49:50Agora tiveram
49:51poucos votos,
49:52é isso que eu estou
49:52te dizendo.
49:53Então, se você
49:54põe dinheiro
49:54equitativamente,
49:57está certo?
49:57A todos os candidatos,
49:59você, de repente,
50:00vai ter um candidato
50:01que vai ter um valor
50:01muito grande
50:02e vai ter poucos votos.
50:04Vai cair nesse problema
50:05de candidato laranja,
50:07o que a gente
50:07não pode deixar ocorrer.
50:08então é preciso
50:10que você
50:11tenha uma percepção,
50:13claro,
50:13a percepção humana
50:14é falha,
50:15de saber qual
50:16candidato que pode chegar.
50:18Aí você aposta nele,
50:19independente de cor,
50:20de raça,
50:21de religião.
50:21Mas tem uma coisa
50:22nesse mecanismo
50:24que me incomoda,
50:25que é, por exemplo,
50:26quando a gente,
50:27eu até escrevi um artigo
50:28um dia desse sobre isso,
50:29quando, por exemplo,
50:30uma possibilidade,
50:31o Sérgio Moro
50:31vir candidato
50:32a deputado federal
50:33ou qualquer outro
50:35puxador de voto.
50:37A gente tem essa
50:37coisa do puxador de voto.
50:39Puxador de voto,
50:40que é uma celebridade,
50:42uma personagem conhecida,
50:44uma autoridade,
50:45enfim,
50:46alguém que vem
50:46para a campanha,
50:47que já tem um recall,
50:48já tem o seu público,
50:49já tem a sua audiência,
50:50e normalmente essa pessoa,
50:51esse candidato
50:52é o preferido do partido
50:54porque ele é eleito
50:56e aí no coeficiente eleitoral
50:57ele tem uma explosão de voto,
50:58tem muita votação
50:59e isso acaba abrindo
51:02uma janela
51:02para que outros deputados
51:04sejam eleitos
51:06dentro dessa votação.
51:08Às vezes,
51:08esses deputados
51:10individualmente
51:11têm uma votação menor
51:11do que outros
51:12que acabam ficando de fora.
51:14Isso nos criou
51:15um problema de representatividade,
51:16só de concordar comigo
51:17que hoje o Congresso,
51:19a Câmara dos Deputados
51:20eleita em 2018,
51:21só 5%
51:23desses deputados
51:24foram eleitos
51:24com voto direto,
51:2527 deputados,
51:26o resto vieram
51:27nesse bojo
51:29das candidaturas
51:31de puxador de voto.
51:32E lá no próprio
51:33União Brasil
51:33de São Paulo,
51:34por exemplo,
51:34quando a gente escrevia
51:35esse artigo,
51:36fui pegar lá
51:37e ver quem é que estava,
51:39quem eram os pré-candidatos
51:40possíveis de serem eleitos
51:41junto com o Sérgio Moro,
51:43por exemplo,
51:43e tinha lá
51:44o Kid Bengala,
51:44por exemplo.
51:45O que o Kid Bengala
51:46acrescenta numa campanha
51:47ou ao Congresso Nacional,
51:49à Câmara dos Deputados?
51:50É, o fato é o seguinte,
51:52o nosso sistema
51:53é partidário,
51:55tá certo?
51:55Ou você acredita
51:56no partido
51:57ou não tem jeito.
51:58Nós temos uma candidata
51:59que teve 2 milhões
52:00de votos em São Paulo
52:01para deputada estadual,
52:03no momento que ela
52:04sai do partido,
52:05agora,
52:07tá certo?
52:07Ela pode até
52:08isoladamente
52:09ter uma votação expressa.
52:10Janaína.
52:11É, Janaína.
52:12mas, se ela está
52:14no partido,
52:15tá certo?
52:15A eleição dela
52:16para qualquer cargo
52:17seria muito representativo,
52:19porque é a marca do partido
52:21e as pessoas
52:22não entendem isso,
52:24tá certo?
52:24Você tem ou tem
52:25deputados que estavam
52:26no partido,
52:27tinha toda a notoriedade,
52:29era líder,
52:29era presidente de comissão,
52:31saiu do partido,
52:32saiu da telinha
52:33da principal televisão
52:34que tem,
52:35tá ferrado.
52:36Então,
52:37o partido político
52:38é importante
52:39para você ver a marca.
52:41Ah, fulano é do PT.
52:42Ah, no PT eu não voto.
52:44Ah, é PT, PT eu voto.
52:46Aquilo é
52:46União Brasil,
52:47União Brasil eu voto.
52:49Por isso,
52:49a minha briga
52:49é muito grande
52:50para a gente,
52:52embora não sejam
52:53os egressos
52:55que formaram
52:55União Brasil
52:56não sejam novos,
52:57mas União Brasil
52:58é um partido novo.
52:59Então,
53:00o número 44,
53:01a gente vai colocar
53:02com toda a força
53:03e mostrar
53:05o perfil
53:06que é o 44,
53:08que é um partido
53:09a favor
53:11da liberdade
53:12econômica
53:12e a favor
53:13da liberdade
53:15política.
53:16Então,
53:17isso é que é
53:17União Brasil.
53:19E isso é que
53:19nós vamos perseguir
53:20e mostrar
53:21ao público brasileiro
53:22que União Brasil
53:24é um partido
53:25com cara e feição
53:26definida.
53:27Mas você acha
53:28que não dá
53:28para melhorar
53:29um pouquinho
53:29esse sistema
53:30para a gente
53:31não ter
53:32tiriricas
53:33e até outros candidatos?
53:35Muitas vezes,
53:35você vai ver
53:36um ranking
53:36de políticos,
53:37igual eu trouxe
53:37aqui ontem
53:38um diretor
53:39daquele ranking
53:40dos políticos.
53:41Aí você vai ver
53:41os políticos,
53:43tem vários políticos
53:44que você nunca
53:44ouviu falar.
53:46Câmara do Deputado,
53:47513 deputados.
53:48Tem deputado
53:48que sujeito
53:50nunca fez nada
53:51na vida,
53:52permaneceu
53:52sem fazer nada
53:53e vira uma inutilidade,
53:55quer dizer,
53:55vira apenas
53:55um gasto público.
53:57Não dá para...
53:58O que dá
53:58para melhorar
53:59nessa política?
54:01Para melhorar
54:02a representatividade?
54:04Afinal,
54:05a gente está
54:05na República.
54:05Para melhorar
54:06a representatividade
54:07na Câmara
54:09dos Deputados,
54:10que é a Casa do Povo,
54:11o que é possível
54:12fazer?
54:12O senhor consegue
54:12enxergar,
54:13como experiente
54:14nessa área,
54:16como dirigente
54:16partidário,
54:17o senhor enxerga
54:17algum caminho
54:18para tentar
54:19melhorar
54:20a qualidade
54:21desses representantes
54:23para que a gente
54:23não fique só
54:24nessa coisa de
54:25traz o influencer
54:27aqui que tem
54:2810 milhões de seguidores
54:29no Instagram,
54:29que aí ele vai
54:30fazer uma bancada
54:31enorme e o que
54:32nos interessa
54:33é o fundo partidário,
54:34é o fundo eleitoral,
54:35que esse é o pensamento
54:36de muitos dirigentes
54:37partidários hoje.
54:38Não, natural
54:39que essas distorções,
54:41como nos Estados Unidos,
54:42o republicano
54:42e o democrata,
54:43tem 200 partidos políticos,
54:45mas eles é que tem
54:46a grande maioria
54:47nos seus estados
54:48e o sistema lá,
54:49quem tiver
54:50maior número
54:51de delegados eleitos
54:53no estado,
54:53leva todos.
54:54Aqueles que votaram
54:55contra o Trump
54:56ou contra o Joseph Biden,
54:58ficaram a ver navios,
55:01porque por um voto
55:02perdeu o voto dele,
55:04tá certo?
55:05Então isso no sistema
55:06americano é pior
55:06do que o nosso,
55:08tá certo?
55:08Chuchon dizia,
55:09a democracia
55:10é muito ruim,
55:13mas é a melhor
55:13entre todas.
55:15Então o nosso sistema
55:16democrático
55:16vê essa parte partidária,
55:19eu sou muito
55:19defensor disso,
55:22a legislação
55:22cada dia avança,
55:24hoje criamos realmente
55:26a cláusula de desempenho
55:27que foi muito boa,
55:29tá certo?
55:30E esse ano
55:31já vai peneirar
55:33mais ainda,
55:33entendeu?
55:34Eu acho que vai ficar
55:34no máximo
55:35uma dezena
55:36de partidos políticos,
55:38embora eu acho
55:39que é um sistema
55:41que tem suas falhas,
55:42concordo com você,
55:44mas é inescapável,
55:46tá certo?
55:47Mas a gente um dia
55:48vai chegar à perfeição,
55:49eu não sei se
55:50com a avança agora
55:51do digital,
55:54tá certo?
55:55dessa tecnologia,
55:56dessa ferramenta
55:56que nós temos hoje,
55:58a gente possa suplantar isso,
55:59mas no momento
56:00o sistema é esse
56:01e a gente tem procurado
56:03o melhor possível.
56:05Uma palavra
56:05para classificar
56:06o Bolsonaro
56:06e outra para o Lula.
56:10Então,
56:11um,
56:12eu acho que
56:13é uma ameaça
56:14à democracia,
56:16tá certo?
56:17E outro,
56:19é um pensamento
56:20extremamente retrógrado
56:21à economia moderna.
56:23moderna.
56:23Perfeito.
56:24Freitas,
56:25põe o videozinho
56:26da mesa,
56:28dos cumprimentos
56:30do lançamento
56:30da pré-candidatura do Bibá,
56:31por favor.
56:32No jogo tão importante
56:41não se pode jogar
56:43nem só pela esquerda
56:45nem só pela direita
56:48se o Brasil
56:50se o Brasil
56:50quer melhorar
56:53deixa o meio
56:55de campo
56:56jogar
56:58vem e vá
57:00vem e vá
57:02só com ele
57:05nosso time
57:06vai treinar
57:07vem e vá
57:10vem e vá
57:13o imposto único
57:15todos vão ganhar
57:17vem e vá
57:20vem e vá
57:22o Rio Brasil
57:25o país vai levantar
57:28meu senhor
57:30minha senhora
57:31sua vida vai melhorar
57:33pode acreditar
57:35vai ficar mais barata
57:37é o imposto só
57:40e você paga menos
57:42que o Rio
57:44e o Brasil
57:45vai recolar
57:47Essa imagem
57:53chamou muita atenção
57:54dos espectadores
57:56quando ela
57:57veio ao tono
57:58porque especialmente
57:59aqueles que são muito
58:00engajados
58:01apoiadores da Lava Jato
58:03no combate à corrupção
58:04em função de você ter
58:05ali na mesa
58:06diversos nomes
58:07e alguma coisa
58:08de alguma maneira
58:08foram citados
58:09em algumas planilhas
58:10de empreiteiras
58:12e de frigoríficos
58:13o senhor falou
58:14que pediu para o Moro
58:15fazer um projeto
58:16de segurança pública
58:17vai ter também
58:18projeto para combate
58:19à corrupção?
58:20Naturalmente
58:20naturalmente
58:21eu acho que
58:22a corrupção
58:23ela
58:24ela
58:25ela
58:25ela
58:26ela é muito
58:26nefasta
58:27para qualquer país
58:28mas a má gestão
58:30é pior ainda
58:31eu acho que o maior
58:32terrorismo que a gente
58:33tem é uma má gestão
58:34isso é incrível
58:35isso a gente vai
58:36redirecionar
58:37quando a gente junta
58:39corrupção e má gestão
58:40então
58:40então é o céu
58:41vamos ter um país
58:43desenvolvido
58:43acho que é o que a gente
58:45está vivendo hoje não?
58:46estivemos aqui com o Luciano Bivar
58:48muito obrigado
58:49pela presença aqui no Papo Antagonista
58:51o programa permanece aberto
58:53para futuras conversas
58:55Música
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