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A diretora de estratégia da Box1824, Julia Curan, analisou cinco tendências que devem guiar o futuro dos bancos: autonomia, confiança, conexão, capacidade e propósito. O estudo, feito em parceria com a CIT, revela como o setor precisa se adaptar ao comportamento do novo consumidor.

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Transcrição
00:00O sistema financeiro brasileiro vive um ponto de virada.
00:04Um novo relatório da Box 1824, em parceria com a CIT,
00:09aponta cinco grandes tendências que revelam como os bancos precisam se reinventar
00:14para acompanhar o comportamento do consumidor.
00:17E não é só sobre tecnologia.
00:20Quem está com a gente vai explicar é a Júlia Curan,
00:22diretora de estratégia da Box 124, que liderou esse estudo.
00:28Júlia, boa tarde para você.
00:29Muito obrigado pela sua participação ao vivo aqui com a gente no Radar.
00:33Júlia, antes de mais nada, eu vou apresentar aqui o resultado desse estudo
00:37com essas cinco grandes tendências e pedir para você comentar em seguida.
00:43Então, esse estudo apontou aqui como tendências autonomia, confiança,
00:47conexão, capacidade e propósito.
00:51Como é que tudo isso se encontra, Júlia?
00:54O que tudo isso indica?
00:55Que caminho tudo isso indica?
00:58Boa tarde, boa noite a todos que estão aí nos ouvindo.
01:02Na verdade, esse relatório parte de um princípio muito interessante
01:07que acho que acaba norteando a gente aqui na Box,
01:09que é olhar primeiro para as pessoas.
01:12Então, obviamente, em tempos de inteligência artificial,
01:16de evoluções muito rápidas da própria tecnologia,
01:19a gente tende a olhar para essas tecnologias para buscar respostas.
01:23Mas o que diferencia um pouco a nossa visão e aí como negócio,
01:29e acho que também esse ponto de vista para o estudo,
01:31é entender o que vem por trás, quais são as demandas das pessoas.
01:35Então, quando a gente destaca essas cinco palavras,
01:39quando a gente destaca esses cinco comportamentos,
01:41é entender quais são essas expectativas das pessoas em relação a qualquer tipo de interação
01:46que elas vão ter, seja com uma marca do setor financeiro ou não,
01:50uma marca comum no geral.
01:53E aí, partindo delas, então, autonomia, confiança, conexão, capacidade e significado,
01:57a gente mapeou cinco grandes tendências aí que impactam,
02:02não só o comportamento, então, como as pessoas querem e esperam se relacionar,
02:07mas também as tecnologias que vêm a partir dessas expectativas.
02:12Júlia, e parece a vocês que essas tendências estão sendo endereçadas?
02:17Elas estão no radar daquilo que as instituições financeiras brasileiras estão fazendo?
02:23Sim, elas estão.
02:24Então, acho uma coisa até importante da gente desmistificar um pouco.
02:28Quando a gente pensa em inovação,
02:30muitas vezes a gente acaba associando a referências do norte global,
02:34então, seja os Estados Unidos, Europa, e no Brasil a gente tem muitas inovações
02:38respondendo a essas demandas, né, essas demandas das pessoas.
02:42Então, quando a gente pensa no PIX, por exemplo,
02:44que é algo que é, inclusive, estudado mundialmente como uma tecnologia disruptiva
02:49para pagamento, para o setor financeiro,
02:52é algo que traz muita facilidade, algo que traz muita autonomia, por exemplo, para as pessoas, né.
02:57Quando a gente fala, por exemplo, da interoperabilidade entre os bancos
03:03e das informações que agora os bancos podem trocar,
03:06também a gente está falando de transparência,
03:08que é uma outra demanda das pessoas, né.
03:10Quando a gente fala do Open Finance, a gente está atendendo a essa demanda.
03:15E o próprio DREX, né, que é a moeda digital brasileira,
03:18que está em desenvolvimento, está em fase de testes,
03:20que tem um lançamento previsto agora para 2025,
03:24também é um jeito de trazer mais autonomia, vamos dizer,
03:28e até mais confiança para as pessoas aí em transações digitais.
03:35Então, a gente vê, sim, o mercado brasileiro respondendo, tá.
03:38Então, às vezes, a gente tem uma mania de diminuir as nossas iniciativas,
03:44as nossas criações, vamos dizer, mas a gente é um país muito criativo, né.
03:48E eu acho que temos visto alguns exemplos bem interessantes nesse caminho.
03:52Tem o PIX automático também entrando agora nesse cardápio aí de ferramentas,
03:57de soluções, né, que acabam tornando o sistema financeiro mais democrático aqui no Brasil.
04:03Agora, você apontaria algum ajuste que precisa ser feito?
04:07Tem algo que salte aos olhos, né, olhando para esse cenário, para essas tendências?
04:11Algum ponto de ajuste que precisa ser feito, vamos dizer, para aprimorar essa rota?
04:16Uma das tendências que a gente traz está muito ligada à conexão cultural,
04:23a conexão com particularidades regionais.
04:26A gente chamou essa tendência de conexão é dinheiro,
04:29porque a gente sabe, inclusive, que quando a gente cria vínculos emocionais com as pessoas,
04:34as pessoas voltam a comprar da gente ou se fidelizam, né, falando das marcas.
04:39Então, uma coisa não à toa, um exemplo disso, a gente vê, por exemplo,
04:42grandes bancos, grandes instituições financeiras patrocinando os maiores shows abertos
04:48que a gente teve no Rio de Janeiro, seja com Madonna, seja agora com Lady Gaga.
04:52Então, eu acho que um grande desafio é a gente adaptar, eu falo que é colocar a tecla SAP, né,
04:57mas trazer para o nosso contexto, trazer para os contextos mais culturais, realmente,
05:01essas inovações.
05:02Então, não só olhar para fora e olhar para o que existe de novo em tecnologia,
05:06mas como a gente adapta isso, seja transformando um produto para alguém,
05:12por exemplo, que não tem conta.
05:15Então, por exemplo, a gente viu referências de, agora dá para você fazer, por exemplo,
05:19parcelamentos via Pix.
05:21Então, pessoas que não têm cartão de crédito conseguem já fazer isso.
05:24Então, você tem que adaptar, realmente, as tecnologias às realidades.
05:28Para mim, e na nossa percepção, assim, com o estudo,
05:31acho que esse é um dos grandes desafios, né, entender a tecnologia
05:35e transformar isso em algo que seja, de fato, relevante para as pessoas que estão usando.
05:40Porque a tecnologia, pela tecnologia, ela é só uma tecnologia, né?
05:45Então, ela tem que fazer sentido para os contextos locais, para os contextos culturais também.
05:50Fica mais difícil personalizar soluções quando o atendimento passa a ser,
05:55sobretudo, com tecnologia, de forma remota, por meio do aplicativo ou do site?
06:01Não diria que fica mais difícil personalizar.
06:05Eu acho que fica, em algumas vezes, até mais fácil.
06:09Porque a personalização, a gente associa a palavra personalização com uma individualização que está correta.
06:16Mas a tecnologia, ela faz uma coisa muito legal, que é conseguir massificar a personalização.
06:20Então, se eu tenho os dados corretos do cliente, se eu tenho a fonte de informação,
06:26se eu tenho as informações que eu preciso sobre aqueles clientes, eu consigo pensar em tecnologias que respondam, né,
06:32a mais gente, a mais demandas.
06:34Então, a gente fala que as tecnologias que vão ter sucesso também futuramente de personalização
06:39são aquelas que vão conseguir responder, vão conseguir responder a mais demandas
06:43e a mais desafios ao mesmo tempo.
06:45Então, sei lá, se eu tenho um desafio em relação a pagamentos, vamos dizer,
06:52em relação a automatização de pagamentos, eu preciso pensar, né,
06:56de uma forma que isso atenda mais pessoas, de uma forma que isso atenda coletivamente mais brasileiros.
07:03Então, acho que não é tanto um desafio em termos de personalizar,
07:08mas é, o desafio principal é, de novo, voltar para o que as pessoas realmente precisam, né,
07:13que seja resolvido, assim.
07:16Então, voltar para os problemas das pessoas, né.
07:19Uma das cinco grandes tendências que vocês mapearam, estava até conferindo aqui, é propósito, né.
07:25E, bom, no Brasil, até por conta da nossa história de juros muito altos
07:29e de spreads bancários muito altos, os bancos são vistos por uma grande parcela da população brasileira
07:36com um olhar de ganância mesmo, de instituição que ganha muito dinheiro e tudo mais, né.
07:41E, claro, convenhamos, né, ganham muito dinheiro.
07:45Agora, como passar dessa percepção de uma parte da população, da ganância para o propósito?
07:51Como é que uma instituição financeira, num país como o Brasil, consegue atingir esse valor de propósito
07:58a ser percebido pelos seus clientes?
08:01O que a gente fala muito hoje é que a marca, simplesmente, ela tem um bom produto e isso não resolve, né.
08:10Então, as marcas, e aí, olhando para o segmento financeiro também,
08:16e eu acho que é um dos segmentos, eu arriscaria dizer, pelo que a gente estuda e a gente olha para vários setores,
08:20é um dos segmentos que é mais exigido, né, de tomar posturas.
08:24Então, não à toa, a gente vê, por exemplo, o universo financeiro e os bancos sendo um dos maiores investidores, né,
08:31em cultura, temos investidores privados também em cultura no país.
08:36Claro que eu estou falando do setor mais privado aqui.
08:41Então, a gente vê que não basta oferecer um bom produto, não basta oferecer um bom serviço
08:46e não basta mais, né, fazer uma boa experiência também.
08:49Então, tem um aplicativo que funcione, eu preciso de mais, né.
08:52Então, as pessoas, quando a gente fala de finanças que importam,
08:56a gente está falando não só de sustentabilidade, mas de pertencimento, de justiça,
09:01de trazer realmente um impacto para além do produto, né, para além do serviço que eu estou oferecendo.
09:08Então, hoje a gente até entende que quando as pessoas vão fazer, né, vão comprar alguma coisa
09:16e vão escolher por um produto, ou escolher por um banco, ou escolher uma instituição financeira,
09:21se aquele lugar, né, se aquela marca, aquele negócio propõe algo para além do produto,
09:29aquela marca vai ser escolhida, ela possivelmente será uma preferência para o consumidor.
09:36Então, a gente vê que isso é muito importante e, claro, né, os bancos, eles têm aí uma ambição
09:43que é financeira, mas as pessoas, sim, decidem, né, vão começar a optar cada vez mais
09:49se oferecer uma coisa além.
09:51Então, isso é muito importante e a gente já vê, né, principalmente os grandes players do setor
09:55se movendo nesse sentido já há muitos anos, né.
09:59Então, isso é bem importante, assim, não é uma coisa, não é porque a gente já vê muito, né,
10:04e já vê isso acontecendo que deixa de ser algo importante ou que deixa de ser uma tendência.
10:09Então, é bom prestar atenção e é bom continuar investindo, né, para além do produto
10:15em que outras, outras frentes que fazem sentido para esse consumidor.
10:19Júlia Curan, diretora de Estratégia da BOX 1824, obrigado, Júlia, pela sua entrevista e bom feriado.
10:28Eu que agradeço, obrigada, tchau, tchau.
10:30Tchau, tchau.
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