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As ações da Nvidia subiram 24% em um mês, tornando a empresa a mais valiosa do mundo. Rafael Coimbra, editor-executivo da MIT Technology Review Brasil, analisa como a líder em chips para IA superou gigantes como Microsoft mesmo em meio a tensões tarifárias.

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Transcrição
00:00As ações da gigante de microchips e software NVIDIA saltaram 24% só no último mês,
00:08mesmo com as incertezas provocadas pela política tarifária dos Estados Unidos.
00:13Nesta semana, a companhia superou a Microsoft em valor de mercado e se tornou a empresa mais valiosa do mundo.
00:19Sobre esse assunto, a gente conversa agora com o Rafael Coimbra, editor executivo da MIT Technology Review Brasil.
00:26Rafael, boa noite para você. Obrigado pela sua participação com a gente aqui mais uma vez.
00:31A pergunta é inevitável, Rafael. Como é que a NVIDIA consegue esses resultados, mesmo com tanto perrengue por causa do tarifaço?
00:39Boa noite, torce a todos que nos ouvem.
00:40Olha, consegue isso porque ela ainda é, apesar de todos esses empecilhos, a líder mundial na fabricação de chips para inteligência artificial.
00:51A gente ouve muito falar em inteligência artificial, um chat GPT, um Gemini, algumas soluções que a gente tem esse contato mais próximo,
01:00mas para rodar essas soluções todas, seja no seu celular ou na nuvem de computadores de grandes empresas de tecnologia,
01:07são necessários componentes específicos para fazer esse processamento.
01:12E no caso, quem detém esse domínio tecnológico hoje é a NVIDIA.
01:16A gente tem que olhar para frente e é por isso que as ações se valorizam muito, não estou recomendando aqui ninguém a comparar ações da NVIDIA.
01:23Tem muita especulação, tem muita tentativa de entender como vai ser esse futuro,
01:28mas a cada dia que passa, fica mais claro que a inteligência artificial se mostra como uma grande base dessa nova economia do futuro.
01:37E a NVIDIA consegue fornecer esse tipo de equipamento para todo mundo, inclusive para a Microsoft,
01:43que ficou agora em segundo lugar, o objetivo da Microsoft não é produzir chips de inteligência artificial,
01:49ela é uma empresa basicamente de software, ela vende serviços de produtos que são relacionados a programas de computador,
01:56mas ela, por exemplo, tem uma divisão de nuvens, e essa nuvem, movida por inteligência artificial,
02:01esses data centers de computadores, eles usam equipamentos da NVIDIA.
02:05Se você pegar grandes empresas, Google, a própria OpenAI, que é a dona do chat IPT,
02:12todas elas acabam, de alguma forma, usando a NVIDIA.
02:15Mesmo as empresas chinesas, que agora têm suas restrições impostas pelo governo norte-americano,
02:20acabam comprando componentes inferiores, mas ainda assim, da NVIDIA.
02:24Logo, não estou dizendo aqui que ela será líder para sempre,
02:28a gente vê que círculos tecnológicos mudam de tempos em tempos,
02:31mas, nesse momento, até que alguém chegue na cola e consiga o mesmo desempenho da NVIDIA,
02:36vai levar algum tempo, até porque ela também não fica parada,
02:39ela está o tempo inteiro inovando, e daqui a pouco pode ser que ela apresente um novo processador,
02:45mais imponente, mais fundamental ainda, com um processamento melhor do que o anterior.
02:50E por que os chineses, em especial, ainda não conseguiram chegar no cangote da NVIDIA?
02:55Porque é difícil, né, Torce? Existe uma parte de investimento, de pesquisa,
03:02só para deixar claro, a NVIDIA não fabrica, a fábrica mesmo está lá em Taiwan,
03:07está na TSMC, que, aliás, é uma grande fornecedora para outras indústrias,
03:11para outros tipos de chips.
03:12A gente está falando aqui de A, mas tem chip voltado para smartphone,
03:16tem chip voltado para computador pessoal.
03:18Então, existe uma equipe de design, uma equipe que fica projetando esses equipamentos,
03:22e algumas fábricas no mundo.
03:25Esse processo não é simples, não é feito de uma hora para outra.
03:29A NVIDIA, na verdade, ela teve um pouco de sorte, competência com sorte,
03:33porque essas placas, inicialmente, foram criadas para jogos.
03:37A NVIDIA ficou conhecida, sim, lá nos anos 90 e 2000,
03:40como uma empresa de placas de gráficas para jogos,
03:44mas os pesquisadores começaram a entender que aquilo ali também funcionava
03:47para a inteligência artificial muito bem.
03:48E ela soube fazer essa mudança, soube estar na vanguarda,
03:51aproveitar essa onda, mudou o seu foco para a inteligência artificial,
03:55logo, ela é pioneira.
03:57Quem está do outro lado e entendeu essa onda um pouco mais tarde,
04:01os chineses estão correndo atrás,
04:03mas ainda assim, eles vão levar um pouco mais de tempo,
04:05seja para conceber esses equipamentos,
04:09seja para ter fábricas internas que consigam alcançar um nível de precisão.
04:13É muito complexo, é muito preciso,
04:15a gente está falando de estruturas muito atômicas,
04:19e você não consegue fazer isso montando uma fábrica da noite para o dia.
04:23São anos e anos de pesquisa até você chegar nesse grau de perfeição.
04:27Rafael, existem pontos aí da estratégia da NVIDIA
04:30que podem ser inspiração para outras empresas,
04:33até para enfrentar um momento de crise como esse?
04:35É, eu acho que, na verdade, o que a gente começa a observar
04:40é uma tentativa de inovar, vou dizer assim, comendo pelas beiradas.
04:45Então, pegamos o caso até da própria China, já que a gente falou aqui,
04:48do DeepSeek.
04:49Tem modelos que rodam em cima desses equipamentos,
04:53eles precisam de uma infraestrutura,
04:55e a partir dali, os programadores desenvolvem ali suas funções
04:59para que todo esse poder de hardware, de equipamento físico,
05:03possa suportar essas programações.
05:06O que a gente começa a observar
05:07são novas formas de fazer com que a máquina pense, digamos assim.
05:13Então, a gente viu isso no DeepSeek,
05:14eles usaram metodologias diferentes
05:17para, no fim das contas,
05:19alcançar um resultado muito parecido,
05:22eles alegam que é igual, superior,
05:24mas a gente pode dizer que muito parecido com os norte-americanos.
05:27Da mesma forma, existem empresas,
05:30a Huawei está avançando muito na China,
05:32a Alibaba apresentou recentemente mais um modelo,
05:36essa inovação em cima dos programas,
05:39ou seja, desse casamento do que é o componente físico com o software,
05:44também a gente começa a ver muita inovação.
05:47Mas, novamente, voltando aqui para o caso da NVIDIA,
05:50é uma empresa que ela inspira no sentido de sucesso
05:53por ter sido visionária,
05:55ela conseguiu ver algo que muita gente ainda não estava vendo naquele momento
05:59e, obviamente, mudou,
06:01teve a coragem de mudar as suas operações
06:05e focar nessa nova onda crescente.
06:08Mas não vai ser uma tarefa fácil resistir por muito tempo,
06:11porque agora vêm esses novos competidores,
06:13são gigantes,
06:15que, obviamente, vão tentar reduzir essa dependência da NVIDIA,
06:19ganhar autonomia própria,
06:20seja nos Estados Unidos,
06:21seja em outros países como a China.
06:22E em que medida a NVIDIA, bombando como está,
06:26leva junto o mercado inteiro?
06:29Leva, Torso, porque a gente observa isso nos últimos anos,
06:33a gente viu um crescimento muito forte de,
06:36no caso dos investimentos,
06:37ações relacionadas a empresas norte-americanas,
06:40que não só de tecnologia,
06:42como já foi citado aqui, Microsoft e NVIDIA,
06:44mas a gente pode colocar a Amazon,
06:46a própria Apple,
06:47a Apple tem um outro modelo de negócios,
06:49ela também vende equipamentos,
06:51mas veja, a Apple está muito centrada em computador pessoal,
06:54em smartphone,
06:56esse mercado já está consolidado,
06:57tentou trazer óculos de realidade aumentada,
07:00ano passado não deu muito certo,
07:02o ciclo de tecnologia,
07:04ele vai tentando navegar,
07:06surfar no próximo movimento,
07:08na próxima onda.
07:09Então, o que a gente observa agora
07:11é que existem essas big techs,
07:13algumas delas consolidadas,
07:15vou citar aqui o exemplo da Amazon,
07:16ou da própria Tesla,
07:17para fugir um pouco aqui
07:18dessas mais conhecidas
07:20no sentido de programas e computadores,
07:23uma empresa de veículos elétricos,
07:24essas empresas,
07:25as magníficas,
07:26chamadas nos Estados Unidos,
07:27chamaram muita atenção nos últimos anos,
07:29porque são elas que estão
07:30sempre fazendo esse ciclo de inovação,
07:33sempre dando um próximo passo,
07:34apostando nas novas tecnologias.
07:36Só que agora,
07:37o que a gente observa é que
07:39existe quase que um consenso entre elas,
07:42que independentemente
07:42do que elas estão fazendo nesse momento,
07:44elas vão precisar fazer algum tipo
07:47de ajuste, de movimento,
07:49rumo à inteligência artificial.
07:50Na próxima segunda-feira, por exemplo,
07:52haverá a conferência da Apple
07:55em que a gente espera novidades,
07:58porque um ano atrás,
07:59eles apresentaram o que seria
08:00a inteligência artificial da Apple,
08:02ficou muito a desejar,
08:03ficou uma solução ali meio gambiarra,
08:06meio Siri, meio usando o chat GPT,
08:08o fato é que a Apple,
08:09que é, volta e meia ali,
08:11fica em segundo, terceiro lugar,
08:13ela, nesse quesito de inteligência artificial,
08:16ficou um pouco para trás.
08:17O que a gente imagina
08:18é que essa concorrência acirrada
08:19vá fazendo com que essas empresas
08:21se impulsionem,
08:23se forcem a criar soluções
08:25mais interessantes a cada momento.
08:27E, obviamente,
08:27quem está investindo,
08:28pensando no longo prazo,
08:30pensando num retorno,
08:31imagina,
08:32uma empresa como a NVIDIA
08:33que fornece para todo mundo,
08:34é, obviamente,
08:35que os investidores
08:36estão de olho nesse longo prazo
08:38e fazem suas apostas
08:39nessas grandes empresas de tecnologia.
08:41Os Estados Unidos
08:41ainda lideram esse mundo
08:43e é por isso que as atenções,
08:45mesmo com todos esses problemas,
08:46todos os empecilhos
08:47provocados pela guerra tarifária,
08:50ainda são as grandes empresas do mundo.
08:53Rafael Coimbra,
08:54editor executivo da MIT Technology Review Brasil.
08:57Valeu, Rafael.
08:58Obrigado mais uma vez
08:59pela sua análise aqui
09:00e bom fim de semana.
09:02Você também.
09:02até a próxima.
09:03Valeu.
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