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  • 27/05/2025

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Transcrição
00:00Calma, benzinho, calma!
00:04Mãe, te amo!
00:10San Diego se torna o local do pior desastre da aviação na história dos Estados Unidos.
00:16Eu fiquei arrepiado ao saber que este acidente havia ocorrido.
00:23Meu Deus, o local do acidente era horrível.
00:26Minha grande preocupação era de como iria juntar as peças daquele quebra-cabeça.
00:30As evidências levam os investigadores a uma conclusão extraordinária.
00:34Antes de virarmos para descer, eu ouvi...
00:36Espere!
00:37Um terrível acidente pode ter sido causado...
00:41Antes de virarmos para descer, eu ouvi mais ou menos há uma hora...
00:44...por uma única sílaba mal entendida.
00:57MEIDEI, DESASTRES AÉREOS
01:01Esta é uma história real baseada em relatórios oficiais e relatos de testemunhas.
01:09Colisão em San Diego
01:11O voo 182 da Pacific Southwest Airlines faz uma viagem no início da manhã pela costa da Califórnia...
01:1725 de setembro de 1978.
01:20...de Sacramento a San Diego.
01:22O copiloto Bob Fox está no comando.
01:26Abordagem PSA 182 saindo de 95 descendo para 7000.
01:31Aeroporto à vista.
01:33Veterano há nove anos com a PSA, ele está prestes a se tornar um comandante.
01:40Gene McFarren, o comandante, está com a companhia aérea há 17 anos.
01:45Conhecido como um piloto de avião, ele é um piloto de avião.
01:50Conhecido como um piloto nato, ele é altamente considerado por seus colegas.
01:56Este é o segundo voo do dia para ambos.
02:09Entre os 128 passageiros, há 30 funcionários da Pacific Southwest.
02:15Muitos deles voltando à sede da empresa em San Diego.
02:20A PSA era uma excelente companhia aérea.
02:23Eles tinham um super registro de manutenção, um super registro de segurança.
02:28Eram reconhecidos no setor como muito bons.
02:34Os pilotos são cautelosos ao chegar a San Diego.
02:38O aeroporto Lindbergh é o mais movimentado aeroporto de uma só pista na América do Norte.
02:44O aeroporto Lindbergh em San Diego é um lugar desafiador para se aterrissar,
02:49devido a sua proximidade do centro da cidade e também alguns obstáculos ao redor dele.
02:55Há uma queda muito drástica de terreno.
02:59Os pilotos fazem isso o tempo todo e alguns deles não gostam de falar sobre o assunto,
03:04mas é um tanto assustador.
03:07Havia sempre a preocupação de que, minha nossa,
03:10de que um dia pudesse haver um grande acidente.
03:18Vários outros aeroportos nas proximidades são movimentados,
03:22com aviões comerciais, militares e particulares.
03:26O espaço aéreo ao redor do San Diego International é bastante movimentado
03:30devido aos 600 voos diários partindo e chegando de lá.
03:34Há aviões decolando e aterrissando constantemente.
03:40O voo 182 terá de passar por todo esse tráfego,
03:44sobrevoando a cidade enquanto se prepara para aterrissar na pista 27.
03:50Mark Wayne está na posição de engenheiro de voo.
03:55Ao se aproximarem do aeroporto, ele entra em contato com a sede da companhia.
04:01Estamos fora de Los Angeles, San Diego, em 0905.
04:06PSA 182, entendido.
04:09Um pouco atrasado, mas obrigado. Acabo de passar meu off report.
04:13E o cara começou a rir.
04:16Você compensa isso relatando nossa próxima decolagem.
04:20Muito bom.
04:23Ainda que eles fossem brincalhões e descontraídos, eles eram extremamente profissionais.
04:28As tripulações eram muito agradáveis.
04:31Você sentia que eles queriam que você estivesse em seus aviões. Era ótimo.
04:35Ele ria conosco. Era seu lema. Era uma experiência. Era divertido.
04:44O voo 182 até o aeroporto Lindbergh está sendo orientado por um controlador de abordagem
04:50em um local 15 quilômetros ao norte do aeroporto.
04:57A instalação do controle de abordagem é bastante movimentar e é estressante
05:01porque você está lidando com muitos aviões diferentes no mesmo espaço aéreo.
05:05Quando o controlador vê um Cessna voando à frente do voo 182,
05:09ele se certifica de que consigam vê-lo.
05:12BSA 182, tráfego a 12 horas, 5 quilômetros, 12.700.
05:17Já vi.
05:20Tráfego identificado.
05:23Eles receberam informação do tráfego e confirmaram tê-lo visto.
05:27Muito bem, senhor.
05:30Manter separação visual. Entrar em contato com a torre de Lindbergh 133.3.
05:33Tenha um bom dia.
05:36Separação visual significa que o piloto vê uma outra aeronave e confirma isso.
05:40Já vi.
05:43Uma vez que a abordagem visual é aceita pelo piloto,
05:46é de responsabilidade dele manter a separação daquele tráfego.
05:49É mais ou menos como dois barcos passando um pelo outro.
05:52É de responsabilidade do barco que faz a ultrapassagem,
05:55manter o distanciamento visualmente.
05:58À medida que se aproxima do aeroporto, o voo 182 se inclina para a esquerda
06:00para voar paralelamente à pista pronto para virar e aterrissar
06:03quando receber permissão para isso.
06:06Eu caracterizaria isso como rotina.
06:09Não havia nada fora do comum com esse voo.
06:12Com o avião agora a menos de 8 quilômetros da pista,
06:15um controlador na torre do aeroporto assume o trabalho de orientar o voo para a aterrissagem.
06:20Lindbergh.
06:22PSA 182 descendo.
06:24182. Entendido.
06:26Entendido.
06:28Dentro da área de tráfego do aeroporto daquele raio de 5 milhas,
06:32os aviões que chegam ao aeroporto e decolam dali são orientados por aquele controlador.
06:36O controlador da torre está fazendo um malabarismo para orientar os vários aviões além do 727 da PSA.
06:43PSA 182, tráfego às 12 horas.
06:46Uma milha, o Cessna.
06:48Como só tem uma pista em Lindbergh,
06:50isso requer um certo distanciamento orientado pelo controle de tráfego aéreo
06:54devido à diferença de velocidade das aeronaves.
06:56PSA 182, autorização para aterrissagem.
06:59182, autorização para aterrissagem.
07:01Os jatos têm uma velocidade de aproximação maior do que a do Cessna,
07:05por isso é preciso dar um espaço maior.
07:10São 9 da manhã.
07:12Muitos dos passageiros do voo 182 planejam um dia cheio de trabalho em San Diego.
07:26Baixar trem de pouso.
07:28Há minutos da aterrissagem, o piloto Bob Fox vê um avião à distância.
07:33Há um ali embaixo.
07:35Eu estava olhando o que chegava por ali.
07:45Calma, Benzinho, calma.
07:50Um fotógrafo propõe que o avião está em direção ao aeroporto.
07:54Um fotógrafo profissional vê por acaso o voo 182 em chamas.
08:00O que aconteceu?
08:02A coisa está feia.
08:04Fomos atingidos, cara.
08:06Estamos caindo. Aqui é a PSA.
08:09É entendido. Vou chamar a emergência.
08:17O radar do controlador de abordagem revela que o 727 colidiu com o Cessna.
08:24Jesus Santo Deus!
08:26É uma colisão.
08:29Eles têm dois aviões.
08:31Duas aeronaves colidirem sob seu controle é o pior pesadelo para qualquer controlador.
08:35Acho que não há coisa pior do que isso.
08:41Prepare-se.
08:44Mãe, eu te amo.
08:54O avião caiu.
09:06De repente, ele veio direto e rompeu em chamas.
09:10Foi terrível.
09:18Está em chamas? Não há nada que possamos fazer.
09:21Venha, vamos, vamos.
09:23Fiquei arrepiado ao saber do acidente.
09:31Aquele enorme cogumelo de fumaça e fogo podia ser visto por milhares de pessoas.
09:39Dois aviões colidiram e despencaram do céu sobre San Diego.
09:46A cidade está em estado de choque.
09:48Entretanto, a verdadeira escala da tragédia está apenas começando a surgir.
10:06Centenas de pessoas assistiram horrorizadas quando dois aviões colidiram e caíram em um tranquilo bairro residencial de San Diego.
10:13Esta é a maior catástrofe já ocorrida.
10:17Uma testemunha relatou ter visto corpos caindo sobre um carro.
10:21Dois corpos caíram do avião da PSA.
10:24Um atingiu o para-brisa de um carro e matou a mãe.
10:27Outro atingiu a lateral do carro e matou o bebê dela de quatro meses.
10:31A polícia chegou e cobriu os corpos. Não havia mais nada a fazer.
10:36Teme-se que todos a bordo dos dois aviões estejam mortos.
10:41O avião nasceu.
10:42Dois aviões estejam mortos.
10:45O avião na PSA caiu nas ruas do White Nile.
10:53O Cessna caiu cerca de seis quarteirões dali na frente de uma casa perto da 32 e Polk.
11:03Vinte e duas casas são destruídas.
11:06Sete moradores são mortos e mais nove estão feridos.
11:11A cidade está em estado de choque.
11:14Ouvimos o noticiário e viemos para cá para ver o que a gente podia fazer para ajudar.
11:19Estamos andando por aqui. O transporte, a água é horrível. É realmente terrível.
11:26Greg Clark é policial em San Diego e corre até o local para ajudar a procurar sobreviventes.
11:31Minha impressão foi que uma bomba enorme havia explodido.
11:35Tudo que estava no caminho da aeronave foi totalmente destruído.
11:40Havia centos de passageiros presos nas laterais das casas, pedaços da fuselagem por toda parte.
11:53Não dava para imaginar que alguém pudesse ter sobrevivido.
11:56Duas horas depois do acidente, a investigadora do NTSB, Wally Funk, chega de Los Angeles.
12:03Como eu era a investigadora-chefe naquele dia especial, recebi uma ligação do oficial de plantão da FAA
12:09informando que havia ocorrido uma colisão em San Diego.
12:14Meu Deus, o local do acidente era horrível.
12:18Primeiro, o departamento de saúde de San Diego.
12:21Primeiro, o departamento de polícia de San Diego me acompanhou e me apresentou ao chefe dos bombeiros
12:25porque eram eles os responsáveis pelo controle dos destroços.
12:29Alguém sobrevivente?
12:31Era chocante você de repente se dar conta de que não havia sobrevivente.
12:39A equipe médica estava frustrada porque viu que não havia nada que pudesse ser feito.
12:44Cento e quarenta e quatro pessoas estão mortas, incluindo as sete pessoas em terra.
12:50É o maior desastre de avião na história americana.
12:55Foi algo inteiramente inesperado para mim.
13:00Havia muitos pedaços e peças por toda a parte, não só da aeronave, mas das casas.
13:05Comecei por fotografar e fazer anotações.
13:11E a minha grande preocupação era, como conseguir montar este quebra-cabeça?
13:18Funk precisa de uma confirmação de que os destroços de um pequeno avião encontrado a seis quarteirões ali
13:23é na verdade o que colidiu com os destroços do avião.
13:27O que aconteceu?
13:28Funk precisa de uma confirmação de que os destroços de um pequeno avião encontrado a seis quarteirões ali
13:33é na verdade o que colidiu com o 727.
13:36Não havia dúvida alguma.
13:38Havia transferências de tinta, havia peças e partes das duas aeronaves diferentes.
13:44Sim, tratava-se de uma colisão em pleno ar.
13:47Não havia dúvida sobre isso.
13:49Entretanto, existe uma questão ainda mais ameaçadora.
13:52Como tal acidente poderia ter acontecido?
13:54Tínhamos de identificar em meio a um emaranhado de metal onde os dois haviam se chocado.
14:03E eu realmente me senti compelida a trazer os destroços do Cessna para o local dos destroços principais
14:10para que pudéssemos de certa forma entender o que havia realmente acontecido.
14:14Finalmente, os destroços dos dois aviões são enviados para um hangar para uma reconstrução.
14:20É um grande quebra-cabeça e você precisa tentar montá-lo uma peça de cada vez.
14:24Funk grava tantas entrevistas quanto possível enquanto as pessoas ainda se lembram do que viram.
14:32Mas eu descobri em todas as minhas investigações que as crianças de até seus 17, 18 anos de idade
14:40são minhas melhores testemunhas.
14:42Porque um jovem vai me dar uma interpretação muito boa do que ele viu
14:45e não do que ele acha que ou viu ou acha que viu.
14:50Havia poucas pessoas que descreveram o que viram cair do céu.
14:54Eu não posso dizer exatamente o que viu quando olhou para cima.
14:57Mas todas as entrevistas são decepcionantes.
15:00Então não viu a colisão de fato?
15:02Não havia ninguém que tivesse realmente visto a coisa toda acontecer.
15:06Mas apenas quem tivesse visto a coisa depois do grande estréio.
15:13A coisa mais próxima que se tem da colisão em si
15:16é uma filmagem de uma equipe de televisão de um Cessna despencando dos céus.
15:21O NTSB envia mais pessoas de Washington, incluindo o investigador sênior Philip Hope.
15:28Vai ser um grande trabalho aqui. Vamos direto ao ponto, tudo bem?
15:32Sei que você fez uma grande investigação e se concentrou principalmente na aeronave maior.
15:37Foi muito bom estar com o pessoal quando eles finalmente chegaram.
15:40O suporte técnico foi maravilhoso e nós meio que dividimos as funções.
15:45Então eu investigarei o Cessna.
15:46Em busca de mais informações sobre o avião menor, eles revisam seus registros para aquele dia.
15:52O Cessna pertencia a uma escola de treinamento de voo e um piloto estudante estava tendo uma aula.
15:58Havia um instrutor de voo sentado do lado direito e um piloto estudante aprendendo a lidar com seus instrumentos.
16:06Os investigadores ficam sabendo que o aluno fez a aproximação na pista 9 duas vezes,
16:12praticando aterrissagem usando apenas seus instrumentos.
16:15Pilotos que voam por instrumentos precisam de mais prática de abordagem da pista do que de aterrissagens.
16:22A Meteorological se precipita ao apresentar uma conclusão.
16:26Muitas pessoas acreditavam que o acidente tinha de ser culpa do Cessna porque ele estava sendo pilotado por um aluno.
16:34Isso pode vir a criar um equívoco em meio ao público,
16:39em geral, e a mídia, de que aviões comerciais devem ter prioridade para decolar e aterrissar.
16:45Mas não é assim que a coisa funciona. O primeiro é o primeiro a chegar.
16:50No entanto, com um avião de uma companhia aérea se aproximando de um grande aeroporto,
16:56as pessoas queriam saber como é que aquele avião pequeno estava ali afinal.
17:01A esperança é que as caixas pretas recuperadas no local do acidente ajudem o avião a se aproximar.
17:08Uma delas estava na frente, o gravador de vozes da cabine,
17:13e a outra na caixa de escada, a polpa, e o gravador de dados do voo.
17:18Elas foram levadas ao Washington DC.
17:21Descobrir o que foi dito no cockpit e o que os instrumentos indicavam leva muito tempo.
17:28Nesse meio tempo, os investigadores entrevistam o primeiro dos dois aviões.
17:32Pode nos mostrar as duas trajetórias.
17:35O controlador de abordagem se lembra das rotas dos dois aviões,
17:39mas não tem certeza das rotas que eles tomaram, pois o radar de abordagem não é gravado.
17:45O 727 estava voando para o leste para fazer uma volta e pousar na pista 27.
17:51E o Cessna estava voando no sentido nordeste,
17:55e o avião estava em direção ao norte.
17:58Eles deviam estar a uma distância de uma milha ao do outro.
18:02Como eu já havia estado em Lindbergh várias vezes como piloto, imaginei.
18:07Será que eles estariam na direção certa, nas altitudes corretas?
18:12Saber as trajetórias exatas irá exigir calculos.
18:16O avião estava em direção ao norte.
18:19O avião estava em direção ao norte.
18:22O avião estava em direção ao norte.
18:24Saber as trajetórias exatas irá exigir cálculos complexos,
18:28que incluem dados de uma estação de tráfego aéreo em Los Angeles.
18:34Enquanto isso, uma transcrição da conversa do controlador com os dois aviões
18:39revela que os pilotos estavam cientes da posição um do outro.
18:44Então, a tripulação da PSA relatou ter visto o Cessna
18:48quando eles ainda estavam a três milhas de distância.
18:51Os aviões estariam em algum lugar por aqui e aqui.
18:56E aqui.
18:58Já vi.
19:00Tráfego identificado.
19:02O piloto do Cessna também recebeu informações sobre o 727 atrás deles.
19:06Tráfego a seis horas, duas milhas a leste.
19:09Um jato da PSA chegando a Lindbergh 3200.
19:12Já está vendo ele?
19:14Se os pilotos de ambos os aviões sabiam a respeito um do outro,
19:17a pergunta dos investigadores é por que eles colidiram.
19:21Um novo equipamento de radar instalado apenas um mês antes do acidente
19:26havia sido projetado para evitar exatamente esse tipo de incidente.
19:30O sistema de alerta de colisão foi instituído para evitar colisões,
19:34para alertar os controladores
19:36para o fato de uma colisão iminente entre duas aeronaves.
19:39Você não recebeu o alerta algum?
19:43Nós recebemos.
19:45E o ignoramos.
19:48Explique.
19:50Bem, quando o alerta soou, eu o mencionei ao meu supervisor.
20:01É o alarme de novo.
20:03Conversei com os dois aviões.
20:05O PSA 182 confirmou localização visual do Cessna.
20:08Não precisamos entrar em contato com os pilotos
20:10se eles estiverem voando conforme regras visuais.
20:12Sem mencionar que recebemos cerca de 13 alarmes por dia.
20:15Ele conversou com o seu superior,
20:18contou a ele sobre o alerta,
20:20mas como recebeu muitos alarmes falsos,
20:22eles simplesmente o ignoraram.
20:24Os controladores decidiram não agir em função do alerta.
20:27Entretanto, eles ainda entram em contato com o Cessna
20:30e repetem uma mensagem anterior.
20:32Tráfego em sua vizinhança.
20:34Jato da PSA tem você à vista.
20:36Ele está descendo para Lindbergh.
20:38Pode-se quase dizer que foi uma chamada de gentileza do controlador para o Cessna.
20:42Entretanto, naquele exato momento...
20:46Veja isso.
20:48Os aviões colidem.
20:50Eu acho que eles deveriam ter observado esses dois aviões um pouco mais de perto.
20:55Acho que eles se portaram com muita indiferença a respeito.
20:59Investigadores entrevistam o controlador da torre de Lindbergh,
21:03tentando entender porque ele também não conseguiu avisar os dois aviões
21:07sobre uma colisão iminente.
21:08Eles descobrem que ele monitorava o tráfego com um radar menos sofisticado.
21:15Na época, o controlador da torre não tinha o sistema de alerta de colisão.
21:19Quando o controlador viu os aviões a uma distância de um quilômetro e meio,
21:23ele fez contato e alertou o 727.
21:26Cessna, C-182, tráfego às 12 horas, uma milha, um Cessna.
21:30Acho que passamos por ele à nossa direita.
21:33Sim.
21:34Se o piloto diz passamos por ele à nossa direita,
21:38isso implica que ele continua mantendo o distanciamento visual.
21:41Era responsabilidade dele e você não se preocuparia com isso.
21:44Depois de conversarem com os dois controladores,
21:48os investigadores ainda não têm uma resposta para a pergunta-chave na colisão.
21:52Quem bateu em quem?
21:59Vamos ver a próxima transparência, por favor, e ver aonde isso nos leva.
22:04Quando eles finalmente calculam a posição dos dois aviões pelo radar,
22:08a resposta fica clara.
22:10Foi aqui que o 727 acertou o Cessna por trás.
22:17O Cessna nunca esteve à direita deles.
22:20Ele esteve sempre à frente do avião da PSA.
22:23A aeronave de 91 toneladas voando a quase 300 quilômetros por hora
22:28simplesmente destruiu o Cessna, que é muito mais lento e mais leve.
22:32A trajetória do radar revela outro detalhe importante.
22:36Pouco antes do impacto, o Cessna se moveu para a direita,
22:40ficando no caminho do 727.
22:43Por que a mudança de posição?
22:46A trajetória dos dois aviões era tal que se o Cessna não tivesse mudado de posição,
22:50os aviões não teriam colidido.
22:53Uma detalhada verificação do registro de voo de treinamento do Cessna
22:57revela uma possível razão para a mudança de direção.
23:01Ele estava usando o chamado Training Hood.
23:04O piloto do Cessna estava usando um Training Hood,
23:07que é um dispositivo usado durante o treinamento de voo por instrumentos.
23:11Um piloto em fase de treinamento por instrumentos
23:14deve aprender a pilotar se valendo exclusivamente dos instrumentos.
23:18Por isso, em dias de tempo bom, deve haver algum meio
23:21de bloquear o horizonte natural do lado de fora.
23:24Era uma espécie de capuz preto que vinha até aqui,
23:27cobrindo seu rosto e que não lhe permitia ver o lado de fora.
23:30Funk se pergunta se o capuz poderia tê-lo feito cés do curso no pior momento possível.
23:37O Cessna foi instruído a ficar em uma posição de 70 graus.
23:48Os pilotos aprendem a explorar seus instrumentos para manter a sua posição.
23:52De vez em quando você vê desvios de rotas
23:55porque um piloto aprendiz não consegue utilizar os seus instrumentos
23:57com a rapidez necessária.
24:02Mas mesmo se isso tivesse levado o Cessna a um desvio,
24:06isso não explica porque a tripulação da PSA não conseguiu ver o Cessna.
24:17Como é possível que a tripulação veterana de um 727
24:20não tenha visto um avião que voava diretamente na frente dela?
24:28Os investigadores agora percebem que eles podem nunca vir a descobrir
24:33porque o piloto do Cessna mudou sua posição,
24:36colocando-se no mesmo caminho de voo de um 727.
24:39Por que o piloto do Cessna não permaneceu em seu rumo estabelecido?
24:43Eu não tenho resposta para essa pergunta.
24:46Mas é importante saber que a mudança de direção não foi tão grave
24:50a ponto do controlador de tráfego aéreo chamar para dar a direção.
24:53Portanto, sem dúvida, ele mudou de posição de acordo com o radar,
24:57mas o significado disso é um tanto questionável.
25:01O que não é questionável é que era de responsabilidade
25:05da tripulação do 727 evitar o Cessna.
25:09Quando a tripulação da PSA confirmou ter o Cessna em vista,
25:13naquele momento ela se tornou responsável por manter os aviões distantes.
25:17Em Washington, os investigadores voltam a ouvir os últimos momentos
25:21da tripulação da PSA no gravador de voz da cabine.
25:24Phillip Hogg se concentra na conversa gravada 35 segundos antes da colisão.
25:28Muito bem, vamos lá.
25:32Estamos livres dele?
25:35Suponho que sim. Supostamente sim. Espero que sim.
25:41Espere. Volte.
25:44Phillip Hogg se concentra na conversa gravada 35 segundos antes da colisão.
25:50Estamos livres do Cessna?
25:53Supostamente sim. Sim. Espero que sim.
25:58Antes de virarmos, eu o vi há uma hora.
26:02Deve estar atrás de nós agora.
26:05A tripulação da PSA não só não vê o Cessna,
26:09como imagina já ter passado por ele.
26:12Ele estava na frente deles o tempo todo.
26:15Quando se está pilotando um 727 em voo nivelado,
26:19o nariz está ligeiramente para cima.
26:22Portanto, quando os pilotos olham para fora,
26:24eles estão olhando sobre o nariz do avião.
26:27Será que o nariz da aeronave estava para o alto e eles não viram o Cessna?
26:31Eles podem não ter percebido que o Cessna estava tão perto quanto estava.
26:35O NTSB faz um estudo para determinar por quanto tempo
26:39a tripulação da PSA poderia ver o Cessna através de seu parabrisas.
26:43Bem-vindo a bordo. Agora use os pontos de referência para ajustar seu assento.
26:48Eles começam ajustando os assentos dos pilotos para uma visualização ideal,
26:51usando um dispositivo chamado DERP.
26:55Os fabricantes projetaram um sistema muito simples,
26:58mas muito eficaz, através do qual você alinha bolinhas na parte central do parabrisas
27:02e isso faz com que seus olhos permaneçam sempre na mesma posição.
27:06Agora você pode, por favor, medir a distância do meu globo ocular
27:10até a bola branca no meio?
27:17Certo, agora do globo ocular até o chão, por favor.
27:21Após a determinação do ângulo de visão dos pilotos,
27:25o fotógrafo usa uma câmera especial para tirar fotografias panorâmicas
27:29do campo de visão de cada piloto.
27:33Muito bem, vamos ver o que os pilotos conseguem ver. Coloque a visualização.
27:38Ele começa com o ângulo de visão do comandante.
27:41Faixas de radar fornecem ângulo do rumo arfado e inclinação lateral do Cessna,
27:45e eles colocam esses dados sobre as fotografias em intervalos de 10 segundos.
27:49Muito bem, vamos ver o que o copiloto pode ver, por favor.
27:53O que eles descobrem é surpreendente.
27:56Um período de tempo mais longo do que o esperado
27:59durante o qual a tripulação da PSA conseguiria ver o Cessna.
28:02170 segundos de visão clara.
28:07Os pilotos poderiam ter visto o Cessna nitidamente.
28:12Como pode não ver um avião que está bem à sua frente?
28:19Alguma coisa caindo, ela não diz o que, mas tudo bem.
28:23Tudo bem, eu vou verificar.
28:26Investigadores se perguntam se os relatos e testemunhas
28:29podem esclarecer parte do mistério.
28:32Eles descobrem que alguma coisa no ar pode ter confundido os pilotos.
28:39Tínhamos coletado relatos de 220 testemunhas.
28:4416 desses relatos eram de pessoas que diziam acreditar
28:48que havia visto outra aeronave na área.
28:55Os controladores de tráfego aéreo não se lembram
28:58de um terceiro avião voando nas proximidades.
29:01Mas muitos pequenos aviões não têm um transponder,
29:04o dispositivo necessário para identificá-los.
29:08Se eles não tinham um transponder, o terceiro avião
29:11não teria sido visível para o radar de San Diego.
29:15Investigadores estudam as gravações de voz na cabine mais atentamente,
29:20procurando pistas sobre um terceiro avião.
29:24Antes de virarmos para descer, eu via mais ou menos há uma hora.
29:28Deve estar atrás de nós agora.
29:3035 segundos antes do acidente, a tripulação acreditava
29:33que o Cessna estivesse em segurança fora de seu caminho.
29:36Mas a referência de uma hora do comandante parece estranha.
29:40As trajetórias dos dois aviões mostram que o Cessna
29:42nunca esteve naquela posição.
29:45O Cessna estava às 11 horas.
29:48Então, que avião eles estavam procurando?
29:52O fato de estar a uma hora e não às 11,
29:56indica a possibilidade de que ele tenha visto outra aeronave.
29:59Ela poderia estar a uma certa distância,
30:02mas ele viu outra aeronave.
30:04Em seguida, outra pista sobre um possível terceiro avião.
30:09Há um ali embaixo.
30:10Eu estava vendo o que chegava ali.
30:13O avião que ele vê está vindo em direção ao campo.
30:16Isso significa que ele está voando na direção oposta do Cessna que foi atingido.
30:21Isso faz com que a possibilidade de que eles tenham visto
30:25um outro avião diferente seja maior.
30:27Mas exatamente que avião?
30:30Isso é algo que eles podem nunca vir a saber,
30:33mesmo depois de analisar os 16 relatos que falavam de outra aeronave.
30:40A equipe concluiu que as 16 testemunhas
30:44não conseguiam realmente posicionar uma aeronave naquela área específica,
30:49naquele determinado momento.
30:53Os investigadores estão diante de um impasse.
30:56Seu estudo de visibilidade diz que o Cessna esteve tecnicamente visível
31:00por 170 segundos, quase três minutos inteiros.
31:04Então, por que a tripulação do 727 o perdeu de vista?
31:07Eles se voltam para a gravação de voz da cabine.
31:10Três milhas logo ao norte do campo, em direção nordeste, Cessna 172, subindo VFR 1400.
31:18185 segundos para o impacto.
31:22É então que o controlador menciona o Cessna pela primeira vez.
31:26Toque a fita novamente.
31:30VFR 182.
31:32Dois minutos antes da colisão, a tripulação ouve a posição do Cessna,
31:35mas eles ainda não o viram.
31:39A silhueta do Cessna teria sido difícil de ser vista,
31:43uma vez que eles estavam aproximadamente na mesma altitude.
31:47Estavam indo na mesma direção.
31:50Uma das coisas que o olho humano capta é o movimento,
31:53e durante uma boa parte do tempo não havia movimento perceptível na janela frontal.
31:58San Diego OPS, somos número dois porque nos esforçamos mais.
32:02O Cessna está agora visível em sua janela a quase 80 segundos,
32:06mas a tripulação não conseguiu vê-lo.
32:0990 segundos para o impacto e eles recebem outro aviso.
32:13E depois de ler e ver o que o gravador de voz da cabine mostrava,
32:17eu sinto que eles estavam distraídos em sua conversa.
32:22Rode a fita.
32:26PSA 182, tráfego às 12 horas, três milhas.
32:29PSA 182, tráfego às 12 horas, três milhas, 12.700.
32:35Já vi.
32:37Tráfego identificado.
32:39Estampar minha fita.
32:4185 segundos antes do impacto,
32:44os pilotos do 727 veem o Cessna voando à frente deles.
32:52A tripulação é então instruída a usar as regras de voo visual
32:56e entrar em contato com a torre de Lindbergh.
33:01Muito bem, senhor. Manter separação visual.
33:04Entrar em contato com a torre de Lindbergh, 133.3.
33:08Tenham bom dia.
33:10Tudo bem.
33:12Eles o viram por um segundo e então não o viram mais.
33:15Ou será que a conversa os teria levado a perdê-lo de vista?
33:19A tripulação deve agora manter o Cessna em seu campo de visão
33:23enquanto executa outras tarefas.
33:24O comandante entra em contato com o controlador da torre
33:28e se prepara para aterrissar.
33:30Lindbergh, PSA 182, descendo.
33:33As asas precisam estar configuradas com os slats adequados
33:37e configurações de flap.
33:39O trem de pouso deve ser baixado.
33:41Os sistemas têm de estar ajustados.
33:44Todas essas coisas estão acontecendo,
33:46por isso é um momento de muita atividade para três pessoas e um 727.
33:49Neste momento crítico, ninguém está atento ao Cessna.
33:55PSA 182, trafego às 12 horas.
33:57Uma milha, um Cessna.
34:00É aquele que estamos observando?
34:02Sim, mas não o vejo agora.
34:04O Cessna deve estar bem aqui na frente dele.
34:08O Cessna estava visível ao nível do parabrisa da PSA.
34:13E é realmente incrível que de alguma forma eles o tinham perdido de vista.
34:19Muito bem, me mostre como normalmente você ajusta seu assento, por favor.
34:24Mas quando os investigadores descobrem mais sobre como os pilotos da PSA ajustam seus assentos,
34:30eles começam a entender como a tripulação pode ter perdido o Cessna de vista.
34:34Você não usa os seus pontos de referência?
34:38Não é um requisito utilizar a posição de referência de visão projetada pelo fabricante.
34:43Os investigadores descobrem que o Cessna não está em posição de referência.
34:48Assim que muitos pilotos ajustam seus assentos para seus padrões pessoais.
34:53Os pilotos são diferentes e aprendem rapidamente a ajustar os assentos na posição que seja confortável.
35:00Alguns pilotos gostam de se sentar mais baixo para que possam ver melhor seus instrumentos.
35:07A partir desta nova posição de assento, a localização do Cessna é recalculada.
35:12Os resultados mostram uma diferença importante entre as duas configurações.
35:18Na nova configuração, a tripulação teria tido o Cessna em vista por apenas 5 a 10 segundos.
35:23E não por alguns minutos.
35:33O Cessna estava abaixo do nariz ou da referência que os pilotos poderiam ver.
35:37Se eles tivessem movido a cabeça, o Cessna ainda estaria visível.
35:41Caso contrário, ele estaria abaixo da visão.
35:44Tá bom, vamos brincar de encontrar o Cessna.
35:47Mas mesmo supondo que a tripulação tivesse se inclinado para a frente,
35:51os investigadores agora percebem que eles teriam de enfrentar outros problemas para enxergar o Cessna.
35:56Ele está quase camuflado.
36:00Eles se tornam cada vez mais difíceis de ver.
36:03O terreno torna isso ainda pior porque há telhados brancos.
36:06Há telhados escuros.
36:08Há estradas, lagos.
36:10Há árvores.
36:11Portanto, a paisagem muda e a aeronave está se movendo, passando através dessa paisagem.
36:16É aquele que estamos observando?
36:18Sim, mas eu não o vejo agora.
36:21Agora o Cessna está voando muito perto do 727 para que seja visto sem que ele se incline para a frente.
36:28Além disso, ele está contra uma paisagem que faz com que seja difícil distingui-lo.
36:321-8-2, autorização para aterrissagem.
36:341-8-2, autorização para aterrissagem.
36:37Uma colisão é agora iminente e os seis homens que podem impedi-la não têm consciência disso.
36:44O piloto do Cessna não está vendo o que há do lado de fora de sua janela.
36:48Seu instrutor foi incapaz de perceber que o avião estava fora de curso.
36:52Para a tripulação do 727, o Cessna está em seu ponto cego.
36:56Entretanto, os dois controladores assumem que a tripulação consegue ver o Cessna e irá evitá-lo.
37:01Há somente uma coisa que pode impedir que este acidente aconteça.
37:04E 144 vidas dependem disso.
37:08O comandante da PSA deveria ter dito para a torre, eu não vejo mais.
37:13O comandante McFarren irá falar com a torre sobre o Cessna.
37:17Porém, um mal entendido sobre uma única palavra será mortal.
37:22Os dois aviões estão a 70 segundos de uma colisão sobre San Diego.
37:26PSA 182, tráfego às 12 horas, uma milha, um Cessna.
37:30Flap 5.
37:36É aquele que estamos procurando?
37:39Sim, mas eu não o vejo agora.
37:43O destino do voo 182 depende agora de o comandante comunicar isso claramente à torre.
37:49Eu sei, eu sei.
37:51O destino do voo 182 depende agora de o comandante comunicar isso claramente à torre.
37:56Ele estava lá um minuto atrás.
37:59Mas o comandante não é claro.
38:02Foi 182, entendi.
38:05E o controlador insiste em que eles continuam vendo o Cessna.
38:09Quando a tripulação da PSA perdeu o contato visual, eles tinham a responsabilidade de informar o controlador de tráfego aéreo, que não via mais o Cessna.
38:16Ainda incerto sobre a localização do Cessna, o comandante tenta mais uma vez explicar sua situação para a torre.
38:23Acho que passamos por ele à nossa direita.
38:26O comentário feito pelo comandante indica que não tem certeza de que não o vêem naquele momento.
38:33O controlador poderia forçar o voo da PSA ou o Cessna a mudar de rumo, mas ele não faz nada a respeito.
38:39É muito difícil determinar o que aquela troca de informações entre o controlador e a PSA significou para cada um dos pilotos.
38:47O comandante fez o comentário.
38:49Acho que passamos por ele à nossa direita.
38:51O acho indicava que ele não estava 100% certo, mas o controlador de tráfego aéreo ouviu aquilo como uma afirmação e respondeu.
38:58O que aquilo significou para a tripulação da PSA, não sei se um dia saberemos.
39:03Estava aqui há um minuto.
39:05Sim.
39:07Mas a situação estava boa para eles, o suficiente para que eles continuassem a abordagem.
39:11E para o controlador de tráfego aéreo a situação estava boa o suficiente para que ele não fizesse qualquer nova observação a respeito.
39:19Os investigadores querem saber porque o controlador não tomou nenhuma atitude.
39:24Eles compararam então duas gravações separadas da conversa entre o comandante e o controlador.
39:29Tá bom Chris, vamos ouvir o cockpit primeiro.
39:31Acho que passamos por ele à nossa direita.
39:34Passamos.
39:36Acho que ouvi passamos antes, verifiquem por favor.
39:43Acho que passamos por ele à nossa direita.
39:46Ele continua dizendo passamos, vamos comparar com o que diz a torre porque eu acho que ouvi passando.
39:54Acho que passamos por ele à nossa direita.
39:57Passando, eu estava certo.
39:58Passando, eu estava certo, soava como passando.
40:03Devido a estática de rádio, o controlador ouviu a palavra passando e não passamos.
40:10E a diferença pode ter selado o destino do voo 182.
40:15Passando, uma grande diferença.
40:17As gravações revelam que enquanto o piloto do voo 182 da PSA dizia uma coisa, o controlador da torre de Lindbergh ouvia outra.
40:28Acho que ele está passando à nossa direita.
40:31Sim.
40:33Agora os investigadores entendem porque o controlador não tomou nenhuma atitude.
40:38Se ele tivesse ouvido as palavras passamos por ele à nossa direita,
40:42ele teria visto em seu radar que o piloto estava errado e que o 727 não tinha na verdade passado o César.
40:50Mas o controlador de tráfego aéreo ouviu, ele está passando pela nossa direita, o que indicava que eles ainda tinham contato visual.
40:58Ele acreditaria que o piloto estava mantendo o distanciamento, era responsabilidade dele e o controlador não se preocuparia.
41:05Na primavera de 1979, os investigadores finalmente concluem de quem é a culpa.
41:13A conclusão do relatório do conselho é muito clara.
41:18A tripulação obviamente não viu a aeronave, o Cessna, a tempo de desviar dele e evitar um acidente catastrófico.
41:27A tripulação da TSA, ao perder contato visual, tinha a responsabilidade de informar o controlador que não via mais o Cessna e isso eles não fizeram.
41:38O piloto do Cessna também é mencionado como um fator do acidente por ter mudado de rumo sem notificar a torre.
41:46Ambos os controladores são criticados por não seguirem o protocolo e não desistirem.
41:52Ambos os controladores são criticados por não seguirem o protocolo e não terem dado a tripulação do 727 a direção específica do Cessna.
42:11Ao pensar no que aconteceu, o sentimento é de enorme tristeza.
42:16Sabemos que acidentes acontecem, mas aquele foi um acidente que poderia ter sido evitado e não foi.
42:29Recomendações do relatório focam então na melhoria do sistema de controle de tráfego aéreo de Lindberg.
42:35Depois do acidente, eles mudaram os procedimentos e criaram uma área de controle no terminal.
42:41Houve uma grande restrição sobre o tipo de tráfego e altitudes.
42:45Portanto, muitas e grandes restrições foram implementadas a fim de tornar a operação mais segura em Lindberg depois deste acidente.
42:52Estamos deixando Los Angeles, San Diego a 0905.
42:57TSA 182, entendido.
42:59Acabo de passar meu off report e o cara começou a rir.
43:02Você compensa isso relatando nossa próxima decolagem.
43:05E o voo 182 da TSA deixa um novo legado.
43:09Novas regras que regem todas as conversas no cockpit quando o avião está abaixo de 10 mil pés.
43:17Hoje os regulamentos exigem que a conversa se concentre exclusivamente na operação do avião.
43:22Na época do acidente, com o voo 182 da TSA, essa norma não estava em vigor.
43:28O voo 182 da TSA também ajudou a levar a FAA a buscar novas tecnologias.
43:35Três anos após o acidente, em 1981, um dispositivo de segurança chamado TCAS, ou Sistema de Alerta Anticolisão de Tráfego,
43:43foi colocado em desenvolvimento.
43:46Hoje instalado em todas as aeronaves e passageiros, o sistema alerta os pilotos quando outro avião está muito próximo.
43:56O TCAS foi uma bênção.
43:59Hoje podemos colocá-lo em nossos transponders e podemos ver ou ouvir o que está acontecendo.
44:05O TCAS é um dispositivo de segurança.
44:07Avançamos muito para tornar a aviação mais segura, para que as pessoas possam voar e se sentir confortáveis,
44:14sabendo que seu avião irá levá-las para onde elas querem ir.
44:37Versão Marshmallow São Paulo

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