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00:00Do lado de fora de um dos aeroportos mais movimentados da Índia, o céu no início da noite se transforma em uma bola de fogo.
00:07A nuvem simplesmente se iluminou. Era como se sentisse o calor.
00:11Destroços em chamas despencam dos céus.
00:15É um acidente assustador.
00:17Eu me dei conta de que os pedaços de coisas que eu vi à minha volta eram restos da aeronave ou cadáveres.
00:24Ao chegarem ao local, investigadores encontram restos retorcidos de dois jatos de passageiros.
00:32349 pessoas estão mortas.
00:36Pistas vitais ficam solterradas.
00:38Os investigadores precisam juntar os dados dos acontecimentos daquele dia.
00:43Saúde 763 irá manter 1-4-0.
00:47Cazaque 1-9-0-7 chegando agora a 1-5-0.
00:51Como duas tripulações que deveriam saber a posição uma da outra acabaram se envolvendo na colisão mais letal em pleno ar.
01:11May Day. Desastres aéreos.
01:14Essa é uma história real baseada em relatórios oficiais e depoimentos de testemunhas.
01:21Colisão Fatal.
01:26Aeroporto Internacional Indira Gandhi, Nova Delhi.
01:30Uma entrada para a Índia.
01:4112 de novembro de 1996.
01:45Ocupado.
01:47O controlador de tráfego aéreo de Kaduta chega para o turno do final da tarde.
01:55Tinha lá um supervisor.
01:57Tinha uma pessoa sentada do meu lado que estava me auxiliando.
02:02E... estava tudo normal.
02:08Entretanto, no aeroporto Indira Gandhi, normal não significa calmo.
02:13Esse aeroporto está se transformando em um dos aeroportos mais movimentados do mundo.
02:18Em 1990, o governo da Índia assinou acordos de céu aberto com vários países.
02:23Estes acordos facilitaram a aterrissagem de aviões de empresas estrangeiras em aeroportos indianos.
02:29Muitas empresas aéreas estão aproveitando a nova política.
02:33A política de céu aberto funcionou como um catalisador no crescimento do tráfego aéreo.
02:40Eu acho que o volume de tráfego cresceu de uma movimentação de 175 aviões por dia para cerca de 225.
02:51Logo depois das 6 da tarde, o voo 763 da Saudi Arabian Airlines decola ao pôr do sol.
03:02Trem de pouso.
03:06Subindo.
03:08Livre à esquerda.
03:11O comandante Khalid Al Shubaile conduz o Boeing 747 para longe da pista.
03:16Seu copiloto Nazir Khan controla todas as comunicações por rádio.
03:22Há 289 passageiros a bordo.
03:27Muitos são trabalhadores indianos que estão voltando para seus empregos no Oriente Médio.
03:33Saudi 763, voando 03, contatar radar 127.9.
03:42Enquanto o voo 763 estava na pista, seus movimentos foram rastreados e orientados por um controlador de tráfego aéreo na torre do aeroporto.
03:52279, bom dia.
03:55Mas logo depois que o avião decolou, a torre transferiu os pilotos para o controlador de aproximação VK Duta, que estava em outra sala no aeroporto.
04:07Os controladores de aproximação do aeroporto em Diragand orientam os aviões através do espaço aéreo além das pistas.
04:15Eles são encarregados de todos os voos que chegam e partem dentro de um raio de 110 quilômetros.
04:20Em geral, o controlador de aproximação é responsável pela chegada e pela partida do avião que está chegando.
04:29Eles são prontamente orientados para a aproximação final com segurança.
04:34Essa noite, Duta está controlando cinco voos.
04:37Alguns deles estão deixando o aeroporto, enquanto outros estão chegando.
04:41A tarefa dele é manter aqueles aviões a uma distância segura, mas não tão distantes a ponto de causar atrasos.
04:48Saudie 763, aproximando-se do nível de voo 100.
04:53Entendido, subir para nível de voo 140.
04:59Autorização para subir 140, Saudie 763.
05:05Essa noite, um avião cargueiro da Força Aérea dos Estados Unidos está chegando para a aterrissagem.
05:11Ainda que seja um jato da Força Aérea, esse voo é de responsabilidade de Duta.
05:19Provavelmente, acho que nos comunicamos três ou quatro vezes com o controlador.
05:24E ele estava verificando nossa altitude, nos dizendo sobre o tráfego de outros aviões nas proximidades.
05:30Saudie 763, aproximando-se de 140 para voar mais alto.
05:35O voo 763 da Saudie atinge o nível de voo 100.
05:39O voo 763 da Saudie atinge a última altitude de que lhe fora designada, 14 mil pés.
05:44Os pilotos solicitam permissão para voar mais alto.
05:47Entendido, mantenha o nível de voo 140, aguardem para subir.
05:51Afim de coordenar o tráfego no aeroporto, Duta quer que o voo da Saudie pare de subir.
05:57Saudie 763 manterá 140.
06:01Duta está preocupado com um outro avião, voando agora para leste, para uma aterrissagem no aeroporto em Giragande.
06:08É um jato de passageiros da Kazakhstan Airlines.
06:12O Ilyushin 76 é um enorme avião russo.
06:16Fabricado originalmente para uso militar, uma versão modificada é hoje amplamente usada como avião comercial.
06:23Duta quer que ele passe sobre o voo da Saudie antes de aterrissar.
06:27Depois disso, ele deixará que o avião da Saudie continue a subir.
06:31Eles deveriam se cruzar, mantendo uma distância de mil pés.
06:35Kazakh 1907, agora chegando a 150.
06:404,6 milhas de Delta Papa November.
06:46Entendido, mantenha o nível de voo 150, tráfego identificado aos 12 horas recíproco, Saudie Boeing 747.
06:54Duta não quer que o voo da Kazakh seja surpreendido ao ver o jato da Saudie.
06:59Como os aviões não têm radar para rastrear outras aeronaves, eles contam com os controladores para alertá-los sobre outros aviões nas proximidades.
07:08Mantendo 150, Kazakh 1907, irei comunicar.
07:15Quantas milhas?
07:17Todos os pilotos na frequência de rádio do controle de aproximação conseguem ouvir uns aos outros quando se comunicam com o pessoal em terra.
07:26Quantas milhas?
07:27Quantas milhas?
07:298 milhas agora.
07:31Era estritamente visual.
07:33E estávamos tentando saber pelo rádio onde os outros estavam e o que fariam.
07:37Tráfego está a 8 milhas, nível 140.
07:42De repente, uma enorme explosão apaga a tranquilidade da noite.
07:47De repente, do lado direito da janela, do lado direito da cabine do piloto, havia essa nuvem, esse clarão.
07:55São mísseis?
07:57Eu imaginei que fossem mísseis descendo em parafuso e ganhando velocidade, ao que parecia, e eles vinham em nossa direção.
08:05Na verdade, começamos a desviar o avião, até que ficou claro que eles não estavam vindo em nossa direção.
08:12Os jatos das Saudi Airlines descem parafuso em direção ao Sol.
08:17Ali. Aqui é um 815.
08:22No entanto, os jatos da Saudi Airlines descem parafuso em direção ao sol.
08:27E, por exemplo, aqui é um P-51.
08:34A conclusão de todos os assuntos é que esses Saudi Airlines não estavam vindo em nossa direção.
08:38L, aqui é 1-8-1-5.
08:411-8-1-5, repita.
08:43Imediatamente chamei o controlador pelo rádio.
08:46Vimos algo que parecia uma enorme explosão.
08:48Daí me dei conta de que alguma coisa estava errada.
08:52Na tela do radar de duta, tanto o jato da Saudi quanto o avião da Kazakh...
08:57haviam simplesmente desaparecido.
08:59Quando vi os sinais chegando, verifiquei a varredura do radar novamente.
09:09Mas eles não estavam lá.
09:14Então ouvimos o controlador chamando pelo jato da Saudi e o Ilyushin.
09:20Saudi 763?
09:23Não houve resposta.
09:25Aquilo foi bastante assustador.
09:32Algo de trágico aconteceu no céu.
09:35Algo de trágico aconteceu no céu, próximo do aeroporto de Nova Delhi.
09:41VK Duta está prestes a se tornar o alvo de uma investigação...
09:45sobre um dos desastres aéreos mais terríveis de todos os tempos.
09:51Kazakh 1-9-0-7, qual a posição?
09:56No aeroporto de Nova Delhi, um sentimento de apreensão começa a crescer.
10:02Dois aviões desapareceram do radar do controle de aproximação.
10:08O pior pesadelo de um controlador de tráfego aéreo...
10:13é uma colisão em pleno ar.
10:17Saudi 763?
10:23Juntos, os dois aviões desaparecidos estavam levando 349 pessoas.
10:31Kazakh 1-9-0-7, qual a posição?
10:35Contatei a Kazakh, o Saudi, umas duas vezes.
10:39Saudi 763?
10:41Eu me esqueci de quantos filhos eu tinha, onde minha esposa estava...
10:44quem eram meus parentes.
10:50Tim Place, comandante da Força Aérea Americana, logo confirma o pior.
10:56Delhi, aqui é 1-8-1-5.
10:581-8-1-5. O que você viu?
11:01Dois incêndios distintos em solo.
11:03Dois incêndios em solo. Confirme?
11:06Confirmado. Confirmado.
11:13Entendido.
11:17Meu supervisor chegou até mim e eu lhe disse que...
11:20um acidente havia ocorrido.
11:22Informei nosso pessoal do resgate...
11:26que o avião caíra a 40 milhas náuticas a oeste de Delhi.
11:32Dois aviões acabaram de cair em Charkidadri.
11:37Charkidadri é uma cidade a 65 quilômetros a oeste de Nova Delhi.
11:53Suas plantações de mostarda e de grãos estão agora em chamas...
11:57com os destroços de dois aviões destruídos.
12:03De repente, o céu ficou brilhante e vermelho...
12:06e eu ouvi fumaça e fogo.
12:16Fui informado sobre uma colisão em pleno ar.
12:19Aparentemente, um jato comercial pode estar envolvido.
12:22Por que você não vai para lá?
12:24Havia toda essa adrenalina, pois eu era novato naquele trabalho...
12:28e eu sabia que precisava conseguir aquela história.
12:31Vishnusom recebe a incumbência de fazer a cobertura do acidente...
12:35para a televisão de Nova Delhi.
12:37Ele chega na escuridão da noite poucas horas depois do acidente.
12:40Estacionamos nosso veículo na lateral da estrada...
12:44e havia um pouco da claridade da lua.
12:47Ele e seu cameraman são uma das primeiras equipes da mídia...
12:50a chegarem ao local.
12:52Desliga as luzes!
12:54Não queremos chamar a atenção.
12:56A polícia deve ter isolado a área.
13:03Entrei no campo e achei que fosse um campo não cultivado...
13:06que não houvesse nada crescendo ali, pois tudo que havia era areia.
13:10E pelo fato de estar escuro...
13:13e de nossa única referência visual ser a claridade da lua...
13:16simplesmente prosseguimos.
13:18E então eu me lembro de ter visto pedaços de coisas ao meu redor...
13:21essas pequenas pilhas por todos os lados...
13:23e como não havia luz suficiente, eu não sabia exatamente o que era aquilo...
13:27e então parei porque eu disse alguma coisa terrivelmente errada aqui.
13:31Acenda a luz!
13:33Acenda a luz!
13:37Eu percebi que aquilo que eu havia visto à minha volta...
13:41eram restos do avião ou cadáveres.
13:47Ao amanhecer...
13:49a esperança de encontrar sobreviventes desaparece.
13:57Nenhum dos passageiros dos dois aviões sobreviveu.
14:04349 pessoas estão mortas.
14:09É a pior colisão aérea de todos os tempos.
14:12As notícias acerca do acidente se espalham por todo o mundo.
14:15O que se tem certeza é que há mais do que um conjunto de fatores...
14:19que podem ter resultado na colisão.
14:24Temos dois campos de destroços bastante distintos.
14:27O comandante KPS Nair é um dos primeiros investigadores a chegarem ao local.
14:38Eu estava consternado, horrorizado.
14:43Não consigo explicar, pois eu nunca havia visto nada igual.
14:48É uma coisa...
14:53que eu não consigo explicar.
14:57O voo da Kazak e o jato da Saudi Airlines...
15:00haviam caído a uma distância de sete quilômetros um do outro.
15:03Os investigadores têm dois locais de acidentes distintos para examinar.
15:07Mas eles sabem que uma só causa explicará os dois acidentes.
15:12É diferente da queda de uma única aeronave.
15:15Dois aviões grandes colidindo em pleno voo.
15:21Existem causas diferentes.
15:24Como foi que dois aviões que deveriam estar a mil pés de distância colidiram?
15:32Os investigadores consideram três possibilidades.
15:35Erro por parte do controlador de tráfego aéreo.
15:38Erro por parte de uma das tripulações.
15:41Ou falha de um dos instrumentos em um dos aviões.
15:46Eles esperam que o emaranhado de destroços tenha as pistas de que eles precisam.
15:53A prioridade número um é encontrar as caixas pretas dos dois aviões.
15:58Elas registram as conversas nas cabines dos pilotos.
16:01Além de dados essenciais sobre o voo, como sua altitude, velocidade e direção.
16:06Embora o fogo tenha destruído os locais dos destroços...
16:09as caixas pretas dos dois aviões são encontradas no primeiro dia de investigação.
16:18Mas, por enquanto, elas guardam seus segredos.
16:23Serão necessários vários meses até que os especialistas extraem os dados dos gravadores.
16:29Enquanto isso, os investigadores se concentram nas conversas...
16:33entre os dois aviões e o controlador de tráfego aéreo.
16:37Nesse caso em especial, tínhamos as provas das transcrições do controle de tráfego aéreo.
16:45Sem radar a bordo, os aviões nas proximidades do aeroporto de Nova Delhi...
16:49contam com os controladores de tráfego aéreo para orientá-los.
16:53Vegaduta fica sob enorme pressão.
16:56Teria ele cometido erros que levaram a maior das colisões aéreas?
17:01Foi um período difícil. O pessoal da imprensa me acusava.
17:05Então eu disse a eles que aquilo não era minha culpa.
17:09Olá, sou Vic Duta. Sinto fazê-lo esperar.
17:13Sente-se, por favor.
17:15Os investigadores querem saber tudo o que Duta fez na noite do acidente.
17:19O tráfego estava pesado?
17:21As noites são movimentadas.
17:23O radar de Duta não rastreia a altitude de um avião.
17:27Em vez disso, os controladores em Nova Delhi...
17:29anotam em uma tira de papel a última posição relatada por um avião.
17:34As tiras são continuamente atualizadas.
17:37É a única maneira de os controladores acompanharem...
17:39a altitude dos aviões sob sua responsabilidade.
17:43A informação de nível não está ali.
17:45Portanto, o nível tem de ser confirmado pelo piloto.
17:49Kazak-1907, chegando agora a 1-5-0.
17:54Os controladores de tráfego aéreo só conseguem saber...
17:57a altitude de um avião quando os pilotos a relatam.
18:01São suas anotações?
18:02Sim, senhor.
18:03Essas são as da Kazak e essas são do voo da Saud.
18:07A área controlada por Duta é dividida em uma rede de corredores de ar...
18:11que são usados pelos controladores para orientar os voos...
18:14que chegam e saem do aeroporto.
18:17Mas muitos dos corredores são usados por voos militares.
18:21Na verdade, até mesmo num aeroporto tão movimentado...
18:24existe apenas um corredor principal para aviões comerciais.
18:27Nesses casos, há regras rígidas que eles precisam seguir.
18:32Entendido. Mantenha nível de voo 1-4-0. Aguarde para subir.
18:36Duta deveria se certificar de que os dois aviões...
18:38estavam a mil pés de distância quando se aproximavam um do outro.
18:42Muitas vezes ele havia planejado fazer o que ele havia feito agora.
18:46Deixar o avião que estava chegando passar mil pés...
18:48acima do avião que estava deixando o aeroporto.
18:51Era um procedimento de rotina.
18:53Entretanto, de alguma forma, os dois aviões...
18:55acabaram entrando em uma rota de colisão.
18:58Um dos aviões não estava onde deveria estar.
19:01Os investigadores se perguntam se Duta teria cometido um erro...
19:03que levara ao terrível acidente.
19:09Investigando as transcrições do controle de tráfego aéreo...
19:12os investigadores logo descobrem que Duta havia orientado...
19:14corretamente os dois aviões.
19:17Mas como o radar de Duta não mostra altitude...
19:19não havia como ele saber se os aviões haviam seguido aquelas instruções.
19:22Os investigadores estão tão certos...
19:24de que Duta não cometeu equívoco algum...
19:26que, três dias após o acidente, ele está de volta ao trabalho.
19:30Quando minha família e outras pessoas souberam disso...
19:33houve um suspiro de alívio, sabe?
19:35Nosso rapaz está salvo.
19:38Os investigadores voltam ao local do acidente.
19:41Eles esperam recuperar determinados instrumentos dos dois aviões.
19:45Talvez uma falha mecânica tenha levado um dos aviões para o terreno.
19:48Pode ser que os altímetros...
19:51tenham parado no momento do acidente.
19:57E queríamos saber que altitude eles estavam registrando...
20:01no momento do acidente.
20:04Mas a cabine do piloto do avião da Saudia...
20:06havia mergulhado fundo no solo.
20:09A investigação do acidente se transforma...
20:11em uma investigação de um avião.
20:13Máquinas e pessoas...
20:16tiveram de ser trazidas...
20:18e retirarem a cabine do avião da Saudia.
20:24Os altímetros do voo da Kazakh...
20:26são mais fáceis de serem encontrados.
20:28Aquele avião não caíra de nariz.
20:30Existe uma possibilidade...
20:32de que haja pistas acerca de sua altitude exata...
20:34no momento do acidente.
20:37O avião não caiu de nariz.
20:39Quando os altímetros são retirados dos destroços...
20:41os investigadores descobrem que de fato...
20:43há alguma coisa estranha com os altímetros.
20:47Tanto o comandante quanto o copiloto...
20:49têm um altímetro à sua frente.
20:51Mas nesse caso...
20:53os dois têm leituras distintas.
20:57Havia uma diferença de cerca de 300 pés...
20:59entre os dois.
21:03Os dois tinham leituras diferentes.
21:05Estranho.
21:07Talvez os altímetros conflitantes...
21:09tivessem tirado a tripulação do rumo.
21:11Mas a diferença nas leituras...
21:13pode ter sido provocada simplesmente...
21:15pelo impacto do acidente.
21:17Nesse momento...
21:19os investigadores não têm tal informação.
21:23Principalmente ali...
21:25e ali, o mais próximo que conseguirem.
21:27Os investigadores precisam descobrir...
21:29qual dos dois aviões estava na altitude incorreta.
21:31Eles exploram outras provas.
21:33O patrão dos danos dos dois aviões...
21:35pode ajudar a responder uma pergunta essencial.
21:37Qual era o ângulo relativo...
21:39entre as duas aeronaves...
21:41no momento de seu contato?
21:45A maior parte dos destroços...
21:47dos dois aviões...
21:49está a quilômetros de distância um do outro.
21:51Entretanto, uma grande parte...
21:53da cauda do avião de assalto...
21:55é encontrada próxima do início do combate.
21:57Isso sugere que ela tenha sido...
21:59uma das primeiras partes...
22:01a se soltar daquele avião.
22:11A cauda do avião da Cazaque...
22:13parece ter penetrado...
22:15a asa esquerda do jato de assalto.
22:17Se foi isso...
22:19a cauda do avião da Cazaque...
22:21parece ter penetrado...
22:23a asa esquerda do jato de assalto.
22:25Se foi isso o que ocorreu...
22:27o voo da Cazaque não teria estado...
22:29acima do jato de assalto...
22:31quando eles colidiram...
22:33como imaginavam os controladores de tráfego aéreo.
22:35Ele deveria estar abaixo dele.
22:37É uma descoberta enigmática...
22:39que aumenta ainda mais o mistério.
22:43Os investigadores ainda não sabem...
22:45qual dos aviões estava...
22:47no espaço aéreo errado.
22:49O que eles realmente sabem...
22:51é que quando os dois aviões colidiram...
22:53não havia esperança para nenhuma das tripulações.
22:57Depois de atingir a asa do outro avião...
22:59a cauda do avião da Cazaque...
23:01rasgou o estabilizador horizontal...
23:03na parte de trás do 747 de assalto.
23:07Cinco metros e meio do estabilizador...
23:09são arrancados.
23:11Sem ele a tripulação de assalto...
23:13não consegue controlar seu avião.
23:15Consequentemente o avião sem controle...
23:17entra em parafuso.
23:19E nesse caso em especial...
23:21eu diria...
23:23que as duas aeronaves...
23:25passaram pela mesma situação.
23:31O que os investigadores encontram...
23:33entre os destroços dos dois jatos...
23:35os deixam frustrados.
23:37Agora eles compreendem...
23:39como os aviões colidiram.
23:41Mas eles ainda não sabem...
23:43porque eles estavam na mesma altitude...
23:45ou em que altitude eles de fato estavam...
23:47quando colidiram.
23:49O ataque que deveria estar...
23:51acima do voo da Saudia...
23:53acabou ficando abaixo dele.
23:55Quase duas semanas depois do acidente...
23:57o comandante Ashok Verma...
23:59se junta aos investigadores...
24:01no local do acidente.
24:03Naquele momento...
24:05as operações de escavação...
24:07da cabine do Saudia...
24:09haviam sido concluídas.
24:11O que podia ser recuperado...
24:13havia sido.
24:15Assim como o restante...
24:17das provas descobertas até então...
24:19os instrumentos do avião da Saudia...
24:21não ajudam a explicar...
24:23o que havia acontecido.
24:25A força do impacto...
24:27os havia destruído completamente.
24:29Mesmo com as descobertas decepcionantes...
24:31os investigadores são forçados a prosseguir.
24:35Eles descobrem tudo o que é possível...
24:37no local do acidente.
24:39Agora o caso depende...
24:41do que eles conseguirem descobrir...
24:43das caixas pretas.
24:45Em algum ponto das gravações...
24:47da cabine do piloto...
24:49ou dos dados do voo...
24:51eles encontram as pistas que precisam.
24:53Onde os aviões estavam...
24:55no momento da colisão...
24:57e como foi que eles entraram...
24:59numa mortal rota de colisão.
25:03Três meses se passaram...
25:05desde a colisão aérea...
25:07de dois jatos de passageiros...
25:09próximo a Nova Delhi.
25:11Os investigadores estão frustrados...
25:13com a falta de provas conclusivas.
25:17Eles esperam que as caixas pretas...
25:19venham a ajudá-los a solucionar o caso.
25:21Afim de evitar quaisquer...
25:23sugestões de parcialidade...
25:25as caixas do voo da Saudi...
25:27estão sendo analisadas na Inglaterra.
25:29Técnicos da Unidade de Investigação de Acidentes Aéreos...
25:31tentam obter dados valiosos.
25:35A neutralidade do local...
25:37onde as gravações foram analisadas...
25:39era algo essencial.
25:41Cada avião estava equipado...
25:43com duas caixas pretas...
25:45um gravador de dados do voo...
25:47e um gravador de vozes da cabine.
25:49O gravador de dados do voo...
25:51contém informações sobre dezenas de aspectos...
25:53acerca do desempenho de um avião.
25:55Entre eles a altitude...
25:57a velocidade do vento...
25:59e as alterações feitas pelos pilotos...
26:01nos controles do voo.
26:05O gravador de vozes da cabine...
26:07registra todas as conversas...
26:09entre os pilotos.
26:13279, bom dia.
26:15À medida que os investigadores...
26:17tentam saber mais sobre a colisão...
26:19próxima de Nova Delhi...
26:21eles usam as informações armazenadas...
26:23nas caixas pretas...
26:25para fazer uma cronologia de acontecimentos.
26:27Peter Shepard é chefe...
26:29do Departamento de Gravação...
26:31da Unidade de Investigação de Acidentes Aéreos.
26:33Ele irá trabalhar de trás para frente...
26:35a partir do momento do impacto.
26:37O momento da colisão está relativamente bem definido...
26:39por mudanças rápidas nos parâmetros...
26:41de cada aeronave.
26:43Se considerarmos aquele momento...
26:45como nosso marco zero...
26:47podemos então relacioná-lo com momentos individuais...
26:49e então construir uma base de tempo comum.
26:53Primeiro, Shepard e sua equipe...
26:55se concentram no 747 da Saud.
26:57Saud 763, aproximando-se de 1-4-0...
26:59para voar mais alto.
27:03Entendido, mantenha nível de voo 1-4-0...
27:05e aguarde para subir.
27:07Saud 763, mantendo 1-4-0.
27:11As gravações de voz da cabine...
27:13revelam que os pilotos da Saud...
27:15receberam instruções claras sobre suas altitudes...
27:17e parecem tê-las compreendido.
27:19Depois de ser dito...
27:21para que permanecessem a 14 mil pés...
27:23não se falou sobre subir para uma altitude mais elevada...
27:25o que os teria levado...
27:27para a rota do voo da Kazakh.
27:29Em seguida, Shepard verifica...
27:31a gravação dos dados do voo...
27:33para confirmar que o voo da Saud...
27:35realmente seguira as instruções...
27:37que havia recebido.
27:41O gravador do voo da Saud nos dizia...
27:43que a altitude havia sido normal...
27:45durante a subida.
27:47Os pilotos da Saud...
27:49já haviam nivelado a 14 mil 108 pés...
27:51bem dentro de seu corredor de segurança.
27:55Ele foi nivelado na altitude indicada...
27:57de 14 mil pés...
27:59e continuou a voar assim.
28:03Os pilotos da Saud...
28:05seguiram as instruções...
28:07do controle de tráfego aéreo...
28:09meticulosamente...
28:11o que foi confirmado...
28:13pelo controle de tráfego.
28:15Os controladores de tráfego...
28:17queriam uma distância de mil pés...
28:19entre os dois aviões...
28:21e queriam que o avião da Saud...
28:23voasse abaixo do jato da Kazakh.
28:25Se os pilotos da Saud...
28:27não haviam feito nada de incomum...
28:29cresce a suspeita de que...
28:31o avião da Kazakh estava no lugar errado.
28:33Quando os investigadores...
28:35examinam as informações...
28:37do gravador de dados do voo da Kazakh...
28:39eles descobrem com grande inquietação...
28:41que ele havia descido...
28:43bem abaixo dos 15 mil pés...
28:45onde deveria ficar.
28:49Momentos antes da colisão...
28:51o avião da Kazakh está a 14 mil pés...
28:53quase mil pés abaixo da altitude...
28:55que lhe fora atribuída...
28:57e menos de 10 pés abaixo do voo da Saud.
29:01E então...
29:03ele foi direto...
29:05rumo ao jato da Saud.
29:09A tripulação da Kazakh...
29:11continuou descendo...
29:13além da altitude...
29:15para a qual tinha autorização...
29:17que era de 15 mil pés.
29:19Mas...
29:21por que razão o voo da Kazakh...
29:23havia saído tanto do curso?
29:25Kazakh 1907...
29:27qual a posição?
29:29A Kazakhstan Airlines...
29:31apresenta uma teoria...
29:33para a dramática perda de altitude...
29:35de seu avião.
29:37A defesa da Kazakhstan...
29:39baseava-se principalmente...
29:41na presença de turbulência.
29:43Talvez um súbito impacto de turbulência...
29:45houvesse forçado o avião a descer.
29:47O gravador de dados do voo da Kazakh...
29:49não parece indicar que a tripulação...
29:51tivesse tido um voo turbulento.
29:53Ele mostra duas quedas distintas e súbitas...
29:55de mais de 400 pés.
29:57A empresa aérea alega...
29:59que essas duas quedas...
30:01haviam sido provocadas por turbulência.
30:03Mas Peter Shepard...
30:05não está tão certo disso.
30:07Quando vimos os saltos...
30:09de 250, 500 pés...
30:11nossa reação inicial foi...
30:13achar que aquilo não poderia estar certo.
30:15Quer dizer...
30:17o índice de mudança estava além daquele...
30:19que uma aeronave pode realmente executar.
30:23O que mais poderia levar o avião...
30:25a descer tão rapidamente?
30:27Ou pelo menos parecer descer tão rapidamente?
30:29Shepard procura uma explicação.
30:33Tentamos solucionar as inexatidões...
30:35nas gravações da Kazakh...
30:37verificando os outros parâmetros registrados...
30:39e tentando apurar a altitude...
30:41usando essas outras gravações.
30:45Trata-se de matemática complexa.
30:47Usando informações que incluem...
30:49a velocidade e o índice de descida...
30:51registrados no gravador de dados do voo...
30:53Shepard determina que o avião...
30:55estava em uma descida constante.
30:57A razão para as aparentes descidas...
30:59acentuadas é simples.
31:01Shepard descobre que o sensor...
31:03que envia informações de altitude...
31:05para o gravador de dados do voo...
31:07estava com problema.
31:09Ele emperrava e deixava de enviar...
31:11informações temporariamente.
31:13Quando voltava a funcionar...
31:15parecia erroneamente que o avião...
31:17havia perdido muita altitude.
31:19Era como se houvesse um pouco de cola...
31:21em uma área e ele parava ali.
31:23E no final...
31:25a altitude mudou tanto...
31:27que a força nele o fez saltar novamente.
31:29E ele ficou preso ali...
31:31por certo tempo.
31:33Agora os investigadores podem descartar...
31:35a turbulência de forma conclusiva...
31:37como uma causa da colisão.
31:39Então não há uma descida súbita?
31:43Investigando registros de manutenção...
31:45os investigadores também descobrem...
31:47que não havia problema com os altímetros...
31:49do avião da Kazak.
31:51Eles descobrem que as diferenças...
31:53encontradas nos instrumentos da cabine...
31:55eram consequências do acidente...
31:57e não sua causa.
31:59Para compreender por que o avião da Kazak...
32:01continuara descendo...
32:03depois de ter sido solicitado...
32:05que ficasse onde estava...
32:07os investigadores se voltam...
32:09para o gravador de voz da cabine.
32:11A gravação tem início bem antes do acidente.
32:13Inicialmente não há qualquer sinal...
32:15de alguma coisa errada.
32:17Kazak, 1-9-0-7...
32:19comunicar nível de passagem.
32:23Passando para 2-4-0...
32:25Kazak, 1-9-0-7.
32:27Como o Ilyushin 76...
32:29é um avião militar modificado...
32:31ele tem outro recurso em comum...
32:33um local para um operador de rádio na cabine.
32:35Igor Hepp fica naquela posição...
32:37e se encarrega de todas as comunicações...
32:39para o voo da Kazak.
32:41Entendido.
32:43Sobre dele, aproximação 1-2-7-9.
32:451-2-7-9.
32:47Até mais, Kazak, 1-9-0-7.
32:51À medida que o avião se aproxima do aeroporto...
32:53Hepp entra em contato com Duta...
32:55o controlador de aproximação.
32:57Aproximando-se de dele.
32:59Boa noite, Kazak, 1-9-0-7.
33:01Passando de 2-3-0 para 1-8-0.
33:05Eu disse ao voo da Kazak...
33:07que descesse e mantivesse o nível de voo 1-5-0...
33:09que é de 15 mil pés.
33:11Entendido, Kazak, 1-9-0-7.
33:13Descendo para nível de voo 1-5-0.
33:15Informe a aproximação.
33:19Mil pés e distância vertical suficiente.
33:23E foi a distância autorizada...
33:25para os dois aviões.
33:27Kazak, 1-9-0-7.
33:29Chegando agora a 1-5-0.
33:33O operador de rádio da Kazakstan havia...
33:35num determinado momento afirmado...
33:37ter atingido o nível de voo 1-5-0.
33:41Falta apenas um minuto para o impacto.
33:43E, nesse momento, o avião da Kazak...
33:45parece estar exatamente onde deveria estar...
33:47mil pés acima do avião da Saud.
33:51Mas os investigadores sabem que, em vez de nivelar...
33:53o avião continuou a descer.
33:57Aí começa o problema.
33:59Ao compararem as informações dos dados do voo...
34:01com as gravações da cabine...
34:03os investigadores descobrem que...
34:05Kazak, 1-9-0-7.
34:07Chegando agora a 1-5-0.
34:11Quando o RAP chama o controle...
34:13dizendo que eles estão descendo para 15 mil pés...
34:15ele está, na verdade, mais de mil pés...
34:17mais acima do que acredita estar.
34:23Os investigadores se perguntam...
34:25como ele poderia ter cometido...
34:27o tamanho equívoco.
34:29Por que ele teria dito estar a 15 mil pés...
34:31quando, na verdade...
34:33estava a 16 mil pés?
34:35Eles verificam o layout da cabine.
34:39Um operador de rádio...
34:41não tem seu altímetro independente.
34:43Existem dois altímetros métricos...
34:45cada um deles...
34:47em frente a cada um dos pilotos.
34:51Com algum esforço...
34:53o operador de rádio...
34:55também conseguiria vê-los.
34:59Seja qual for a razão...
35:01o RAP está equivocado...
35:03em relação à altura de seu avião.
35:05E ele é o único em contato...
35:07com o pessoal em terra.
35:09Apesar da solicitação...
35:11para que fiquem 15 mil pés...
35:13o avião continua descendo.
35:15Ao fazer isso, Dutta envia um alerta...
35:17aos pilotos da Casac.
35:27Ele diz que fiquem atentos...
35:29ao voo da Saudi.
35:31Mas o jato da Casac...
35:33continua voando mais baixo.
35:39Pouco antes do acidente...
35:41Igor RAP parece perceber...
35:43que agora o avião está voando...
35:45perigosamente baixo.
35:47Mas seu alerta não chega a tempo.
35:51O gravador de voz da cabine...
35:53comprova o que os investigadores...
35:55haviam descoberto nas gravações...
35:57do momento do voo.
35:59No momento do acidente, o jato da Casac...
36:01estava tentando desesperadamente...
36:03voltar para sua rota.
36:05Vá para o 1-5-0...
36:07porque é 1-4-0. Ali!
36:11Mas os investigadores...
36:13ainda estão intrigados...
36:15por que o avião da Casac...
36:17continuara descendo.
36:19Depois de descartar...
36:21erro do controlador...
36:23descartar falha mecânica...
36:25você precisa verificar...
36:27os detalhes do comportamento humano...
36:29durante a operação de um voo.
36:31O Cazaquistão...
36:33é uma de várias repúblicas...
36:35agora independentes...
36:37que faziam parte da União Soviética.
36:39A empresa aérea nacional...
36:41tem certa reputação...
36:43no aeroporto Indira Grande.
36:45Sempre houve essa impressão...
36:47de que aqueles operadores...
36:49eram pouco experientes...
36:51que faziam basicamente...
36:53um avião experimental moderna.
36:55Nós verificamos seu conhecimento...
36:57da língua inglesa.
36:59A tripulação nos estados soviéticos...
37:03passou nos...
37:05exames de inglês...
37:07mas não era fluente...
37:09para falar o idioma.
37:11Agora a Velma escuta mais atentamente...
37:13a gravação de voz da cabine...
37:15procurando uma indicação...
37:17de que a tripulação teria entendido...
37:19equivocadamente as instruções.
37:22Quantas milhas?
37:24Tráfico a oito milhas...
37:26nível 1-4-0.
37:40Comunicando oito milhas.
37:52Acione o aquecimento do motor.
38:07Agora verificando...
38:09o 9-0-7.
38:22Se por um lado...
38:24o operador de rádio parece ter entendido...
38:26que o avião estava a 14 mil pés...
38:28investigadores acreditam que o copiloto...
38:30achou que ele estava liberado para 14 mil pés...
38:32e continuou sua descida.
38:40Quando o piloto realmente responde...
38:42ele parece confuso.
38:52A decisão de aumentar a potência...
38:54e parar de descer...
38:56termina em tragédia.
38:58O relatório final responsabiliza...
39:00diretamente a tripulação do voo da Cazaque.
39:02No lugar errado...
39:04na hora errada...
39:06um simples mal entendido...
39:08pode ser um erro.
39:10O avião é um avião...
39:12e não é um avião.
39:14O avião é um avião...
39:16e não é um avião.
39:18O avião é um avião...
39:20e não é um avião.
39:22O avião é um avião...
39:24e não é um avião.
39:26O simples mal entendido...
39:28levou a morte de 349 pessoas.
39:36A investigação concluiu...
39:38que a principal causa...
39:40desta colisão aérea...
39:42foi a não observância...
39:44da altitude...
39:46designada...
39:48autorizada para a aeronave...
39:50da Cazaquistã.
39:52Os investigadores estão certos...
39:54de que sabem qual foi a causa...
39:56da pior colisão aérea na história da aviação.
39:58Entretanto, eles querem...
40:00que a indústria tome algumas medidas...
40:02para que o aeroporto de Indira Gandhi...
40:04seja mais seguro.
40:06Eles descobrem que a tecnologia...
40:08que poderia ter impedido o tal acidente...
40:10já estava no aeroporto.
40:12Os investigadores determinaram...
40:14que a comunicação confusa na cabine...
40:16e um simples mal entendido...
40:18provocaram um acidente devastador...
40:20que matou quase 350 pessoas.
40:24Entretanto...
40:26a tecnologia que poderia ter ajudado...
40:28a evitar esse acidente já existia.
40:30Sistemas que teriam ajudado...
40:32tanto os pilotos no ar...
40:34quanto os controladores em terra.
40:36Os investigadores são especialmente críticos...
40:38em relação ao radar...
40:40que estava sendo usado em Nova Delhi.
40:42Naquela época...
40:44os controladores de tráfego aéreo...
40:46contavam com uma tecnologia...
40:48bastante ultrapassada.
40:50Não havia um radar secundário disponível...
40:52no aeroporto de Delhi...
40:54somente um antigo radar primário.
40:56Um radar primário...
40:58envia sinais de rádio...
41:00para localizar aviões do céu.
41:02O sinal bate no avião...
41:04e volta para uma antena em terra.
41:06Ele lê a posição do avião...
41:08mas não sua altitude.
41:12O radar primário lhe fornece um quadro.
41:14O radar secundário...
41:16funciona de maneira diferente.
41:18Um transponder a bordo do avião...
41:20envia uma mensagem para o pessoal em terra...
41:22com informações chave...
41:24acerca do voo...
41:26incluindo sua altitude.
41:38No dia da colisão...
41:40o controlador de aproximação VK Duta...
41:42só podia contar com o que as tripulações diziam...
41:44acerca da altitude das aeronaves.
41:50O operador de rádio da Kazakh...
41:52disse que eles estavam voando...
41:54a 15 mil pés.
41:56Mas Duta não tinha como confirmar...
41:58tal informação.
42:00Se ele tivesse tido informação...
42:02sobre a verdadeira altitude do voo da Kazakh...
42:04ele poderia ter desviado...
42:06o voo da Saud de seu rumo.
42:20Esse é um quadro tridimensional.
42:22Portanto, você tem algum tempo...
42:24para reagir.
42:26Você pode tirar a aeronave dali.
42:28Na época do acidente...
42:30a Índia havia feito um pedido...
42:32de um sistema de controle do tráfego aéreo...
42:34de 118 milhões de dólares...
42:36com radar secundário...
42:38e equipamentos de comunicação e navegação...
42:40mais sofisticados.
42:42Inicialmente...
42:44o sistema havia sido programado...
42:46para ser instalado duas semanas antes do acidente.
42:48Entretanto...
42:50no dia do acidente...
42:52o sistema não havia nem mesmo sido retirado...
42:54da embalagem.
42:56O radar secundário é um avanço...
42:58em relação ao primário.
43:00E nesse caso em especial...
43:02tendo-se também a informação...
43:04sobre a altitude...
43:06poderia ter sido possível...
43:08evitar um acidente...
43:10daquela natureza.
43:12No ano seguinte ao acidente...
43:14três colisões aéreas...
43:16quase chegaram a ocorrer...
43:18próximas do aeroporto de Indira Gandhi.
43:20Mais de dois anos se passariam...
43:22até que o sistema de radar secundário...
43:24fosse instalado.
43:26Hoje...
43:28os controladores de voo...
43:30no aeroporto internacional de Indira Gandhi...
43:32vêem número de voo, altitude...
43:34e direção de um avião.
43:36Muito mais informações...
43:38do que o controlador Dekaduta...
43:40tinha a sua disposição no dia do acidente.
43:42Os especialistas acreditam...
43:44que um outro dispositivo tecnológico...
43:46poderia ter ajudado...
43:48a evitar a colisão.
43:50O TECAS.
43:52O TECAS...
43:54gera alertas...
43:56e avisos para a tripulação.
43:58Isso lhes dá tempo...
44:00para reagir.
44:02Chama a atenção da tripulação...
44:04para a situação em que estão.
44:06E o equipamento...
44:08verifica...
44:10a separação vertical.
44:12O TECAS...
44:14é um sistema de prevenção de colisão...
44:16que pode ser instalado...
44:18a bordo das aeronaves.
44:20Em muitos países...
44:22a tecnologia é obrigatória.
44:24O sistema alerta os pilotos...
44:26quando outros voos estão ficando próximos demais.
44:28O sistema também informa automaticamente...
44:30que ações evasivas a tripulação deve tomar.
44:32Nenhum dos aviões...
44:34estava equipado com TECAS.
44:36A autoridade aeroportuária da Índia...
44:38também tornou os aeroportos mais seguros...
44:40reprojetando os corredores de ar chegando...
44:42e saindo das pistas.
44:44No momento da colisão...
44:46havia um corredor de ar principal...
44:48para aviões comerciais aterrissando...
44:50e decolando do aeroporto internacional Indira Gandhi.
44:52Com o aumento do tráfego aéreo...
44:54aquele único corredor...
44:56estava se tornando movimentado demais.
45:02Depois do acidente...
45:04mais corredores foram abertos...
45:06para voos comerciais.
45:10De um modo geral...
45:12os padrões de segurança na aviação melhoraram.
45:14A preocupação com segurança aumentou.
45:18Tecnologia ultrapassada...
45:20e comunicação confusa...
45:22levaram a esse acidente.
45:26Mas como quase todo acidente na aviação...
45:28foi uma série de acontecimentos...
45:30aparentemente sem muita importância...
45:32o que levou ao desastre.
45:36Em retrospectiva...
45:40aquelas pessoas tiveram a grande infelicidade...
45:42de se encontrarem no céu.
45:44Há uma chance em um milhão...
45:46de que aquilo aconteça.
45:48E certamente outras coisas...
45:50poderiam ter evitado aquilo...
45:52como sistemas de radar...
45:54para evitar colisões.
45:56E creio que...
45:58continuamos a fazer avanços nessa área.
46:00Eu não me preocupo em voar.
46:04Com certeza...
46:06existe a questão do destino.
46:08Eu não sei.
46:10Fico feliz de não ter estado...
46:12cinco minutos à frente de onde estávamos.
46:16V. Caduta teve uma longa carreira...
46:18como controlador de tráfego aéreo.
46:20Hoje ele trabalha em uma faculdade...
46:22treinando jovens controladores.
46:26Lá sou o instrutor-chefe...
46:28treinando controladores de tráfego aéreo.
46:30Sou viciado no meu trabalho.
46:32Realmente adoro meu trabalho.
46:36Duta, inicialmente suspeito...
46:38de ter provocado o acidente...
46:40ajudou a implementar as alterações...
46:42que tornaram o aeroporto de Nova Delhi mais seguro.
46:44Seus esforços valeram a pena.
46:46Hoje o aeroporto recebe...
46:4820 milhões de passageiros por ano.
46:50Desde que o novo sistema de radar foi instalado...
46:52e os novos corredores foram abertos...
46:54não houve mais acidentes fatais...
46:56nesse aeroporto.
47:02Versão Brasileira
47:04Sental

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