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Eduardo Lobo, presidente da Abipesca, analisou o impacto do possível acordo com a China para ampliar as exportações brasileiras de pescados. A expectativa é de alta de 20% nas vendas, com reflexos positivos para o norte do país. A guerra tarifária dos EUA também impulsiona o setor.

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Transcrição
00:00O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, falou em coletiva na última quinta-feira que o Brasil está quase fechando o acordo para exportar pescados para a China.
00:09Esse seria um grande passo para o país, ainda mais com a guerra tarifária imposta pelos Estados Unidos.
00:15Vamos entender melhor esse contexto, entender mais sobre esse setor, numa conversa agora ao vivo com Eduardo Lobo, que é presidente da ABPESCA, Associação Brasileira das Indústrias de Pescados.
00:25Está com a gente ao vivo aqui no estúdio, tudo bem? Seja muito bem-vindo, prazer te receber aqui no Money Times.
00:30É um prazer estar aqui, tirando as dúvidas e conversando sobre esse assunto que é muito importante para todo o setor de pescados.
00:37Certamente, Felipe Machado, nosso analista, participa da conversa.
00:41Eduardo, vamos trazer então um contexto, um número atual, não tenho como não te perguntar da Semana Santa, como é que foi, como que foram os resultados para o setor, para a Semana Santa desse ano.
00:54Tem algum destaque que vale a pena a gente compartilhar com a nossa audiência?
00:57Sim, essa Semana Santa foi uma semana atípica.
01:02A gente teve os números financeiros de faturamento repetindo 2024, mas em toneladas a gente vendeu menos.
01:11Isso é um fato, é um sintoma grave de que a população teve um achatamento na sua capacidade financeira, na sua capacidade de aquisição e a inflação elevou o custo da proteína de pescados também.
01:27Houve uma troca nos supermercados pela população da proteína.
01:35Ela está migrando das proteínas mais caras para as mais baratas porque não está conseguindo comprar o alimento que comprava antes.
01:44E a gente teve esse reflexo com essa Semana Santa que para a gente é um sintoma muito triste e muito difícil de administrar.
01:51É, olhando isso para o nosso cenário interno, né?
01:55Felipe, sua pergunta para o Eduardo.
01:57Tudo bem, Eduardo. Boa tarde.
01:59Então, mudar um pouquinho para o cenário externo, né?
02:01Como a gente viu essa notícia do Brasil, possibilidade do Brasil exportar pescados para a China.
02:05Queria que você falasse um pouquinho para a gente sobre isso e também explicar um pouquinho por que o Brasil já não tinha essa rota estabelecida antes.
02:13O que está faltando? Alguma questão sanitária? Alguma questão de logística, talvez, de transporte entre os portos, a distância?
02:20Enfim, explica um pouquinho para a gente, Eduardo, por favor.
02:22Então, Felipe, o Brasil, na verdade, exporta pescados para a China.
02:28Exporta bastante.
02:30Só que a China, ela libera as exportações não de maneira geral.
02:35Ela libera espécie por espécie.
02:37Então, algumas espécies já são exportadas.
02:40O Brasil exporta, por exemplo, vários tipos de pescados capturados em sua costa, como também crustáceos.
02:48Tem na China o seu maior mercado consumidor de lagosta do Brasil.
02:53E o que tem pela frente agora é uma lista nova com liberação de novas espécies, principalmente espécies da Bacia Amazônica.
03:02Isso vai ser muito importante. A gente vem aguardando esse fato há bastante tempo.
03:09A gente deve ter a liberação de exportação de algumas espécies extrativas e também de cultivo.
03:15Isso vai dar uma amplitude maior e a gente espera aumentar, com essa lista de possibilidades para a China,
03:22mais de 20% no volume de exportações brasileiras para esse ano, se isso vier a acontecer agora de forma imediata.
03:30E do que depende para acontecer?
03:32Isso é um acordo bilateral entre Brasil e China.
03:36O Brasil já cumpriu com todas as suas etapas de verificações sanitárias.
03:42A China já veio, já fez as auditorias.
03:45É muito mais um acordo e uma espera de um momento oportuno, onde as duas partes sentam e formalizam.
03:52Isso é um momento que a gente já vem aguardando há bastante tempo.
03:55Nossa, posso imaginar.
03:56Pode acontecer a qualquer momento, então, Eduardo?
03:58Isso pode acontecer a qualquer momento.
04:01Se isso fizer verdade e acontecer nos próximos 30 dias, a repercussão é bem significativa para os pescadores,
04:13principalmente do norte do país, onde a maioria das espécies está localizada.
04:18Felipe, antes de passar a bola, só vou emendar mais uma aqui, tá, Eduardo?
04:21E isso teria um impacto aqui para o preço internamente?
04:25Pode ficar mais caro ainda o pescado, os crustáceos, para a população brasileira?
04:31Não, não.
04:32O Brasil tem uma pescosidade muito grande.
04:35São espécies que a gente explora muito pouco,
04:39que têm uma capacidade muito maior de serem pescadas
04:43e que não têm um consumo tão grande dentro do Brasil.
04:47Então, isso vem muito a fortalecer toda a pesca artesanal,
04:53todos os armadores do norte, fortalecendo aí a pescaria na Bacia Amazônica.
04:58Perfeito.
04:59Felipe, sua pergunta.
05:00Eduardo, se eu fosse colocar dinheiro numa aposta,
05:03eu apostaria que isso vai ser anunciado quando a visita do Lula à China em maio.
05:07Mas tudo bem, vamos ver se eu estou certo ou não.
05:11Mas eu queria que você falasse um pouquinho dessas espécies.
05:14Explica um pouquinho quais são essas espécies
05:16e como é que isso vai influenciar na questão brasileira.
05:19São espécies que já são pescadas aqui no Brasil e têm o mercado interno
05:23ou são espécies que vão começar a ser pescadas justamente para essa exportação?
05:26Olha, você tem de imediato nos pescados de cultivo,
05:31você tem o tambaqui, você tem os camarões brasileiros,
05:38a espécie vanameio que o Brasil cultiva,
05:40você tem toda uma gama de catfish,
05:43acabei de ver imagens aí de catfish na tela,
05:48piramutaba, dourada, uritinga e outras espécies.
05:53São em torno de 35 a 40 espécies
05:57que vão ter um reflexo muito importante para a gente.
06:01Isso quando uma cidade que tem pescosidade boa,
06:05ela começa a ter uma indústria voltada à exportação,
06:08desenvolve não só o lado empresarial,
06:12mas também a economia circular daquela região.
06:15Você melhora a possibilidade de pagar o pescado
06:20a quem faz a captura ou cultivo
06:22e aí é um dinheiro que fica na região e que circula
06:27e que transforma a população e melhora o IDH dessas regiões.
06:33Eduardo, a gente falou bastante da nossa relação com a China,
06:36da possibilidade de amplificar a exportação para eles.
06:40Como é que são as nossas relações no setor de pescados
06:43com os Estados Unidos e como que a indústria brasileira
06:47está vendo essa guerra tarifária mundialmente falando?
06:50Essa guerra tarifária a gente tem que entender ela por fotografia.
06:55A fotografia de hoje, desse momento,
06:59ela é boa para o Brasil no setor de pescados.
07:02O mercado americano é um mercado importante.
07:06O Brasil ficou na tarifa básica de 10%,
07:11porém o maior fornecedor de pescados,
07:18quem mais abastece o mercado americano,
07:20são os chineses e eles ficaram fora do páreo momentaneamente.
07:26E quem entra como segunda opção e boa opção é o Brasil.
07:31Então a demanda subiu bastante.
07:34É uma realidade, o reflexo dessas tarifas
07:37aplicadas aos países no mundo,
07:40momentaneamente, tem sido bom para o Brasil.
07:43Se isso continuar da maneira que está posto hoje,
07:47devemos ter, por exemplo,
07:49um incremento de 200% no volume exportado de tilápia,
07:55que é o pescado mais cultivado no Brasil,
07:58para o mercado americano.
07:59Isso não deixa de ser uma boa notícia.
08:02A médio prazo e longo prazo,
08:04nós temos um receio de que o aumento das tarifas
08:10eleve o custo ao consumidor e o mercado mundial de consumo
08:15tenha uma queda.
08:17Isso vai afetar o Brasil em todos os seus produtos,
08:23em todas as suas proteínas.
08:25Mas olhando a curto prazo, nessa fotografia de agora,
08:28a gente está num bom momento, com boas perspectivas.
08:31Perfeito. Felipe, mais uma sua.
08:33Eduardo, bom, então estamos falando do momento,
08:35embora você falou do momento que não foi tão bom
08:38aqui na Semana Santa,
08:39de um resultado que não foi tão legal,
08:41a gente tem boas perspectivas,
08:43quer dizer, aumento para a China,
08:44aumento para os Estados Unidos.
08:46A produção brasileira está preparada
08:47para esse aumento tão significativo
08:49ou vocês têm algum tipo de investimento em infraestrutura
08:52que precisa ser feito
08:53antes de a gente conseguir atingir esses números tão positivos?
08:56Olha, vem num momento bom.
08:58O Brasil vem crescendo sua produção primária
09:01no cultivo de tilápia, ano a ano.
09:04A gente está preparado com produção,
09:07a gente tem parque industrial aparelhado e apto a isso,
09:12a gente tem as certificações internacionais
09:15de melhor qualidade,
09:17de melhor modo de operação que se pode ter.
09:20Então, o momento é oportuno,
09:22a gente vai conseguir atender a demanda internacional
09:26pelo nosso pescado sem comprometer o abastecimento interno,
09:30muito pelo contrário.
09:32A gente tem como expandir para o ano de 26 e 27
09:35muito mais a nossa produção.
09:38E se os produtores, eles têm confiança,
09:42tiverem segurança de que o pescado,
09:45trabalhado e produzido por eles,
09:47vai ter um mercado que vai absorver por preços justos,
09:50eles vão colocar mais peixe na água,
09:53as indústrias processadoras vão ficar aparelhadas
09:57e preparadas para isso
09:58e a gente vai atender a essa demanda.
10:01Acho que a proteína de pescados,
10:03nesse viés, com esse olhar, tem muito a crescer.
10:06Eduardo, te ouvindo aqui,
10:08me fica muito essa sensação de que
10:10o consumo de pescado é altamente sensível
10:13às questões econômicas,
10:16a esse contexto.
10:17Se o bolso apertar,
10:19é uma das proteínas que as pessoas substituem
10:21bem rapidamente.
10:22É dessa forma mesmo?
10:23A proteína de pescados,
10:25ela é uma das proteínas mais saudáveis que existe.
10:29E como ela não é 100% cultivada,
10:32ela praticamente hoje no Brasil
10:34é 50 a 50 o que é produzido,
10:38é 50 capturados, 50 cultivados,
10:40o custo de elaboração,
10:44de aquisição dessa proteína
10:45não é simples e não é fácil,
10:48apesar de ser muito saudável.
10:51Então, toda proteína mais cara
10:53na hora de uma crise,
10:55na hora que o consumidor perde
10:58o seu poder aquisitivo,
10:59ela é trocada imediatamente.
11:02Infelizmente, tá?
11:03Infelizmente, no Brasil,
11:05a gente tem um consumo per capita de pescado
11:07de 10 quilos ao ano.
11:09É muito baixo ainda comparado com a média mundial
11:12que passa dos 15 quilos,
11:15muito distante de uma média
11:16de um mercado comum europeu
11:18que é de 30 quilos
11:20e mais distante ainda
11:22do mercado asiático
11:24que é de perto de 60 quilos per capita ano.
11:27Então, o Brasil tem muito a crescer.
11:29É a proteína mais comercializada do mundo.
11:32Se você olhar os números,
11:34ela é mais comercializada,
11:36mais transacionada no mundo.
11:38do que as outras proteínas.
11:40Então, o Brasil tem uma oportunidade aí
11:43porque tem como crescer a produção
11:44com qualidade,
11:46sem criar desabastecimento
11:48dentro do próprio país,
11:51trazendo mais divisas
11:52com essas exportações
11:53que podem chegar aí
11:54já em 25 e 26.
11:56Perfeito, Eduardo Lobo,
11:57presidente da ABPESCA,
11:59participando ao vivo aqui com a gente,
12:00com várias informações interessantes,
12:03curiosas,
12:04e com bastante otimismo
12:05para esse setor.
12:06Que venham boas notícias
12:07e assim que elas chegarem,
12:09por favor,
12:09volta aqui para compartilhar com a gente.
12:11Obrigado.
12:11Obrigada.
12:12A gente vai vir sim.
12:12Boa tarde.
12:13Boa tarde.
12:14Boa tarde.
12:14Boa tarde.
12:14Boa tarde.
12:15Boa tarde.
12:15Boa tarde.
12:15Boa tarde.
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12:16Boa tarde.
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