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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), afirmou que o discurso do PT contra o PL da Dosimetria representa uma “incoerência histórica”. Motta rebateu Lindbergh Farias (PT) por citar Ulysses Guimarães, alegando que o PT votou contra a Constituição de 1988. Enquanto isso, o presidente Lula (PT) minimizou as desavenças na Câmara, dizendo que são próprias da democracia.

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Transcrição
00:00Olha, falando de Ulisses Guimarães e de toda essa situação envolvendo o Glaber Braga também,
00:03durante a discussão que aprovou o projeto de lei da dosimetria,
00:07o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Mota, criticou o PT
00:10depois da fala do líder do partido na casa, Lindbergh Farias.
00:14Lindbergh afirmou que a votação era uma vergonha para o Congresso,
00:18que muitos familiares de pessoas mortas da ditadura não viram os culpados presos.
00:24Também mencionou o discurso na posse do presidente, Hugo Mota,
00:27citando o deputado Ulisses Guimarães e também Rubens Paiva Neto,
00:31que eram opositores do regime militar.
00:33Mota pediu a palavra para rebater Lindbergh e disse que o partido,
00:37àquela época, votou contra a Constituição que foi apresentada por Ulisses Guimarães.
00:41Então seria uma grande hipocrisia citá-lo nesse momento.
00:47Remetendo à época da aprovação da Constituição, em que o PT,
00:51a maioria do PT, inclusive o próprio presidente Lula,
00:54foram contra a Constituição de 88.
00:57Apenas um deputado do PT votou favorável à Constituição naquele momento.
01:02Vamos então agora ouvir o que disse Hugo Mota.
01:05Eu tenho aqui tido muito respeito aos oradores que estão na tribuna
01:09e continuarei a ter ao longo de toda a noite de hoje,
01:12enquanto eu estivesse sendo a presidência da Câmara.
01:15Mas escutar aqui, por diversas e reiteradas vezes,
01:19integrantes do Partido dos Trabalhadores, um partido que eu respeito,
01:23respeito a sua história, invocar e falar sobre Ulisses Guimarães
01:28quando esse próprio partido votou contra a atual Constituição,
01:31é realmente uma incoerência muito histórica.
01:35Eu gostaria só de fazer esse registro.
01:38Bom, o presidente Lula também comentou mais cedo
01:41sobre as desavenças entre o governo federal e o Congresso Nacional,
01:44presidente da Câmara. Vamos acompanhar.
01:46Eu digo sempre, eu sou grato ao Congresso,
01:49porque com toda a divergência nós aprovamos tudo o que a gente queria.
01:54Tudo. Nem 100%, mas às vezes 80, 70, 90.
01:58Mas também quando eu era sindicalista, eu nunca alguei tudo o que eu queria.
02:01Eu estou muito tranquilo com o que está acontecendo no Brasil.
02:05Essa desavença da Câmara é pouco da democracia.
02:10A gente estava desabituado a isso.
02:12Esse país está mudando para melhor.
02:14Bom, eu quero ouvir vocês, Zé Maria Trindade,
02:18sobre a atuação do presidente da Câmara
02:19e sobre, digamos, essa corda que fica cada vez mais esticada
02:23entre o representante do Palácio do Planalto e o presidente da Câmara.
02:27O Gumota já demonstrou que já não mantém relações
02:30com o Lindbergh Farias ali no Congresso Nacional,
02:32mas a gente percebe agora críticas mais diretas
02:35e num momento bastante delicado para o presidente da Câmara,
02:38que traz à tona o PL da dosimetria,
02:40que simboliza, de certa forma, esse aceno à oposição
02:44numa possível, vamos dizer, derrota ao governo, como você já mencionou,
02:48e também demonstra essa instabilidade do presidente da Câmara
02:55em conseguir administrar os conflitos que acontecem na casa
02:59e que, inclusive, o expõe quando pessoas tomam o espaço na mesa diretora.
03:04Fala aí, seu Zé.
03:06Primeiro, o presidente Lula demonstra aí uma sobriedade muito forte
03:10ao admitir que o Congresso ajudou, ajudou e melhorou os projetos
03:14enviados por ele e pelo governo e houve mudanças, né?
03:18Exatamente porque ele não tem maioria, né?
03:20Pelo contrário, há uma maioria contra ele se leva em consideração o centrão
03:24e ele conseguiu ali furar os bloqueios, principalmente com a ajuda
03:28de Fernando Haddad na pauta econômica.
03:31Então, é verdade, o governo perdeu algumas batalhas políticas
03:35e teve que negociar pontualmente cada projeto, mas houve, sim, aprovação.
03:40Hugo Mota demonstrou, passou o recibo, assinou a promissória
03:45que perdeu o controle da Câmara.
03:47Ele não tem o controle da Câmara, está perdido.
03:50Ele mandou bater em jornalistas.
03:52Como? Como pode isso?
03:55Eu fui presidente, assim, do Comitê de Imprensa do Palácio do Planalto
03:59e fui presidente do Comitê de Imprensa da Câmara dos Deputados por duas vezes.
04:03O presidente do comitê é votado e assume um papel na Câmara ali
04:06como chefe de departamento, inclusive administrativamente, da Câmara dos Deputados.
04:12E está lá no regimento que o profissional, o jornalista credenciado
04:16tem o direito de entrar no plenário, de estar no plenário,
04:20desde que, né, credenciado devidamente e tal e tal.
04:24Não é um favor.
04:26Hugo Mota não faz favor em deixar o jornalista entrar.
04:30Ele é obrigado a seguir o regimento.
04:32O regimento diz que o Glauber Braga não poderia assumir a cadeira de presidente,
04:36mas ele não poderia desobedecer o regimento interno da Câmara
04:40e impedir a entrada da imprensa.
04:42Isto é censura.
04:45Não pode acontecer.
04:47E, por outro lado, mandar bater em jornalistas.
04:49derrubaram jornalistas lá, mulheres, empurraram deliberadamente.
04:56A gente via a intenção.
04:59A polícia da Câmara, que não é segurança, é polícia.
05:02É a polícia mais bem paga do Brasil.
05:05Eu sempre faço essa pergunta.
05:06Qual a polícia mais bem paga?
05:07Ah, é Brasil, não sei o quê.
05:08É a Câmara e o Senado, né?
05:12Policiais ganham 45 mil reais.
05:14Vou matar de inveja o policial que corre atrás de bandido aí.
05:17E lá ele não tem que correr atrás de bandido.
05:19Ficar ao lado dos bandidos lá e tal.
05:21Protegendo bandido.
05:22E 45 mil reais em média.
05:26O salário mínimo da Câmara é 25 mil reais pra quem entra lá.
05:30Polícia da Câmara não trabalha mais na frente.
05:34Terceirizaram a lei de segurança.
05:35Não sei onde que eles ficam.
05:36Não sei o que fazem.
05:38E aí vai bater em jornalista.
05:39Por quê?
05:40Os jornalistas estão ali todos os dias.
05:43São os mesmos, credenciados.
05:45Houve sim agressão.
05:48Foi uma confusão muito grande, deliberada, intencional de afastar jornalistas.
05:54Então, assim, da mesma forma como o Glauber desrespeitou o rendimento,
05:58o presidente da Câmara desrespeitou o rendimento que retirou.
06:01Os jornalistas dizem, não sei qual é o objetivo.
06:04Queria matar o Glauber?
06:06Será que era isso?
06:07Pra encobrir, bater, agredir?
06:09E sem contar a falta de controle do presidente da Câmara, essas imagens vão correr o mundo.
06:15Já estão correndo.
06:17Ele, olha, eu tenho divergências com o Glauber Braga, assim, abissal, sais.
06:23São divergências enormes.
06:24Agora, um deputado federal, eu respeito muito o voto.
06:28Ele é um deputado federal, até que caça o mandato dele.
06:31Ele é um deputado federal arrastado, com mata-leão.
06:38Um deputado não pode aceitar que faça isso com outro deputado, porque amanhã pode ser com ele.
06:43E muito menos o presidente da Câmara determinar isso aí, tempos depois de ser condescendente lá com Van Raten,
06:51e nem abrir o processo, nem nada.
06:53E veja que incoerência.
06:54Hoje estão na porta de cassação do plenário da Câmara dos Deputados, quatro parlamentares.
07:00Eduardo Bolsonaro, Carla Zambelli, Alexandre Ramage, e o terceiro é o Glauber Braga, certo?
07:13Quatro.
07:14Tem três senadores, desculpa, três deputados, no Supremo Tribunal Federal,
07:19que serão cassados por corrupção, por roubo de dinheiro público.
07:22Tem até o eufemismo, desvio de recursos públicos via emendas parlamentares, isso é roubo.
07:28E cadê os processos contra esses ladrões, que serão condenados no Supremo?
07:32Tem prova.
07:33Isso não é política.
07:34Essas condenações do Supremo agora, contra esses deputados, não é política.
07:38É condenação por roubo.
07:39E cadê os processos?
07:40Quer dizer, você pode roubar na Câmara que não há processo, não pode brigar,
07:45não pode, enfim, ter divergências políticas, como o caso do Eduardo Bolsonaro,
07:49como é o caso da Carla Zambelli, foi divergência política.
07:52ali na Câmara.
07:53Então, assim, há uma incoerência e o Hugo Mota assinou um recibo e a promissória.
07:58Perdeu o controle da casa.
08:00Zé Maria Trindade, eu te agradeço muito também por você compartilhar
08:03essa experiência toda que você tem sobre atuação nos bastidores
08:07e do papel da representação do jornalista na Casa Alta e na Casa Baixa,
08:11no Congresso Nacional, exatamente para se entender que tirar jornalistas, suspender a transmissão,
08:18não ser transparente com aqueles que acompanham o trabalho dos parlamentares,
08:22é também uma atuação contra o regimento interno,
08:26é também uma atuação contra aqueles que colocaram essas pessoas lá.
08:30até porque elas estão lá por causa do voto de cada um de nós que elege aquelas pessoas
08:38que ocupam aquelas cadeiras.
08:39Fala, Fábio Fiperno.
08:41Está perfeito o que o Zé Maria disse.
08:42O deputado Hugo Mota, com a sua pequenez, muito aquém da dimensão que o cargo existe,
08:53parece que ele quer transformar a Câmara dos Deputados em um vale-a-conto de nostálgicos do AI-5.
09:00Porque ontem ele se posicionou, sim, ao lado de quem usava com todo orgulho
09:07camiseta com o rosto de torturador e agiu como tal.
09:13Que negócio é esse de bater em jornalista, de arrastar deputado,
09:17colocar a truculência da polícia na Câmara para fazer isso?
09:22Por acaso, ele agiu assim lá atrás em agosto?
09:26E, aliás, não agiu assim em agosto e não tinha que fazer isso mesmo.
09:30Não é esse o papel.
09:33As coisas têm que ser resolvidas de forma civilizada
09:36e não foi o que a gente viu ontem.
09:38Só que ontem, além da violência covarde,
09:42houve, sim, a disfarçatez de um dirigente da Câmara dos Deputados
09:48que tentou fazer com que o país não tivesse acesso a essas imagens
09:53à medida que mandou desligar a TV Câmara e expulsar os jornalistas de lá.
09:58Então, quem quer esconder esse tipo de coisa é quem deve muito.
10:03E aí, realmente, não está, sabe, do tamanho, da estatura, da dimensão de Ulisses Guimarães.
10:11Quando ele atacou o PT e, corretamente,
10:15e, aliás, ele atacou e fez uma crítica correta,
10:18porque o PT, de fato, foi contra a Constituição.
10:22É verdade.
10:23Mas o PT também, de certa forma, já fez uma meia-culpa em relação a isso.
10:28E mais, a divergência do PT era em relação ao texto constitucional aprovado naquele momento
10:34e jamais a atuação de Ulisses Guimarães como líder de oposição
10:38durante os anos de chumbo, durante o período duro da ditadura.
10:44Talvez o presidente da Câmara, por um desconhecimento, por ignorância histórica,
10:49não soubesse disso.
10:50Foi, realmente, um papel grotesco de um gabiru político que não está à altura desse cargo.
10:56Arremate, Bruno Moza.
10:59Veja, eu concordo muito com tudo que foi colocado até agora, tá?
11:02Mas tem uma coisa, eu acho que eu já passei dessa fase da indignação com esse ponto de políticos.
11:08Veja, nos foi ensinado, basicamente, que aquelas pessoas que lá estão ocupando esse cargo,
11:13como muito bem o Piperno falou, deveria ter uma estatura, deveria ter um conhecimento,
11:17deveria ter uma ética, deveria ter uma moral.
11:20Isso nos foi ensinado que aquelas pessoas que ocupam esse cargo,
11:24supostamente tem o cacife, tem o conhecimento e o tamanho para tal.
11:29Mas não é assim que acontece na prática.
11:31Na prática, os cargos são indicados politicamente,
11:34eles são trocados num balcão de negócios,
11:35são financiados com o dinheiro do pagador de imposto.
11:38Isso funciona para, por exemplo,
11:40presidentes de fundo de pensão,
11:43que em muitos casos, eles têm, sob gestão ali,
11:46300 bilhões de reais, como é um caso, por exemplo, da Previ,
11:50que tinha um presidente que jamais trabalhou com gestão de patrimônio.
11:53Imagina você fazer a gestão de 300 bilhões de reais de aposentados e velhinhos
11:57sem nunca ter trabalhado com gestão de patrimônio,
12:00que é a nossa atividade aqui.
12:02Nunca, nunca ter trabalhado e gerir 300 bilhões de reais.
12:05Isso acontece, por exemplo, nas agências reguladoras,
12:09nas presidências das estatais,
12:10na diretoria das estatais,
12:12dentro dos gabinetes,
12:14que viram cabide de emprego.
12:15Isso funciona dentro da política.
12:17Nos foi ensinada e quando nós ouvimos o nome de determinado cargo,
12:20a gente imagina,
12:21ora, aquela pessoa sabe o que ela está fazendo.
12:24Não é assim.
12:25Nós vimos o governo indicar, por exemplo,
12:26pessoas da área social
12:28para ser do conselho de empresa,
12:32de, como é que chama,
12:33de mineração, de siderurgia,
12:36do conselho de administração da empresa,
12:39de capital aberto,
12:40porque o governo tem uma participação
12:41através, por exemplo, de um BNDES da vida.
12:44Ou seja, não há conhecimento,
12:46não há técnica envolvida,
12:47não há absolutamente nada.
12:50Assim, troca de favores com o cargo político.
12:53Então, essa pequenez que o Piperno falou,
12:55que nesse caso eu concordo muito com ele,
12:58não me causa nenhum tipo de estranheza.
12:59Se nós olharmos todos os cargos
13:01e cada um dos cargos indicados
13:03politicamente para postos estratégicos
13:06que deveriam ser técnico,
13:08a gente não vai se surpreender
13:10que o conhecimento técnico
13:11em cada uma dessas áreas
13:13ele tende a zero.
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