- há 10 horas
Ronan Ramos, de 83 anos, entrou na TV Itacolomi em 1966. Foi narrador, apresentador, produtor de programas e repórter de esporte, conhecido como ‘o repórter da camisa amarela’.
Como parte do especial "TV Itacolomi: 70 anos", o Estado de Minas apresenta depoimentos de ex-funcionários da primeira emissora de Minas Gerais que permanece na memória de muitos mineiros que, entre 1950 e 1980, puderam acompanhar uma programação de excelência na dramaturgia, no esporte, no jornalismo e no entretenimento.
Como parte do especial "TV Itacolomi: 70 anos", o Estado de Minas apresenta depoimentos de ex-funcionários da primeira emissora de Minas Gerais que permanece na memória de muitos mineiros que, entre 1950 e 1980, puderam acompanhar uma programação de excelência na dramaturgia, no esporte, no jornalismo e no entretenimento.
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NotíciasTranscrição
00:00Como que era a televisão antes disso na sua vida? Você já tinha televisor em casa? Porque nessa época, 66 já é bem avançado, mas no comecinho a gente foi trabalhar com televisão sem fazer a menor
00:29ideia do que era a televisão. Quando eu entrei na televisão, eu realmente não tinha muita ideia. Fui a convite do Hélio Fraga, eu era plantão da Itatiaia, ele ligava com frequência todos os domingos, porque tinha um jornal da Itaconomia, ele queria resultados e eu passava todos os resultados.
00:59Ele ficou impressionado, falou, eu gostaria de te conhecer, você não pode ir numa caiaca sábado ao meio-dia, tem um programa lá.
01:11Eu falei, boa, e fui. No primeiro sábado eu fui, ele estava apresentando, produzindo um programa no edifício Acaiaca, lá no 23º andar, mas não era Itaconomia, era TV Alterosa,
01:35chamado Bola na Itaconomia, e na hora que eu entrei, Ronan? Sim. Aqui, faz um favor. Me deu um papel, senta ali e apresenta isso.
01:53Eu falei, gente, eu não sou locutor, não, sou plantão da Itaconomia, aí eu sentei, fui lá, sentei, falei, olha, olha para a câmera, essa luzinha aqui, aí eu fico olhando, olha, e leia isso que está aqui, aí eu li.
02:09Aí, aí ele gostou, aí depois disso, aí que ele veio buscar outras informações e eu passei. Foi assim que eu conheci pessoalmente a Ana Flaca.
02:25Nesse começo da televisão, você fazia qual função?
02:28Eu, na Alterosa e na Itacolombia, eu fiz de tudo. Eu fui repórter, fui narrador, em alguns jogos eu comentei, não gosto de comentar, fui produtor, fazia de tudo, era pau para toda a obra.
02:56Como que era a cobertura esportiva na época? Tinha programas diários de esporte?
03:01Tinha. Nós tínhamos na Alterosa e na Itacolombia.
03:10Na Itacolombia, nós tínhamos o Papo de Bola, eu trabalhava na produção, era apresentado pelo Fernando Sassi, o Cafunga, e nas jornadas esportivas.
03:24O Papo de Bola, que até hoje as pessoas lembram com muito carinho.
03:28Muito, muito, marcou, marcou uma época sensacional. Os dois foram fora de zero.
03:38O Sassi, o Sassi, o Sassi com a simpatia, o conhecimento, o Cafunga também com conhecimento, com seu jeitão, foi uma dupla de ouro que nós tivemos na televisão.
03:55E a jornada esportiva tinha um lance que os jogos não iam ao ar para a cidade onde estava acontecendo o jogo.
04:06Eu lembro de ler no livro do José Vaz uma história dessa. Por exemplo, você estava transmitindo o jogo do Atlético daqui de BH, esse jogo só ia ao ar à noite, aqui em BH, mas no interior ele ia ao vivo.
04:20Exato.
04:20Era assim que acontecia?
04:21É, num certo período foi assim. Nós fazíamos o jogo, gravava, mas punha direto para o governador Valadares, para o interior todo, né? Triângulo.
04:42E aqui em BH, em 1966, já tinha o Mineirão?
04:47Tinha.
04:47E tinha o Independência?
04:48Tinha.
04:49Mas você chegou a fazer transmissão no estádio de Lourdes, no campo do Cruzeiro?
04:54Sim, em todos. América, no campo do América, que era a Alameda, no campo do Cruzeiro, no Atlético. Rodava, rodava a cidade inteira.
05:09E como que foi que surgiu esse... Eu acho que já me contaram a história, mas eu queria saber de você. Como que surgiu o apelido do repórter da camisa amarela?
05:20Eu... Na verdade, o responsável pela camisa amarela foi o Pelé.
05:26Porque... Eu... Eu tinha uma amizade com o Pelé, como repórter. Sempre me atendeu muito bem.
05:42E... Tudo que eu queria com o Pelé, eu conseguia.
05:45E o patrocinador da nossa jornada era o Banco Nacional.
05:53E o Pelé era garoto propaganda do Banco Nacional.
06:01Então, ele estava no campo.
06:04O Pelé, eu fazia um sinal.
06:06Ele, assim que tivesse, desse uma brecha, ele aproximava para eu poder fazer entrevista.
06:16Mas o câmera, às vezes, não me achava.
06:20Porque cada dia, com a roupa, né?
06:24E...
06:25A JMN, a agência de publicidade, o Renato Berco e o Walter,
06:33o Banco Nacional reclamou.
06:35O Pelé faz publicidade para nós.
06:43E toda vez que ele dá entrevista na Tupi, na rede Tupi, né?
06:49Porque o jogo, às vezes, era transmitido para o Brasil todo.
06:56Na hora que o câmera chega, ele já não está dando entrevista.
07:00Então, precisa.
07:02Aí fizeram uma pesquisa.
07:05A cor mais fácil de identificar, se o fundo for verde, que é o gramado, é o amarelo.
07:15Então, providenciaram uma camisa amarelo.
07:24Engraçado que, no dia que eu cheguei para trabalhar, o Rui Caiado, que era o operador,
07:32na hora que eu estava subindo a escada para chegar no gramado, aí o Rui Caiado falou,
07:40Renato, isso aqui é para você.
07:43Eu falei, o que é isso?
07:44Me deu um embrulho, um papel verde, um bolengo, parecendo um pão, né?
07:49Eu falei, o que é isso?
07:50Não, não é para você.
07:51Eu abri um guarda-chuva.
07:54O que é isso?
07:55É para você vestir.
07:56Eu falei, não vou vestir isso.
07:57Não, não é para você vestir, não.
08:00Aí virei canal 4.
08:05Quem mandou foi o Zé Vaz.
08:13Balancei, né?
08:14Aí o Eno Fraga está vindo aí também.
08:16E eu falei, gente, esse troço vai ficar feio, né?
08:20Aí tirei a camisa, entreguei para o Rui Caiado e acabei de subir.
08:30Na hora que eu acabei de subir, ele já me deu, eu tinha um fone de ouvido, coloquei o fone de ouvido.
08:36E já me irei para a cabine, né?
08:42Onde estava o Sassu, Cafunga, Rodrigo Mineiro.
08:48E aí o Sassu, vamos agora às informações de Atlético, acho que era Botafogo.
08:57Atlético e Botafogo com Ronan Ramos de Oliveira.
09:02Abriu em closing.
09:04Ronan Ramos de Oliveira, o repórter da camisa amarela.
09:09E aí eu passei as informações.
09:13No transcorrer do jogo, o Fernando Sassu falou mais algumas vezes.
09:21E na hora que apareceu, está aqui, canal 4, né?
09:27Na hora que eu virei o guarda-chuva, né?
09:29E no dia seguinte, todo lugar que eu ia em Belo Horizonte, repórter da camisa amarela, repórter da camisa amarela, repórter da camisa amarela.
09:41Pegou.
09:42Você que passou 14 anos na Itacolomi.
09:46Você lembra de grandes jogos que você transmitiu, grandes campeonatos que você cobriu?
09:50Você tem algum que você consegue enumerar mais marcante?
09:52Ah, foram muitos.
09:57Jogos internacionais.
10:01Aí você foi na Copa de 70, né?
10:04Foi.
10:04Não, mas na Copa de 70 eu não fui.
10:08Mas você ajudou na transmissão daqui?
10:09Eu ficava, eu fiquei a Copa inteira praticamente dentro do estúdio.
10:17Meus irmãos, minhas irmãs levavam a comida pra mim na hora do almoço e na hora do jantar.
10:23Eu praticamente morei dentro da televisão.
10:27Pra acompanhar os jogos das e-mails e das outras seleções.
10:30Ficava nas outras seleções.
10:31Ficava no plantão.
10:32E a Copa de 70 foi até interessante porque acho que foi a primeira vez que eu chorei na televisão.
10:47Quando o Brasil foi, conquistou o título, né?
10:52E eu não resisti, né?
10:56De emoção e chorei.
11:00Eu lembro que o Valfrido Marisguia, que era, foi até vice-governador de Minas, ministro.
11:13O Valfrido falou, Ronan, a única, não, a única não.
11:19Lá em casa, no dia da Copa do Mundo, o que a minha mãe chorou e que toda a família chorou,
11:28nós nunca vimos e nem veremos.
11:32Ele falou, foi uma choradeira tremenda.
11:34Mas eu não resistia, porque eu vivia a Copa de 70,
11:40todos os jogos, acompanhava todos os jogos, todos os movimentos, todos os treinos, né?
11:47E falava constantemente com a equipe da Tupi, com os repórteres que estavam lá, os narradores, os comentaristas, né?
11:59Então, eu fiquei muito, muito envolvido com a Copa.
12:04E na hora que conquistou, eu não aguentei e desabei.
12:09Assim como muitos brasileiros, né?
12:11Não só eu.
12:12E um exemplo é essa família do Valfrido,
12:15que foi mandando em casa,
12:18todo mundo chorou.
12:21Todos choraram.
12:23Foi.
12:24Quero te perguntar como que era ser repórter esportivo antigamente.
12:29Hoje, um repórter que cobre futebol,
12:33se, por exemplo, um setorista do Atlético,
12:35se o Atlético vai jogar contra o Deportivo Cali,
12:38ele pode assistir os últimos jogos do Deportivo Cali,
12:41pode ver um milhão de estatísticas dos jogadores,
12:43ele vai saber avaliar se o time joga mais ofensivamente, mais defensivamente,
12:47qual que é o esquema.
12:48Como que era fazer esse trabalho na década de 60, na década de 70,
12:51e que não tinha as informações que tem hoje,
12:53não tem essa facilidade de você ver os jogos no time,
12:56que vai jogar contra um time mineiro.
12:58De onde é que você buscava essas informações?
13:01Nesta parte, nós éramos muito bem formados.
13:06Os times daqui, Atlético, Cruzeiro, América,
13:12acompanhavam todos os treinos.
13:15Sabiam o nome do presidente e o infantil,
13:20jogadores infantil, nós conhecíamos todos.
13:23Tinha uma relação muito forte.
13:26Então, tinha informação.
13:29E os adversários, a gente pesquisava.
13:33Eu gostei, sempre gostei muito de pesquisa.
13:37Eu não dei, eu acho que eu não dei uma informação
13:40sem antes buscar a origem,
13:44saber o DNA daquela informação.
13:46Então, nunca tive dificuldade.
13:52Pela Itacomis, você chegou a cobrir jogos fora do Brasil,
13:55campeonatos fora do Brasil?
13:58Já.
13:58Eu lembro um jogo,
14:07as eliminatórias da Copa de 70, em 69,
14:15Brasil e Colômbia, em Bogotá.
14:19E fomos nós, né?
14:21A Itacomis tinha um jatinho da líder,
14:27ficava à disposição.
14:32A líder colocava o jatinho,
14:35o comandante era o Lotte,
14:38o comandante Lotte.
14:40E fomos nós
14:41para Bogotá.
14:43Foi o Sácio, Marrano,
14:49Cafunga,
14:52eu,
14:54fomos nós três.
14:59E fazia um frio danado em Bogotá.
15:02E eu levei,
15:05inclusive,
15:06ganhei, inclusive,
15:07um cachecol amarelo,
15:09porque já tinha a camisa amarela.
15:12Aí ganhei um cachecol amarelo,
15:14lá está fazendo um frio danado.
15:17Aí fui com...
15:19Levei o cachecol,
15:21quebrou um galho danado,
15:22porque estava muito frio.
15:25Terminando o jogo,
15:27nós voltamos no jatinho da líder.
15:29E na hora que nós descemos
15:32aqui na Pampulha,
15:34eu...
15:36Cadê meu cachecol?
15:37Cadê meu cachecol?
15:39Não achava o cachecol.
15:41Não achei o cachecol.
15:43Aí o comandante Lotte
15:45falou,
15:46não, deixa que eu vou...
15:47Deve estar em algum lugar aqui.
15:49O cachecol não sonhou, não.
15:51Vocês entraram com ele?
15:52Aí entraram.
15:55Daí, há dois dias,
15:56ele liga para o senhor,
15:57achei o seu cachecol.
15:59que estava
16:01enfiado
16:03entre os bancos lá.
16:06Achou?
16:07Achei, porque estava um cheiro horrível.
16:10Que cheiro é esse?
16:11Cheiro de xixi.
16:13É o cafunga.
16:18Cafunga pegou o cachecol
16:20e não tinha banheiro.
16:27Uma figura, né?
16:28Uma figura.
16:29Foi uma figura.
16:31Nossa senhora.
16:32Você ficou na intercolumia
16:33até o final, certo?
16:34Fiquei até o dia que fechou.
16:36Você lembra como que foram
16:38as últimas semanas,
16:39os últimos dias?
16:41Se o pessoal já esperava
16:42que fosse acabar?
16:43Se foi uma surpresa?
16:45Foi uma surpresa
16:47na hora que saiu, né?
16:51Começou aquele
16:52zum, zum, zum, zum, né?
16:54Coisa de corredor, né?
16:58O governo vai fechar.
17:00E aí, no dia,
17:04o Zé Vá chamou,
17:06foi lá no estúdio,
17:09pediu para reunir a turma,
17:10falou,
17:12vai, vai, vai fechar.
17:17Hoje é o último dia.
17:22Então,
17:22eu queria saber
17:24quem eu vou,
17:27a câmera vai abrir
17:28e nós vamos fazer
17:31um apelo, né?
17:35Aí,
17:36esquece.
17:38Fez o apelo,
17:39fechou.
17:41Cada um foi lá,
17:43deu um recado.
17:44Um dia muito triste,
17:46mesmo.
17:46Mas, infelizmente,
17:47não deu para sensibilizar
17:48as autoridades.
17:49Não, não.
17:51Senti que não.
17:53Houve uma campanha grande, né?
17:55Porque, antes,
17:56já tinha aquela
17:57aquela informação
17:59correndo, né?
18:00Que ia
18:00ia caçar, né?
18:04Então,
18:04já teve aquele movimento,
18:06mas não adiantou.
18:08Então,
18:08nesse último dia,
18:11todos nós
18:12fomos
18:13convidados
18:15a ir lá,
18:16dar um depoimento,
18:17fazer um apelo, né?
18:19A autoridade,
18:19não.
18:21Não teve jeito.
18:22Deixa eu perguntar o seguinte,
18:23para a gente
18:24finalizar.
18:25Itacolomi
18:26fechou há 45 anos,
18:29mas,
18:30mesmo assim,
18:30ainda hoje,
18:31as pessoas lembram
18:32da musiquinha
18:33da vinheta
18:33da Itacolomi,
18:34lembram do
18:34Indiozinho,
18:35lembram do
18:36Repórter da Camisa Amarela,
18:37lembram do Papo de Bola
18:38com o Cafunga e...
18:39Sasso.
18:39Sasso.
18:41O que você acha
18:41que fez
18:42a Itacolomi
18:43ser tão marcante
18:44na vida
18:45dessas pessoas
18:45que, até hoje,
18:47a Itacolomi
18:47fechada há 45 anos
18:49ainda lembra disso tudo?
18:50O profissionalismo.
18:52O profissionalismo técnico,
18:56jornalístico
18:57e artístico.
19:00O teatro
19:01da Itacolomi
19:03hoje
19:05seria igual
19:08às melhores novelas
19:09que nós temos no país.
19:12Os astros
19:13da Itacolomi
19:14seriam tão consagrados
19:17quanto os maiores astros.
19:20o teatro
19:22que era
19:24fantástico.
19:27Podia
19:27fechar
19:28qualquer
19:29programação
19:30noturna
19:31das principais
19:34emissoras
19:34do país
19:35e do mundo.
19:37As novelas
19:37eram
19:38placadas.
19:40E no esporte?
19:42O esporte,
19:43o deste
19:44à parte,
19:44o esporte
19:47nós marcamos
19:48uma época.
19:50Uma época
19:50muito forte.
19:53Era
19:53a Itacolomi,
19:56a Tupi,
19:58São Paulo,
20:00a Piratini,
20:02em Porto Alegre,
20:11em Brasília,
20:12do Piderio.
20:13A Tupi Brasília,
20:15no Nordeste.
20:19Eu lembro
20:19que nós fizemos
20:20um jogo
20:21em Recife.
20:25fomos no Jatinho
20:28da Líder,
20:29só viajávamos
20:31no Jatinho
20:31da Líder.
20:33O Jatinho
20:34da Líder
20:35voltava,
20:39o Clávis
20:39Prats,
20:40que era o
20:41diretor,
20:42ele colocava
20:45uma câmera ali
20:47na janela
20:50da Itacolomi.
20:54E
20:55o comandante
20:56Lott,
20:57ou outro
20:58comandante
20:58da Líder,
21:00fazia um voo
21:02rasante,
21:03dentro do possível,
21:04por causa dos prédios.
21:10Em frente
21:11ao acaiaco,
21:13e o Clávis
21:14focalizava
21:16aquilo tudo.
21:19O tempo
21:20está chegando.
21:21Aí o Erasmo,
21:22às vezes,
21:23estava lá
21:23também
21:24na cabine,
21:27fazia
21:28aquele meio
21:29de campo.
21:30Era uma expectativa
21:32muito grande
21:33para a chegada
21:33do tempo.
21:35E aí chegava
21:36o tempo
21:36na Kombi,
21:39aí dizia
21:39aquelas fitas
21:41gigantes,
21:42carregando
21:44aquelas fitas,
21:45e focalizava
21:46desde a chegada.
21:47Na hora que a Kombi
21:48parava,
21:49ou a Rural,
21:51eles arrumavam lá,
21:54Bianca,
21:54Clóvis,
21:55o pessoal,
21:56e focalizava
21:59a câmara,
22:00a fita chegava,
22:01entregava lá
22:02para o operador,
22:04Armindo,
22:05e tal,
22:06colocava.
22:07E teve um jogo
22:09que nós fizemos
22:10em Recife,
22:13um jogo
22:14sensacional.
22:16Voltamos,
22:18a mesma coisa,
22:19o jatinho
22:20está chegando,
22:21passava,
22:22passava
22:24pela caiaca,
22:26o tempo
22:26está chegando.
22:28Aí colocou
22:28o tempo,
22:29não tinha som.
22:34Eu falei,
22:36gente,
22:36não tem som,
22:38aí nós tivemos
22:39que dublar.
22:41Aí eu entrevistando,
22:42o que é que
22:43você perguntou,
22:45o que é que ele falou?
22:47Aí eu ficava dublando.
22:48Era um momento
22:52histórico
22:56e muito interessante.
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