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Em entrevista ao Fast News, o economista Renan Silva avalia que o Brasil buscou novas parcerias comerciais, especialmente com a China, após as novas tarifas impostas pelo governo de Donald Trump aos produtos brasileiros.

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Transcrição
00:00Saindo um pouco da política pré-eleições 2026, a gente fala de um outro detalhe de como o Brasil está se portando frente ao cenário nacional, internacional, melhor dizendo.
00:13As exportações de produtos brasileiros para a China cresceram 41% em novembro na comparação com o mesmo mês do ano anterior,
00:21segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
00:28Já as vendas para os Estados Unidos caíram pouco mais de 28% devido ao tarifácio.
00:34Com isso, a China reforça sua posição como o maior parceiro comercial do Brasil em meio às negociações do Planalto com Donald Trump.
00:42Para falarmos mais dessa questão, nós vamos conversar agora com o Renan Silva, que é economista, professor do IBMEC.
00:49Boa tarde, professor. Obrigada por participar dessa edição do Fast News.
00:53Boa tarde, Beatriz. Fiquei muito honrado com o convite e espero poder atendê-la.
01:00Obrigada, a honra é nossa. Professor, queria que a gente começasse entendendo esse cenário do Brasil.
01:07Muito se falou sobre o tarifácio, virou uma questão polêmica em todo o país.
01:12Claro que os Estados Unidos, então, são um parceiro importante,
01:16mas cada vez mais o Brasil consegue fazer novas negociações e se posicionar de forma diferente.
01:22Isso impulsionou o Brasil, de alguma forma, esse episódio com o presidente norte-americano?
01:27Olha, de fato, os agentes econômicos, em especial o nosso vice-presidente Geraldo Alckmin,
01:38buscaram novas frentes de negócio imediatamente, porque isso aí seria muito nocivo para a nossa balança comercial.
01:49Isso surtiu, sim, um efeito positivo.
01:53No entanto, nós precisamos registrar que, apesar de um volume de negociação maior,
02:01nós tivemos uma queda, principalmente agora no mês de novembro,
02:06realmente da balança comercial na ordem de 13,4% em relação ao mesmo período do ano passado,
02:14que refere-se a novembro de 2024.
02:18Então, isso realmente está bastante impactado pela queda das exportações para os Estados Unidos,
02:28como você já bem colocou.
02:31Essa queda das exportações para os Estados Unidos foram realmente deslocadas em novas frentes para a China,
02:40o que justifica esse crescimento tão relevante que nós observamos aí na ordem de 41% para aquela região.
02:53E agora, em termos de eficiência, a gente ainda tem que considerar que tivemos, sim,
03:01um aumento das exportações, mas as importações no Brasil cresceram em uma proporção maior,
03:10na ordem de 7%.
03:12Isso também é um fenômeno que acontece sempre que o Brasil cresce ou volta a crescer.
03:18Então, mesmo o Brasil com um crescimento ainda pequeno, projetado aí para o PIB de 1,8%,
03:25por cento, ou talvez até 2%, quer dizer, a gente ainda somos muito dependentes de insumos,
03:33de importação, principalmente de máquinas, motores, e isso fez com que, com todo esse deslocamento,
03:42mesmo assim, ainda nós registramos queda na balança comercial no decorrer de 2025.
03:48A tendência, professor, a tendência é que, mesmo com o tarifácio agora sendo reduzido,
03:56o Brasil continue com uma boa relação com a China e aumentando, ou que os patamares voltem aos anteriores?
04:05Bom, eu acredito que essa relação com a China, ela já é muito bem consolidada, né?
04:11E agora a gente tem realmente uma retomada, um aumento da demanda,
04:18uma pressão de demanda, novamente por commodities agrícolas.
04:24E a gente verifica isso nesses últimos três meses,
04:28que nós tivemos uma intensificação de exportação de soja, de carne, bovina para a China.
04:36Então, essa é uma tendência.
04:39Também nós já estamos nos afastando suficientemente do período ali pós-Covid,
04:48onde você tinha muitas incertezas, muitos investimentos ainda comprimidos,
04:53mas agora é uma perspectiva um pouco melhor,
04:57de um crescimento global também um pouco melhor, gradual, lento e gradual,
05:02mas a gente tem esses movimentos de redução de taxa de juros.
05:06A China ainda espera que se cresça ainda na ordem de 5%, é um indicador importante.
05:15Então, a tendência, sim, é o Brasil se mantendo ali firme nas exportações,
05:23principalmente das commodities agrícolas, né?
05:25O nosso grande desafio realmente é produzir mercadorias com valor agregado
05:31e aí, sim, ganhar mercados, que essa é uma grande lacuna.
05:36Mas, em relação à situação atual, deve haver uma melhoria, sim.
05:41O câmbio, a taxa de câmbio no Brasil ainda favorece as exportações.
05:48Isso é bem visível.
05:50O câmbio aí acima de R$ 5,00.
05:51Tivemos uma alta inesperada aí na sexta-feira, R$ 5,43,
05:56mas tudo acima de R$ 5,00 ali.
05:58As exportações ainda se tornam, ainda ficam muito vantajosas para a nossa economia.
06:05Nós estamos conversando com o professor Renan Silva, economista do IBMEC.
06:10Professor, eu vou chamar o João Bellucci, o nosso comentarista desta edição,
06:14para também fazer uma pergunta para o senhor.
06:16João, por favor.
06:16Boa tarde, professor.
06:19Eu queria perguntar para o senhor, em termos da Bolsa de Valores,
06:22por que ela vinha batendo alguns recordes em uma grande alta?
06:25E existem vários fatores, o rali, esse famoso rali de fim de ano.
06:29Também tem a questão que o senhor mencionou do preço do dólar ser muito atrativo para a exportação,
06:33já que a moeda é desvalorizada.
06:35E agora essa questão de aumento de exportações para a China.
06:38Eu queria ver com o senhor quais as principais razões dessa subida da Bolsa,
06:41com todos esses fatores em jogo, quais os principais fatores que levaram esses números?
06:46Boa tarde, João. Satisfação.
06:50Bom, com relação à Bolsa, nós precisamos reportar que a Bolsa em dólar,
06:58ela apresenta ainda forte desconto.
07:01Então, só para que a gente tenha uma ideia,
07:05o ápice da Bolsa de Valores em dólar foi no período pré-crise de 2008.
07:13Então, já vão muitos anos, né?
07:15Onde o Brasil tinha acabado de conquistar o investment grade.
07:19De lá para cá, de novo, com mais uma década perdida,
07:25com a recessão 2015, 2016, Covid e a desvalorização do real.
07:30Então, hoje, no atual momento,
07:35nós estamos aí com desconto de pelo menos 35% em relação a esse pico.
07:40Agora, nós recuperamos ali, nós voltamos ao patamar pré-Covid em termos de Bolsa.
07:46Mas ainda, até chegar ao pico lá de 2008,
07:51ainda falta ali uma boa corrida ainda pela frente,
07:57uma boa remada, vamos dizer assim, né?
07:59Mas, então, isso também culmina em algumas empresas que apresentam os PLs,
08:06preço-lucro, historicamente muito baixos também.
08:09Algumas empresas aí com PLs de 7 anos,
08:13abaixo de 10 anos, é muito vantajoso.
08:16Então, o que realmente atrapalha o movimento, né?
08:20Ou reduz aí o otimismo,
08:23é o embate político que deve se acirrar no ano que vem.
08:27Também ficamos aí em alerta com relação aos problemas fiscais,
08:33que pode deteriorar esse ímpeto de comprar a Bolsa,
08:39mas no médio prazo, talvez lá para 2027.
08:44No momento, a gente tem uma janela favorável,
08:46tirando esses contágios de notícias políticas e tudo mais,
08:51mas como a nossa Bolsa, ela tem um volume de capital estrangeiro
08:56muito relevante, na ordem de 55%,
08:59a conta é em dólar, né?
09:01Então, em dólar ainda vale muito a pena você entrar no mercado,
09:05buscar a taxa de juros no Brasil, que é muito elevada,
09:08e também essas empresas que estão muito despontadas na moeda em dólar.
09:14Perfeito.
09:16Nós conversamos, então, agora com o professor Renan Silva,
09:19que é economista do IBMEC.
09:21Professor, muito obrigada pela sua participação.
09:24Eu que agradeço, Beatriz.
09:26Até uma próxima oportunidade e um bom domingo para vocês.
09:31Igualmente, bom domingo.
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