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O comentarista Luiz Felipe D’Ávila afirma que a crise envolvendo Michelle Bolsonaro e o PL expõe falta de comunicação interna na direita. Para ele, o foco deve ser unir palanques estaduais e manter a estratégia central: derrotar o PT e Lula (PT) em 2026. D’Ávila diz que ruídos internos só enfraquecem a direita.

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Transcrição
00:00Você, Dávila, o Dávila tinha falado alguma coisa na semana passada que dizia respeito à ausência do líder, né?
00:07Quais podem ser as consequências da ausência do líder, no caso Jair Bolsonaro?
00:12Muitos apostavam que os filhos seguiriam rigorosamente as determinações do pai,
00:17mas tinham que combinar também com a primeira-dama ou a ex-primeira-dama.
00:21Você acha que esse desajuste diz respeito à ausência de Jair Bolsonaro ou talvez outros ingredientes para a gente levar em consideração?
00:30Está faltando comunicação em casa, lá na casa dos bolsonaros, porque os filhos estavam alinhados,
00:37o Valdemar Costa Neto estava alinhado, só a Michele que não estava, precisava comunicar melhor essa conversa aí.
00:43Mas esse é um ponto importante, isso mostra que nesta reta final já começam a costurar as alianças políticas de outros palanques.
00:52É aquilo que nós falamos, nós focamos muito a atenção na candidatura à presidência da república
00:58e esquecemos da importância das candidaturas regionais para o governo estadual,
01:03para montar as chapas locais, para as candidaturas ao Senado.
01:07E esse foi um dos acordos, o acordo no Ceará.
01:11O acordo no Ceará justamente naquele tom de que Eduardo Bolsonaro já havia mencionado na entrevista à Jovem Pan.
01:18Olha, nós vamos estar sempre ao lado daqueles que estão contra o Lula.
01:24Ora, se Ciro Gomes está contra o Lula, André Fernandes no Ceará está apoiando, está fechando a aliança,
01:30tem que estar todo mundo no mesmo barco.
01:32É o que eu sempre disse aqui, Caniato, o objetivo da direita é vencer o PT e tirar a Lula do poder em 2026.
01:41Não tem que gastar tempo com preciosismo.
01:44Se a estratégia é essa, está combinada uma aliança, não importa se no passado alguém falava A ou B, contra, não importa.
01:52O que importa é olhar daqui para frente e se teremos um bom soldado para ganhar o Estado fundamental.
01:58Olha, o PT só tinha três estados com chance de eleger governador.
02:04Era a Bahia, o Ceará e o Piauí.
02:07O Piauí, certamente, o governador Fonteles, que é do PT, deve ser reeleito.
02:14Mas ele é um petista que sabe fazer conta, ele é um cara diferente, é uma ave rara,
02:18porque geralmente quem sabe fazer conta não está no PT.
02:21Mas o segundo ponto importante é que a Bahia e o Ceará são dois estados fundamentais
02:28para não deixar o PT ter candidatura competitiva.
02:31Na Bahia, a C.M. Neto já está com 50 e poucos por cento lá dos votos, que é do União Brasil.
02:37E no Ceará, que era um problema, apareceu o nome de Ciro Gomes, que tem chance de ganhar.
02:42Se tem chance de ganhar e não deixar o PT assumir, é preciso estar todo mundo junto.
02:47E foi esse o acordo de André Fernandes, apoiando a candidatura de Ciro Gomes.
02:52Estava tudo certo com o PL e com a família Bolsonaro.
02:55Parece que não conversaram com a primeira-dama, a ex-primeira-dama, Michele Bolsonaro.
03:00E aí deu esse ruído.
03:01É preciso, sim, chamar a reunião e entender.
03:05O objetivo é vencer a esquerda e tirar Lula do Potem 26 e parar de brigar com questões secundárias.
03:13Se tiver essa disciplina à direita, a chance é enorme de uma vitória estrondosa nas urnas em 2026.
03:21E aí
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