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O PL suspendeu as negociações com Ciro Gomes para o governo do Ceará após críticas de Michelle Bolsonaro. Segundo André Fernandes, o ruído interno e a restrição de comunicação de Jair Bolsonaro, preso na PF, dificultaram o acordo. Flávio Bolsonaro chegou a pedir que o pai interviesse para conter a ex-primeira-dama.
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NotíciasTranscrição
00:00Após críticas de Michele Bolsonaro, o PL suspendeu as negociações de aliança com Ciro Gomes
00:05para a disputa do governo no Ceará.
00:08Ao fim da reunião do PL, na tarde desta terça-feira, o deputado André Fernandes, ele conduzia as tratativas, né?
00:15Ele afirmou que a decisão foi tomada principalmente por um ruído de comunicação interno
00:20e pelo impacto da restrição de comunicação de Jair Bolsonaro, ele está preso na superintendência da Polícia Federal.
00:27Apesar de Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro ignorarem as críticas da ex-primeira-dama e até chamá-la de autoritária,
00:36ela voltou a disparar contra Ciro Gomes e compartilhou uma série de vídeos que mostram o político atacando Bolsonaro,
00:43o chamando de ladrão de galinha, imitador de Trump, genocida, corrupto, entre outras falas.
00:51Também nesta terça, Flávio visitou o pai na superintendência da PF e pediu que ele parasse Michele.
00:59Enfim, as situações que envolvem as críticas de Michele, mas também o PL atendendo em parte aos desejos e pedidos dela.
01:08Vou começar essa com Luiz Felipe Dávila.
01:10A suspensão das negociações com Ciro Gomes parece que Michele teria vencido essa disputa, Dávila.
01:17Essa é a impressão, né?
01:19Isso é que nem luta de boxe, tem vários rounds.
01:22Perdeu, ganhou o primeiro round, tem o segundo round, tem muito até o nocaute final, viu, Canhato?
01:28O fato é que Michele Bolsonaro já deu apoio ao candidato do Partido Novo, Eduardo Chirão.
01:34Esse sim, mais afinado ideologicamente com a direita.
01:39Agora, o ponto é que o PL fica fazendo conta em apoiar o candidato que tem mais chance de ganhar.
01:46Mas acontece em eleição, pode acontecer de tudo.
01:49Se vários partidos apoiaram outro candidato, tem mais chance de subir.
01:52Precisa ver aí o índice de rejeição, né?
01:54Acho que esse é um outro ponto importante.
01:56Nessa época, o delegado Palumbo que disputa eleição sabe muito bem,
02:00mais importante de quem está liderando a pesquisa é ver o índice de rejeição.
02:04Porque derrubar alto índice de rejeição é muito mais difícil do que subir no gosto popular ao longo da campanha.
02:12O segundo ponto é o seguinte, estas brigas não podem acontecer na imprensa.
02:19Essas discussões têm que acontecer entre a muro e no partido, mas não na imprensa.
02:25Esse negócio de lavar a roupa suja na imprensa, isso é um desastre.
02:29Isso só mostra a direita desunida, a direita discordando.
02:34E não ajuda em nada aquele nosso objetivo principal, primordial de unir a direita para vencer o PT e Lula em 2026.
02:45Este é o objetivo comum de todo lado.
02:48A Michele Bolsonaro fez essa edição de vídeos de Ciro Gomes criticando o Bolsonaro,
02:53mas devia ter feito também dele disparando contra o Lula.
02:56E dispara muito contra o Lula e dispara forte contra o Lula.
03:01Então, aí depende do que quer.
03:03Mas o fato é, alianças políticas são discussões internas de partido.
03:09Não devem ser feitas na imprensa.
03:12Agora, ideologicamente, o candidato Eduardo Girão tem muito mais a ver com a linha da direita do que o candidato Ciro Gomes.
03:21Você, delegado Paulo, como observou essas discussões no PL em torno do possível apoio a Ciro Gomes no estado do Ceará
03:31e Michele indo na contramão, dizendo que não, que o apoio deveria ser para Eduardo Girão do Novo?
03:37Olha, veja bem, o PL sinaliza um apoio ao Ciro.
03:43Logo depois, ele faz um vídeo sentando a madeirada no principal líder do PL, que é o Bolsonaro.
03:50Aí fica difícil.
03:52Eu não tiro a razão da Michele Bolsonaro.
03:54O marido preso, a principal liderança do PL, fez do PL um partido gigante, a maior bancada na Câmara dos Deputados e no próprio Congresso.
04:07Aí você faz uma aliança com o Ciro Gomes e, de repente, em um vídeo, ele desce a lenha no principal líder.
04:15Fica difícil.
04:16Não tem como.
04:16Ela tem por obrigação defender, em primeiro lugar, a honra do marido, defender o seu marido, que encontra-se preso, impossibilitado de fazer qualquer tipo de defesa.
04:27Talvez não tenha nem chegado para ele esse tipo de notícia.
04:31Agora, o errado, para mim, é o próprio Ciro, que deveria, se ele quer mesmo derrotar o Lula, Lula petismo, como ele mesmo fala, o próprio governo,
04:38ele não deveria atacar o Bolsonaro, que é a principal, gostando ou não, é a principal liderança do Brasil na direita.
04:47E é a principal liderança no PL.
04:49Fez do PL um partido gigante.
04:52Então, acho que ele errou.
04:53Tem coisas que você pensa, pode até pensar, mas não fala para desunir.
04:59E foi o que ele fez.
05:00Ele acabou criando um racha desnecessário.
05:03E a Michele Bolsonaro, por ser mulher e esposa filiada ao PL, por estar dentro do PL, defendeu e tinha que defender mesmo o caniato.
05:12Você, Mota, o PL anunciando a suspensão das negociações para essa possível aliança entre o PL e Ciro Gomes para o governo do estado do Ceará.
05:25Existem várias definições de poder.
05:29A que eu mais gosto é essa.
05:31Poder é a habilidade de fazer com que as pessoas façam o que você deseja.
05:38Eu sempre defendi aqui a política de convicção.
05:43Essa é uma lição que a direita ainda tinha que aprender com uma parte da esquerda.
05:51Pelo visto, já está aprendendo.
05:53Mas, Dávila, e como é que ficam as discussões e tratativas depois de uma sinalização de algo que poderia acontecer?
06:03Talvez com um candidato que desponte nas pesquisas em primeiro lugar.
06:07E aí o PL tem que reconstruir o seu alicerce ali, suas articulações para tentar impulsionar a candidatura de Eduardo Girão.
06:18Não acaba sendo um trabalho dobrado porque perdeu-se uma energia importante e um projeto que não vingou.
06:24Ou, pelo menos, até agora não vingou.
06:26E agora você reconstrói e coloca todas as fichas de uma outra candidatura?
06:32Criato, é muito difícil construir essas alianças locais, regionais, sem ter o candidato à presidência da República.
06:40Fica muito difícil porque fica todo mundo fazendo conta.
06:43O que é melhor, onde é melhor eu estar, quem vai ser o candidato, como é que muda o cenário ou não.
06:48Então, este vácuo na escolha do candidato à presidência da República impacta também essas alianças regionais.
06:58E isso é algo importante.
06:59Por isso que eu sou a favor aqui, ao contrário do meu amigo Mota,
07:02que anuncie rapidamente quem vai ser o candidato à presidência da República.
07:06Porque isso vai ajudar a costurar as alianças regionais.
07:09Isso ajuda a sentimentar as alianças, não só para o governo, como para o Senado e as chapas.
07:16Então, tudo isso fica meio no ar quando você não tem a candidatura definida.
07:22Por quê? Porque muda completamente.
07:24Uma coisa é você ter uma candidatura muito competitiva, como a de Tarcísio de Freitas,
07:29e a maioria da direita se unindo em torno dele.
07:32Outra coisa é você não ter Tarcísio de Freitas e ter essa candidatura fragmentada.
07:38Ou seja, vários nomes da direita ali disputando.
07:40Então, isso muda completamente essa equação local.
07:43Então, é fundamental decidir a candidatura presidencial para ajudar a alinhar mais rapidamente os palanques regionais.
07:54Caso contrário, vai ter muita trombada e quebra-cabeça aí nesse percurso aí até a consolidação dessas alianças.
08:01Isso é um aspecto importante, né, delegado Palomo, que já participou de várias eleições e já viu muitas situações curiosas, né?
08:10Partidos de direita e de esquerda que se unem em determinado local por conta de algum nome de consenso,
08:16alguém muito popular.
08:18De tempos em tempos, a gente observa essas distorções da política, né?
08:22No âmbito federal, partidos que são, em tese, adversários, em disputas municipais e estaduais, isso nem sempre acontece, né?
08:33É difícil ter um partido aí que segue as suas diretrizes ao pé da letra, ao pé do estatuto, né?
08:39A gente pode citar aqui diversos exemplos, né?
08:42O MDB, que apoia o governo federal, e aqui em São Paulo, apoia o governador Tarcísio.
08:47Então, eles vão de acordo com a sua própria conveniência, o que é melhor pra eles, não é o que é melhor pro povo.
08:53É melhor, onde tá mais fácil a gente ganhar, aonde está mais fácil o chefe do poder executivo ganhar pra gente ir pra este lado.
09:02É assim que pensa o dirigente partidário.
09:04Não pense a nossa audiência que eles vão pensando na ideologia do partido, porque hoje em dia isso aí é raridade.
09:11É muito raro você ver um partido que pensa na sua ideologia, né?
09:17Posso até citar o Partido Novo, é um exemplo que ele segue a sua ideologia e pronto.
09:23Até agora não vi nenhum caso de se bandear pra um lado ou pro outro.
09:27Mas a maioria dos partidos, eles vão de acordo com a conveniência e de acordo com o que os dirigentes do partido desejam
09:33nas alianças que são formadas, tanto é que nas próximas eleições do ano que vem, pode ter certeza que a gente vai ver partido de médio, forte e grande
09:41apoiando o governo federal de esquerda ou de direita e o governo estadual do outro lado, do viés político e ideológico do outro lado.
09:50Isso é muito comum porque eles realmente, eles se importam, porque é interessante para eles e não para o povo, Caniato.
09:56Mota, você acha que, ainda que você tenha feito leituras a respeito da figura em especial, e você deu o exemplo de Tarcísio,
10:05que se ele se lançasse ou se lançassem ele como candidato agora, seria como colar um alvo nas costas dele
10:12e ele viraria naturalmente aquela figura que receberia as críticas, principalmente do governo e dos partidos de esquerda.
10:21Mas já não há um amadurecimento do cenário que talvez seja importante essa definição, inclusive para os ajustes locais, estaduais?
10:32Não, eu continuo com a minha avaliação aqui extremamente convicto.
10:39É isso mesmo, na hora que esse candidato for lançado, ele vai ter o alvo pintado nas costas dele.
10:46O problema não são as críticas, o problema são outras coisas, né?
10:51O problema é que, para quem ainda não percebeu, os políticos brasileiros hoje são totalmente reféns de uma legislação
11:00que pode ser interpretada do jeito que for necessário, para tirar da cena um político que esteja incomodando.
11:08E eu não tenho dúvida nenhuma que esse é um risco grande que corre o futuro candidato da direita.
11:16Especialmente se for um candidato capacitado, competente, já testado, como Tarcísio de Freitas.
11:24Me parece uma grande ingenuidade, olhando o que está acontecendo ao nosso redor.
11:32Olhando o que tem acontecido com parlamentares de esquerda.
11:36Lógico, cada caso é um caso.
11:38Há sempre uma justificativa, uma desculpa, uma razão.
11:41Bom, mas contem aí quantos parlamentares de direita perderam os mandatos ou estão fora do jogo por uma razão ou outra.
11:53E contem quantas vezes isso aconteceu com parlamentares de esquerda.
11:59Dávila, as divergências dentro da família Bolsonaro podem atrapalhar as costuras que vêm sendo feitas
12:06pelas lideranças dos partidos de centro, centro-direita e também de direita?
12:12Com certeza não é atrapalhar, mas é mais um ingrediente de discórdia e de difícil costura.
12:19Então, isso vai acontecer nas alianças, principalmente para o Senado.
12:24O Senado é muito importante.
12:26Hoje, ganhar o Senado com uma larga maioria à direita é fundamental para restabelecer os freios e contrapesos
12:35que o Senado não faz mais hoje, principalmente em relação ao Poder Judiciário.
12:40Então, terá que escolher a dedo esses candidatos, encontrar esses nomes.
12:46E não é fácil montar a chapa, Caniato, porque se você tem duas pessoas com um perfil muito parecido,
12:52você pode beneficiar a esquerda, porque como são duas vagas, vai um da direita e o outro da esquerda.
12:59O que é péssimo para a direita?
13:00A direita tem que ter uma estratégia muito bem bolada para ter um candidato muito pertencente a uma ala
13:08e um outro que consiga ter o segundo voto do candidato de esquerda
13:11para ver se ele consegue derrubar o candidato de esquerda, porque senão vai ter um a um.
13:15E um a um a gente está perdendo espaço importante.
13:17Então, precisa ter muita inteligência na construção dessas candidaturas.
13:23E isso exige diálogo.
13:25Se tem tensão, se tem favorito de um lado, inimigo do outro, adversário,
13:29fica mais difícil costurar essas alianças.
13:31Então, eu entendo que essas alianças são fundamentais, precisam ser feitas com muita calma.
13:37Aliás, na entrevista que nós fizemos com o Eduardo Bolsonaro,
13:40ele disse que já tinha lá uma lista dos candidatos a Senado.
13:44Então, que bom, que se tem isso aí, já tem meio caminho andado para começar a fazer as costuras.
13:50Quem fica com a segunda vaga?
13:52Quem vai ser o candidato a governador?
13:53Quem vai ser o vice?
13:54É tudo uma engenharia.
13:56Não é simples essa equação.
13:59Agora, essa história de que escolher o candidato antes vira alvo?
14:04Vai virar alvo.
14:05Já vira alvo de qualquer coisa.
14:06Qualquer coisa que o Tarcísio abrir a boca hoje,
14:08ele vai ser visto como candidato a presidente da República.
14:10não vai alterar nada, se ele for candidato oficial ou semi-oficial.
14:15Ele já é visto como presidenciável.
14:17Então, qualquer coisa que ele vai falar, vamos criticá-lo, vamos para cima dele.
14:20E eu acho que, sim, existe mesmo essa perseguição mais aos parlamentares de direita.
14:28A gente sabe de tudo isso.
14:30Mas eu entendo, e aí é o meu otimismo, que esses governadores são vistos de forma diferente pelos membros do Supremo.
14:41E isso tem uma certa condescendência ou uma certa aceitação que esses são candidatos, vamos dizer assim, do sistema.
14:50Esses são candidatos dos partidos.
14:52São pessoas que estão exercendo o seu poder.
14:53Porque se eles quisessem criar problema com esses candidatos, já teriam criado enquanto eles estivessem exercendo a função de governador.
15:00Então, eu acho que nós vamos ter uma eleição mais tranquila e pacificada em 2026 do que foi em 2022.
15:09Inclusive pelo perfil dos presidenciáveis de hoje, do lado da direita.
15:14Agora, delegado Paulo Lombo, e o comportamento do centrão, né?
15:19Que se coloca de maneira pendular, né?
15:21A gente já viu isso em várias eleições.
15:23Muitas vezes embarcam no projeto governista porque vêm, são grandes as chances de conseguir a reeleição.
15:31Se não identificam ali um projeto com capacidade de vencer, muitas vezes abraçam o projeto da oposição.
15:38O que é possível considerar sobre o comportamento de algumas lideranças do centrão no cenário como se desenha para 2026?
15:46Olha, o centrão, ele é fundamental para a decisão de qualquer candidato ao poder executivo.
15:55Isso é muito evidente.
15:56Agora, o centrão vai para o lado que é melhor para eles.
15:59Isso é evidente.
16:00É por isso que, como eu havia dito, há alianças de um lado para o governo federal e vai ter outras para o governo estadual de todos os estados.
16:10Eles vão fazendo conta, quem tem mais chance, aonde vai ser melhor para eles e assim eles vão se alinhando.
16:17Eu creio que o Tarcísio, ele é o principal presidenciável do momento da direita.
16:23Isso é inegável.
16:24Ele está numa sinuca de bico, literalmente, porque o caminho para a reeleição dele no estado de São Paulo é muito tranquilo.
16:31Direi até que tem chance de ganhar, inclusive no primeiro turno.
16:35Ele faz um bom governo aqui no estado de São Paulo, mas se o presidente Jair Bolsonaro, que mesmo preso, indicá-lo para concorrer ao cargo de presidente,
16:45ele vai ter que cumprir essa missão.
16:47Afinal de contas, foi eleito nas costas do Bolsonaro.
16:50E creio que boa parte da direita, que é importante nessas votações, vai entender isso caso haja uma negativa como traição.
16:59É por isso que é importante o apoio do Centrão.
17:03Acho muito difícil um candidato, tanto de direita quanto de esquerda, se eles vierem numa candidatura pura, sem se preocuparem com o Centrão.
17:12Porque o Centrão tem a maior parte dos partidos, são partidos gigantescos com tempo de TV.
17:18Então, é muito importante que se faça essa análise.
17:22Agora, o Centrão vai ficar dependente de pesquisas.
17:24Eles não vão apoiando porque acham os olhos do candidato mais bonitos do que o do outro.
17:29Muito pelo contrário.
17:31Eles vão ver o que é bom para eles.
17:32Repito isso.
17:34E assim como eu sempre falo, quem manda nesse país não é nem a direita, nem a esquerda, é o Centrão.
17:39Eles têm um papel fundamental e terão um papel fundamental nas eleições, tanto de presidente quanto de governadores
17:45e do próprio Senado, que precisa também fazer alianças políticas.
17:50Rápida parada para você que nos acompanha pela rede.
17:53Mas nós seguimos aqui, debatendo e analisando as principais notícias do dia.
17:58Mota, ter o Centrão como aliado é algo que faz muita diferença e precisa ser visto como um ativo positivo?
18:08Ou isso pode se transformar em um fardo lá na frente?
18:12Acho que depende de como as alianças são feitas, né, Caneto?
18:15Alianças são inevitáveis, conversas são inevitáveis, negociações são inevitáveis.
18:22O delegado Palumbo está certo.
18:23A maioria das nomeações políticas envolve algum tipo de negociação, algum tipo de troca.
18:32Mas isso não tem que ir contra as suas convicções, aquelas coisas que você apresenta ao eleitor como sendo a sua essência.
18:43Isso, no meu ver, é uma coisa imperdoável.
18:46O sujeito que se diz de direita, o parlamentar que se diz de direito, o político que se diz de direita
18:51e aprova medidas populistas, o político de direita que aprova o aumento do tamanho do Estado,
19:00que aumenta a carga tributária, que aprova a diluição da legislação penal,
19:06desculpe, não é político de direita.
19:08Então, acho que já passou a época em que o eleitor não entendia ou não ligava para essas coisas.
19:16Então, aliança, você pode fazer com qualquer um, mas coloque os termos dessa aliança
19:24de forma a que não passe a impressão que você é um cara que fala coisas, mas é só para ganhar voto.
19:32Pois é, agora, Davila, você já tinha tratado disso há algumas semanas,
19:38sobre o desembarque do Centrão, né?
19:40Aqueles partidos que, em algum momento, abraçaram o projeto do governo federal,
19:44agora se afastam cada vez mais e, possivelmente, ou vão abraçar projetos da oposição
19:51ou, talvez, sigam um caminho independente, ou seja, com o objetivo somente de aumentar o número de cadeiras,
19:59não necessariamente apoiando alguma figura que vá disputar a presidência da República.
20:04Isso pode acontecer também, né, Davila?
20:07Se, por exemplo, não for um candidato de consenso, no caso de Tarcísio de Freitas, por exemplo,
20:13pode acontecer de partidos optarem em fazer um caminho independente.
20:17Vamos focar somente no aumento de cadeiras.
20:20Faça uma introdução ao seu próprio comentário de um minuto, por favor.
20:25O Centrão está no parquinho de diversão, ele está na Disney nessa situação,
20:29porque, tendo uma força de Bolsonaro enfraquecido,
20:33um candidato da esquerda debilitado, o Centrão tem um poder gigantesco
20:40para poder apostar as suas fichas neste cassino que é a eleição de dois mil e vinte e seis.
20:47Pois é, as articulações de olho nas eleições de dois mil e vinte e seis.
20:52Antes de passar para o comentário completo do Davila,
20:55eu só estou com a palavra aqui, porque daqui a pouco a rede Jovem Pan chega
20:59e todos vão poder acompanhar na íntegra o comentário do Luiz Felipe Dáfila.
21:04Enquanto isso, queria só que vocês, se puderem, participem da enquete do dia,
21:10que está publicada no portal da Jovem Pan, jovempan.com.br,
21:14e também no YouTube do programa Os Pingos nos Is.
21:17A gente trata justamente da decisão de Davi Alcolumbre,
21:20que cancelou, barra, adiou a sabatina com o indicado pela presidência da República
21:25para substituir o ministro Barroso.
21:28Enfim, quais são as suas leituras a respeito dessa tomada de decisão do presidente do Senado?
21:35Isso ajuda ou atrapalha no processo?
21:38Seria ótimo se você pudesse participar.
21:41Deixa eu receber agora a rede Jovem Pan.
21:44A notícia em destaque trata das articulações de olho nas eleições de dois mil e vinte e seis.
21:49E o Davila vai fazer uma avaliação sobre o centrão,
21:52o posicionamento do centrão, que em algum momento alguns partidos chegaram a levantar a possibilidade
21:59de apoiar a reeleição de Lula.
22:01Mas daí, em um outro momento, a maior parte disse,
22:03não, vamos seguir o caminho da oposição, vamos abraçar a candidatura de Tarcísio.
22:08Mas depois dessas idas e vindas, há quem tenha dito que poderia seguir um caminho de independência.
22:14Vamos brigar somente para aumentar o número de cadeiras.
22:17E o Davila vai fazer a análise justamente em torno disso.
22:22Aumentar o número de cadeiras é o objetivo principal, mas o centrão, como eu disse,
22:27está no seu parquinho de diversão, na sua Disney, nesse cenário de dois mil e vinte e dois.
22:33Por quê?
22:33Porque ele vai ser muito poderoso, como disse o delegado Palombo.
22:37Porque o contexto determina o poder ou a fraqueza do centrão.
22:42Em dois mil e dezoito, o centrão inteiro se uniu à candidatura de Geraldo Alckmin e perdeu a eleição para Jair Bolsonaro.
22:50Porque o fenômeno Bolsonaro destruiu todo esse poder que o centrão tinha.
22:56Podia ser tempo de televisão, dinheiro, etc.
22:59No governo do estado de São Paulo, aconteceu a mesma coisa em dois mil e vinte e dois.
23:02O candidato Rodrigo Garcia, que era o governador, tinha todo o centrão em torno dele e foi massacrado pela vitória de Tarcísio de Freitas.
23:11Então, agora, neste contexto que temos o bolsonarismo mais fraco, porque o seu principal líder, Jair Bolsonaro, está preso,
23:20aí o centrão recupera aquele território, porque a eleição vai ser um jogo mais ou menos como são as eleições clássicas, né?
23:29Então, o centrão hoje tem um presidente da república totalmente à deriva
23:34e tem uma candidatura da direita que precisa desesperadamente desse apoio todo para poder se tornar mais competitivo.
23:41Então, o centrão está num paraíso nesse jogo.
23:43Porque ele vai ficar olhando as pesquisas e querendo saber em que momento ele vai desembarcar de um e entrar na barca do outro.
23:51E é isso que vai acontecer.
23:52Enquanto isso, vai fazendo essas costuras regionais para tentar montar chapa,
23:57atrair nomes importantes para puxar voto e garantir que eleja uma bancada ainda maior em dois mil e vinte e seis.
24:05Mas o cenário está ideal para o centrão em dois mil e vinte e dois, com a perda da força do bolsonarismo.
24:12Pois é, o Dávila fala na perda da força do bolsonarismo.
24:16Mas esse episódio do Ceará não demonstra força de Michele Bolsonaro?
24:21Ela não se coloca como um ativo dentro do partido?
24:24Ela ainda tem chance, delegado Palumbo, de pegar a vice dessa chapa forte da direita?
24:30Talvez com o Tarcísio de Freitas?
24:31Ou você acha que, nesse momento, não teremos alguém da família Bolsonaro nessa chapa?
24:38Pode ser que sim.
24:38O fato de ser mulher está em outro partido.
24:42A gente sabe que o governador Tarcísio não está no PL, está no Republicanos.
24:46Então, não é se jogar fora, se aventar essa possibilidade.
24:51Agora, tudo vai depender da decisão.
24:54Eu acho que tem que se respeitar a decisão do presidente,
24:58que pode se comunicar com seus advogados, com os familiares,
25:02entre eles a própria mulher, Michele Bolsonaro.
25:05Mas isso vai depender, né?
25:06Eu acho que ainda tem um tempo aí para se decidir sobre isso.
25:10E como bem disse o Dávila, não é porque o Centrão vai apoiar que significa que já está ganho.
25:16A gente tem um exemplo aqui, o Rodrigo Garcia tinha a imensa, esmagadora, apoio dos prefeitos de 645 municípios de São Paulo.
25:27Ele tinha, mas muito, mas muito mais do que a metade, apoiando ele, colocando dinheiro em emendas, em projetos.
25:34E não deu certo.
25:35Tinha a máquina na mão e não deu certo.
25:38E Tarcísio, fazendo campanha numa Havan, me lembro bem disso, que acho que cabia 12, 15 pessoas numa Havan,
25:44percorrendo o Estado, com o apoio de Jair Bolsonaro, e acabou ganhando as eleições.
25:51E o próprio aconteceu com o presidente Jair Bolsonaro.
25:55Então, não é porque o Centrão está apoiando que significa vitória garantida.
25:59Claro que ajuda muito.
26:01É mais tempo de TV, é mais dinheiro, é mais gente pedindo voto.
26:05Mas, no final das contas, você pode pedir voto, você pode, quem vai decidir é o eleitor final.
26:11Eu cansei de ver gente aqui guardado as devidas proporções, é fazendo churrascada, dando cesta básica, é fazendo festa,
26:19e depois ainda acabou não ganhando.
26:21Pessoas que gastaram milhões de reais numa campanha e acabaram não entrando.
26:25Porque o voto final, e hoje tem uma característica própria, está muito na internet.
26:29Aquela campanha de rua ainda existe, ainda é importante,
26:34mas as pessoas hoje estão muito, mas muito ligadas na internet.
26:38Pois é, e a candidatura de Geraldo Alckmin em 2018.
26:41Nove partidos na aliança de Alckmin.
26:43Ele tinha cinco minutos e meio de TV, Jair Bolsonaro só com o PL.
26:47Tinha oito segundos de propaganda eleitoral naquela época.
26:51Você, Mota, a figura de Michele Bolsonaro,
26:54o episódio do Ceará, muitos classificando que Michele teria vencido
27:00essa disputa, essa queda de braço, que ela teria inclusive ligado o sinal de alerta
27:08para o próprio PL avaliar o seu nome como talvez o principal do partido neste momento.
27:15Deve ter muita gente pensando nisso mesmo, Caniato.
27:18Mas eu queria aproveitar e fazer uma pesquisa aqui,
27:22perguntar ao nosso ouvinte, nosso espectador.
27:26O Datamota quer saber, na sua opinião, onde está o erro?
27:31O erro estava na aliança com o grupo de Ciro
27:36ou o erro estava no posicionamento público da primeira dama?
27:41Eu gostaria de saber o que vocês pensam.
27:43E eu vou dizer o que eu penso.
27:45A intuição feminina é uma coisa muito poderosa.
27:51Eu nunca tomo uma decisão importante sem consultar a minha mulher.
27:57Há muito tempo eu já aprendi essa lição.
28:00E um dos maiores livramentos que eu já tive na vida
28:04veio de uma decisão tomada pela minha filha.
28:09E essa é a história que um dia eu conto aqui para vocês.
28:12Vamos querer saber, com certeza.
28:16A produção acaba de compartilhar aqui uma nota que o PL divulgou.
28:20Uma nota do PL Mulher informando sobre a realização dessa reunião.
28:26Enfim, as pessoas que participaram.
28:29Aí, segundo o comunicado, antes da reunião,
28:31André Fernandes e Michele tiveram um encontro privado,
28:34conversaram, oraram juntos.
28:36Em seguida, esclareceram as questões relacionadas ao evento do último fim de semana.
28:40Os dois falaram da admiração que sentem um pelo outro
28:44e alinharam os próximos passos.
28:47Depois da reunião de cúpula,
28:48ficou decidido que o André Fernandes
28:50continua encarregado de buscar uma alternativa viável
28:53que respeite os valores e princípios ligados à direita conservadora
28:57e que aumente as chances de derrotar o projeto da esquerda no Estado,
29:01capaz de restabelecer a segurança, a ordem e o bem-estar dos cidadãos.
29:10É, mas está ótimo.
29:15Então, tem que ter cabeça, tem que ter estratégia
29:19para poder transformar essa vantagem que hoje a direita tem
29:24em votos e cargos,
29:27tanto na eleição para o Senado,
29:29quanto na eleição para governador.
29:31Então, assim, a gente tem que usar a cabeça e a estratégia,
29:34não só o coração,
29:36porque senão vamos perder a oportunidade
29:39de ter uma vitória estrondosa na eleição de 2026,
29:44fazer quase que 90% dos governadores,
29:47fazer a maioria do Senado
29:48e continuar tendo a maior bancada no Congresso.
29:51Então, é isso que precisa ter.
29:52Agora, precisa ter estratégia.
29:53Sem estratégia, se cada um for para um lado,
29:56aí vai ficar difícil.
29:57E é nisso que a esquerda está apostando,
30:00na divisão da direita,
30:03para ver se eles conseguem crescer,
30:05justamente explorando a fragmentação dos partidos de direita.
30:10Várias manifestações,
30:12até uma pessoa, o Walter, escreveu o seguinte,
30:15escreveu para o Mota,
30:16em casa a última palavra é minha,
30:19eu só falo amém.
30:20Aqui, Mota, o pessoal respondendo ao seu chamado
30:25aqui nas redes sociais e no nosso chat.
30:28E aí, também, algumas pessoas analisando a situação
30:30que envolve o Ceará,
30:32dizendo que o PL tomou a melhor decisão.
30:35É melhor apoiar Eduardo Girão
30:37e se, porventura, Ciro for ao segundo turno
30:40com um candidato de esquerda,
30:42aí sim o PL poderia levantar a possibilidade
30:46de apoiar a candidatura de Ciro
30:49e não agora, no primeiro turno.
30:51Esse é um cálculo que muitos fazem, né,
30:54delegado Palombo?
30:56Apoiar um candidato de centro-direita
30:59ou de centro,
31:00ou lançar um candidato,
31:02mesmo que ele não desponte bem nas pesquisas, né?
31:07Apostar naquela chapa pura,
31:08numa chapa liberal conservadora,
31:11ou flexibilizar o próprio estatuto do partido,
31:14como você mencionou,
31:16e aí apostar em um social-democrata, por exemplo,
31:18que não comunga dos mesmos valores
31:22e da mesma agenda de um partido conservador, né?
31:26Tem que fazer conta, Caniato.
31:29Conta de dinheiro, conta de tempo de TV,
31:32conta de aliança,
31:33conta de quantos prefeitos tem cada partido
31:36para ajudar nas eleições a governo do Estado,
31:40até do presidente da República,
31:42porque isso ajuda muito, né?
31:44A gente sabe que um prefeito ajudando,
31:46junto com vários vereadores,
31:47ele tem a maioria da Câmara de Vereadores,
31:49acaba ajudando.
31:51Eles vão fazendo esse tipo de conta.
31:53É claro que isso não garante a vitória
31:56de absolutamente ninguém.
31:57Se garantisse,
31:58Tarcísio não seria governador atual hoje
32:01e nem Bolsonaro seria presidente
32:04como foi durante quatro anos.
32:07Mas os dirigentes partidários vão fazendo contas
32:09e além da conta também tem os acordos, né?
32:11Eu vou te apoiar, mas eu quero secretaria tal.
32:15Eu vou te apoiar, mas eu quero aquele órgão do governo.
32:18Eu vou te apoiar, mas eu quero tantos cargos.
32:21É assim que funciona.
32:22A gente não pode ser ingênuo
32:23e achar que está apoiando por causa de ideologia.
32:26Principalmente o centrão.
32:28O centrão pior ainda.
32:29Eles vão apoiar desde que seja vantajoso para eles.
32:34Senão eles tiram o pezinho, não vão apoiar
32:37e geralmente eles vão naquela canoa que corre menos risco de afundar.
32:42Não vai afundar aquela canoa?
32:44Eles colocam o pé lá.
32:45E depois vão vendo no decorrer da pré-campanha
32:50o que é melhor para eles
32:52até eles decidirem que lado eles ficarão.
32:56Pois é.
32:56A gente vai seguir acompanhando essas movimentações.
32:58A informação que nós temos é que o PL agora
33:01vai mapear os acordos que teriam sido costurados
33:05inicialmente por Jair Bolsonaro
33:07para identificar, sei lá, possíveis distorções
33:10para que esse episódio do Ceará não se repita.
33:13Então a gente tem que ficar ligado, inclusive,
33:15na situação que envolve o estado de Santa Catarina.
33:19Que também gerou algumas discussões
33:22e críticas por meio da imprensa
33:25naquela situação que envolve a Carol de Tônia.
33:28A gente vai seguir acompanhando.
33:30Uma outra notícia, um outro destaque.
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