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O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que Tarcísio de Freitas não é de direita e defendeu Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como nome para a disputa presidencial. Ele criticou a antecipação da sucessão e disse que a direita precisa preservar coerência ideológica. A fala reacende tensões internas no campo conservador.
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NotíciasTranscrição
00:00Mesmo dizendo que este não é o momento de tratar de eleição presidencial,
00:04Eduardo Bolsonaro saiu em defesa de Flávio Bolsonaro, seu irmão,
00:08como eventual candidato, por ser, segundo ele, mais preparado do que Michele.
00:14O deputado disse não desmerecer a ex-primeira-dama,
00:18mas afirmou que o irmão possui perfil mais articulador,
00:21o que seria necessário neste momento.
00:24Ao ser questionado sobre Tarcísio de Freitas,
00:26Eduardo afirmou que o apoiaria em uma eventual disputa contra Lula,
00:31mas fez questão de dizer que o governador de São Paulo não é um político de direita,
00:36mas sim um tecnocrata de centro.
00:39Além disso, o filho de Bolsonaro também disse não se importar com as críticas que recebe
00:43sobre dividir a oposição, e disse que apenas se defende e quer manter uma direita pura.
00:50Chamar os nossos comentaristas?
00:52Vamos ao Rio de Janeiro, Roberto Mota, apostos conectado com a gente,
00:56Mota, seja bem-vindo, ótima noite a você.
00:59A cada dia uma novidade, uma nova declaração e possivelmente uma nova interpretação
01:05sobre o futuro da direita e o que a gente pode esperar para as eleições.
01:09Boa noite e bem-vindo.
01:12Eu não vejo nesse comentário nenhum significado maior, Caniato.
01:17Boa noite para você, boa noite meus colegas de bancada,
01:20boa noite a nossa audiência.
01:22É evidente que entre uma pessoa que já exerceu um mandato e outra que nunca exerceu mandato nenhum,
01:31você pode dizer que a primeira é mais preparada para a política do que a segunda.
01:37Não há nada demais nisso.
01:40Eduardo Bolsonaro tem direito a dar a sua opinião,
01:43especialmente quando perguntam a ele qual é a sua opinião.
01:48Que bom que a direita tem essa fartura de potenciais candidatos.
01:54Aliás, essa discussão sobre o que é ou não é ser de direita é muito interessante.
02:02Meu próximo livro vai falar sobre isso.
02:05E eu não tenho nenhuma dúvida que Tarcísio de Freitas se encontra no grupo de políticos de direito.
02:15É isso.
02:15As afirmações de Eduardo Bolsonaro, as várias reflexões a respeito do que ele disse.
02:20Chama o Luiz Felipe Dávila.
02:22Também está conectado com a gente ao vivo.
02:24Dávila, uma ótima noite.
02:25O que é preciso considerar quando o Eduardo diz que Tarcísio de Freitas não é de direita
02:32e defende uma possível candidatura do irmão Flávio Bolsonaro.
02:36Dávila, bem-vindo.
02:39Boa noite, Caniato.
02:40Boa noite aos meus colegas e boa noite à nossa audiência.
02:43Caniato, a primeira coisa é sempre Eduardo Bolsonaro defendendo o clã Bolsonaro.
02:49Sempre parece que o único candidato puro sangue da direita na visão de Eduardo Bolsonaro é alguém da família.
02:58Então, qualquer outra pessoa tem sempre um porém.
03:02Mas o fato é que Tarcísio de Freitas defende as principais bandeiras da direita.
03:09Lei dura contra a segurança, lei dura na segurança pública, economia de mercado, abertura econômica.
03:17O Brasil que apoia esse Brasil, que quer trabalhar, produzir, empreender.
03:23Então, nesse sentido, ele é totalmente direita, apesar da nomenclatura que cada um quiser ou não.
03:29Agora, o importante nesse momento é a direita se posicionar nessas pautas importantes para o país.
03:39E eu não vejo isso acontecer, porque o desgaste fica sempre na divisão da direita.
03:45E não no que une a direita.
03:46O que une a direita?
03:47Uma política dura de segurança pública, um Brasil voltado para a economia de mercado,
03:54um Brasil que volte a ter segurança jurídica, um Brasil onde a liberdade de expressão possa reinar
04:03e não ser sequestrada pelo Supremo Tribunal Federal.
04:07Esse é um Brasil de direita.
04:11E esse Brasil de direita quer menos burocracia, quer menos Estado, quer menos intervenção do governo na economia, quer a competição de mercado, quer aumento de produtividade e quer que o nosso dinheiro público seja melhor gasto.
04:25É isso que quer.
04:31Então, existe muito mais união do que desunião na direita.
04:37É hora de buscarmos esses mínimos denominadores comuns que nos unem, porque é isso que vai fazer a força da direita se tornar uma potência eleitoral e vencer as eleições.
04:50Pois é, as análises dos nossos comentaristas a partir dessa fala de Eduardo Bolsonaro.
04:55Vamos decidir, então, se a gente vai ficar na fechada ou na aberta.
05:00Vamos para a aberta.
05:01O Henrique Kringner está com a gente aqui no estúdio e vai trazer também as análises, as reflexões sobre esse posicionamento de Eduardo Bolsonaro.
05:09Ele ajuda a unir a direita ou, na verdade, é um processo de fragmentação, pulverização das forças mais à direita no espectro político?
05:18Kringner, quais reflexões a gente pode fazer a partir desse posicionamento?
05:22Bom, Caniato, primeiro, boa noite a você, boa noite ao Mota, Dávila e todos que nos acompanham aqui no Pingos, no Ziz.
05:28Realmente, assim, o Eduardo acerta no primeiro ponto, que ele diz que Flávio Bolsonaro tem mais experiência e articulação que a própria Michele Bolsonaro.
05:39Claro, Flávio já é senador, já ocupou essa posição, já tem uma experiência legislativa muito maior do que Michele,
05:46que nunca foi eleita por um cargo eletivo, obviamente, e também nunca esteve ali no parlamento de uma maneira como mandatária.
05:53Agora, se compararmos com as outras atividades que Michele desempenha, os outros conquistas que ela teve ao longo do governo Bolsonaro,
06:02e mesmo depois, ela tem uma capacidade de articulação exponencial e realmente até comparável com alguns parlamentares,
06:10e eu colocaria no páreo o próprio Flávio Bolsonaro.
06:13Porém, em questões de capacidade de negociação legislativa, é claro, o Flávio tem muito mais desempenho.
06:19Agora, nesse ponto, eu concordo muito com o Dávila e com o Mota.
06:22O que é ser de direita?
06:25A gente consegue analisar só por uma pessoa que se diz de direita,
06:29ou se a gente olhar para trás e puxar o currículo, as últimas decisões, os últimos programas,
06:35e as bandeiras que essa pessoa levantou e trabalhou para executar,
06:38a gente consegue uma conclusão mais acurada.
06:42E eu tenho certeza que essa é a segunda opção.
06:45Hoje, tem muita gente que se diz de direita.
06:47Quando você chega perto das eleições, é muito claro essa declaração de
06:51eu sou de direita, sou conservador, Deus, pátria e família.
06:56Mas, no dia a dia, a gente vê que esse discurso não se traduz em produção legislativa,
07:01não se traduz em programas ou mesmo em mobilizações que sejam coerentes
07:06com o que a teoria, entre aspas, de direita vai dizer.
07:09Nesse sentido, Tarcísio, se nós puxarmos os últimos currículos,
07:14as últimas decisões e as bandeiras que ele levantou,
07:17as políticas públicas que ele encampou, as pessoas que ele colocou
07:20também à frente dos seus secretariados, das suas secretarias,
07:24com certeza a gente vê um político de direita.
07:26Então, Eduardo erra nesse sentido e tenta categorizar
07:29que a direita é só, talvez, as pessoas que estejam 100% alinhadas
07:34com a sua estratégia política, quando, na verdade,
07:37o campo da direita tem muito mais a ver com princípios e valores
07:40que se encontram em determinadas diretrizes estratégicas,
07:45mas que não negociam esses valores fundamentais.
07:47Tem um outro aspecto que é preciso considerar.
07:50Mota, nos bastidores, comenta-se que a maior parte dos partidos de centro,
07:55nem digo os de direita, os de centro,
07:57defendem a candidatura de Tarcísio de Freitas.
08:00Mas o próprio Tarcísio disse, bom, só sairia com um aval,
08:03com um pedido formal de Jair Bolsonaro.
08:06E aí, outros olham para esse posicionamento de Eduardo e dizem,
08:10bom, ele está pressionando ou preparando um terreno
08:13para que Tarcísio não saia.
08:15E Tarcísio não iria abraçar o projeto do Centrão
08:18sem o apoio de Jair Bolsonaro.
08:22Você acha que pode acontecer isso de tanta pressão de Eduardo
08:25ou dos familiares, Tarcísio desistir e disputar a reeleição em São Paulo?
08:30E aí o caminho ficaria aberto para os filhos?
08:33Eu não acho que esse é um cenário provável.
08:37Política é isso, meus amigos.
08:39Política é disputa sempre.
08:43Não existe essa política fantasia de todo mundo da direita.
08:47Vamos dar as mãos.
08:49Vamos todos juntos.
08:50Olha, você esquece a sua ambição pessoal.
08:53Você esquece os seus planos aí.
08:55Vamos todos juntos.
08:56Não existe nenhum lugar do mundo.
08:58O que é importante, mais uma vez,
09:00é a gente focar no que significa direita.
09:04Eu vou dar o meu palpite aqui.
09:05Direita significa livre mercado, governo limitado,
09:11estado enxuto, privatização de todas as empresas estatais,
09:18impostos baixos, repressão ao crime, repúdio às drogas.
09:25Não tem essa história de 40 gramas, 30 gramas, 50 gramas,
09:29respeito pelos direitos fundamentais,
09:32principalmente pela propriedade privada,
09:36que é a base de tudo,
09:38respeito pela tradição, valorização da família,
09:43prudência nas políticas públicas.
09:47Mas, acima de tudo,
09:49o que caracteriza a direita
09:51é o repúdio total, completo, imediato,
09:56às ideias esquerdistas, socialistas, comunistas e marxistas.
10:03Agora, Dávila, não se perde.
10:05O Mota aponta muito bem,
10:07mas faz parte do jogo.
10:08Política é isso.
10:10Você não acha que perde-se uma energia enorme
10:12numa decisão que talvez pudesse ter sido superada, Dávila?
10:17Bom, primeiro, um comentário sobre o que o Mota falou.
10:20Essa lista de virtudes da direita,
10:24só um partido no Brasil tem,
10:25o Partido Novo.
10:27O resto, pegue as votações do PN.
10:29Pegue as votações de todos os outros partidos.
10:32Votaram mais de metade das vezes com o governo,
10:35de oposição.
10:36O único partido que foi fiel a essa cartilha
10:38foi o Partido Novo.
10:40É a única...
10:40Pode pegar lá, tá lá as votações,
10:42só abrir e ver como é que votaram a favor dessas pautas.
10:45Então, quer dizer,
10:47os próprios bolsonaristas estão no partido
10:50que é o epicentro do Centrão,
10:53que mais vota com o governo,
10:55porque, aliás, muitos partidos de oposição,
10:58inclusive o Partido Novo,
10:59é o único que tem esse currículo aí que o Mota falou.
11:02Só que não tem a projeção.
11:04Então, vamos ter que fazer aliança.
11:05Vai ter que fazer coligação?
11:07Vai, pra ganhar o poder.
11:08E isso faz parte da política.
11:11Se a política é disputa,
11:13como o Mota também colocou,
11:15é também a forma de se consolidar alianças
11:18em torno de programas, de propostas,
11:21pra que a robustez eleitoral
11:23seja maior, mais forte,
11:25durante uma campanha política.
11:27E isso faz parte do jogo.
11:29Então, esses purismos
11:31não resolvem a coisa fundamental.
11:34como conciliar força política,
11:37poder eleitoral,
11:39com as boas ideias e convicções para avançar.
11:42Esse é o grande desafio que nós temos em 2026.
11:46E quanto mais essa divisão,
11:49ela é pública e não privada,
11:53ou seja, intra muros,
11:54pior.
11:55Um exemplo, claro, é a esquerda.
11:58A esquerda fecha as portas
12:00e briga como ninguém, Canhato.
12:02Mas abriu as portas,
12:04ligou os holofotes e as câmaras,
12:06é aquele discurso uníssono
12:08em torno de algumas coisas.
12:10Raramente você vê
12:11os partidos de esquerda
12:13brigando na imprensa.
12:15Então,
12:16essa é uma característica importante
12:20para transformar
12:22boas ideias em voto.
12:24Antes de passar para o Krigner,
12:26eu acho que o Mota tem um complemento a fazer
12:28depois que o Dávila trouxe a reflexão dele.
12:30Inclusive, Mota e Dávila
12:31têm uma relação com o Partido Novo
12:33mencionado pelo Dávila.
12:35Vai lá, Mota.
12:37A política é essa dinâmica.
12:43Você está sempre oscilando
12:45entre ser 100% fiel
12:48às suas convicções
12:49e existir.
12:52Porque todos os partidos
12:54em determinado momento
12:55se vêem diante de situações
12:57nas quais a decisão
12:59é muito difícil.
13:00Mas se eu for ser
13:01100% fiel
13:03à minha convicção,
13:05a minha história vai acabar aqui.
13:08Porque eu vou
13:09mandar essa pessoa
13:10embora do meu gabinete
13:11aos gritos,
13:13ou eu vou fazer uma denúncia
13:15com essa proposta
13:16que me fizeram,
13:18ou eu vou romper
13:19essa aliança política
13:20que eu tinha feito
13:21e que vai me prejudicar
13:23imensamente.
13:24Então, é difícil mesmo
13:26essa caminhada.
13:28Agora, a gente nunca pode
13:29perder de vista isso.
13:31Política é disputa.
13:34Percam qualquer ilusão
13:36de que política é altruísmo.
13:39Mesmo aquelas pessoas
13:40que têm as convicções
13:42mais fortes
13:43têm que estar preparadas
13:46para entrar nessa arena
13:47e disputar o seu espaço.
13:50É interessante
13:51porque, de certa maneira,
13:54o que Eduardo está defendendo
13:55talvez seja
13:56essa convicção 100%,
13:59sem flexibilizar.
14:00Pelo menos ele defende
14:01a direita pura.
14:03Ninguém que se vende
14:04como direita
14:05e que talvez
14:05esteja muito mais alinhado
14:08com a agenda
14:08do centrão
14:09ou da centro-direita.
14:11Você, Kringner.
14:12Eu concordo
14:13que essa é a estratégia
14:14que ele precisa seguir,
14:15né, Caniato?
14:16Porque, se não for isso,
14:17ele corre o risco
14:19de cair
14:20ou numa vala
14:22de pouquíssimos
14:24apoiadores
14:25ou mesmo até
14:26num ostracismo
14:27num futuro médio,
14:29de médio prazo.
14:30Não diria curto prazo,
14:31mas médio e longo prazo, né?
14:32Justamente porque
14:33ele precisa fazer
14:34essa definição.
14:36Dizer, olha,
14:36isso aqui é a direita pura,
14:37essa aqui é a direita contaminada,
14:39aquela que já não é
14:40mais direita.
14:42E, assim,
14:42se manter nesse lugar.
14:44mas é,
14:45o efeito disso
14:46é muito negativo.
14:47De fato,
14:48nós temos
14:48parlamentares
14:50que são de direita,
14:51têm as suas convicções,
14:53como o Mota
14:53colocou aqui também,
14:55mas acabam precisando
14:56fazer
14:56acordos
14:58e acabam,
14:59às vezes,
14:59tendo que dar
15:00um passo pra trás
15:01pra conseguir dar dois
15:02pra frente,
15:03lá na frente,
15:03no futuro.
15:04E isso faz parte
15:05do jogo político.
15:06Agora,
15:07negociar convicções
15:09ou votar
15:10e defender
15:11aquilo que é
15:12o extremo oposto
15:14do que se confia,
15:16aí já não é estratégia.
15:17Isso já é
15:18mal-caratice.
15:20É realmente
15:21uma tentativa
15:22de agora
15:23vou ganhar
15:24em cima daquilo
15:25que na campanha
15:26eu dizia que ia combater.
15:28E isso não tem a ver
15:29com estratégia política,
15:30isso é realmente
15:31desvirtuação
15:32e poderia até
15:33ser classificado
15:34de outras maneiras
15:35que a gente
15:35não quer falar aqui no ar.
15:37Mas é uma questão delicada.
15:39Como que se mantém
15:40de uma forma
15:41firme com as suas convicções?
15:43Eu sempre falo,
15:44você tem que ser
15:45casado com as suas convicções,
15:47com os seus princípios,
15:48valores,
15:48mas você vai namorar
15:49os métodos.
15:50E os métodos,
15:51eles vão se transformando
15:52de acordo com os tempos
15:53e também com a necessidade.
15:55Agora,
15:56Dávila,
15:56na hipótese
15:57dos vários partidos
15:59que compõem a direita
16:00e a centro-direita
16:01entenderem que
16:02não haverá consenso
16:04em torno de um único nome
16:05e aí várias agremiações,
16:07várias siglas
16:07decidem lançar candidatos.
16:09Você acha que ainda assim
16:10o cenário seria
16:12promissor
16:13para a direita?
16:14Porque muito possivelmente
16:16haveria no segundo turno
16:18um candidato
16:19mais à esquerda
16:20e um mais à direita
16:22e aí todos os demais partidos
16:24de direita
16:25e de centro-direita
16:25acabariam apoiando
16:27esse candidato
16:28de direita
16:29ou centro-direita.
16:30Um cenário parecido,
16:31até eu estava conversando
16:32com o Kriegner
16:33antes do programa começar,
16:34algo parecido
16:35com o que acontece
16:36agora no Chile,
16:37Dávila?
16:37Exatamente,
16:39o Chile é o melhor
16:40exemplo disso.
16:41Tivemos vários
16:42candidatos de direita
16:43no momento que
16:44teve o segundo turno,
16:46todos os candidatos
16:47de direita
16:47apoiam um único candidato
16:49que é o Cássio
16:49que vai ganhar a eleição.
16:50Então é isso mesmo.
16:52Olha,
16:52a direita
16:53tem tudo
16:54para ganhar a eleição
16:55no próximo ano.
16:56O povo não aguenta mais
16:58o desgoverno
16:59que o Brasil vive.
17:00O povo não aguenta mais
17:01a violência,
17:02o povo não aguenta mais
17:03essa taxa
17:05de julho astronômico,
17:06o povo não aguenta mais
17:07inadimplência,
17:08o povo não aguenta mais
17:09essas coisas.
17:10A gente vive
17:11um desgoverno total.
17:13Olha,
17:13a direita precisa ser
17:14muito ruim
17:15para perder a eleição
17:17em 2026,
17:18mas precisa ser
17:18muito ruim,
17:19porque se for medianamente
17:21bem organizada,
17:23vai ganhar a eleição.
17:24E outra,
17:25se amanhã nós tivermos
17:26esta constelação
17:27de bons candidatos,
17:29eu tenho certeza
17:30que todos eles
17:30vão virar metralhadora
17:31para o governo federal,
17:33é lá que tem que atacar.
17:34Porque,
17:35afinal,
17:36o objetivo comum
17:37de todos
17:38é tirar o PT
17:39e Lula do poder
17:39em 2026.
17:41Então,
17:41eu não acho
17:42que isso é um desastre.
17:44Eu só acho
17:44que hoje
17:45existe
17:46um possível
17:48candidato,
17:49que é o governador
17:50de São Paulo,
17:50Tarcísio de Freitas,
17:51que lidera
17:52com ampla margem
17:54à frente
17:54dos demais candidatos.
17:56Isso não era
17:57o caso do Chile.
17:58O Chile
17:58era mais ou menos
17:59como se o Tarcísio
18:00não disputasse a eleição
18:01e estivesse
18:02mais ou menos
18:03todo mundo ali
18:04igual a um pouco,
18:05quatro, cinco pontos
18:06na frente.
18:07Não,
18:07a gente está falando
18:07que um tem 20
18:08e o outro tem nove.
18:10É uma diferença brutal.
18:12Então,
18:13no caso do Brasil,
18:14existem duas realidades.
18:16Uma é
18:17Tarcísio de Freitas
18:18ser o candidato.
18:19Nesse sentido,
18:20eu acho que ele vai
18:21unir a direita.
18:23Aliás,
18:23ele mesmo já disse
18:24que como vice,
18:25o melhor vice para ele
18:26seria Romeu Zema,
18:27do Partido Novo.
18:29Então,
18:29é isso,
18:30isso é união.
18:32Agora,
18:32se Tarcísio decidir
18:34não sair candidato,
18:35aí eu entendo
18:36que nós temos
18:37de estimular
18:38todos a saírem candidatos
18:40e até arrumar
18:41mais alguns nomes,
18:42viu, Caniato?
18:42Porque quanto mais nome
18:44ocupando espaço,
18:45melhor
18:46para o debate
18:47da direita
18:48vencer
18:49o debate
18:49contra a esquerda.
18:51Pois é,
18:51inclusive é preciso
18:52trazer muitos aspectos
18:54que envolvem
18:54essa discussão.
18:55O Dávila fala
18:57que a direita
18:57teria que errar demais
18:59para não conseguir
19:00derrotar o grupo
19:01que atualmente
19:02está no poder
19:02e pretende
19:03vencer as próximas eleições,
19:05se manter
19:06na condição
19:08de comandante
19:09do país.
19:10Agora,
19:10ter a máquina
19:11na mão,
19:11Mota,
19:12adotar uma estratégia
19:13de concessão
19:14de muitos benefícios sociais,
19:16isso tem um peso
19:17importante
19:18nessa caminhada,
19:19não?
19:21Não,
19:21é só isso.
19:23Deixa eu usar
19:24uma metáfora.
19:25Vamos supor
19:26que você tem
19:27um time
19:27cheio de craques.
19:29Estou lembrando aqui
19:30o último time
19:31de futebol
19:32cuja escalação
19:33eu me lembro
19:34foi a seleção
19:35da década de 70.
19:36Você tinha
19:37Tostão,
19:38Jairzinho,
19:40Pelé,
19:40você tem o seu time lá.
19:42Para você,
19:43primeiro,
19:43vai jogar
19:44no campo
19:45do adversário.
19:46Opa!
19:48Lá no estádio
19:49do adversário
19:49só tem
19:50torcida
19:51do adversário.
19:53O adversário
19:53não deixou
19:54a sua torcida
19:55entrar.
19:56Opa!
19:57O juiz
19:58que vai apitar
19:59a partida
20:00e os bandeirinhas
20:01são parentes
20:03de alguns
20:03dos jogadores
20:04do time
20:05adversário.
20:06Opa!
20:08Talvez
20:08esses craques
20:10que você tem
20:10no seu time
20:11não adiantem
20:12muita coisa.
20:14Eu,
20:15então,
20:15vou discordar
20:16da avaliação
20:17do Dávila.
20:18eu acho
20:19que há cenários
20:20se a gente
20:22extrapolar
20:23o que está acontecendo
20:24no Brasil
20:25de hoje,
20:26há cenários
20:26preocupantes
20:27em que mesmo
20:29com o melhor
20:30time,
20:31a direita
20:32pode encontrar
20:33dificuldades
20:34que ela
20:35não encontraria
20:36em tempos
20:37normais.
20:37você,
20:39o Krigner,
20:40também está
20:41refletindo aqui
20:41sobre as falas
20:42do Dáver
20:43e do Mota.
20:43Quer fazer o complemento?
20:44Essa analogia
20:45do Mota
20:46é perfeita,
20:46ela traz clareza
20:48do cenário
20:48que a gente tem
20:49e que é desafiador.
20:52Por mais que a direita
20:53tenha um potencial
20:54e as pessoas
20:55estejam nas ruas
20:56insatisfeitas
20:57com o governo federal,
20:58é inegável
20:59que o governo federal
21:00sai na vantagem,
21:01sai na vantagem
21:02no pleito
21:03do ano que vem,
21:04tem uma oposição
21:05forte por parte
21:06da classe política,
21:08mas também
21:08da população,
21:09mas tem a máquina
21:10na mão.
21:11E a máquina
21:11na mão
21:12que eu quero dizer
21:12é muito dinheiro
21:14que vai ser torrado
21:15no ano que vem
21:15para que o presidente Lula
21:18seja reeleito.
21:19Isso sem,
21:20a gente não precisa
21:21nem questionar,
21:22isso é histórico.
21:24Pega todas as disputas
21:25de reeleição do PT
21:26e vê os programas sociais,
21:28a maneira como
21:29os gastos foram feitos
21:30sem nenhum tipo
21:31de responsabilidade,
21:32de prestação de contas
21:33e lá na frente
21:34a gente vê,
21:35e aí vai jogando
21:36aquelas famosas
21:37encobre aqui,
21:39encobre ali
21:39e aí a gente vê
21:40como é que se vira.
21:41Por exemplo,
21:42o endividamento.
21:43A gente está com
21:43uma dívida
21:44PIB aí
21:46que a gente
21:47avança cada vez mais
21:48e a gente olha
21:49por mais que ela tenha
21:50o prazo
21:52para se pagar,
21:53só vai aumentando
21:54e aumentando
21:55e aumentando.
21:55Já estamos falando
21:56de 2048
21:56com quase 80%
21:58de dívida PIB
21:59num índice
22:01de dívida PIB
22:02altíssimo,
22:03coisa que a gente nunca
22:04teve algo tão alto assim.
22:06E só com campanhas
22:07e mais campanhas
22:08vai aumentar.
22:09Então a gente tem
22:09um cenário muito complicado.
22:11Não vai ser tão fácil
22:12sim para a direita
22:12ainda que bem organizada
22:14no ano que vem.
22:15Agora, Dávila,
22:16nos últimos programas
22:17vocês divergiram
22:18sobre o time
22:19para iniciar os debates,
22:21o debate sobre a agenda
22:22para 26,
22:23além do anúncio
22:24dos nomes
22:24que disputariam
22:26o pleito
22:26no ano que vem.
22:27há um entendimento
22:29de alguns
22:30que é preciso
22:30aguardar ao máximo,
22:32deixar no limite
22:33para fazer a divulgação,
22:35há quem entenda
22:36que esse período
22:37o mais adequado
22:38seria já fazer
22:39esse anúncio agora,
22:40para já amadurecer
22:42e trabalhar esses nomes.
22:44Eduardo quer antecipar,
22:46ele já traz
22:47as informações,
22:49os debates,
22:50faz a avaliação dele
22:51sobre os nomes
22:52que estão aí
22:53sendo aventados
22:54para a disputa,
22:55e Tarcísio ao contrário,
22:57ele tenta deixar
22:57para depois,
22:58não, eu não sou candidato,
23:00a direita está muito ansiosa,
23:02vamos deixar isso
23:02para o ano que vem.
23:04Por que essa diferença
23:05entre essas figuras?
23:07Bom, eu vou responder
23:08a sua pergunta,
23:09primeiro eu queria
23:10fazer uma colocação
23:10que o Krikner colocou
23:12e o Mota.
23:14Primeiro,
23:15não existe esse monopólio
23:17de recurso hoje
23:18nas mãos do governo.
23:20Boa parte dos recursos
23:21eleitorais
23:23são os fundos eleitorais
23:24e hoje
23:25a maioria dos fundos
23:26do dinheiro
23:27do fundo eleitoral
23:28está nas mãos
23:29dos partidos
23:29de centro
23:30e de centro-direita.
23:32Então, assim,
23:33primeira coisa,
23:34o que vai fomentar
23:35a campanha
23:35do dinheiro
23:36hoje é o fundo eleitoral
23:38e é exatamente
23:39os partidos do centrão
23:40que tem hoje
23:41a maior parte
23:42desse espólio.
23:45Segundo ponto
23:46importante,
23:48o governo
23:49aumentou
23:50dramaticamente
23:51o gasto público
23:52e a impopularidade
23:54do presidente
23:55continua altíssima
23:56porque ele não consegue
23:57tratar dos reais
23:58problemas que afetam
23:59as pessoas,
24:00que é, por exemplo,
24:00a questão da segurança
24:01pública,
24:02que é a questão
24:03da taxa de juros
24:04mais alta do mundo.
24:05Então,
24:05veja só o que aconteceu
24:06com o gasto social.
24:08O gasto social
24:09em 2019
24:10era 90 bilhões
24:12de reais.
24:14Em 2025,
24:15saltou para
24:16286 bilhões
24:19de reais.
24:20Só que a pobreza
24:21não reduziu
24:22proporcionalmente
24:24ao gasto.
24:25Esse dinheiro
24:25vai para a máquina
24:26pública,
24:27não está indo
24:27para melhorar
24:28a vida das pessoas.
24:29Então,
24:29você gastar mal
24:31não necessariamente
24:32transforma em voto.
24:34Então,
24:34esse é um ponto
24:35fundamental.
24:37Se isso fosse verdade,
24:38o governo estaria
24:38com 90% de popularidade
24:40nesse momento.
24:41O problema é que
24:42não vai para o bolso
24:42das pessoas.
24:44Isso aí vai para
24:44essa malandragem,
24:45como a gente está vendo
24:46no roubo do INSS,
24:48como você vê lá
24:48o Banco Master,
24:50como você vê
24:5020 bilhões
24:51de roubo estatal.
24:53Nada disso beneficia
24:54o povo na ponta.
24:57Quanto às regras
24:57do jogo,
24:58que é um ponto
24:59que nós discutimos
25:00muito aqui,
25:02eu vejo
25:03uma mudança
25:04sensível
25:05após
25:06a conclusão
25:07do julgamento
25:08de Jair Bolsonaro.
25:09Agora,
25:10pessoas começam
25:11a criticar
25:12o excesso.
25:13Hoje,
25:13os editoriais
25:14jornal,
25:14agora todo mundo
25:15que até pouco tempo
25:16atrás defendia
25:17a punição
25:19de Jair Bolsonaro,
25:20agora está dizendo
25:20não,
25:21existem excessos
25:22na justiça.
25:23Esse discurso
25:25começa a ganhar
25:26a imprensa,
25:27começa a ganhar
25:28no Congresso.
25:30Então,
25:31eu não acho
25:31que nós vamos ter,
25:33e aí é o meu otimismo
25:34que o Mota
25:34sempre gosta
25:35de pontuar,
25:37essa arbitrariedade
25:38excessiva
25:39que ocorreu
25:40durante o julgamento
25:41de Jair Bolsonaro,
25:42que isso vai
25:43se perpetuar
25:44até as eleições.
25:46Eu entendo
25:47que já
25:48começa
25:49os freios
25:50e contrapesos
25:52começarem
25:52a funcionar,
25:53não é para acabar,
25:55mas pelo menos
25:56para limitar
25:57um pouco
25:58a arrogância
26:00da arbitrariedade
26:01do Supremo Tribunal Federal.
26:03Então,
26:03esse é um ponto importante.
26:04Agora,
26:04a sua questão,
26:05Caniato,
26:06decisão
26:06de prazo.
26:07Bom,
26:08essa é uma discussão
26:09que não tem certo e errado,
26:10é uma questão de feeling.
26:12Um pouco é o que o Mota
26:13sempre critica aqui.
26:14Bom,
26:14é melhor jogar isso
26:15o mais para frente possível,
26:16porque aí
26:17o candidato
26:19não vira alvo
26:20do governo
26:20e começa a ser atacado.
26:22Por outro lado,
26:23o grande desafio
26:24de Tacis
26:25e de todos os candidatos
26:26à direita
26:26é se tornarem
26:27mais conhecidos.
26:29E você não vai conseguir
26:30se tornar
26:31mais conhecido
26:32só naquele tempinho
26:33exíguo
26:34de televisão
26:35do fim de julho
26:36que as convenções
26:37partidárias
26:37até eleição em outubro
26:39e disputar
26:40contra um presidente
26:41que só na espontânea
26:43tem níveis
26:44altíssimos
26:45de conhecimento
26:46porque já está
26:46no quarto mandato
26:47presidencial
26:48é algo
26:49extremamente arriscado.
26:52Então,
26:53é melhor,
26:53na minha visão,
26:55antecipar
26:56o nome do candidato
26:57e se preparar
26:59para o embate
27:00e para os ataques
27:01que virão
27:01do que ficar esperando
27:03até o último momento
27:04e achar
27:05que vai conseguir
27:06virar esse jogo
27:07de se tornar conhecido
27:08rapidamente.
27:10Aliás,
27:11isso é o que acontece
27:12nos Estados Unidos
27:13nas prévias.
27:14O que são as prévias?
27:15É um enorme bombardeio
27:17um em cima do outro
27:18e é aquele
27:18que sobrevive
27:19aos bombardeios
27:20que se torna o candidato.
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